Por Redação

Diretor executivo da emissora do DF, Luciano Ribeiro, afirma que não recebeu nenhuma manifestação de insatisfação pela contratação do novo apresentador
Tão logo foi anunciada a contratação do apresentador Matheus Ribeiro, de 24 anos, pela Record Brasília, surgiram notícias de que os novos colegas repudiaram a sua chegada para ocupar a bancada do DF Record. Muitos sites divulgaram uma carta, que supostamente foi escrita em comum acordo com os colegas da redação, no entanto, a direção da emissora afirma não ter recebido a carta com as queixas e tão pouco houve o movimento na redação repudiando a contratação.
O diretor executivo da Record Brasilia, Luciano Ribeiro Neto, confirma que não recebeu nenhuma manifestação em desfavor da contratação do apresentador goiano. O conteúdo da carta que circula em redes sociais e alguns sites, fala em insatisfação dos colegas por conta da demissão de Luiz Carlos Bragaque que foi substituído por Matheus Ribeiro.
Já que o manifesto de repúdio à contratação de Matheus Ribeiro não se materializou nem para direção nem na redação da Record Brasília, o diretor Luciano Ribeiro trata a carta como uma fake news.
Contratação
O apresentador Matheus Ribeiro foi contratado pela Record Brasília para assumir bancada do DF Record. O jovem jornalista assinou o contrato com a nova emissora no dia 24 de abril. O jornal que ele vai assumir a apresentação vai ao ar em horário nobre, às 19h10.
“O jornalismo da Record não cansa de se reinventar. A chegada de Matheus acrescenta mais versatilidade e espontaneidade à nossa receita de sucesso na capital federal”, disse Antonio Guerreiro, vice-presidente de jornalismo da Record, a época da contratação.

Tecnologia avançada e novas formas de jornadas de trabalho são usadas pelas maiores metrópoles do mundo para evitar a aglomeração de veículos

A capitania de São Paulo não vivia isolada nem tampouco estava despovoada, sobrevivendo de sua economia de subsistência

A palavra do escritor quis dizer que o grande mundo dos feitos humanos é igual ao pequeno mundo dos gestos banais semeados na terra dadivosa do cotidiano rural

“Brecht, Faulkner, Camus, muitos outros, não significam absolutamente nada para mim”, disse o autor do romance “Lolita”

O governo cria normas mais rígidas, mas também apela ao bom senso dos pais de crianças e adolescentes

Diadorão das Curvinhas e Janjão das Cobras relatam que o preso Carlão das Tropas mandou matar sócio de advogado por ciúme da bela Karlinha

Em coletiva Governador explicou que medidas de flexibilização e restrição serão analisadas diariamente, podendo ser alteradas de acordo com índices de contaminação

Já estou até sonhando com partidas de futebol. Escondido, grito “gol!” Só para não perder a prática

Cooperação, colaboração, apoio, tecnologia, mudanças emergenciais, informações, teleatendimento são ações que o Sebrae Goiás reforça junto aos seus clientes nestes dias de pandemia

Suas personagens são tão de carne e osso que lhes sentimos o cheiro e suas tramas são tão intricadas como as da vida real

Saúde — salvar vidas — e geração de emprego serão pautas centrais. Já a pauta da segurança pública caiu para o terceiro lugar

Em “Lolita”, primeiro há o prazer da leitura. Um gozo intenso que começa na primeira frase. E apenas cresce, atingindo auges quase insuportáveis

