Editorial

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PT está destruindo a Petrobrás, a gigante criada por Getúlio Vargas

Na década de 1950, enfrentando tubarões internos e externos, Getúlio Vargas criou a Petrobrás. Sessenta anos depois, os governos do PT são responsáveis por prejuízo de R$ 21,6 bilhões e uma corrupção mafiosa que arrancou R$ 6,2 bilhões da empresa, que tem uma dívida de R$ 351 bilhões

PT foi criado para depurar a política mas detonou o sistema partidário brasileiro

Ao comprar apoio político, o PT praticamente dissolveu os principais partidos do país. Não há alternativa: a reconstrução passa pelo PT, pelo PSDB e pelo PMDB. Mas é preciso pensar no país e não em eleições

Governo Dilma Rousseff cria regime que é presidencialista, parlamentarista e monárquico

Um quarteto — Dilma Rousseff, Joaquim Levy, Michel Temer e Lula da Silva I — manda no país, criando um regime sui-generis, que, além de presidencialista, é parlamentarista e praticamente monárquico. Mas a presidente pelo menos mostra que está viva e que seu governo é viável

Redução da maioridade penal indica que o Brasil está se tornando adulto

A maioria dos brasileiros e dos deputados federais quer a aprovação da redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Mas é preciso discutir o fato de que, por motivação ideológica, o governo petista investe pouco e mal em segurança pública

“Desvio” da Veja, a Lei Anticorrupção e FHC diz que Dilma herdou um sistema corrupto

A maior revista do país se torna amiga do inimigo maior, o Lulopetismo. Fernando Henrique percebe a presidente como prisioneira do Lulopetismo. Modesto Carvalhosa diz que Lei Anticorrupção não precisava ser regulamentada. Instituições resistem às pressões da corrupção sistêmica

Fracasso de Dilma Rousseff produz tese de que Lula pode ser o “salvador da pátria” em 2018

O Lulopetismo opera um jogo arriscado e não muito bem delineado: torce não pelo fracasso total, e sim parcial da presidente, para que Lula da Silva surja como o político-gestor, quase de oposição, para recuperar o país. As oposições? Estão dormindo

Impeachment de Dilma Rousseff é melhor do que “deixá-la” terminar o seu mandato?

O PT de Lula da Silva e Dilma Rousseff montou uma estrutura corrupta para mantê-lo no poder por longo tempo. As elites políticas foram corrompidas para não questionarem a força petista no plano nacional. Mas o próprio PT se corrompeu. E a presidente da República?

Livro diz que, se o Estado não for reinventado, o Ocidente vai quebrar

A Quarta Revolução, dos especialistas Adrian Wooldridge e John Micklethwait, é tornar o Estado mais útil e eficiente para a sociedade. Mas a sociedade e os políticos não devem pressionar por novos benefícios

The Economist diz que culpado de o Brasil estar no atoleiro é o governo da presidente Dilma Rousseff

Mais influente revista do mundo põe o Brasil na capa, garante que o governo petista está paralisando a economia do país e frisa que o ministro Joaquim Levy é um sopro de esperança

Iris Rezende é o Rei Lear do PMDB, mas ninguém do partido luta para encerrar seu ciclo em definitivo

O PMDB de Goiás prega a renovação e a mudança. Porém, ao manter Iris Rezende, de 81 anos, como principal líder sugere que se trata de um partido estagnado. Por que não se tira o cacique da liderança? Porque os possíveis líderes não querem enfrentá-lo, sem entender que isto é inadiável

Políticos terão ganho eleitoral com medidas duras do governador Marconi. Não é ilusão

A modernização da máquina pública, colocada a serviço da sociedade e não da barganha política, vai ser decisiva para que os eleitores percebam o governador de Goiás, o tucano-chefe Marconi Perillo, e seus aliados como porta-vozes da modernidade nas eleições de 2016 e 2018

A presidente Dilma Rousseff pode sofrer impeachment?

O jurista Ives Gandra diz que, dada a corrupção sistêmica na Petrobrás, há condições técnicas para se pedir o impedimento da petista-chefe. Três mestres universitários sugerem que a argumentação do professor da Universidade Mackenzie é mais ideológica do que técnica

Irismo pode sacrificar 2018 pensando em 2016. PSDB pode sacrificar 2016 pensando em 2018

Iris Rezende pode sacrificar 2018, desde que Ronaldo Caiado apoie seu grupo em Goiânia em 2016. Outra parte do PMDB pode sacrificar 2016, apoiando Vanderlan Cardoso, para cacifar-se para 2018. O PSDB pode “esquecer” 2016, aliando-se ao presidente do PSB, para manter o poder em nível estadual

Papa Francisco, controle de natalidade, Obama, falta de água e superpopulação. Tudo tem a ver

O papa Francisco não culpa os pobres, mas, como se tivesse lido os cientistas americanos E. O. Wilson e Jared Diamond, sugere que famílias menores são importantes para a segurança do ser humano na Terra. Ao se reproduzir sem controle, o homem está destruindo outras espécies

