Reportagens

Realizado de 2 a 7 de maio, o evento conta com uma programação em 60 municípios goianos
[caption id="attachment_64327" align="alignright" width="620"] Ponto do Artesanato, de Késsia Sousa, dedica-se a casamentos. São diversos enfeites diferenciados da área, afinal, inovar é fundamental[/caption]
Yago Rodrigues Alvim
Em 2010, por conta de uma gravidez, Késsia Sousa Silva deixou seu trabalho na área da saúde, em que tem formação, para se dedicar ao bebê que viria. Certo dia, foi presenteada com um enfeite. Era um quadro com biscuit. Curiosa com aquilo, procurou conhecer como era feito e o todo que o envolvia. Assim, deu início à Ponto do Artesanato, uma empresa que tem realizado a vida da, hoje, microempreendedora.
Como Késsia, Paulo Vinicios Bontempo tem se dedicado a um microempreendimento. Tudo começou com uma loja, a “Coisas da Fazenda”. Ali, vendia doces caseiros, ovos caipiras e outros produtos do gênero. Com a loja, Bontempo se formalizou. As coisas, porém, não deram muito certo. Como trabalhava no ramo de refrigeração, dedicou-se a área individualmente; criou seu próprio negócio, a G3 Refrigeração.
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Diretor técnico do Sebrae-GO, Wanderson Portugal: “Qualificação faz a diferença no desempenho dos negócios”[/caption]
Bontempo conta que, se não fosse a seccional goiana do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-GO), provavelmente, não teria constituído um empreendimento próprio e as rédeas de seu trabalho e todo o sonho que tinha de ser autônomo teria ido por água abaixo, já que sem a formalização o negócio na área de refrigeração seria inviável.
Na primeira semana do mês de maio, de segunda-feira, 2, a sábado, 7, o Sebrae-GO realiza a Semana do MEI (Microempreendedor Individual). O evento tem caráter nacional e, em Goiás, acontece em 60 municípios.
A gerente do Sebrae-GO, Elaine Moura, conta que a Semana tem como objetivo apoiar os microempreendedores. O evento intensifica as ações do Serviço voltadas a eles. São atendimentos, palestras e oficinas de capacitação, todas integradas nas diversas regionais goianas (Norte, Sul, Oeste, Sudeste, Sudoeste, Nordeste, Noroeste e nas regionais metropolitanas de Goiânia e Aparecida de Goiânia e no entorno do Distrito Federal). Veja, na página seguinte, a programação da Semana nas regionais de Goiânia, Aparecida de Goiânia, do DF, Sul e Sudeste.
Quando questionada sobre alguma atração ilustre, algum convidado de renome, Elaine disse contente que o convidado mais ilustre da Semana do MEI é o microempreendedor individual. Já sabe que não dá para perder, não é?
O diretor técnico do Sebrae-GO, Wanderson Portugal Lemos, pontual que o principal eixo do evento é de fato a capacitação com a realização de oficinas práticas que contribuem para a melhoria da gestão das microempresas.
— Com mais de cinco milhões de MEI no Brasil e mais de 200 mil em Goiás, a qualificação é o fator que vai fazer a diferença no desempenho dos negócios, ainda mais em um ano de muitos desafios econômicos. Com apoio de parceiros institucionais, o Sebrae realiza uma programação de atendimentos, esclarecimento de dúvidas, palestras e realização de cursos e oficinas.
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Gerente do Sebrae-GO, Elaine Moura: “O convidado mais ilustre da Semana do MEI é o microempreendedor individual”[/caption]
Em Goiânia, as atividades da semana serão realizadas na sede do Sebrae-GO, no Shopping Estação Goiânia, no Shopping Mega Moda, na Faculdade Noroeste, na Paróquia Santa Luzia, no Salão Paroquial Padre Cesário, no Centro de Convivência do Idoso (CCI), na Associação Pró Melhoramento do Setor Pedro Ludovico, na Avenida Bernardo Sayão.
