Por Elder Dias

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“Fake news”: dita e repetida, a verdade pela metade não perdoa nem veículos tradicionais

[caption id="attachment_100498" align="aligncenter" width="620"] Onça-pintada do Morro do Mendanha virou “protagonista” de vídeo de dois anos atrás em “fake news” de portal[/caption] Brasileiro é um povo sem memória. Este poderia ser um tópico a mais na lista de 20 “verdades” sobre o Brasil que supostamente um americano teria dito, em uma carta divulgada e viralizada nas redes sociais na semana passada, após (também supostamente) ter casado com uma nativa e morado três anos por aqui. A amnésia coletiva se mostra no fato de que o conteúdo não é nada novo. Bastaria uma pesquisa pelo Google para perceber que a mesma “carta” está na rede pelo menos desde dezembro de 2013. De qualquer maneira, isso não foi impeditivo para que o assunto voltasse à tona com muita repercussão, por meio do “Diário do Brasil”, uma página de notícias duvidosas – ou página duvidosa de notícias, como queiram. Publicar notícia antiga como se fosse fato novo não é uma boa para páginas que se considerem sérias, embora algumas caiam na tentação de fazer isso como forma de assegurar o cumprimento da meta de visualizações. Mas o pior cenário é aquele em que a polêmica é noticiada como coisa nova por veículos de informação tradicionais. No caso do relato do americano desgostoso, um desses veículos afetados foi o portal de “O Popular”. Não é a primeira vez, nos últimos tempos, que o “fact checking” tem sido deixado para trás pelo site do jornal. “Fact checking” – ou “checagem de fatos”, em bom português – é apenas uma expressão mais elaborada para um princípio basilar do jornalismo: assegurar-se de que determinado acontecimento ou declaração realmente ocorreu e que foi exatamente daquela forma. No fim de junho, o portal do Grupo Jaime Câmara se viu obrigado a se retratar sobre a notícia de uma onça-pintada que teria atacado cachorros no Morro do Mendanha – o “gancho” é que desde março há um felino da espécie na área rural da região oeste de Goiânia. O “fact checking” era simples: teria bastado, antes de digitar qualquer nota no site, conferir a data que consta no próprio vídeo em que aparece o animal para saber que o ocorrido se deu em 2015. O descuido levou à situação constrangedora de publicar uma errata. Semanas depois, a precipitação foi com relação à notícia de uma interceptação obtida em investigação sobre prostituição no Distrito Federal. O portal publicou que Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e seu filho, Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), ambos deputados federais, haviam sido flagrados conversando com agenciadores. Na verdade, foram assessores parlamentares dos dois Bolsonaros e mais o senador Ivo Cassol (PP-RO) os pegos na conversação suspeita. A nota foi corrigida no site de “O Popular”, mas não no do “Jornal do Tocantins”, também do grupo, onde os deputados continuavam a constar como os protagonistas do malfeito até no fechamento desta edição, no sábado, 22. [caption id="attachment_100507" align="aligncenter" width="593"] “O Popular” reproduziu publicação que já tinha sido viral em 2013[/caption] Em tempos de uso e abuso dos compartilhamentos nas redes sociais e nos grupos de conversação via aplicativos de celular (como o WhatsApp e o Telegram), o jornalismo precisa marcar posição de contraponto ao que se denominou “pós-verdade”. O chefe da propaganda nazista, Joseph Goebbels, falava que era preciso “fazer ressonar os boatos até se transformarem em notícias sendo estas replicadas pela ‘imprensa oficial’”. É o que hoje faz a pós-verdade: por meio dela, alicerçada em um clima de ódio, o filho de Lula se tornou “dono da Friboi” e o presidente Michel Temer se tornou um satanista. Seria mais simples se o fato de não gostar de determinado político ou de certa celebridade não condicionasse as pessoas a automaticamente reproduzirem tudo de negativo que aparecer sobre seu desafeto. Mais do que veículos, jornalistas goianos têm caído no perigoso terreno de compartilharem notícias de portais bastante suspeitos. Não é raro ver profissionais conhecidos caindo em “pegadinhas” ou mesmo espalhando correntes. É um desserviço à informação e um reforço à banalização de boatos. A responsabilidade do profissional da comunicação torna-se maior em um momento no qual, com a universalização da informação e com as redes sociais, todos se consideram, além de compartilhadores, também “produtores de notícias”. Ao mesmo tempo, a imprensa tradicional sofre ataques sobre o próprio conteúdo por parte de quem se considera detratado por ela. Exemplo maior é o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que comprou briga com praticamente todos os meios de comunicação mais respeitados do país. Para ele, não são nada mais do que fábricas de “fake news”. A repetição exaustiva dessa expressão por parte de Trump – uma tática que ele adotou justamente por se mostrar eficiente, inclusive para sua eleição –, tem feito uma parte da população passar a acreditar que tudo é realmente inventado. [caption id="attachment_82685" align="alignleft" width="300"] Trump cria suas próprias verdades e ataca o que chama de “fake news”[/caption] Curiosamente, apesar de sua pouca empatia e uma alteridade tendendo a zero, o mesmo Trump conseguiu entender que as pessoas podem fazer exatamente seu jogo de “pós-verdade”. Um dos momentos clássicos (e tétricos) das últimas eleições presidenciais dos EUA foi quando ele acusou o então presidente Barack Obama de ter fundado o Estado Islâmico. Apesar da nítida aberração que dizia, observando o grau de repercussão da declaração e se valendo de um distorcido conceito de liberdade de expressão, o republicano continuou a bradar com veemência a verdade que inventara. Talvez tenha sido esse ódio nonsense que semeou o que lhe deu votos suficientes para chegar à Casa Branca. O poder da imprensa livre está justamente no respeito que lhe passa a ser devido, justamente por fazer o me­lhor encaminhamento da informação que recebe. Em tempos de polarizações, não perder a verdade como base, independentemente dos posicionamentos editoriais, é não só admirável como necessário à sobrevivência do jornalismo como ferramenta de construção da sociedade. Para cada “fake news” é preciso que haja sempre um “fact checking” pronto para derrubá-lo. A verdade é preciosa demais para se tornar “pós”.

