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Disputa passa por tematização nacional

Pela primeira vez, desde o período militar, a disputa pela única vaga para a Câmara Alta pode realçar enfoque nacional e não regional

Ataques podem ser a fronteira da derrota

PMDB ensaia início de fase agressiva para tentar agradar o eleitor, mas esse é um jogo de altíssimo risco

Gomide pode empurrar eleição para o 2º turno

Cruzamento de informações mostra que, sem petista, Marconi Perillo poderia até vencer já no 1º turno

Oposição sem bandeiras estruturais

Opositores passaram quase quatro anos levantando bandeiras conjunturais contra governo. Todas elas caíram. E agora?

Iris exige o impossível para ser candidato

Com a saída definitiva de Júnior Friboi do processo de afunilamento do PMDB, o grande líder agora diz que só será candidato com união total do partido  conexao.qxd Vai entender como são as coisas no PMDB. Iris Rezende nunca deixou de ser candidato ao governo do Estado, mesmo quando dizia que nem pensava sobre isso. Depois, resolveu escancarar de vez e anunciou sua disposição de encarar mais uma vez as urnas. Sur­preendido por uma maioria pró-Friboi, renunciou com uma carta nas mãos e retornou ao jogo de bastidores. Com a saída definitiva de Friboi do processo, Iris é o único nome que o PMDB tem à mão para não se transformar em caudatário nestas eleições. Ou seja, o líder peemedebista finalmente estaria com a faca, o queijo e a vontade de comer. Só que agora é ele, Iris, que diz que não quer. Ou melhor, quer, mas sob uma condição: que o PMDB fique completamente unido em torno da candidatura dele. É lógico que isso faz sentido. O PMDB é uma força extraordinária, mas fica fraco se dividido. Iris é atualmente o nome com melhor penetração no eleitorado, mas sem todo o PMDB brigando por ele é quase um suicídio enfrentar Marconi Perillo como candidato à reeleição. Se com a união já não será fácil, com desunião total como se vê hoje é muito pior.

Quem criou a divisão interna
Iris, portanto, não exige nada que não seja extremamente lógico e prático, além de fundamental. O problema é que ele próprio liderou a divisão interna do PMDB. A maioria do partido já estava abraçada à candidatura de Friboi, e foi a resistência dos iristas que acirrou os ânimos internos, e que terminou por exaurir o preferido dos peemedebistas. O que Iris quer é que não façam com ele o que os seguidores dele fizeram com Friboi. Não vai ser fácil colar os cacos do PMDB. O jogo foi muito duro, com caneladas e pernadas para todos os lados. Pra piorar, Friboi se retirou apesar de deter o apoio amplo da maioria, o que significa que Iris o derrotou politicamente, mas não pela conquista de mais posições. Pelo menos do lado de fora dos corredores peemedebistas, e por tudo o que se ouve nas imediações, embora seja hoje um gigante nas pesquisas externas, Iris é um anão internamente quando comparado a Friboi no que se refere a seguidores. Pior: nesse tempo todo, e mesmo após o concorrente abandonar de vez a disputa, Iris estaria encontrando inúmeras dificuldades para agregar apoio não apenas entre os integrantes da tropa de choque montada por Friboi como também na militância rasa favorável ao empresário. Ou seja, com ou sem Friboi, Iris, internamente, continuou do mesmo tamanho. Ainda não se sabe se realmente a ameaça de Iris de não se candidatar sem união no PMDB é pra valer ou não. Aparentemente, ele busca reforço fora do PMDB para criar perspectiva de poder, e assim dobrar fortes as resistências internas. Quem tem sofrido bastante com isso é a candidatura de Vanderlan Cardoso, do PSB. Os iristas insistem que o líder peemedebista está articulando uma chapa considerada peso-pesadíssimo, com ele próprio para o governo do Estado, Vanderlan na vice e Ronaldo Caiado, do DEM, como candidato ao Senado. Ele joga inteligentemente com a possibilidade de apoiar a candidatura à Presidência de Eduardo Campos, tornando o PMDB goiano dissidente em relação à candidatura de Dilma Roussef, do PT. Mas essa operação toda não é tão simples. Iris não tem o comando da maioria no diretório estadual do PMDB, hoje pró-Friboi e contra ele. Assim, o líder peemedebista correria o sério risco de propor apoio a Eduardo Campos e ter sua proposta rejeitada, o que salientaria ainda mais a extensão das divisões internas do PMDB. Uma composição com o PT, de Antônio Gomide, seria mais simples e direta. Iris contava com isso desde o início, mas os petistas, após se ofertarem tanto tempo, cansaram de esperar e se estabeleceram no mercado sucessório. Gomide, pessoalmente, foi quem mais apostou na candidatura própria do PT ao abandonar três anos de mandato como prefeito da segunda mais importante cidade do Estado politicamente, Anápolis. Recuar da candidatura sem nem lutar até o último momento possível poderia ser muito mal interpretado pelos anapolinos, que reelegeram Gomide um ano antes com votação acachapante. Iris, portanto, vive o dilema de talvez não conseguir corrigir o que ele próprio ajudou a estragar, a unidade interna do PMDB. Isso poderá provocar duas situações limites: o partido abandonar candidatura própria ao governo e passar a apoiar outro candidato ou entrar na eleição não somente dividido, mas também completamente isolado em relação às outras forças partidárias oposicionistas. A situação é tão complicada que não é possível sequer identificar uma possibilidade ou outra. A decisão, qualquer que seja ela, sairá em no máximo 20 dias. Até lá, resta a Iris Rezende continuar tentando alguma mágica política. Mago de primeira ele sempre foi, mas não se sabe se ainda sobrou coelho dentro da cartola dele.

