“Chegando ao Ministério da Guerra centenas de telegramas e cartas de pessoas de todas as classes sociais oferecendo seus serviços militares para a defesa do Brasil – o ministro da Guerra, na impossibilidade de responder a todos esses telegramas e cartas, agradece, por este meio, em nome do Exército, a quantos manifestam espontaneamente a vontade firme de servir à Pátria. (…) Em tempo oportuno, serão incorporados regularmente às fileiras ou aproveitados, de acordo com suas aptidões e idade, nos vários cargos necessários à defesa da Pátria. Cada brasileiro haverá de colaborar, com o seu tradicional espírito de sacrifício na defesa de nosso território e de nossa soberania.”

O Ministério da Guerra divulgou uma nota à imprensa, no dia 14 de setembro de 1942, agradecendo as inúmeras pessoas que se disponibilizavam a lutar pelo Brasil na Segunda Guerra Mundial. Naquela época, navios brasileiros foram alvo de ataques de submarinos alemães, o que gerou revolta e inúmeros pedidos para que Getúlio Vargas entrasse na guerra contra o nazi-fascismo.

No mesmo 14 de setembro de 1942, acontecia o V Congresso de Estudantes no Rio de Janeiro. Os jovens queriam a “participação patriótica” na guerra. Teve até passeata nas ruas do Rio de Janeiro e, como mostra a foto deste post, cartazes com os dizeres: “Queremos a Guerra”. O Brasil é o país do carnaval, do ziriguidum, mas não pisa no nosso calo e nem afunde navio nosso que a gente fica com o sangue nos olhos.