Poderoso, Grupo Globo é visto como adversário tanto pela direita como pela esquerda

[caption id="attachment_97855" align="aligncenter" width="620"] O “Jornal Nacional”, informativo de maior audiência da sociedade brasileira, sofre ataques de militantes| Foto: reprodução[/caption] É interessante como a Rede Globo move a paixão política do País. Tanto à direita quanto à esquerda, principalmente em seus extremos, a organização mais poderosa do País é motivo da mais fina flor do ódio e de teorias da conspiração das mais criativas. A fama não vem do nada – e seria inocência pensar que uma empresa como a Globo faria “apenas” jornalismo. Primeiramente, não é só de jornalismo que se constitui o Grupo Globo – nomenclatura que substituiu “Organizações Globo” em 2014 –, mas de um conglomerado de empresas de vários ramos da comunicação e do entretenimento. Em segundo lugar, a própria gigante já admitiu seus pecados no passado, exatamente em relação a ligações com o poder: reconheceu seu apoio ao golpe de 64 e à ditadura militar, bem como, no histórico debate final entre Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva, no segundo turno das eleições presidenciais de 1989, admitiu sua parcialidade (pró-Collor) na edição que foi ao ar no dia seguinte, no “Jornal Nacional”. Por isso, foi interessante observar uma reportagem da “Folha de S. Paulo” sobre fatos do domingo de Rodrigo Maia (DEM-RJ) no auge das articulações de Michel Temer para barrar o avanço da denúncia contra si, formulada pela Procu­ra­do­ria-Geral da República, e cujo relatório estaria em votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Com o título “Em reuniões privadas, Maia dá como irreversível queda de Temer”, uma notícia na coluna “Poder”, da “Folha”, da jornalista Marina Dias, relatava que o presidente da Câmara – e sucessor imediato na linha presidencial – saíra de um encontro com o presidente para outra reunião, da qual seria o convidado principal. O local? A casa de Paulo Tonet, vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo. Coincidentemente ou não, nos dias seguintes, Rodrigo Maia passou a adotar um tom mais duro e autônomo em relação a Michel Temer, embora reafirmasse sua “lealdade” ao presidente. Os atos falaram por si: ele disse que não aceitaria vetos à lei da reforma trabalhista – contrariando o acordo que o governo havia fechado para votar a matéria – e não fez força para que a admissibilidade da denúncia contra Temer fosse agendada para antes do recesso dos deputados. A Globo é golpista? Não exatamente com a imagem com que veem os ideólogos e militantes, mas é claro que a empresa tem seus interesses e que eles não são nada imparciais. Como também não são as demandas de banqueiros, ruralistas, sindicalistas ou quaisquer outras corporações. A questão é que, por deter o poder que detém, o que a Globo quer que aconteça tem grandes chances de ser “provocado” a acontecer. De toda forma, é curioso ver como se processa o pensamento de que a Globo está “do outro lado” na disputa ideológica: se para a esquerda, a Globo representa como nenhuma outra instituição os interesses da elite econômica, para os conservadores de direita sua abertura à diversidade de causas – principalmente nas telenovelas – dão a ideia de que o conglomerado quer implantar ideias de esquerda e princípios “comunistas” no seio da sociedade brasileira.

