Ponto de Partida

Encontramos 568 resultados
Há dois governos Bolsonaro: o da economia (bom) e o das redes (péssimo)

As crises causadas pelo presidente se sobrepõem ao trabalho que tem sido feito pelos ministros Paulo Guedes (Economia) e Tarcísio Gomes (Infraestrutura)

Sua Carteira de Trabalho será, em breve, peça de museu

Desde o fim da escravatura, as legislações em torno das relações trabalhistas têm sido modificadas, mas o problema do desemprego nunca foi solucionado

Queda no número de assassinatos: copo meio cheio ou meio vazio

Dados de várias fontes mostram queda na quantidade de homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, mas ainda há uma carnificina no País

Caiado terá de enfrentar a discussão sobre a reforma da Previdência

O rombo previdenciário dos servidores do Poder Executivo custa R$ 411 para cada goiano, valor que pode chegar a R$ 6,1 mil em dez anos se nada for feito

Eleição para o Conselho Tutelar merece mais atenção dos brasileiros

Apenas 58 mil goianienses votaram na escolha de 30 conselheiros tutelares, em uma disputa dominada por grupos políticos e religiosos

Ao brigar com o Congresso, Bolsonaro repete Dilma e Collor

Há quem diga que ele não aceita o “toma l,á dá cá”, mas o diálogo com o parlamento faz parte dos sistemas republicanos em todos os cantos do mundo

Quem não vacina os filhos contra o sarampo comete crime contra a saúde pública

Campanha começa nesta segunda-feira, 7, em meio a surto e mortes causada pela baixa cobertura vacinal – que se alimenta de falta de informação e teorias não comprovadas

Caiado tem de enfrentar o déficit previdenciário e o crescimento da folha

Proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA) que chegou à Assembleia Legislativa mostra crescimento significativo dos gastos com servidores ativos e inativos

Com poder de investimento, Iris navega em águas tranquilas

Clima ameno na prestação de contas na Câmara dos Vereadores comprova que o prefeito vive o melhor momento do mandato – tendência é que obras afetem positivamente o humor do eleitor

