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O líder do PMDB parece desconectado dos goianienses atuais. É provável que, se as eleições fossem realizadas seis meses depois de sua posse, os eleitores optariam por Vanderlan Cardoso ou Francisco Júnior

Para os docentes responsáveis pelo processo seletivo para a vaga de professor doutor Classe A na disciplina de História Moderna e Contemporânea da UFG, acusações feitas por grupo de candidatos não passam de ilações

Negócios ditos legais às vezes não são tão legais assim. Mas vale frisar que o chefão da JBS e o chefão da política não foram julgados nem condenados pela Justiça

Titular da Delegacia Estadual do Meio Ambiente diz que em breve haverá sérios conflitos motivados pela água e diz que produtor precisa reduzir desperdício em vez de ampliar fronteira agrícola

O Popular terceirizou sua opinião crítica para jornalistas de outros jornais, como Elio Gaspari e Eliane Cantanhêde

Comprei sobre as coberturas de guerra pelo jornalismo e descobriu que seu ex-dono era um grande leitor. Além de comentários, acrescentou artigos esclarecedores

Representantes dos produtores goianos não acreditam em quebra, mas confirmam que a situação da empresa causa dificuldades para o mercado

Livro de jornalista alemão revela que o líder nazista usava drogas pesadas e que soldados alemães eram motivados por doses de metanfetamina
Líder nazista poderia ter construído a bomba atômica antes dos americanos, o que mudaria o resultado da Segunda Guerra Mundial

