Resultados do marcador: Opinião

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O perigo dos atalhos

"A leitura é cada vez mais diagonal. Superficial. Na ânsia por absorver mais conteúdo em menos tempo, emerge o perigo"

Compromisso sagrado com a Cultura

“Sem temor algum, podemos dizer que nunca se investiu tanto em cultura quanto em nossos quatro governos”

Por que o Estado Islâmico reivindicou o ataque de Las Vegas?

Não há muita razão para se acreditar que Stephen Paddock tenha sido um “soldado” do grupo terrorista

A memória que trai: encontros com Iris Rezende

Talvez seja o momento de o prefeito, em um exercício de humildade próprio dos homens públicos, tentar uma reconciliação com a comunidade do Jardim Botânico

A incômoda homossexualidade

"Sempre existem outras formas de fortalecer a teoria da reversão sexual, sob aplausos de uma legião de defensores, inclusive fora do universo religioso"

Por que o prefeito de Goiânia quer tirar da Guarda Municipal a função de ajudar na segurança pública?

Causa estranhamento a declaração de Iris Rezende de que a GCM voltará a se dedicar “exclusivamente” a zelar de prédios públicos

Jânio defende autonomia dos municípios, mas elogia criação do Codemetro

Para o prefeito de Trindade, é preciso que haja uma entidade para discutir questões que envolvem duas ou mais cidades da Região Metropolitana

Tecnologia contraditória que atravanca a justiça

A tecnologia move o mundo e é um caminho sem volta. A frase, atribuída a Steve Jobs, mostra que vivemos na era do darwinismo digital. Aos poucos, vamos acostumando com as facilidades que o mundo moderno nos proporciona e, sem perceber, o modus operandi analógico é esquecido no passado. A nova comunicação interpessoal, remota e instantânea, e a facilidade de realizar transações financeiras, graças ao internet banking, são apenas alguns exemplos de facilidades já intrínsecas em nosso cotidiano. Contudo, e infelizmente, os benefícios trazidos com a modernidade não são regra, e transformações, que vieram com a premissa de melhorar, podem trazer óbices a tarefas simples, antes realizadas sem problemas. Estou referindo-me ao Processo Judicial Digital (PJD), implantado pela Justiça brasileira e, em especial, pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) com intuito de ser mais uma maravilha tecnológica. Na realidade, entretanto, o sistema tem dado dores de cabeça a nós, advogados. Chamado informalmente como Projudi, em referência ao sistema antigo e pioneiro empregado nos Juizados Especiais, o PJD é uma unanimidade de crítica entre os usuários. Inconsistências recorrentes atrasam o protocolo de ações – o que antes era feito de forma simples, nos balcões das serventias ou nos protocolos existentes nas comarcas goianas. É claro que, à primeira vista, alguém desavisado poderia enumerar as vantagens de peticionar à distância, sem obedecer aos horários de expediente forense e evitando deslocamentos físicos. Concordo, seria magnífico o que o PJD poderia nos propiciar, se não fosse por um detalhe importante: a imprevisibilidade e quedas constantes que podem gerar a perda de prazos processuais - o que retira o objetivo primordial do emprego tecnológico, que seria facilitar e tornar mais ágil a tarefa. Como se não bastasse isso, o sistema tem limitações absurdas para envio de mídia, como áudio imagem, ou mesmo arquivos mais pesados, que podem ser essenciais a uma ação, e aparenta ser vulnerável e inseguro. Têm sido cada vez mais comum advogados se queixarem de problemas cadastrais, inclusive, a simples atualização do navegador provoca o entrave do sistema para se peticionar. Com a previsão de a digitalização chegar a todas as comarcas do interior goiano, até o fim deste ano, o problema estará ainda mais crítico, uma vez generalizado. Diversos cartórios suspendem o atendimento ao público por vários meses, retardando o andamento dos feitos que podem provocar perdas irreparáveis aos usuários do sistema. O que dizer em relação aos advogados, que ficam com a espinhosa missão de explicar isso para os seus clientes. É necessário que a Ordem dos Advogados do Brasil saia da inércia para lutar em prol das condições mínimas ao exercício profissional. Afinal, o assunto é de interesse de todos. Com o PJD operando dessa maneira, perde não apenas o advogado, mas perde, principalmente, o jurisdicionado, que pode ter seu direito à Justiça cerceado.     Hallan Rocha é advogado e presidente do Instituto Goiano de Direito Previdenciário e do Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol de Goiás.

