Ponto de Partida

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Por que Ciro Gomes não quer subir no palanque de Fernando Haddad?

Culpar o ex-governador do Ceará por uma eventual vitória de Jair Bolsonaro é mais uma prova da falta de mea culpa do PT

Como Goiás pode ajudar, ou atrapalhar, a governabilidade de Bolsonaro e Haddad

Bancada goiana em Brasília deve estar mais próxima do candidato do PSL que o do PT

Dos 13 candidatos a presidente, nove fizeram campanha em Goiás

Visitas dos presidenciáveis foram marcadas por apresentação de propostas e críticas a adversários

Um apelo ao próximo governador pelo comércio exterior de Goiás

Espera-se que os resultados positivos da área permaneçam, independentemente de quem for eleito

Política externa do próximo presidente não pode se resumir à Venezuela

Planos de governo dos principais presidenciáveis não dão grande destaque às relações internacionais

Renovação de deputados goianos deve ser baixa

As eleições legislativas são as que mais importam e o eleitor deve redobrar as suas atenções na hora de decidir em quem votar

Em quem Ronaldo Caiado votará para presidente?

Dos candidatos a governador, o senador do DEM é o único que ainda não definiu apoio na corrida presidencial

Eleitores de Bolsonaro parecem ter adotado um político de estimação

Presidenciável do PSL escorregou em declarações sobre a ONU e seus apoiadores defenderam o indefensável [caption id="attachment_131922" align="alignleft" width="620"] Foto: Reprodução[/caption] "Vomitei aquilo sem falar de conselho de direitos humanos. Aí é onde houve uma falha minha", disse o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao jornal "Folha de S. Paulo", em referência a uma outra fala do presidenciável, que gerou polêmica após dar a entender que, se eleito, tiraria o Brasil da Organização das Nações Unidas (ONU). "Se eu for presidente, saio da ONU. Não serve para nada esta instituição." Imediatamente, os eleitores de Bolsonaro concordaram e apoiaram a decisão de sair das Nações Unidas — houve até quem fizesse vídeo na sede do órgão em Brasília pedindo que a ONU seja "demitida do governo brasileiro", como é o caso da jornalista Elisa Robson, candidata a deputada federal pelo PRP. Depois de o candidato à Presidência ter reconhecido a falha, seus apoiadores fizeram de tudo para achar alguma desculpa que justificasse. Nas redes sociais, Bolsonaro tem um verdadeiro exército de pessoas que o adotaram como político de estimação. Para eles, não importa o que o deputado federal pelo Rio de Janeiro fizer ou disser — ele sempre estará certo. Aliás, abrindo um rápido parêntese, é também nas redes sociais onde se produz um dos mais impressionantes fenômenos da política brasileira atual: as pesquisas de intenção de voto mais confiáveis que as de institutos reconhecidos, que utilizam metodologia científica e registram os resultados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mais bizarro do que isso é só o Cabo Daciolo, candidato a presidente pelo Patriota, que subiu um monte para se proteger de uma organização secreta que quer matá-lo. ONU A indignação em relação às Nações Unidas é até justificável em alguns aspectos, mas nada que chegue ao ponto de retirar o Brasil da instituição. Criada em outubro de 1945, após a Segunda Guerra Mundial, a ONU surgiu com o objetivo de promover a paz no mundo, substituindo a fracassada Liga das Nações. Contudo, há casos que podem pôr em cheque a sua credibilidade. Em 2003, por exemplo, o Conselho de Segurança não conseguiu impedir a invasão estadunidense do Iraque, que desestabilizou o Oriente Médio e deu espaço para o surgimento de grupos terroristas, como o Estado Islâmico. Os Estados Unidos, por sua vez, não sofreram sanções — vale ressaltar que os EUA têm condições de bater de frente com as Nações Unidas, diferentemente do Brasil. Ex-embaixador de Antígua e Barbuda na ONU, John Ashe presidiu a Assembleia Geral — o segundo órgão mais importante das Nações Unidas, atrás apenas do Conselho de Segurança — de setembro 2013 a setembro de 2014 e é acusado de receber propina de US$ 1,3 milhão de um bilionário chinês. Além disso, foram registrados, em 2014, 79 casos de abuso sexual — um a cada quatro dias — de crianças e mulheres por parte de soldados das missões de paz da ONU no Haiti e na República Centro-Africana, operações chefiadas por Brasil e França, respectivamente. E o único punido foi Anders Kompass, funcionário das Nações Unidas responsável por, acredite, denunciar os escândalos. Apesar de tudo isso, a ONU se faz necessária — ruim com ela, pior sem ela. Correspondente do jornal "O Estado de S. Paulo" em Genebra, na Suíça, desde 2002, o jornalista Jamil Chade, que cobre o órgão de perto, explica, em seu Twitter, o porquê: "A ONU alimenta 95 milhões de pessoas no mundo por dia e define regras que tocam a nossa vida diária, como emissões de CO2 e padrões técnicos. Ela falha muito mesmo. Mas isso é culpa dos governos, que não a querem forte. Dizer que não serve para nada não é exatamente correto". Venezuela No tocante à situação dos venezuelanos que fogem do país vizinho rumo ao Brasil, Bolsonaro tem adotado uma postura sensata. O parlamentar se opõe ao fechamento da fronteira entre Venezuela e Roraima, discordando da governadora do Estado, Suely Campos (PP), e propõe a criação de um campo de refugiados, com o auxílio justamente da ONU. "Quando você fala em refugiados você tem que buscar a ONU para apresentar uma alternativa", declarou Bolsonaro à "Folha". "Tem que abrir um campo de refugiados. Você não pode deixar o pessoal jogado na rua, deixar o pessoal fazendo necessidades fisiológicas na rua." De fato, o Brasil, que deve ter o papel de solucionar a crise na Venezuela — mas sem tomar lado, como manda as boas práticas da Política Externa brasileira —, tem que atuar junto à ONU para prestar os devidos serviços humanitários aos refugiados. Em um mundo cada vez mais multipolar, isolar-se não é a solução. Bolsonaro parece estar aprendendo isso. Agora, falta seus eleitores também entenderem.  