Eleições de 2020 consolidarão os novos grupos de poder em Goiás

Disputa nos municípios começará a determinar como será a divisão do espólio deixado pelo PSDB depois do ciclo de vinte anos como mandatário no Estado A partir da próxima sexta-feira, dia 4, começa a contagem regressiva para as eleições municipais de 2020. Restará exatamente um ano para que o eleitor renove seu encontro bianual com as urnas, dessa vez para escolher vereadores e prefeitos dos mais de 5 mil municípios brasileiros – 246 deles em território goiano. Mais que uma rotina eleitoral, que se repete em intervalo curto demais, em Goiás as eleições serão um marco na formatação dos novos grupos de poder, após o fim de um ciclo de 20 anos em que o PSDB e aliados estiveram comando do Estado. É do resultado municipal que se começa a desenhar o cenário para 2022, quando ocorre a eleição para governador, deputados (estadual e federal), senadores e presidente da República. Parece assunto distante, mas, da forma como o sistema político funciona no Brasil, não é. Com eleições a cada dois anos, o calendário político-partidário não para, prejudicando, inclusive, a administração pública, pois prefeitos, governadores e presidentes dificilmente deixam de ser contaminados pelas necessidades eleitorais quando têm de decidir administrativamente. Em Goiás, as peças se movem para ocupar o espólio deixado pelo PSDB. Com o poder gravitacional da caneta, o governador Ronaldo Caiado (DEM) começa a atrair antigos aliados do grupo que orbitava o ex-governador tucano Marconi Perillo. O PTB, por exemplo, está indo para a base do democrata – o que contribuiu para a saída de Jovair Arantes, um marconista histórico, que ironicamente está indo para o MDB, a rigor um dos poucos partidos que se mantiveram na oposição nas últimas duas décadas. Deputados como Virmondes Cruvinel (Cidadania) e Diego Sorgatto (PSDB) estão votando com o governo na Assembleia Legislativa. Tião Caroço, outro marconista histórico, está em litígio com o partido e declarou que, apesar de não estar na base, mas que não tem motivos para alinhar-se contra o governador. Esses são apenas alguns exemplos. Caiado disputou a eleição de 2018 com quase nenhum apoio de prefeitos. Como os municípios são altamente dependentes do governo estadual para sobreviver, certamente boa parte daqueles que saírem vitoriosos do pleito de 2020 buscarão alinhamento com o Palácio das Esmeraldas. A reviravolta foi tremenda. Há alguns anos, o DEM, partido do governador, passou por um forte processo de desidratação, a ponto de se cogitar o fim da legenda. Paralelamente, o MDB ganha musculatura com a chegada de Jovair Arantes, seu filho Henrique Arantes (a confirmar), que é deputado, e seu grupo político. O partido aposta na reeleição de Iris Rezende em Goiânia. O pacote de obras na capital, apesar dos problemas iniciais (com as interrupções no trânsito), tente a influir na decisão do voto, afinal, quem o escolheu, o fez exatamente por essa característica, a de tocador de obras. Na mais remota hipótese – a do prefeito não tentar novo mandato  –, Iris seria um fortíssimo cabo eleitoral. Apesar de não ter sido vitorioso em 2018, Daniel Vilela saiu fortalecido da eleição. O segundo lugar, brigando contra um candidato que desde o início surgiu como favorito e um que tinha a máquina estadual nas mãos, o colocou como uma das peças importantes no jogo. Daniel tem se dedicado a articular o partido no interior, para que seja eleito um número de prefeitos e vereadores que lhe dê sustentação para 2020. Fora das legendas que polarizaram a disputa política nos últimos anos em Goiás, lideranças que independem dos partidos têm potencial para ocupar esse protagonismo a partir de 2020. Eleito senador, Jorge Kajuru (Cidadania) é uma força da natureza – goste-se ou não dele. Apesar do temperamento explosivo e imprevisível, o protagonismo que adquiriu logo nos primeiros meses no Senado e o apoio popular o tornam, naturalmente, um ator importante tanto para o ano que vem quanto para 2022 – seja como candidato, seja como cabo eleitoral. Vanderlan Cardoso (PP) também se encaixa no perfil “estrela com luz própria”. Traz um grande recall da administração de Senador Canedo e das eleições que disputou para prefeito de Goiânia (perdendo para o próprio Iris) e para governador do Estado. Com a eleição para o Senado, por muitos considerada improvável até poucos dias antes da votação, reforçou seu cacife. Bem recebido pelo eleitorado evangélico, Vanderlan ensaia uma dobradinha com Francisco Júnior (PSD) – este, como candidato a prefeito de Goiânia. Francisco Júnior é outro cuja derrota, em 2016, mais o fortaleceu que enfraqueceu, pois deixou a imagem de uma campanha limpa e criativa. Mesmo sendo católico, tem um bom trânsito nas igrejas protestantes. Essa parceria, contudo, passa pela definição no PP. O partido tem nomes expressivos, como o ex-ministro Alexandre Baldy, que hoje é um dos auxiliares mais destacados do governador de São Paulo, João Dória, e é um potencial candidato ao Palácio das Esmeraldas, além de dois deputados federais, Adriano do Baldy e Alcides Rodrigues. A legenda pode atrair, ainda, o vice-governador Lincoln Tejota, que provavelmente deixará o Pros. Não se descarta, evidentemente, a força do PSDB. Mesmo ferido gravemente em 2018, com a perda do poder central e desidratação da sua bancada parlamentar, o partido junta os cacos para chegar forte em 2020. O presidente da legenda, Janio Darrot (prefeito de Trindade), tem provado a vocação diplomática, mas tem pela frente um enorme desafio: reaglutinar os tucanos sem a força heliocêntrica de Marconi Perillo que, certamente, não estará distante das articulações, mas que precisará de tempo para recuperar a força gravitacional que um dia foi sua – e que hoje está com Caiado.

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Goiânia retrocede no ranking das cidades inteligentes