Pode-se sintetizar: lê Bernardo Élis para entender Goiás; lê Goiás para compreender o Brasil e a peleja humana aqui — e em todos os lugares
Eguimar Felício Chaveiro
Especial para o Jornal Opção
[caption id="attachment_48258" align="aligncenter" width="620"] Bernardo Élis: a leitura de sua obra (como "O Tronco") é apalpar a infinitude de Goiás como componente vivo da sociedade brasileira, é uma forma de apalpar as feridas pulsantes que latejam na estrutura de poder e social de Goiás e do país[/caption]
Contra a política do esquecimento e com o intuito de mobilizar leituras da obra literária de Bernardo Élis, o Instituto Cultural e Educacional Bernardo Élis para os povos do Cerrado (Icebe) está realizando o projeto “Colóquios primordiais sobre Bernardo Élis”. A reflexão da biografia do autor goiano, diretamente ligada ao seu estilo narrativo e aos seus propósitos estéticos e sociais, foi o toque inicial do primeiro colóquio realizado no dia 13/4/2020.
Duas perguntas eclodem no leitor do literato corumbaense: como alguém do interior de Goiás foi capaz de, nos primeiros quarteis do século 20, produzir uma obra tão consistente, merecedora de aplausos da crítica literária nacional e da intelectualidade brasileira? Pergunta-se também: o que há na narrativa bernardiana que, mesmo versando sobre o mundo do camponês goiano, sobre as peripécias históricas do sertão e sobre a estrutura do poder local, ganhou tônus universal?
Bernardo Élis, desde os seus primeiros livros, “Ermos e Gerais” (1944), “A Terra e as Carabinas” (1951), “O Tronco” (1956), ganhou destaque nacional. Profundamente tímido, com sentimento de inadequação ao mundo, observador compulsivo das cenas comuns e domésticas, ressabiado com a imagem pública de si, encontrou nos livros e na escrita o seu refúgio de vida, a sua inspiração para suportar a sua desconfiança no mundo.
[caption id="attachment_248318" align="aligncenter" width="670"]
Carta de Guimarães Rosa para Bernardo Élis a respeito de "Caminhos e Descaminhos" | Foto: Reprodução[/caption]
Logo nos primeiros livros, os seus propósitos de vida se encaminharam para a sua escritura. Com valentia calada, ele próprio se incumbiu de uma missão: lançar Goiás para fora. Ou seja, universalizar a cultura goiana, o seu povo e os seus problemas. Fincado os pés no chão, a sua literatura, ainda nas primeiras obras, esculpia, no estilo, a sentença do propósito: ela era uma voz goiana do modo goiano de expressar, mas tecida com a intervenção da cultura universal.
Foi exatamente a aglutinação da fala popular aos móveis da cultura erudita que balançou, especialmente a partir da década de 1950, a estrutura do romanceiro nacional. Ao se colocar como uma novidade estilística no país, o seu realismo regional, feito de uma prosa elegante e legível, de um léxico balançado entre a verve popular e erudita, rico de imagens e de imaginação, mas sem exageros poéticos, nutrido de um esquema de valor baseado na justiça e na denúncia dos desmandos oligárquicos, chancelou a sua entrada na Academia Brasileira de Letras. E o seu prestígio como um dos maiores escritores brasileiros.
[caption id="attachment_248317" align="aligncenter" width="683"]
Bernardo Élis em bico de pena de Luís Jardim[/caption]
Premiada, objeto de estudo e referendada pelos maiores intérpretes da teoria literária nacional, a sua obra se evidencia como uma das maiores fontes de leitura de Goiás. Ou seja, quem deseja conhecer as raízes de Goiás, alguns de seus episódios históricos marcantes; os seus conflitos originários, assim como a picardia, o esforço e a luta do sertanejo goiano, tem nos livros desse literato, um documento raro. Pode-se sintetizar: lê Bernardo Élis para entender Goiás; lê Goiás para compreender o Brasil e a peleja humana aqui – e em todos os lugares.
O chamamento para se ler hoje Bernardo Élis é, igualmente, um convite para que se cuide do maior patrimônio de um povo: a sua memória. Os livros de Bernardo Élis guardam a memória de Goiás e do povo goiano. As trajetórias biográficas do literato, de Corumbá, passando pela Cidade de Goiás, posteriormente Goiânia e Rio de Janeiro; a sua observação, sensibilidade e respeito pelas cenas simples do viver humano, juntando-se a uma erudição forjada com disciplina e entusiasmo no processo de leitura, fizeram com que o literato, por meio de sua imaginação criadora e de sua ficção realista, criasse uma obra inesgotável.
Como ponderou o semiólogo, linguista e escritor italiano Umberto Eco, a leitura deixa o texto infinito. Ler Bernardo Élis é apalpar, assim, a infinitude de Goiás como componente vivo da sociedade brasileira; é ao mesmo tempo uma forma de apalpar as feridas pulsantes que ainda latejam na estrutura de poder e social daqui e do país.
Como se diz, não se lê um excelente livro impunemente. Ao lê-lo, mais ou menos, algo essencial fica da leitura. E uma boa leitura faz o leitor escrever, mobilizar a sua consciência e a sua imaginação. Lê-se para compreender e para nunca morrer. É hora de pegarmos nas mãos de Bernardo Élis. Ou seja, é momento de revitalizá-lo.
Eguimar Felício Chaveiro é professor do Instituto de Estudos Socioambientais, da Universidade Federal de Goiás; membro do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás; membro do Instituto Cultural e Educacional Bernardo Élis para os povos do Cerrado.

O livro “As Vidas de Bonifácio” tem cheiro de pasquim, de imprensa marrom. Estou me sentindo decepcionado, como leitor, e logrado, como consumidor