Renan Calheiros
[caption id="attachment_98173" align="alignleft" width="205"] Renan Calheiros: por que é protegido?[/caption]
1 — Por que Renan Calheiros (PMDB) é tratado como inimputável? Delcídio Amaral, ex-PT, cometeu as mesmas travessuras que o ex-presidente do Senado e perdeu o diploma de senador. Aécio Neves, do PSDB, foi afastado do exercício do mandato no primeiro processo aberto contra ele, enquanto Renan, sobre quem pesam, ao que parece, ao menos doze processos, não é lembrado por Rodrigo Janot. O afastamento de Aécio foi imediatamente exigido e cumprido pelo Senado. Renan se recusou, recentemente, a cumprir ordem de afastamento do cargo de presidente do Congresso, expedida pelo ministro Marco Aurélio Melo. Nem recebeu o oficial de justiça. Não houve represálias.
Renan, juntamente com o ministro Ricardo Lewandowski, promoveu por conta própria uma reforma constitucional, interpretando erroneamente o artigo 52 da Constituição para preservar os direitos políticos de Dilma Rousseff quando cassada. Um escândalo, ignorado pela PGR e pelo próprio Supremo, com o agravante da indução de demais senadores ao erro.
BNDES
2 — Por que não se apuram as responsabilidades do BNDES nos desvios cometidos? Em quase todos os processos da Lava Jato e afins, o dinheiro público que foi surrupiado teve passagem pelos cofres do banco. Falei aqui em seu montante: mais de uma centena de bilhões de dólares. Dinheiro para fazer a diferença, se aplicado em nossa saúde, educação, segurança ou infraestrutura. Que foi, em vez disso, entregue a ditaduras de esquerda ou pretensos “campeões nacionais”, com reduzidas chances de retorno. Grande parte deste dinheiro já está comprovadamente perdida. O brasileiro quer saber, e mais que isso, precisa saber como essa imensa massa de recursos fluiu, tão facilmente, para locais e mãos erradas. O brasileiro quer e precisa saber quem estava nos postos superiores da cadeia de comando que o ludibriou e subtraiu seus escassos recursos, aí incluída a alta direção do BNDES.
Luciano Coutinho
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Luciano Coutinho: estaria blindado?[/caption]
3 — Por que Luciano Coutinho, que presidiu o BNDES de 2007 até 2016, não foi incomodado até hoje? Na sua presidência foram concedidos os maiores empréstimos para os bolivarianos e para os “campeões nacionais”. Não tem ele muito a explicar? É incalculável a falta que faz esse dinheiro nos combalidos serviços que o governo deveria prestar à sociedade. Ao que se sabe, Coutinho apenas prestou um breve depoimento à Polícia Federal, no dia 22 de maio. Havia sido procurado dias antes e estava no exterior. Nem a Interpol foi acionada para encontrá-lo, como foi feito em vários casos semelhantes.
Rose e Mercadante
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Rose Noronha: a
amiga de Lula[/caption]
4 — Por que permanecem livres, leves e soltas figuras petistas apontadas como presentes no centro dos desvios de recursos do Tesouro, ou no grosso tráfico de influência, como José Sergio Gabrielli, Erenice Guerra, Rose Noronha e Jacques Wagner? E Aloysio Mercadante, flagrado em indiscutível obstrução de justiça?
Rodrigo Janot
[caption id="attachment_98183" align="alignleft" width="202"] Rodrigo Janot: pressa só com Cunha e Aécio?[/caption]
5 — Ainda que PT e PSDB sejam, ao menos no meu entender, muito próximos, tanto ideológica quanto fisiologicamente, e mesmo sabendo-se que o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso não foi obtido por meio de sorrisos e abraços, há algo que não se pode negar: o vasto esquema de corrupção que gerou mensalão e petrolão, que afundou a Petrobrás e usou desbragadamente o Tesouro e o BNDES para beneficiar empresários próximos e governos mundo afora, ligados ao PT pelo marxismo, foi obra do próprio PT. Quem assaltou os fundos de pensão foi o PT. Sua assinatura está muito clara ali, na base do maior monumento à corrupção já esculpido por qualquer governo. É obra, no tempo, dos governos Lula da Silva e Dilma Rousseff, que juraram ser guardiões do dinheiro público e traíram o juramento. O PSDB, cada dia fica mais evidente, aproveitou-se de algumas franjas, quase migalhas caídas da mesa da corrupção petista, sob o olhar complacente dos governantes entre 2003 e 20015. Em troca, sempre fez uma oposição de fancaria. Mas é inevitável a pergunta: por que a Procuradoria Geral da República (leia-se Rodrigo Janot) agiu com determinação e rapidez muito maiores quando se tratou de Eduardo Cunha e Aécio Neves do que no caso de qualquer petista ou político ligado ao PT?
JBS e Joesley
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Joesley Batista: o PT lhe “deu” mais dinheiro[/caption]
6 — No mais rumoroso capítulo da história da corrupção brasileira — o caso JBS — as estranhezas pululam. Embora seja inegável que o foi o governo petista quem emprestou à empresa dos irmãos Batista quantias astronômicas de dinheiro público, e transformou boa parte dessa dívida em participação acionária do BNDES, quando a capacidade de pagamento não existia; embora não se possa negar que a empresa — logo os irmãos Wesley e Joesley — tenha praticado enorme corrupção, que alcançou os três poderes da República; embora seja patente ainda que na raiz de todos esses atos passíveis de punição legal esteja o PT, único detentor da chave do cofre, a atuação da Procuradoria-Geral da República parece se orientar pela busca apenas aos culpados ligados ao governo Michel Temer. E usa a própria JBS como parceira. Daí a pergunta: Temer e Aécio são os únicos ou mesmo os principais agentes na corrupção envolvendo a JBS? Ficam todos os demais à margem das investigações? Esquecemo-nos de Lula e seu grupo?
Campeões nacionais
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Eike: mais acionado do que a JBS[/caption]
7 — Há um triângulo das Bermudas dos “campeões nacionais”: JBS-Eike Batista-Oi. Nele desapareceu uma montanha de dinheiro público. Não sabemos como funcionava, a não ser a grosso modo, o esquema que escolheu esses recepiendários de recursos desviados de suas finalidades sociais mais urgentes. É inegável que o alto comando do esquema só poderia estar na cúpula do poder: na Presidência da República, nos principais ministérios, na direção dos bancos oficiais. Sétima pergunta: quem escolhia os “campeões”? Quem liberava os recursos? Por que se apura mais a fundo o desvio de Eike Batista, apenas em superfície o da JBS e nem se fala no da telefônica Oi?
Marcelo Odebrecht
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Odebrecht: preso e os irmãos Batista soltos[/caption]
8 — É justo que Marcelo Odebrecht tenha amargado uma longa prisão preventiva, seguida de um cumprimento de pena que já vai para dois anos, enquanto os irmãos Batista tenham sido “punidos” com irrestrita liberdade, refúgio no primeiro mundo e todos os confortos dos bilionários, se os casos Odebrecht e JBS são de mesma natureza, montante equivalente e beneficiários do mesmíssimo esquema de corrupção?
Cármen Lúcia
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Cármen Lúcia, presidente do STF[/caption]
9 — Por que a ministra Carmem Lúcia, a sempre equilibrada presidente do Supremo Tribunal Federal, reagiu publicamente e com veemência a uma notícia da revista “Veja” (notícia não confirmada e, mais que isso, desmentida) de que o ministro Edson Fachin estava sendo objeto de levantamentos feitos pela Abin e calou-se quando comunicada pelo ministro Gilmar Mendes de que procuradores estavam orientando policiais federais para tentar incriminá-lo na Operação Lava Jato? Note-se que neste caso, segundo o bem informado jornalista Reinaldo Azevedo, quem alertou Gilmar foi o próprio diretor-geral da PF, Leandro Daiello.
Edson Fachin
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Edson Fachin: ministro do STF[/caption]
10 — Uma das últimas notícias de impacto do jornalista Jorge de Bastos Moreno, que faleceu há poucos dias, foi dada no mês passado: O ministro Edson Fachin, na sua peregrinação aos gabinetes senatoriais em busca de sua aprovação para o Supremo, foi assessorado por Ricardo Saud, da JBS. E Fachin agora homologa a dadivosa delação premiada (ou premiadíssima) que beneficiou os irmãos Joesley e Wesley Batista e também Ricardo Saud. Essa a pergunta número dez: é verdade? Sem suspeição por parte do ministro?
Livro de Carlos Eduardo Drummond e Marcio Nolasco não é trabalho meramente de fã; é resultado de uma pesquisa exaustiva/
Escrever de maneira correta e atraente pode ser uma arte, mas também pode se usar técnicas

