Resultados do marcador: Opinião

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Justiça para quem? Supersalários no Judiciário aprofundam a desigualdade

Judiciário tem papel central na defesa da Constituição, mas não pode ser protagonista de um dos maiores símbolos de desigualdade do setor público

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Brasil vive parlamentarismo informal sem assumir suas responsabilidades

Tendência, além de distorcer a lógica do sistema presidencialista, mina a governabilidade e alimenta a crise fiscal permanente

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Liberdade de expressão não é sinônimo de impunidade para a prática de crimes

Ao considerar esse dispositivo inconstitucional, o STF corrige uma distorção

Opinião
A nova face da misoginia: quando o ódio às mulheres começa na adolescência

Atos infracionais violentos cometidos por meninos revelam como a internet, especialmente o Discord, se tornou terreno fértil para o machismo extremo e a sociedade ainda falha em reagir

Entre a fé e o filtro da mídia: a conversão como discurso de poder

O texto mostra como a mídia molda percepções e disputa narrativas, usando o exemplo de uma matéria sobre evangélicos migrando para o catolicismo sem base consistente. Amparado em Foucault, defende que discursos não só informam, mas constroem realidades, e alerta para a importância da leitura crítica, especialmente em temas religiosos

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Impostossauro ou Empresassauro? A farsa de quem quer um Estado só para si

Crítica aos impostos, colocada de forma descontextualizada e simplista, é um recurso recorrente do neoliberalismo

Kiraz e Aruna: tribunal da internet desrespeita até o luto

A internet proporciona uma falsa sensação de intimidade. Ela também oferece anonimato. Assim, as pessoas sentem-se à vontade para julgar. Elas formam opiniões a partir de fragmentos

Baixaria esconde o que o Parlamento tem de melhor: o dever de discutir assuntos de interesse coletivo

Barulheira, discussão e brigas, muitas vezes, falam mais alto que o trabalho sério, mas a Boulè dos Quinhetos sempre acaba se entendendo

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Racismo no Brasil é latente, histórico e estruturado a partir do privilégio conquistado no açoite

O racismo no Brasil não se manifesta apenas em atitudes explícitas, como ofensas ou agressões, mas se revela estruturalmente nas estatísticas socioeconômicas, de saúde, educação, segurança e mercado de trabalho

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Dia do Trabalhador: Hora de repensar a escala 6×1

Escala 6x1 tem origem em um modelo industrial ultrapassado, que prioriza a produtividade a qualquer custo e ignora os limites humanos

Análise
Escritor fala do impacto da tecnologia na adolescência e defende o diálogo para superar barreiras geracionais

Escritor chamou a atenção para os desafios enfrentados por pais, mães e educadores, que muitas vezes se sentem incapazes de acessar o universo digital dos adolescentes

Avanço da descriminalização da maconha suscita debate sobre uso ético e civilizado

Com o avanço, ainda que lento e gradual, da liberação da maconha no Brasil, o debate sobre a regulamentação sobre como utilizar, quando e onde atravessa questões que vão muito além do campo jurídico, moral e social. Se por um lado trata-se, antes de tudo, de uma discussão pública sobre liberdade individual, por outro, existe a responsabilidade coletiva e a civilizatória.

Enquanto avança globalmente, o consumo da cannabis no Brasil deve passar por um escrutínio maduro e longe da moralidade, deixando de fora preconceitos históricos e buscando soluções que respeitem o bem estar social em geral.

No Canadá, no Uruguai e em parte dos Estados Unidos, a legalização da maconha veio acompanhada de um cuidado especial para regulamentar o consumo em locais públicos. Na maioria desses países, a prática não é simplesmente liberada de maneira irrestrita: há zonas específicas para o uso, regras que protegem menores de idade e limites claros para garantir a convivência saudável entre todos.

Em Ontário, por exemplo, fumar maconha é permitido em locais onde o cigarro também é aceito, enquanto no Colorado, embora o uso pessoal seja legal, fumar em ruas ou parques pode acarretar multas. Esses exemplos mostram que a regulamentação não é sinônimo de anarquia; pelo contrário, ela é instrumento de civilização.

No Brasil, onde a maconha ainda é criminalizada para fins recreativos, o consumo já é uma realidade nas ruas, praças e festas. A criminalização, no entanto, afeta de forma desigual: atinge sobretudo jovens negros e periféricos, alimenta a violência e lota o sistema penal. A regulamentação responsável do uso recreativo — e consequentemente, do consumo em espaços públicos — poderia reduzir essas injustiças históricas, diminuindo a pressão sobre a segurança pública e criando novas oportunidades econômicas e sociais.

No centro da questão está a ética do uso público da maconha. De um lado, o princípio da liberdade individual sustenta que cada pessoa tem direito sobre seu próprio corpo e suas escolhas, desde que estas não prejudiquem o outro. De outro, o espaço público é por definição um local de convivência plural, frequentado por diferentes faixas etárias, valores culturais e sensibilidades. Assim, o consumo de substâncias psicoativas não pode ignorar o direito dos demais à saúde, ao bem-estar e à tranquilidade.

É preciso reconhecer também a situação do usuário. Muitos consumidores não dispõem de locais privados adequados para o consumo — vivem com familiares que não aceitam o uso, moram em residências coletivas ou enfrentam barreiras econômicas. Sem alternativas, recorrer ao espaço público torna-se não uma escolha, mas uma necessidade. Negar esse contexto é aprofundar ainda mais o ciclo de exclusão e discriminação que recai sobre essas pessoas.

O caminho ético, portanto, passa por encontrar o equilíbrio: regulamentar o consumo em espaços públicos de forma a preservar a liberdade individual, sem abdicar da responsabilidade social pode ser uma alternativa? Muitos acreditam que sim. Isso pode incluir a criação de zonas específicas para consumo, em moldes semelhantes aos coffeeshops de Amsterdã ou aos lounges de consumo regulamentados em cidades norte-americanas. Bares e eventos ao ar livre poderiam obter licenças para permitir o consumo de cannabis em ambientes controlados, como já ocorre com o álcool. Paralelamente, campanhas de conscientização pública devem reforçar o respeito aos espaços comuns e o consumo responsável.

Tratar o uso da maconha em locais públicos apenas como um problema de ordem ou de polícia é um erro estratégico e ético. É preciso construir políticas que enxerguem o usuário como cidadão pleno de direitos, e não como ameaça. E que compreendam o espaço público como lugar de convivência, negociação e respeito mútuo.

Opinião
O risco de uma regressão teocrática

Se a sucessão de Francisco levar à escolha de um papa extremista, a Igreja pode retroceder em séculos de evolução pastoral e moral

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Decisão do TRE-GO reafirma democracia ao reverter inelegibilidade de Caiado​

Essa medida não apenas corrige uma sentença anterior questionável, mas também reafirma a importância de avaliações criteriosas e fundamentadas no âmbito jurídico