Por Redação

Na terceira peça, é proposto um ritual em que o pastor ou guia, possivelmente um robô, inicia os fiéis num novo tipo de atividade espiritual que consiste em levar a antropofagia ao seu ponto extremo

"Sempre existem outras formas de fortalecer a teoria da reversão sexual, sob aplausos de uma legião de defensores, inclusive fora do universo religioso"

Jovem de 22 anos ficou conhecido após protagonizar comerciais da operadora Vivo

Causa estranhamento a declaração de Iris Rezende de que a GCM voltará a se dedicar “exclusivamente” a zelar de prédios públicos

Ninguém se compromete a dizer com certeza onde estaria equipamento de radiografia. Nem mesmo confirmar se está no Hospital Municipal de Anápolis

Secretário extraordinário do programa diz que Marconi Perillo e José Eliton empreendem um governo que tem canal direto com as prefeituras e merecem colher os bônus por essa relação

Em seu livro de contos, escritor paulistano toma como pontos de referência grandes nomes, como André Breton, Jorge Luis Borges e Maurits Cornelis Escher

Aforista estadunidense possuía pensamento rápido como uma bala, escrita afiada como uma faca, e estilo cáustico como ácido

Bruno Zago fala sobre o presente e o futuro dos quadrinhos, sua importância como porta de entrada para o universo da leitura, a influência dos quadrinhos e desenhos animados japoneses no Brasil e muito mais

[gallery type="slideshow" ids="105619,105620,105621"] Yago Sales As palavras como sopro, tentativas, faltando letras. Ela descobria, ouvido atento, os sons e imitava, mas uma em especial falava com grandeza: ma-mãe. Mamãe dilacerada após o grito. Mamãe diante do corpo da filhinha. O sangue. Isabela Arruda Gomes, a Isabelinha, de 1 ano e sete meses, alargou demais a vida de Adriene Gomes Leite. Como qualquer criança, desde o útero era uma festa. Do parto, dela rastejando pela casinha simples, aprendendo a “dandar”. Tudo euforia. Os dias passaram-se rápido, explodindo em descobertas diárias de uma menina com a vida reduzida por um pneu. A vida sem despedida do papai. Da mamãe. É esta palavra que, depois de sepultar a caçulinha no cemitério Jardim da Saudade, na última terça-feira (19/09), tem descascado Adriene toda por dentro. E a culpa – como se ela tivesse poder sobre uma arma enferrujada – de não ter conseguido salvar a filha lhe rasga. Tragédia. A mãe, uma irmã de seis anos e a tia da menina, Maria Aparecida Arruda, voltavam de um mercadinho no Setor São Judas Tadeu por volta das 18h:42min da terça-feira. Isabela sorria enquanto a mãe empurrava a motoquinha com empurrador, com a outra filha encostada à irmã. Antes de atravessar uma das vias da Avenida Contorno, elas desviaram de uma boca de bueiro e passavam sobre uma faixa de “Pare”. Na outra via, subindo, Paulo Henrique do Prado, de 36 anos, conduzia uma velharia assassina que comprou há seis anos. O Ford F350, ano 1971, com placa FCW 9357, na cor amarela, perdeu o freio e desceu de ré. Um lapso. Prado, para não se chocar com a carroceira com entulhos em um supermercado, esterçou à esquerda. Não poderia ter sido pior. A tia de Isabela, Maria Aparecida, percebeu o vulto do caminhão desgovernado. Gritou. Adriene puxou a filha mais velha, que caiu no asfalto, puxou a motoquinha com enorme força, mas Isabela caiu para frente. Mãe e filhas ficaram debaixo do caminhão que, depois de passar por cima da menina, foi um pouco para frente, deixando o corpo de Isabela, ensanguentado, olhinhos abertos que a mãe ainda conseguiu ver descuidado como nunca. A mãe, em dor, primeiro pelo impacto do caminhão, depois de ver a menina imóvel, tentou pegá-la. E viu os olhinhos se fechando. Os gritos se arrastaram pela região. Pelo WhatsApp, a notícia chegou à vizinhança antes aos Bombeiros. Um cordão humano, um monturo de gente arrepiando, de gente encabulada. Alguns mais eufóricos cochichavam algo como “colocar fogo no caminhão”. O motorista saltou do veículo, desnorteado, entrou em uma caminhonete a alguns metros dali e fugiu. Para a Polícia Civil, disse ter ficado com medo de represálias. Deveria ter pensado nisso antes de transitar por aí com aquela desgraça ambulante. Restou, contudo, no cenário trágico, a motoquinha rosa, imóvel, a poucos metros do corpinho encoberto por um lençol e o caminhão amarelo. A ferrugem pulando do painel da cabine, do pegador, a poeira nos vidros, os bancos rasgados, imundos. Um pai desconcertado ao chegar e perguntar “Onde está ela? Morreu?”. Ele desabando, todo mundo chorando, policiais e peritos, seguindo o rito de uma investigação que vai indiciar, mas, sob a Lei que mais estimula este tipo de “assassinato”, não haverá punição. E assim, Isabelinhas vão sendo sepultadas, caixões, rosas e véus branquíssimos.