Para entender a crise da educação é preciso ir além da discussão das notas baixas em redações no Enem

bertha-worms-brasil-1868-1937-2O resultado do Enem de 2014 mostra que os jovens brasileiros vão mal em matemática e redação. O jornal “O Globo” ouviu dois estudantes que obtiveram nota máxima em redação. Carlos Eduardo Lopes Marciano, de 19 anos, diz que, acima de tudo, é um bom leitor. Aprecia, por exemplo, Jorge Amado, que, se não é um Machado de Assis ou um Guimarães Rosa, portanto pouco dado à inventividade literária, é uma espécie de sociólogo da vida brasileira, um discípulo literário, digamos, de Euclides da Cunha, Gilberto Freyre, Caio Prado Júnior, Sérgio Buarque de Holanda e Raymundo Faoro. Quer dizer, um intérprete, quiçá indireto, da história e do cotidiano do País. “Sempre tive o dom de escrever. Escrevia poemas e outros textos e gostava de redação argumentativa”, sublinha. Ao tentar uma vaga na Universidade de São Paulo (USP), leu os nove livros indicados. Leu as obras, não resumos elaborados por professores ou encontrados na internet. Maria Eduarda de Aquino Corrêa Ilha, de 18 anos, sugere que a paixão pelos livros contribuiu, de maneira decisiva, na elaboração de uma redação estruturada e convincente. O tema “publicidade infantil”, admitem os dois, por ter sido menos divulgado que “lei seca”, o tema de 2013, é mais “difícil”. Porém, a facilidade de lidar com as palavras e as ideias facilitou a escritura da redação. “O Globo” ouviu professores do ensino médio, em busca de uma explicação para as notas baixas — de maneira surpreendente, o jornal praticamente ignorou a disciplina matemática — e colheu platitudes, ainda que objetivas. O mestre Bruno Rabin, do ensino médio, acredita que as notas baixas têm a ver com o tema da redação, que, por ser mais “árido”, exige uma formação cultural mais ampla. Ele sugere outra explicação: como a redação foi feita junto com as provas de linguagens e matemática, é provável que não tenha sido a prioridade de vários estudantes. “Os alunos provavelmente ficaram pressionados com o tempo, e isso influiu”, avalia. O professor Filipe Couto, do ensino médio, atribui parte da responsabilidade a um possível rigor dos corretores das redações. Ora, o rigor é necessário e os corretores não podem ser apontados como “culpados” pelo fato de os estudantes não escreverem bem — muitos nada escreveram, daí a nota zero — ou de escreverem e argumentarem mal. Rafael Cunha, professor de redação, corrobora Filipe Couto: “Questiono se todos os corretores seriam capazes de tirar nota mil se fizessem a prova”. Destacar isto é passar ao largo do que realmente importa. A “Folha de S. Paulo” buscou a opinião do professor Reynaldo Fernandes, da USP e ex-presidente do Inep — que organiza o Enem. Ele atribui o fato de muitas redações terem sido entregues em branco ao “peso maior das provas objetivas em algumas faculdades que usam o exame” (o texto entre aspas é do jornal, sintetizando o pensamento do mestre). “Tem instituições que não usam a nota da redação em seus vestibulares”, afirma Reynaldo Fernandes. O ministro da Educação, Cid Gomes, entra de maneira apressada no debate. “Eu arriscaria uma tese: o tema de 2013 foi lei seca. Essa questão foi muito debatida, discutida. O tema da publicidade infantil [no ano passado] não teve um grande processo de discussão como o outro.” O que se depreende do exposto acima? Que os dois estudantes que obtiveram nota máxima na redação têm mais razão do que os especialistas e o ministro da Educação. Eles disseram, sem firulas, que estudar (ler), e de maneira lógica e atenta, é fundamental. Os especialistas, ao discutirem certas minúcias, deixaram de enfatizar que a educação precisa de reformas, que incentivem o estudo mais detido da própria língua — a falta de domínio da Língua Portuguesa (o populismo de especialistas como Marcos Bagno faz um mal enorme àqueles que precisam competir por vagas em boas universidades e, depois, no mercado de trabalho) talvez esteja na base dos textos caóticos, sem sentido e sem lógica, e não precisamente o domínio do tema — e, sim, de matemática. Não se chega a Estados Unidos, Japão, Alemanha com estudo deficiente de matemática. A China e a Coreia do Sul investem pesado no ensino de matemática, incentivando competições entre os estudantes. A falta de qualidade da educação é geral. Porém, como há escolas, privadas — como o WR, do professor Rubão — e públicas, como as administradas pela Polícia Militar, para ficar com exemplos goianos, de qualidade inquestionável; é preciso verificar, com estudos específicos, sem desconsiderar o geral, o que de fato está acontecendo. Há mestres, dados a manipular e distorcer a realidade por meio de ideologias, que consideram o WR, o Visão e o Olimpo como “amestradores” de estudantes para o vestibular ou, agora, para o Enem. É uma infantilidade pensar assim. Na verdade, o ensino dos colégios é de qualidade e seus alunos são, no geral, os melhores. Claro que, para lá, vão os mais qualificados, mas deve-se dizer, para além das ideologias ditas educacionais, que, de tais escolas, saem ainda mais qualificados, e não apenas para exames. A disciplina do WR, ao contrário do que comumente se pensa, não cria robôs; pelo contrário, forma estudantes mais comprometidos com a aprendizagem. Nas escolas militares, como o Colégio Hugo de Carvalho Ramos, a disciplina atua em favor da aprendizagem. Educação não é festa — é transpiração, diria o poeta João Cabral de Melo Neto. É evidente que não se deve discutir tão-somente nichos de qualidade. A educação do País como um todo precisa melhorar. O ministro Cid Gomes, embora muito combatido, talvez devido ao seu destempero verbal, fez um trabalho de qualidade na educação do Ceará, garante o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás Edward Madureira. Veremos se terá energia para dobrar o corporativismo — que sempre aposta no quanto pior, melhor — e consegue implantar mudanças graduais na área. Se começar a falar em mudanças profundas — ao estilo dos socialistas —, o leitor deve ficar desconfiado. Em geral, aqueles que falam em “mudanças profundas” ou “mudanças estruturais” não querem mudar nada. Nas escolas públicas, um bom começo é ter aulas todos os dias, sem greves, com professores qualificados e mais exigência, sem populismo e adulação, na avaliação dos estudantes e, também, do corpo docente.