Plano Ursal: há quem faça piada, mas o assunto é sério

Os memes sobre o fictício projeto desviaram o foco do que realmente é importante no debate político brasileiro [caption id="attachment_133485" align="alignleft" width="620"] Foto: Reprodução[/caption] O primeiro encontro entre os presidenciáveis, realizado no dia 9 de agosto pela Band, parecia que não teria surpresas e seguiria no rumo que geralmente se espera de qualquer outro debate — afinal, o tempo para a exposição de ideias por parte dos candidatos não é suficiente e as falas costumam ser mais do mesmo, salvo raras exceções. Foi aí que o "efeito Cabo Daciolo" entrou em ação. O postulante à Presidência pelo Patriota perguntou a Ciro Gomes (PDT) o que ele teria a dizer sobre o suposto Plano Ursal, sigla referente à União das Repúblicas Socialistas da América Latina. "Não sei o que é isso", respondeu o ex-governador do Ceará após um espanto inicial. "A democracia é uma beleza, mas ela tem certos custos", ironizou posteriormente. Na réplica, Cabo Daciolo, além de substituir, como quem não conhece o básico de Geografia, o termo "América Latina" por "América do Sul" — o que resultaria em uma mudança da sigla para Ursas —, disse que o assunto seria pouco divulgado. Mas ele estava completamente enganado. Rapidamente, o tema se espalhou pela internet. A grande maioria fez piada e meme — houve até quem imaginasse uma seleção de futebol da Ursal, com o ataque comandado por Neymar, Messi e Suárez. Contudo, muita gente acreditou em Cabo Daciolo, como o vocalista da banda Ultraje A Rigor, Roger Moreira. É até compreensível que se faça piada diante de um absurdo como este. Por outro lado, é preocupante ver que algo tão raso tenha ofuscado o que realmente interessa no debate político brasileiro: as propostas dos candidatos para o Brasil nas áreas da Segurança Pública, Saúde e Educação, entre outras. Esses, sim, são assuntos sérios. No segundo debate entre os presidenciáveis, promovido pela RedeTV! na sexta-feira, 17, a Ursal, felizmente, não voltou à tona. Cabo Daciolo decepcionou aqueles que esperavam mais pérolas e tiveram que se contentar com as mesmas frases religiosas sem sentindo algum. A esperança é que, daqui para a frente, os políticos e os eleitores se concentrem em aspectos mais produtivos. Origem É importante, porém, explicar a origem de tudo isso. A primeira aparição do termo Ursal foi em um artigo intitulado "Os companheiros", publicado em 9 de dezembro de 2001 pela socióloga Maria Lúcia Victor Barbosa no site do filósofo Olavo de Carvalho, tido como o guru da nova direita brasileira. No texto, Maria Lucia criticava discurso de Lula da Silva (PT), então pré-candidato a presidente, durante reunião de partidos de esquerda da América Latina, em Havana, Cuba. "Será o fim da integração latino-americana", disse o petista, criticando a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), chamada por ele de "projeto de anexação" dos Estados Unidos. A sociológica, por sua vez, questionou a integração mencionada por Lula da Silva e cunhou o termo Ursal, de maneira irônica, tendo, inclusive, trocado "Repúblicas" por "Republiquetas". "Mas qual seria, me pergunto, essa tal integração no modelo Castro-Chávez-Lula? Quem sabe, a criação da União das Republiquetas Socialistas da América Latina (URSAL)?", indagou. Reportagem do jornal "Folha de S. Paulo", de 13 de agosto de 2018, assinada por Denise Perotti, ouviu Maria Lúcia, que confirmou que a Ursal não passou de uma invenção e se disse surpresa ao ver que sua piada foi parar em um debate entre presidenciáveis. “Isso é meu, olha onde foi parar, eu fiquei boba.” Entretanto, é possível encontrar na internet sites que tratam a Ursal como uma realidade. Há até um "Dossiê Ursal", ilustrado por uma foto do senador Aécio Neves (PSDB) e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Vale deixar claro para quem ainda não entendeu: trata-se de uma teoria da conspiração da pior categoria. Cabo Daciolo Por fim, vale contar um pouco da história de Cabo Daciolo, um dos principais personagens da política na última semana e que, de repente, surgiu para o público — seu nome pouco aparecia antes das confirmações das candidaturas; hoje, é um dos mais comentados. Em 2011, Cabo Daciolo liderou a greve dos bombeiros no Rio de Janeiro e ficou preso durante nove dias em Bangu I em decorrência de sua atuação. Três anos depois, elegeu-se deputado federal pelo PSOL. O candidato à Presidência pelo Patriota foi filiado ao Avante antes de chegar ao atual partido. Religioso, o presidenciável apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com o objetivo de alterar o parágrafo primeiro da Constituição Federal. A ideia era trocar "todo poder emana do povo" por "todo poder emana de Deus". Este foi o motivo que levou a expulsão de Cabo Daciolo do PSOL, em 2015.