Agressão sexual no ônibus de SP: liberação de suspeito ocorreu conforme a lei

Se o desejo por vingança for a pulsão motora da atuação do sistema de justiça criminal estaremos todos perdidos

Para refletir sobre a proposta “Escola Sem Partido”

O papel do professor é mostrar de maneira coerente como o ser humano pode colocar o seu direito de cidadão e é necessário que este enxergue os caminhos por meio da política que gere o seu País

O professor que se locomove com as pernas, mas anda mesmo é com a cabeça

[caption id="attachment_101425" align="aligncenter" width="620"] Marconi durante assinatura de convênio do Goiás na Frente | Foto: Jota Eurípedes[/caption] Ângela Moureira O professor Perillo se locomove com as pernas, mas anda mesmo é com a cabeça e aí está a primeira justificativa para ele estar sempre olhando as oposições pelo retrovisor - ele lá na frente, seus opositores lá atrás. A cabeça do professor Perillo é cheia de habilidades políticas inabaláveis, onde nascem estratégias que sustentam uma vitória atrás da outra. O professor Perillo sabe que o cenário político é um tabuleiro de xadrez: a pedra certa tem de ser mexida no tempo ideal para encurralar o adversário. Antes da mexida é preciso pensar a movimentação de cada pedra sobre o tabuleiro para evitar passos em vão e se manter à frente das ações contrárias. É por isso que Goiás se mantém à frente das outras unidades da Federação. Veja o quadro atual: enquanto grandes estados padecem da quebradeira econômica (vide RJ, RS) e esperam em ações externas vindas do Governo Federal, o professor Perillo exibe números promissores em Goiás e abre os passos largos para melhorar ainda mais esses números, com o Programa Goiás na Frente - mais uma vez lá atrás ficam as oposições. Marconi expõe habilidades que assombram seus opositores, da melhor e já conhecida maneira: "Bata em mim que te chamo para uma conversa reservada". No gabinete do governador, ele se transforma no professor: "Vamos investir juntos e todos ganham, principalmente o povo". Pronto quem batia vira aliado de gestão (e alguns já viraram aliados políticos após a conversa palaciana). A receita é simples e antiga, mas eficaz. O Goiás na Frente é a aplicação desta receita e a oposição também repete a contra ofensiva derrotada de sempre, taxando o programa de eleitoreiro. A oposição não tem competência para virar o disco nas críticas e sua cantiga repetida que nunca fez sucesso não fará novamente. A melhor forma de antever o fracasso das críticas oposicionistas ao Programa Goiás na frente é observar o cacique iris Rezende, que bateu e bateu em Marconi nos programas eleitorais, recebendo o professor Perillo para se render ao Goiás na Frente. A cantiga antiga das oposições enchem os ouvidos do povo de refrões: "Programa eleitoreiro, gasto excessivo com casamento da filha, blá-blá-blá" e Marconi segue olhando esse pessoal pelo retrovisor -- lá na frente. A cabeça que sustenta os movimentos do professor Perillo pensa política 24 horas por dia. Antes que sua base criasse fantasias com possibilidades de nomes para sua sucessão, ele lançou José Eliton como pré candidato. Após o lançamento do nome, veio o Programa Goiás na Frente e enquanto a oposição decide um nome e perde tempo batendo ineficazmente, o professor Perillo da aula assinando convênios com aliados e gente dos partidos dos opositores, promovendo bem seu pré-candidato, alicerçando o terreno para as paredes da campanha. E alicerces bem feitos sustentam paredes inquebráveis. Que ninguém duvide, tudo aponta para mais uma lição vitoriosa do professor Perillo no pleito do ano que vem! Ângela Moureira é jornalista.

A tragédia pedagógica da Base Nacional Curricular Comum

A BNCC é, pois, uma camisa de força que haverá de empobrecer a Nação, porque ostraciza inúmeras perspectivas humanas

Filme mostra que o Plano Real, atento às regras do mercado, estabilizou economia e gerou crescimento