Presidente do BNDES “cala” Marco Antônio Villa

[caption id="attachment_77153" align="alignleft" width="620"] Historiador Marco Antonio Villa: surpeendido[/caption] O historiador Marco Antônio Villa passou por uma saia justa na quinta-feira, 13, no “Jornal da Manhã”, programa da Rádio Jovem Pan. É que ele havia desafiado o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, a apresentar um relatório sobre a situação da instituição. Antipetista convicto, ele queria detalhes sobre negociações que o banco teria feito, especialmente com os governos de países socialistas e com empresas como a Odebrecht e JBS. Rabello foi à rádio levando um “livro verde” com o relatório. Com muita calma, mesmo interrompido pelo açodamento do historiador, ele explicou como se deram os contratos e disse que, até aquele momento, não havia encontrado nada de irregular. Diante da insistência do interlocutor em buscar argumentos contra a atuação da instituição em episódios como o financiamento do Porto de Mariel, em Cuba, e da compra de ações do grupo J&F – controlador da JBS –, o presidente do BNDES foi menos paciente. “Temos de parar de falar mal pelo simples esporte de falar mal”, alfinetou Rabello, sem abrir mão da elegância. Mesmo assim, o executivo nomeado por Temer para o lugar de Maria Silvia Bastos Marques, no BNDES há menos de dois meses, não escapou de comentários maldosos abaixo da notícia referente a sua participação no programa, como se ele quisesse esconder a “caixa preta” do banco. De qualquer forma, foi uma das raras vezes em que o incisivo – e muitas vezes histriônico – Marco Antônio Villa foi “calado” por um interlocutor. Com muita classe, diga-se.

Alexandre Garcia versus aquecimento global

[caption id="attachment_98462" align="alignleft" width="620"] Reprodução/TV Globo[/caption] O jornalista (e competente apresentador) Alexandre Garcia tem algum problema mal resolvido com o aquecimento global. Em sua conta no Twitter a tese é frequentemente afrontada pelo comentarista político do “Bom Dia Brasil”, da TV Globo. Em junho ele ironizou a ideia, dizendo que o sol seria o culpado pelo “fenômeno” há bilhões de anos. Na semana passada, voltou à carga, tendo a onda de frio como pretexto: “Hey, Trump! Assine logo esse aquecimento global ou o Sul vai congelar sob a neve”, escreveu Garcia. Claro que o comentário foi rechaçado ferozmente. A referência a Donald Trump é um catalisador da provocação: o presidente norte-americano é negacionista (como se diz de quem nega o aquecimento global) convicto – ou nem tanto, já que se suspeita de que somente tem essa posição por representar interesses econômicos bem concretos, como o da indústria do combustível fóssil. De qualquer forma, Alexandre Garcia é inteligente o bastante para reafirmar seu conhecido conservadorismo com bases mais seguras. Mesmo se o aquecimento global não fosse uma realidade, não teria como ser prontamente negado; daí não pegar bem que um jornalista faça militância com uma coisa tão séria apenas para marcar uma posição.

Morte de Paulo Sant’Ana deixa pobre o jornalismo esportivo

[caption id="attachment_100499" align="alignleft" width="620"] Foto: reprodução[/caption] Um ícone da imprensa gaúcha morreu na quarta-feira, 19: Paulo Sant’Ana, de 78 anos, morreu em Porto Alegre, de insuficiência respiratória e infecção generalizada. Na polarização extrema e característica do futebol no Estado, ele não escondia sua paixão pelo Grêmio, mas tinha o respeito da torcida do arquirrival Internacional. Era referência da Rádio Gaúcha e da “Zero Hora”, onde era titular há décadas da coluna mais tradicional de esporte. Chegou a ser homenageado por uma escola de samba e não cansava de recordar quando, em 1998, esteve do outro lado da reportagem, como personagem de uma matéria da revista norte-americana “Newsweek”. O tema? Sua experiência com Viagra.

