Opção cultural

“O Justiceiro”, romance de Ramatis Jacino publicado em 1990, denuncia um tipo de comportamento na sociedade brasileira que é alimentado pelo sentimento de sujeição emocional, o da negação das origens

Em sua estreia, Alê Motta mimetiza um universo cruel e esquizofrênico, próximo das manchetes popularescas dos jornais impressos e televisivos

A criatura sem nome que todos nos acostumamos a chamar pelo de seu criador está de pé há dois séculos, e mais viva do que nunca, graças à qualidade narrativa do texto junto com a adoção feita pela cultura pop do aterrorizante ser

O fascínio exercido pelo ser criado em laboratório sobre o imaginário coletivo deu vida longa não só ao livro, mas também à sua autora, Mary Shelley

Releio um romance de Jorge de Lima: “A mulher obscura[i]”. Na verdade, é como se o estivesse lendo pela vez primeira

No dia em que a edição número 20 do festival começa no teatro do Centro Cultural da UFG, na Praça Universitária, o sócio fundador revela que cogitou não realizar o evento

De criação coletiva que remonta à cultura persa do século 9, antes de imergir no imaginário árabe e ser completada por copistas desde Bagdá e Cairo, obra engrandece com sua inclinação para o fantástico e com a ideia de que só a palavra salva a humanidade

Morto há uma semana, escritor goianiense deixa um legado memorialista dos mais importantes para Goiânia, cujas ruas e pessoas são louvadas em suas crônicas mais bem acabadas

Romance de Jorge Amado, “Tieta do Agreste”, que fez 40 anos em 2017, continua em alta conta em sua proposta de contrapor os sonhos e os desejos de quem mora no interior em relação aos grandes centros

Livro de Milton Santos, publicado há 40 anos, mantém-se atual pela contundência com que o autor ataca o problema da miséria, sobretudo, nos aglomerados urbanos, onde a globalização é mais eficaz

Se me dou conta agora que uma crônica tem seu momento, reflito que já escrevi sobre isso: "aparentemente a crônica é talvez, mas a crônica é sempre e, principalmente, quando"

Livro de autor espanhol analisa os passos decisivos de personagens suicidas pela perspectiva camusiana, segundo a qual o problema fundamental da filosofia está centrado na decisão se a vida vale a pena ou não ser vivida

Romance de Campos de Carvalho, publicado em 1956, ainda consegue crivar as intempéries psicossociais pelo ponto de vista de um lunático, que ao mesmo tempo apresenta uma ofuscante lucidez

Romance de 1964 traz uma prosa marcada pela vibração poética, que mesmo se distanciando de outras linguagens, dotadas de clareza textual, fascina o leitor, talvez por isso, por essa loucura inscrita no chamado do real

Escritora norte-americana fala de fronteiras e ocupação dos grandes espaços da América; dela se pode reafirmar com Carpeaux que “o catolicismo foi elemento significativo de sua arte”