Na Região Metropolitana de Goiânia, o Sebrae tem ao seu lado parceiros como o governo de Goiás, a Agência Goiás Fomento, o Banco do Brasil, o INSS, o Corpo de Bombeiros, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) Municipal, a Caixa Crescer, a Agência Municipal de Meio Ambiente, a Receita Federal, o Shopping Estação Goiânia, o Shopping Mega Moda, a Faculdade Noroeste, a Frente Parlamentar das Micro e Pequenas Empresas, a Associação Comercial e Industrial da Avenida Bernardo Sayão, a Prefeitura Municipal de Trindade, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Inhumas, a Prefeitura Municipal de Palmeiras, CDL de Palmeiras, de Nerópolis e a Prefeitura Municipal de Nerópolis.
No interior, o Sebrae também está ao lado de vários parceiros institucionais, empresariais, prefeituras, secretarias públicas municipais e estaduais.
O diretor complementa que este é um trabalho que tem total aderência à missão do Sebrae de fomentar e fortalecer os pequenos negócios e que, além disto, é uma oportunidade ímpar para que os empreendedores possam ampliar seus conhecimentos e melhorar a gestão do negócio próprio. “Os resultados esperados são os mais positivos, visto que toda a programação é gratuita e que esperamos pelo maior número de participantes nos cursos, oficinas e atendimento, onde estarão a postos todos os órgãos e instituições que tenham, em suas atividades, relação direta com o segmento de pequena empresa. Esperamos a participação e presença de todos os empreendedores goianos na semana do MEI.
O Sebrae está com sua equipe de especialista pronta para o pleno atendimento”, conclui Portugal.
MEI
Conceitualmente, o Microempreendedor Individual (MEI) é o empresário optante pelo Simples Nacional e enquadrado no Simei. Ele se enquadra na Lei Complementar nº 128/2008, alterada pela Lei Complementar nº 139/2011, cujo faturamento anual bruto é de no máximo R$ 60 mil. Além disso, o MEI não tem participação em outra empresa como sócio ou titular e possui, no máximo, um único empregado que recebe um salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional. Ele também pode desempenhar suas atividades empresariais em sua própria residência ou até mesmo sem local fixo.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a PNAD 2013 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado goiano tem 474.589 autônomos, concentrados principalmente nos centros urbanos. O número representa 4% do total de autônomos do país. O Portal do Empreendedor consta um saldo acumulado até janeiro deste ano de 206,8 mil MEI formalizados em Goiás. No Brasil, o total é de 5,65 milhões.
Dentre eles, listam Késsia e Bontempo. Eles contam das dificuldades e demandas que um negócio próprio tem; inovar, diz Késsia, é algo essencial. Recentemente, ela tem se projetado na área de casamentos, focando a natureza. Bontempo também diz de sua vontade de crescimento.
Nisso, ambos concordam que o auxílio do Serviço foi e tem sido essencial. Ambos se formalizaram com a ajuda do Sebrae-GO e comenta que sempre se prontificam às capacitações da seccional. Késsia mesmo já viajou a Brasília, participando de eventos do Serviço. Em maio, já prontificam a fazer parte do evento, sejam nas palestras ou oficinas.
Confira a PROGRAMAÇÃO da SEMANA DO MEI - 02 A 07 de maio de 2015
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[caption id="attachment_64312" align="alignright" width="620"] Estudo com dados mostra que o ser humano mente para si, mas precisa de algum consolo[/caption]
Flávio R. L. Paranhos
Especial para o Jornal Opção
A edição de 24 de março da revista Nature, um dos periódicos científicos de mais alto impacto do mundo, traz um trabalho interessante, na medida em que apresenta evidências sólidas para algo que já era intuído, a saber, que quanto mais corrupto o governo de um país, mais corruptos tenderão a ser seus cidadãos.