Execução do carroceiro em São Paulo prova: o Brasil mata sem dó seus filhos mais vulneráveis

Exatamente como não deve ser, este País nunca primou por cuidar de seus filhos, especialmente os mais desprotegidos

A Lava Jato subiu no telhado: por que a maior investigação da história do País está virando pizza

Queiram ou não seus críticos, das duas, uma: ou a operação vence ou sobrevive o Brasil antigo e viciado

Muita areia, pouca água: o que é bonito aos olhos também mata o Araguaia

Preocupação da comunidade científica é saber se não chegou o ponto em que seriam irreversíveis os danos à bacia do maior rio de Goiás

No desafio entre dois falastrões, Wanderlei Silva quis só briga e o arquirrival venceu

[caption id="attachment_98330" align="aligncenter" width="620"] Foto: reprodução[/caption] Wanderlei Silva foi ao lendário Madison Square Garden para protagonizar baixaria. Era sua chance de finalizar, de forma positiva, na arena onde pisaram Mohammad Ali, Joe Frazier, George Foreman e tantos outros mitos dos ringues, sua futrica particular contra Chael Sonnen – que também não morre de amores pelo brasileiro. Era a luta principal do Bellator, que hoje se tornou um UFC melhorado – todas as lutas foram de bom nível, com nomes veteranos como Fedor Emelianenko – que perdeu do americano Matt Mitrione com apenas 1 minuto e 14 segundos de luta – e promessas do MMA como Aaron Pico – grande favorito, mas humilhado pelo compatriota (ambos norte-americanos) Zach Freeman com uma finalização em menos de meio minuto. O brasileiro Douglas Silva também lutou e confirmou o cinturão contra o também ianque Lorenz Larkin. Mas os holofotes estavam mesmo focados no último combate. E o “Cachorro Louco” não teve chance contra Sonnen. Já no começo do 1º round, seu arquirrival o levou à lona e Wanderlei tomou uma surra que por pouco não resultou em um nocaute técnico. Depois, já de pé, conseguiu seu único bom momento na luta, quando derrubou o norte-americano com um soco, mas já se perdeu ao cair. No chão, novamente foi dominado. Mesmo quando teve a vantagem no solo, no 2º round, o brasileiro não se deu bem, porque realmente não tem técnica suficiente para competir contra Sonnen nessas condições. E no último tempo da luta isso se fez ainda mais evidente, quando foi imobilizado durante a maior parte do round. Quando acabou o tempo, vendo que o combate estava perdido, Wanderlei já se levantou reclamando da “falta de combatividade” do desafeto. Desculpa de perdedor. Ficou mais feio ainda quando Chael Sonnen estava concedendo a entrevista e o brasileiro o empurrou no ombro. O vencedor só olhou para trás, com um jeito indiferente. Ele subiu no octógono para lutar. O brasileiro sem noção só queria briga. Saiu completamente humilhado. Justificando o apelido, ladrou muito, mas não mordeu, porque não tem talento para isso.

Ferrovia, hidrovia e integração de modais: muita água para rolar até o fim da linha

Integração de modais é fator essencial para o desenvolvimento nacional e Goiás tem papel fundamental na conexão

Túlio Maravilha: o “descompassito” escondido atrás da hilária “Mil Golzito”

O goleador perdeu o bonde da fama e quer a todo custo resgatá-la. Ele paga o preço do ridículo, mas ninguém tem nada a ver com isso

E se o planeta explodisse? Professor alerta sobre as consequências das mudanças climáticas

Virar poeira cósmica poderá ser o destino da Terra, caso a temperatura continue a se elevar. Antes disso, viriam muitos cataclismos com o aquecimento global que Donald Trump nega existir

Sobre vândalos, drogados e posseiros: o País “cristão” diante do valor da vida e das coisas

Não há mais Brasil, mas brasis que se fecham em si mesmos. Um país de guetos que se recusam a conversar fora de seu centro

Música e solidariedade em troca de roupa (quase) nova no Escambo Ahma

Grupo de mulheres realiza sarau para arrecadar agasalhos e cobertores para pessoas em estado de vulnerabilidade. Quem ajudar pode sair de lá com um terno ou roupa de festa