Saída de Lincoln leva base a reforçar coesão

Defecção do jovem deputado estadual para a chapa de Ronaldo Caiado é movimento dentro da previsibilidade num momento em que todos articulam intensamente com todos

Toffoli poderá jogar o Brasil num abismo institucional

[caption id="attachment_130694" align="alignright" width="347"] Rogério Favreto e Dias Toffoli: eles estão no Judiciário, mas prestam serviço ao Partido dos Trabalhadores[/caption] No domingo passado, dia 8, o Brasil assistiu, estarrecido, à manobra de petistas que tentaram, com os serviços de um desembargador aliado, a libertação do criminoso Lula da Silva, preso por corrupção e lavagem de dinheiro, através de um habeas corpus. Rogério Favreto acatou o pedido, numa clara demonstração de rejeição aos preceitos regimentais, uma vez que ele não tinha poder para tanto. Os petistas nem queriam, de fato, a liberdade de Lula. Queriam sim conflagrar o ambiente, semeando confusão no Judiciário, como forma de manter o discurso falso de que Lula e o PT são perseguidos pela Justiça. A história é passado, a manobra tosca, uma autêntica chicana, foi repudiada e é quase certo que Favreto receba alguma punição. Mas ela serve para reflexão. Rogério Favreto foi filiado ao PT de 1991 a 2010, ano em que virou juiz. Ele exerceu cargos em três governos petistas antes de ser nomeado por Dilma Rousseff ao TRF4, em 2011. Em 2005, Favreto foi trabalhar na Casa Civil do governo Lula. De 2007 a 2010, foi secretário da Reforma do Judiciário no Minis­tério da Justiça, à época sob o comando do petista Tarso Genro, para quem já havia trabalhado como procurador-geral na Pre­feitura de Porto Alegre. O resumo disso é que Rogério Favreto é um desembargador a serviço do petismo. Por isso, causa preocupação, muita preocupação, o destino do País daqui a alguns meses, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) passará a ser presidido pelo ministro Dias Toffoli. Ele é aquele advogado que foi reprovado duas vezes em concursos para juiz e não tem sequer um mestrado. Ou seja, Toffoli é uma nulidade absoluta em termos de conhecimentos jurídicos. A única credencial que tinha para merecer de Lula a nomeação para o STF foi o fato de ser “companheiro”. Trata-se de outro petista (assessorou o PT e José Dirceu) que já mostrou em várias oportunidades ser também um tarefeiro da sigla na mais alta Corte de Justiça. Nos interesses de Lula e companhia, Toffoli poderá jogar o País num abismo institucional sem precedentes. Será um teste e tanto para a democracia brasileira.

Daniel Vilela vai imitar Caiado e ignorar a crise da gestão Iris?

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Eleição não vai mudar o Brasil

Velhacos políticos como José Sarney, Lula da Silva, Romero Jucá, Renan Calheiros, Valdemar da Costa Neto, entre muitos outros, continuarão dando as cartas