Palanque do PMDB já tem uma definição

Iristas e friboizistas debatem candidatura a governador pelo PMDB, mas o palanque está armado

A renúncia que bagunçou o coreto eleitoral

Ninguém sabe se é só uma retirada estratégica ou definitiva, mas os problemas de Iris Rezende não acabaram

Chapa de Marconi está pronta

PSDB, PP e PSD formam a representatividade da coligação governista

Eleições: a estiagem de maio e junho

conexao.qxd A mais recente pesquisa da corrida presidencial, en­cerrada na quinta-feira, 9, pelo Datafolha, é qua­se uma cópia da anterior, realizada no mês de abril. Todos os porcentuais se moveram dentro da chamada margem de erro, o que não pode ser considerado como queda ou subida, mas variação positiva ou negativa. É natural essa parada geral. Historicamente, as corridas sucessórias pegam fogo no final do ano anterior, quando são definidos os quadros partidários, repercutem nos três ou quatro primeiros meses do ano da eleição, e atravessam por essa calmaria até a chegada das convenções partidárias, no final de junho. Se o quadro nacional é esse, nos Estados deve estar acontecendo a mesma coisa, salvo exceções muito localizadas. De qualquer forma, essa paralisação, com registros apenas de variações positivas ou negativas, não significa que as pesquisas nesses dois meses não são importantes. São, sim, e não somente pelo acompanhamento. Variações sistemáticas e mensais para menos ou para mais indicam a formação e consolidação de tendências. Ou seja, candidatos que agregam um ou dois pontinhos a cada levantamento vivem tendência de alta. O oposto, evidentemente, é tendência de queda. Fora do marketing das campanhas, mas no núcleo pensante delas, essas tendências significam apenas que se deve ter atenção máxima, e reestudo sobre a situação geral da candidatura. Na voz estridente dos marketing, as variações são quedas ou crescimentos, comemorados por quem sobe e silenciados por quem desce. O eleitor não deve levar isso em conta. O trabalho do marketing é esse mesmo. O que se deve fazer, então, quando o candidato entra numa tendência de queda? Descobrir a causa do problema. Pode ser um esgotamento da sensação de proposta inicial por parte dos eleitores ou falta de geração de fatos que chamem a atenção das mídias. Em ambos os casos, é necessário mudar alguma coisa internamente para que a tendência não se torne queda real. É o que está acontecendo neste momento com a presidente Dilma Roussef (PT). Ela caiu muito no início do ano, e entrou agora em tendência de queda com variações negativas mês a mês. Ou seja, parou de cair, mas continua vivendo uma fase negativa. Ela precisa reagir agora, ou poderá enfrentar um seriíssimo problema depois: a cristalização da imagem negativa. Não seria, ainda assim, o fim do mundo para a candidatura dela, mas é claro que quebrar uma cristalização de imagem é muito complicado. É possível, mas da um trabalhão danado. O outro lado dessa mesma moeda é a variação positiva com tendência de crescimento. Num cenário estático, esse é o melhor dos mundos. A voz estridente do marketing nesses casos, costuma salientar que é um crescimento pequeno, mas absolutamente consolidado e seguro. É e não é. Se o núcleo pensante da campanha