Por Carlos César Higa

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As cartas eram falsas, mas causou estrago. Militares ficaram revoltados quando leram Artur Bernardes “chamar” Hermes da Fonseca de "sargentão sem compostura"
"Estou informado do ridículo e acintoso banquete dado pelo Hermes, esse sargentão sem compostura, aos seus apaniguados e de tudo que nessa orgia se passou. Espero que use com toda energia, de acordo com as minhas últimas instruções, pois essa canalha precisa de uma reprimenda para entrar na disciplina."
Este é o trecho de uma carta que Artur Bernardes teria escrito para Raul Soares, governador de Minas Gerais, e que foi publicado no jornal “Correio da Manhã” em 8 de outubro de 1921. No dia seguinte, o jornal publicaria outra carta. Depois, descobriu-se que as cartas eram falsas, mas, ao se tornarem públicas, causou um estrago imenso. Os militares ficaram revoltados quando leram Artur Bernardes “chamar” o marechal Hermes da Fonseca de "sargentão sem compostura". Se hoje falam tanto em "ameaça à democracia e às instituições", imagine na década de 1920?
O mineiro Artur Bernardes nasceu em 8 de agosto de 1875. Formou-se em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco, em São Paulo. Sua carreira política foi feita em Minas Gerais e em 1922, ele se elegeu Presidente da República. As cartas falsas só atiçaram a ira dos militares, primeiro contra a sua candidatura presidencial, e depois contra o seu governo. Para a alegria do barbeiro oficial do Catete, o presidente tinha bigode.

Por causa das crises militares, Bernardes governou sob estado de sítio. Maurício de Lacerda, pai de Carlos Lacerda, escreveu um livro chamado "A História de uma Covardia", no qual ele faz severas críticas a Arthur Bernardes e as violências praticadas contra ele por causa do estado de sítio.
Logo após deixar a Presidência, Arthur Bernardes se elegeu senador e apoiou a Revolução de 1930. Ele se elegeu deputado em 1934, mas teve o mandato cassado três anos depois por conta do golpe do Estado Novo. Com a redemocratização após o fim da Era Vargas, Bernardes se filiou à UDN e se elegeu novamente deputado. Ele morreu no Rio de Janeiro, em 1955.

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