Deve a Justiça endossar uma ação que, além de não “curar” o que não se pode curar, provoca dor nas pessoas?

O artista deixa os palcos da vida, mas gravou seu nome na memória de todos que foram alcançados de alguma forma por seu talento e solidariedade
Apesar de escritas em séculos passados, obras de grandes pensadores europeus moldaram e ajudam a compreender o mundo em que vivemos hoje Vinicius Mendes Especial para o Jornal Opção Mergulhado em uma crise política e social há dois anos em diversas dimensões – da sua classe governante ao seu sistema penitenciário, das relações entre os cidadãos e do funcionamento do Estado –, o Brasil de hoje pode ser interpretado a partir de alguns autores clássicos de livros de Direito que tentaram solucionar essas questões por meio das leis. Mais do que o Brasil, o contexto mundial vive um cenário parecido: nos Estados Unidos, membros de grupos defensores da supremacia branca mostraram suas faces no início de agosto na cidade de Charlottesville, em Virgínia, gerando reações em todo o mundo. Na Europa, a crise de refugiados de países do Oriente Médio também levantou um debate sobre os limites de aceitação de imigrantes no continente – influenciando até eleições presidenciais, casos da França e da Holanda. Na geopolítica, os conflitos retóricos se acentuaram entre os EUA e seus rivais atuais: a Venezuela e a Coreia do Norte, que chegou a ameaçar o país ocidental de ataques militares. “Os argumentos desses autores, se bem que foram atualizados, criticados ou potencializados a partir de novas interpretações, são fundamentais para ajudar na compreensão do país e do mundo em que vivemos hoje”, conta o professor Aldo Fornazier, da Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp). A seguir, o Jornal Opção conta brevemente a obra de cada um deles: Do Contrato Social (Jean-Jacques Rousseau, 1762) Livro que serviu como base para aqueles que promoveriam a Revolução Francesa, no final do século 18, Do Contrato Social, do suíço Jean-Jacques Rousseau, era um trecho de um grande livro jamais terminado e que se chamaria Instituições Políticas. No seu argumento, Rousseau usa as concepções de estado de natureza do inglês Thomas Hobbes em Leviatã, de 1651, para argumentar que, ao contrário do que se defendia até então, o homem não precisava se submeter a um Estado por ser "mau". Era a sociedade que o tornava ruim – e, não à toa, sua frase mais famosa se tornou a que resume esse pensamento: “O homem nasce livre, mas a sociedade o corrompe”. O "contrato social" é um acordo entre os indivíduos que, baseados na "vontade geral", isto é, no desejo de todos os membros em formarem uma sociedade, elevam um Estado para desenvolver as leis que melhor entendem. Assim, as pessoas obedecem apenas a si mesmas, pois são construtoras de suas próprias regras. Essa é a maior liberdade possível ao ser humano dentro da vida social, porque remete ao estado de natureza, quando as leis também eram feitas pelos próprios homens. Do Contrato Social se tornou o principal argumento dos republicanos contra as monarquias europeias, que ainda dominavam o continente quando foi publicado. Trinta anos depois de seu lançamento, ele ajudou a eclodir a Revolução Francesa, que destituiu o Rei Luís XVI e inaugurou o que muitos consideram o modelo democrático do Estado atual. O