fizer essa leitura, será enorme a possibilidade de o gás acabar de uma hora para outra. Esse é o mundo ideal para dar sustentação à militância. As campanhas bem organizadas e profissionais costumam usar fases assim para renovar o ânimo das bases, que é a sustentação da candidatura no período de pré-convenção e também depois dele, caso o partido não tenha problemas internos. As tendências de crescimento, quando devidamente trabalhadas tanto pelo marketing como, e principalmente, junto às bases, seria uma forma de estopim pronto a ser aceso a qualquer mo­mento mais à frente, quando as coisas realmente entram em e­bulição total e contagiam as ruas. Por enquanto, e isso pode ser facilmente notado no dia a dia, um dos assuntos menos discutidos pela população são as candidaturas. Não será assim o tempo todo. O clima de eleição vai chegar e, quando chegar, quem estiver com estopim preparado pode assegurar uma boa vantagem inicial no momento vital da campanha. E as candidaturas que estão estacionadas? Bem, essas devem estar enfrentando problemas graves na estrutura das bases. Se nem cresce nem cai, mesmo dentro das variações, não há qualquer tendência. Pode ter uma série de causas, e cabe aos comandados centrais e pensantes descobrir o que é que tem causado a paralisia. Na pior das hipóteses, a paralisação indica que essas candidaturas bebem água somente no mesmo pote, e não conseguem acrescentar novas fontes. Na hipótese melhor, mas não menos problemática, pode revelar que falta visibilidade, especialmente quando somam pequenos porcentuais de intenção de votos. Se o estacionamento está situado nos andares superiores, nem tudo está ruim, principalmente porque nestes meses de maio e junho costuma ser assim mesmo.

Friboi precisa de exército, e não mais de mercenários

A frase acusatória de Iris Rezende em sua carta-renúncia reforça a imagem de que Júnior Friboi construiu maioria no PMDB com o bolso farto. Só isso basta na eleição?

Ideal de Iris é montar chapa semelhante à de 2010

Iristas têm uma meta: fazer uma composição com Júnior Friboi pacificado na vice e o PT de Gomide atraído para o Senado

Vanderlan, o passageiro da agonia

A candidatura de Vanderlan Cardoso, sem a inclusão de Iris Rezende, está em segundo lugar nas pesquisas. Esse é o drama dele: e se Iris for candidato?

Unidade do PMDB: onde o bicho pega

O que ainda mantém o discurso externo no partido mais ou menos unificado é a disputa. Quem vencer reinará sobre a desunião

Governo sem plano B, oposição com planos de sobra

Enquanto a base aliada estadual não trabalha alternativa à reeleição de Marconi, os oposicionistas ainda não sabem como vão enfrentar a eleição

Vantagem de Marconi contra Iris subiu para 186 mil intenções de votos válidos

Com base na pesquisa For­tiori, e levando em conta a abstenção, votos brancos e nulos registrados nas eleições de 2010, foi projetada a totalização das intenções de votos válidos de cada candidato, nos três cenários, caso as eleições fossem agora, de acordo com o total de eleitores registrados até o mês de março deste ano pelo Tribunal Regional Eleitoral, TRE, e conforme o método de apuração e totalização dos votos nas eleições pela Justiça Eleitoral brasileira