O governo de Itamar Franco-Fernando Henrique Cardoso, com economistas atentos, como Gustavo Franco e Persio Arida, debelou a inflação, estabilizou a moeda e gerou confiança no mercado Greice Guerra Fernandes “Real — O Plano Por Trás da História” é um filme brasileiro, do gênero thriller político-drama, com direção de Rodrigo Bittencourt e roteiro de Mikael Faleiros de Albuquerque. O longa-metragem foi inspirado no livro “3000 dias no Bunker — Um Plano na Cabeça e um País na Mão” (Record, 332 páginas), do jornalista Guilherme Fiuza. Trata-se de uma tentativa de retratar os bastidores da criação daquele que foi o maior plano econômico do Brasil nos últimos anos. O Plano Real combateu a hiperinflação que deixava os brasileiros em pânico, nos primeiros anos da década de 1990. O economista Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, é o personagem-protagonista. O filme destaca sua importância na formação e implantação das metas do plano, apresentando-o como herói — o que contrariou outros economistas, como Persio Arida e, possivelmente, André Lara Resende. [caption id="attachment_97842" align="aligncenter" width="620"] Gustavo Franco, economista: um dos formuladores do Plano Real[/caption] O filme mostra o “irritadiço” Itamar Franco, que assumiu a Presidência da República, em dezembro de 1992, logo após o impeachment de Fernando Collor, herdando um país com uma inflação acumulada em 12 meses de 1.119%, uma turbulenta crise política, uma economia em frangalhos, baixa arrecadação tributária e recessão. Como consequência de tais acontecimentos, o governo apenas ordenava ao Banco Central — que podia comprar títulos diretamente do Tesouro — que imprimisse mais moeda para fazer frente às despesas. O resultado era um moto-perpétuo inflacionário. [caption id="attachment_97843" align="aligncenter" width="620"] Persio Arida: o economista, um dos criadores do Plano Real, ataca filme que supervaloriza Gustavo Franco[/caption] A população não tinha a menor perspectiva de que houvesse qualquer arrefecimento da inflação de preços — uma vez que a hiperinflação favorecia a má distribuição de renda, impossibilitava o setor produtivo de realizar investimentos a longo prazo, o que, por sua vez, causava retração econômica. A hiperinflação acarretava queda do poder de compra da moeda, favorecendo a dolarização da economia — o que causava drásticos impactos econômicos e sociais, como a baixa qualidade de vida da maioria da população, na década de 1980 e na primeira metade da década de 1990. [caption id="attachment_97845" align="aligncenter" width="620"] André Lara Resende: um dos economistas decisivos na criação do Plano Real[/caption] Criadores do Plano Real Devido ao caos econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, convocou uma equipe de economistas com o objetivo de evitar o desastre absoluto. O economista Pedro Malan, um dos principais auxiliares de Fernando Henrique Cardoso, convidou o economista Gustavo Franco, professor da PUC-Rio, para contribuir no redesenho da política econômica. O filme sugere que Gustavo Franco era um personagem ambicioso, polêmico, explosivo, obstinado e, às vezes, introspectivo. Era visto, por muitos, como “arrogante”. Ao menos segundo o filme, outros componentes da equipe econômica não tinham a sua imagem futurista-modernizante. Persio Arida tem realçado que Gustavo Franco deve ser visto como uma figura menor na elaboração do Plano Real, ressaltando que André Lara Resende, Pedro Malan e Edmar Bacha tiveram papeis mais cruciais. Persio Arida, numa entrevista ao “Valor Econômico”, sublinha que o filme reduz até mesmo o papel de Fernando Henrique Cardoso. “É ruim, é grotesco. Oscila entre a fantasia e a mentira”, ataca Persio Arida. [caption id="attachment_97846" align="aligncenter" width="620"] Pedro Malan e Fernando Henrique Cardoso: sem eles, não existiria o Plano Real[/caption] Contrafação histórica ou não, o filme ressalta que Gustavo Franco, dotado de grande capacidade intelectual — o que ninguém discute —, contribuiu para elaborar o Plano Real, no qual a moeda, senão atrelada, se tornou muito próxima, em valor, ao dólar. Ao mesmo tempo, o governo não permitiu que a economia se dolarizasse, o que, se ocorresse, levaria o Plano Real ao descrédito e, até, ofenderia os brios nacionalistas. A equipe comandada pelo ministro Fernando Henrique Cardoso e pelo economista Pedro Malan criou a Unidade Real de Valor (URV) — com o apoio de Gustavo Franco —, que era tão-somente um nome técnico para tangenciar a palavra dolarização. No dia 29 de junho de 1994 — há 23 anos —, morria o cruzeiro real e, em 1º de julho de 1994, nascia o real. Sem sobressaltos e tumultos na economia. A transição foi feita com tranquilidade, e no momento em que o Brasil se tornava tetracampeão na Copa de Futebol de 1994. [caption id="attachment_97847" align="aligncenter" width="620"] Edmar Bacha: segundo Persio Arida, o economista foi decisivo na elaboração do Plano Real[/caption] O filme tem problemas e não mostra de maneira mais profunda e detalhada — consta que Deus e a economia moram nos detalhes — o processo de elaboração e fundamentação econômica do plano; apenas o resume, e de maneira genérica. Caso tivesse exibido suas especificidades, que caracterizam sua inovação, as gerações mais novas poderiam compreender, de maneira mais precisa, como se deu a implantação do Plano Real na economia. A estabilidade da moeda — da economia — poderia ser percebida com mais clareza. O degringolar do Plano Real, em decorrência das crises internacionais provocadas pelos Tigres Asiáticos, é exposta pelo filme. As economias do sudeste da Ásia — Hong Kong, Coreia do Sul, Singapura e Taiwan —, com forte crescimento e intensa industrialização entre as décadas de 1960 e 1990, acarretaram forte valorização da moeda americana, pressionando o Banco Central do Brasil a vender maciçamente dólares de suas reservas internacionais. Até que, em 1999, com as reservas na metade do que havia em 1998, o Banco Central permitiu que o câmbio flutuasse. [caption id="attachment_97848" align="aligncenter" width="620"] Atores do filme "Real — O Plano Por Trás da História"; destaque dado a Gustavo Franco não agradou os demais elaboradores do plano[/caption] Assim, a ideia original do Plano Real foi para o espaço, pois o governo teve de adotar o famoso tripé macroeconômico: câmbio flutuante, metas de inflação e superávit primário. Nenhum desses conceitos existia no Plano Real. A trama expõe o desapontamento de Gustavo Franco ao observar que o plano não conseguia resistir às crises internacionais que assolavam o Brasil. Apegado ao seu idealismo e talvez devido à falta de flexibilidade, o economista não admitia a vulnerabilidade e a fragilidade do Plano Real — derivadas das crises internacionais — e era resistente à tomada de decisões que pudessem contribuir para debelar ou, pelo menos, amenizar a situação. Acrescente-se que não decidia sozinho, pois era uma peça de uma engrenagem mais ampla. O comportamento de Gustavo Franco, digamos intransigente, afetou sua trajetória profissional e política. Sua imagem de economista ficou abalada, ao menos em parte, ao ser levado para depor na CPI do Banestado em 2003 — o que causou furor político e afetou a economia. Mas ele é, de fato, altamente competente, um formulador. E sua reputação, em termos de moralidade, não saiu abalada. Apesar das críticas de Persio Arida e de outros economistas, pode-se dizer que o filme consegue provar que tanto a implantação quanto a transição do Plano Real foram bem realizadas por seus criadores. O fato de o governo não ter congelado preços de produtos, não ter feito confisco e não ter proposto tabelamentos, respeitando as regras do mercado real, mostram que se trata de um plano maduro e realista. Não houve a pirotecnia de planos anteriores, que começavam até bem, mas derrubaram ainda mais a economia, dados os equívocos de seus fundamentos. O Plano Real estabilizou a economia, melhorou a distribuição de renda, o que permitiu maior acesso da população mais pobre aos bens de consumo. Ao debelar a inflação galopante derrubou a crise de confiança e fortaleceu o mercado. A criação de uma moeda estável, garantidora do poder de compra, deu dignidade à sociedade. Mesmo com seu declínio, a moeda, o Real, permanece até hoje. Apesar das crises, decorrentes, nos governos petistas, mais de problemas internos do que externos, a moeda persiste estável. A rigor, pode-se dizer que o governo, nos últimos anos, produziu a crise, devido a erros no ajuste da política econômica. A crise, vale insistir, não tem derivação externa. É brasileiríssima. Made in Brasil. Vale a pena insistir que o Real foi o plano econômico mais importante da história do Brasil e, portanto, representa um divisor de águas na economia local. Trata-se de um plano forte e, ao garantir a estabilidade da economia, o país deve muito a ele e, claro, aos seus criadores — Persio Arida, Pedro Malan, Edmar Bacha, André Lara Resende e Gustavo Franco, os cinco mosqueteiros. Greice Guerra Fernandes é economia e analista de mercado.