Os autores Gächter e Schulz fizeram o seguinte. Conduziram um experimento em 2568 estudantes de vários países por meio do qual procuraram medir sua honestidade. Estes deveriam jogar um dado duas vezes. Receberiam dinheiro proporcionalmente ao número mostrado pelo primeiro dado, exceto o número seis, que faria com que nada ganhassem. A segunda vez em que jogavam o dado aparentemente não serviria para nada. Aparentemente, pois tem sua utilidade no experimento, como veremos. Sem serem observados, sua tarefa era, após jogar o dado duas vezes, contar o resultado da primeira vez ao pesquisador, e este lhe pagaria por sua participação de acordo com o número informado.
Note que o participante realmente não era observado por ninguém. Isso elimina um desconforto ético grande, que seria o pesquisador saber exatamente quem era desonesto. E elimina também que se mate uma curiosidade sem valor científico, justamente saber individualmente quem era desonesto. Por métodos estatísticos, pode-se inferir qual grupo de pessoas (e não cada pessoa) está sendo mais provavelmente desonesto. O próximo passo é fazer uma correlação com um índice de corrupção do país a que pertence aquele grupo, chamado de Prevalência de Violação de Regras (PRV, da sigla em inglês).
O resultado foi o esperado. Grupos de estudantes de países com PRV mais alto (como Marrocos e Tanzânia, por exemplo), mentiram mais para ganhar mais dinheiro, enquanto os de países com PRV mais baixo (Inglaterra, Suécia, para citar dois exemplos), mentiram menos e receberam menos (receberam o que se esperaria de dados jogados ao acaso).
Quanto ao Brasil, infelizmente, estudantes brasileiros não foram testados, e só podemos imaginar o que daria. Mas há um detalhe metodológico do experimento que acredito valer para o momento pelo qual passamos. Refiro-me ao segundo dado. Por que jogar duas vezes se só a primeira é que vale? Porque há um mecanismo mental de que os seres humanos nos valemos e que é o alvo desse pequeno detalhe.
Por uma fria lógica matemática, as pessoas que mentiram diriam todas que o dado deu cinco, certo? Errado. As pessoas, mesmo quando desonestas, precisam se agarrar em algo para justificar sua desonestidade. A racionalização da culpa, que é humana, demasiado humana, precisa de uma ajudinha. O que fazem, então? Não dizem o que deu o primeiro dado, mas, sim, o que deu o número maior. Você, com a distância que o fato de não ter participado do experimento lhe permite, deve estar se perguntando: mas, que diabo, que lógica é esta?! Se a regra é dizer o que deu no primeiro, tanto faz que se jogue zero, um ou um milhão de vezes depois, pois o que vale é o que deu no primeiro. A mentir, que se minta sem precisar do segundo resultado. Mas não é o que acontece. O ser humano precisa ter um bom conceito de si próprio, precisa de ganchos cognitivos (ainda que fajutos) para racionalizar, moer, remoer sua culpa até se perdoar. Para isso serve o segundo dado. O sujeito diz a si mesmo, poxa, não foi o primeiro, mas foi o segundo, foi de fato jogado, mero detalhe que não tenha sido o primeiro etc. E num passe de neurociências, o sujeito se perdoa e fica “em paz com a própria consciência”.
Algo assim está acontecendo on line no Brasil hoje. Tanto mortadelas quanto coxinhas têm sistematicamente escolhido o segundo dado, exercitando uma espécie de doutrina do duplo efeito (uma escolha/ação que tem como consequência um efeito bom e um mau). Os primeiros ignoram inacreditavelmente todas as evidências da sangria criminosa da Petrobrás. Os segundos fecham os olhos (e ouvidos e narinas) às constrangedoramente gigantes evidências contra a conduta do maestro do impeachment, o presidente da câmara, e seus aliados.
O problema é que para que seja moralmente aceitável, o efeito mau não pode ser instrumento para o efeito bom. Para que se obtenha este, aquele não pode ter sido intencional. Algo a que nem coxinhas nem mortadelas estão dando a mínima. O que nos deixa numa posição absurda, vença quem vencer, no fim todo mundo perde. Este é um jogo de dados viciados. l
Flávio R. L. Paranhos é médico (UFG), mestre em Filosofia (UFG), doutor (UFMG) e postdoc research fellow (Harvard) em Oftalmologia. Doutor em Bioética (UnB).

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