Espírito das Leis (Alexis de Montesquieu, 1748) O francês Alexis de Montesquieu, assim como Rousseau, é considerado um clássico da filosofia jurídica e, portanto, um autor obrigatório para todos que estudam Direito. Sua obra principal, O Espírito das Leis, de 1748, é um grande tratado no qual tentou analisar as diferentes formas de governo existentes por meio das essências de ideias, povos e leis. Assim como faria O Contrato Social, o livro de Montesquieu estabeleceu uma percepção positiva em torno do Estado republicano e negativa à monarquia, modelo de Estado que dominava quase todos os povos da Europa na época, notadamente a França e os reinos da Itália. Para ele, a essência da república era o "amor à pátria", porque todos os membros da sociedade republicana trabalham para o coletivo, não para si mesmos ou para um rei. O Espírito das Leis acabou se tornando famoso pela divisão de poderes que propõe e que, para Montesquieu, garante maior liberdade ao cidadão: um governo em que as responsabilidades são distribuídas de forma equilibrada entre os poderes responsáveis por administrar a sociedade. Os primeiros a colocar em prática essa proposta foram os Estados Unidos, em 1789, após sua guerra pela independência da Grã-Bretanha. Hoje, a maioria das nações do mundo também adota o modelo de Montesquieu. Para o professor Álvaro de Vita, chefe do Departamento de Ciência Política da USP, Montesquieu produziu uma teoria da liberdade política que pode ser ligada ao liberalismo. "Pode-se dizer que ele foi um dos fundadores da ideia liberal, a corrente do pensamento voltada para a liberdade individual do homem em detrimento dos poderes coercitivos do governo", diz. Dos Delitos e das Penas (Cesare Beccaria, 1764) Já influenciado por Rousseau e Montesquieu, o filósofo italiano Cesare Beccaria publicou, na segunda metade do século 18, Dos Delitos e das Penas, que estabelecia uma nova forma de punir os criminosos da sociedade. O livro é até hoje a base de muitos códigos penais pelo mundo. Considerado um dos primeiros humanistas, ele escreveu que os castigos aos infratores de uma sociedade com base na vingança coletiva, como eram os suplícios da Idade Média e que continuaram naquele período histórico, acabam por ser maiores do que os próprios atos infracionais. O Estado seria mais justo se os julgasse com base na razão e no sentimento. Beccaria se amparou no conceito de contrato social de Rousseau para argumentar que o criminoso não é alguém que deixa a associação de cidadãos e, assim, pode ser punido à margem dela, e sim um indivíduo que não se adaptou às normas estabelecidas, mas que pode retornar a elas a partir de algumas disposições. Apesar disso, Beccaria não negou que, em alguns casos, penas mais duras deveriam ser aplicadas, como a de morte e a prisão perpétua: tudo dependia do grau de ofensa à sociedade. Suas ideias influenciaram os estudos e argumentos de autores contemporâneos, como o sociólogo francês Émile Durkheim.

“Carta a um Jovem Cientista”, de Edward Wilson, é essencial para pessoas que queiram se dedicar à ciência, seja na Academia, nos Institutos de Pesquisa, ou nas indústrias

Titular da Secima diz que sua pasta está fazendo tudo o que lhe é possível para combater os efeitos da estiagem sobre a população e diz que situação deve se normalizar com a volta das chuvas