Cortesia com o chapéu alheio na Câmara Legislativa do DF

Miguel Lucena Na última semana, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), achando pouco a quantidade de bolsas que são distribuídas a troco de nada e as verbas de gabinete usadas sem rumo, resolveu incluir no Código Penitenciário do Distrito Federal, subsídio para que os presidiários possam frequentar teatro e cinema. Nada nos espanta mais neste país com valores invertidos. O errado se transformou no 5  mil anos, é visto como esquisito e careta. Normal é ser incivilizado, relativizar a má conduta, desrespeitar o direito alheio e quebrar os tabus, até mesmo aquele que é o primeiro de todos: o incesto. Os deputados nem perguntaram se os assaltantes e estupradores gostam de filme, porque, quando são liberados, eles correm direto para a “Toca das Gatas” e ocupam o tempo do saidão roubando ou se vingando de seus desafetos. Mais uma vez, faz-se cortesia com o chapéu alheio, para agradar a ideologia que responsabiliza a sociedade pela conduta criminosa do malfeitor. E ainda pedem para que a sociedade faça sacrifícios com vistas a debelar a crise que corrói nossas finanças. Pelo visto, levando-se em conta as gratuidades criadas sucessivamente, crise virou mantra para enganar o povo. Miguel Lucena é delegado da PCDF e jornalista

Especialista diz que municipalização do transporte coletivo é “retrocesso” para Goiânia

Superintendente da Secima, Marcelo Safadi avalia a rede integrada como essencial para a locomoção dos cidadãos