Capital goiana falha em diversos itens, como economia, educação e meio ambiente. Em outros, como segurança, energia e urbanismo, nem aparece entre as 100 melhores do País   Divulgada na última semana, a edição de 2019 do ranking Connected Smart Cities trouxe notícias ruins para Goiânia. A capital goiana, que nas edições anteriores estava sempre entre as 15 cidades mais inteligentes do País, viu sua posição despencar para o 40º lugar. Não é que ficamos menos inteligentes em um ano, mas a inclusão de novos indicadores, especialmente ligados à tecnologia da informação e às telecomunicações, demonstrou que estamos parando no tempo. Antes de entrar diretamente nos indicadores, cabe discutir um pouco o conceito de cidade inteligente, que é relativamente novo. Em linhas gerais, são municípios que, essencialmente, buscam tratar bem seus moradores. Para isso, investem em soluções para o transporte e mobilidade urbana, conforto e sustentabilidade ambiental, valorização do capital humano, desenvolvimento tecnológico, etc. As cidades inteligentes são inclusivas, plurais, coletivas, inovadoras, transparentes e colaborativas. São, enfim, aquelas que têm um olhar voltado para as pessoas e não para as coisas. Assim o trânsito sempre terá um foco mais direcionado aos pedestres que aos carros, por exemplo. O Connected Smart Cities (CSC) trabalha dentro do conceito de que uma cidade inteligente compreende a conexão entre áreas diferentes. O saneamento é pensado como indutor de preservação ambiental, ganhos em saúde e econômicos; a saúde inclui o número de veículos por habitante; a segurança se preocupa com a lei de uso de solo e assim por diante. Para utilizar um termo um tanto desgastado, há um pensamento holístico em torno da cidade. Responsável pelo ranking, a Urban System avalia 11 setores (que são subdivididos e ganham um peso conforme a relevância de cada um): mobilidade e acessibilidade, meio ambiente, urbanismo, tecnologia e inovação, saúde, segurança, educação, empreendedorismo, energia, governança e economia. São, portanto, dimensões que envolvem o poder público, a iniciativa privada e, como não poderia deixar de ser, os próprios moradores. Em segurança, por exemplo, leva-se em conta o número de homicídios. Em tecnologia e inovação, a qualidade da banda larga. Em educação, a média no Enem e o Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb). Até mesmo a escolaridade do prefeito é levada em conta. Portanto, é um levantamento bastante completo. O CSC lista as 100 cidades mais inteligentes em cada um dos eixos avaliados. Eis a primeira preocupação: Goiânia não aparece entre elas em urbanismo, segurança, educação, energia e governança. Nas demais dimensões, há também muito com que se preocupar. As melhores posições ocupadas por Goiânia são a 20ª, em tecnologia e inovação; e a 23ª, em mobilidade e acessibilidade. No item tecnologia e informação, avalia-se a cobertura de banda larga e 4G, o percentual de moradores que têm acesso à internet, o número de patentes, o percentual de empregos para nível superior e a oferta de bolsa pelo CNPQ. Já em mobilidade e acessibilidade, são observadas questões como a proporção entre o número de automóveis e de habitantes, a relação entre ônibus e automóveis, ciclovias, integração de modais e linhas áreas. Em seguida, a melhor colocação da capital goiana é em empreendedorismo, a 30ª, que calcula o surgimento de microempresas, patentes, empresas de economia criativa, incubados e empresas da área de tecnologia. A partir daí, há uma queda brusca. A começar do meio ambiente, eixo em que Goiânia ficou em 52º lugar. A cidade vai mal no percentual de recuperação de resíduos plásticos e demais produtos recicláveis. Mas faz feio em potencial de energia eólica, fotovoltaica e produzida por meio de biomassa. Em saúde, em que ocupa a 57ª posição, a avaliação leva em conta a proporção de médicos pelo número de habitantes, o número de leitos, a quantidade de equipes de Saúde da Família, entre outros. Enfim, fechamos o ranking com o 97º lugar em economia, que apura o crescimento do PIB, a empregabilidade, a renda média dos trabalhadores formais e o percentual de investimento em pesquisa. Vale a pena consultar todos os critérios do ranking. Ele tem o mérito de ampliar a discussão sobre o que é uma cidade boa para se viver, ao lado de outros indicadores, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Coeficiente de Gini, que mede as desigualdades sociais. Mesmo sendo uma cidade acolhedora e bem vista pela maioria das pessoas de fora, não estamos muito bem em nenhum deles. O Coeficiente de Gini aponta Goiânia como a cidade com maior concentração de renda a América Latina – um passeio do Alphaville à Vila Lobó, separados por poucos quilômetros, é um bom retrato disso. Em relação ao IDH, a posição é aceitável: 45ª, segundo o IBGE. Fazer uma transformação, para que a capital goiana seja cada vez mais inclusiva e com melhor qualidade de vida passa pelas políticas públicas, mas também pelas ações individuais de cada cidadão. De pouco vale bradar contra os políticos se você estaciona seu carro na vaga especial – sem precisar ou ter direito a ela.

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