Integração de modais é fator essencial para o desenvolvimento nacional e Goiás tem papel fundamental na conexão

A crise imobiliária fez com que os preços dos imóveis caíssem em alguns casos até 50%, contudo a base de cálculo para cobrança do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) tem subido nos últimos dois anos mesmo com a redução dos valores dos imóveis. Por isso, contribuintes têm buscado a Justiça para recolher o valor legal do ITBI, com base no preço negociado dos imóveis, contrário ao valor de mercado estipulado pelas prefeituras. Bom exemplo disso é a cobrança pela Prefeitura de Goiânia de valores exorbitantes na hora de se calcular o ITBI, tanto isso vem ocorrendo que recentemente o Juiz da 2ª Vara Pública Municipal de Goiânia, Fabiano Aragão, concedeu liminar a um contribuinte determinando o depósito em juízo do imposto pelo valor real do imóvel e autorizando a transcrição imobiliária até que se resolva o valor a ser aplicado como base de cálculo do ITBI. Tal situação também tem sido corriqueira na cidade de São Paulo, que utiliza o mesmo método de valorização de mercado e sem data pré-definida para atualização do cálculo do ITBI, violando diversos dispositivos legais, vez que colocou em prática uma antiga fórmula de cálculo do imposto, mais benéfica para a arrecadação. O município prevê duas formas ao cálculo do ITBI: uma porcentagem do valor da negociação – assim como em outras cidades – ou o chamado valor venal de referência (VVR). Esse índice é determinado pela prefeitura com base em pesquisa de mercado e sem data pré-definida para a atualização. Vale o que estiver mais alto no momento em que o negócio for fechado. Como os preços dos imóveis estão reduzidos – em função, principalmente, da baixa demanda – o valor venal de referência tem se destacado. Em um dos casos levados para o Judiciário, que trata da compra de imóvel no bairro Butantã, na capital paulistana, o valor da transação foi de R$ 1,2 milhão, enquanto que o VVR estava fixado em R$ 2,1 milhões. Essa diferença fez quase dobrar o que deveria ser recolhido como imposto. Tem de ser destinado ao ITBI 3% do total. Nesse caso, se levado em consideração o valor da compra, deveriam ser pagos R$ 36 mil como imposto. Mas, como a base utilizada foi a do VVR, a quantia acabou ultrapassando R$ 65 mil. Situação semelhante envolveu a compra de imóvel na região dos Jardins. O valor da transação foi de R$ 2,6 milhões e o VVR estava fixado em R$ 4 milhões. O imposto, que pelo cálculo tradicional seria de R$ 79,5 mil, passou para R$ 120 mil. A Justiça tem decidido favoravelmente em ações semelhantes, pois a redução do valor dos imóveis é nítida e pública. De fato, ninguém sabe ao certo como e nem quando essas atualizações são feitas pela prefeitura. Os juízes vêm entendendo que não há base legal para o chamado VVR, que “afronta o disposto nos artigos 150 da Constituição Federal e 97 do Código Tributário Nacional”, conforme as decisões. Para os magistrados, o ITBI deveria ser composto pelo valor da negociação ou pelo valor venal, que consta na planta de valores genéricos do município. A discussão sobre o VVR gerou muito burburinho na época em que o índice foi instituído – em 2005, por meio do Decreto Municipal nº 46.228. É algo que só existe em São Paulo e agora em Goiânia, que, embora não utilize a mesma sigla, tem aumentado a base de cálculo do imposto de forma sistemática. Ao comprador do imóvel não há sequer a chance de escolher uma ou outra opção de base de cálculo. Os desembargadores de São Paulo decidiram, na época, que o valor venal de referência deveria servir ao município “apenas como parâmetro de verificação da compatibilidade do preço declarado de venda, não podendo se prestar para prévia fixação da base de cálculo do ITBI”. Apesar da decisão, a prefeitura nunca retirou o VVR do cálculo do imposto, cuja arrecadação foi de R$ 1,75 bilhão em 2016 e está implementando a “declaração de transações imobiliárias”. A partir de agosto, as imobiliárias de São Paulo terão de informar mensalmente sobre todas as transações de venda e aluguéis feitas em São Paulo.

O ex-ministro do STF Joaquim Barbosa tem sido sondado para disputar a Presidência da República. Já foi procurado por vários partidos, mas se mostra relutante, tipo “sem querer querendo”. Na semana passada, um grupo de artistas tentou convencê-lo a mudar de ideia.
Barbosa continuou relutante, alegou que não tem recursos próprios ou um financiador para fazer uma campanha. E em determinado momento, tocou na questão racial e questionou: “Será que o Brasil está preparado para ter um presidente negro?”
Barbosa mostrou desconhecimento da história brasileira. Não era um negro retinto, digamos, mas o País teve um presidente mulato, Nilo Peçanha (1867-1924), de origem pobre, filho de padeiro. As redes sociais não perdoaram na ironia fina.