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E o Nobel de Literatura vai para Ngugi wa Thiong’o… Ou Murakami… Para Roth? Nem pensar

A Academia Sueca deveria premiar logo Philip Roth, Milan Kundera, Joyce Carol Oates ou Lobo Antunes. Mas não vai fazê-lo [caption id="attachment_77532" align="aligncenter" width="300"] Ngugi wa Thiong’o , escritor queniano Ngugi wa Thiong’o , escritor queniano[/caption] Se o escritor queniano Ngugi wa Thiong’o ganhar o Prêmio Nobel de Literatura — derrotando Haruki Murakami (consta que é o preferido dos moços e das moças casadoiros; é tão profundo quanto Paulo Coelho e, vá lá, um pires), Adonis (“ganha” quase todo ano, coitado), Don DeLillo (autor de um dos melhores romances sobre o 11 de Setembro; está no nível de Philip Roth, quiçá abaixo meio centímetro), Jon Fosse (dramaturgo norueguês; quando li o nome, pensei que fosse o Bob Fosse), Ko Un (poema sul-coreano), Javier Marías (brilhante escritor espanhol), Bob Dylan (putz!) —, pelo menos o mundo vai aprender, ou ao menor tentar, a pronunciar seu nome, quem sabe impronunciável... fora do Quênia (eu, confesso, estou tentando há cinco dias e não consigo sair da primeira “sílaba”). É tido como um grande escritor e a Academia Sueca aprecia premiar escritores que, digamos, precisam ser “mais lidos”, “vulgarizados”. [caption id="attachment_77535" align="aligncenter" width="290"]Haruki Murakami, escritor japonês Haruki Murakami, escritor japonês[/caption] Ngugi wa Thiong’o pode até não ser o favorito dos leitores — exceto dos leitores quenianos —, mas é o favorito das casas de apostas, como a experimentada Ladbrokes, de Londres. O Nobel de Literatura será anunciado na quinta-feira, 13. Se fosse sexta-feira, 13, Philip Roth teria alguma chance de ganhar? Possivelmente, não, apesar de ser azarado (bem, não é tanto assim; namorou Jackie Kennedy). É provável que o americano intranquilo entre para a lista dos grandes autores que não foram agraciados com o Nobel — como Liev Tolstói, Proust, James Joyce, Jorge Luis Borges, Carlos Drummond de Andrade, Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, João Cabral de Melo Neto e Lezama Lima. [caption id="attachment_77536" align="aligncenter" width="300"]Don DeLillo, escritor norte-americano Don DeLillo, escritor norte-americano[/caption] Livros de Ngugi wa Thiong’o publicados no Brasil: “Um Grão de Trigo” (Alfaguara) e “Sonhos em Tempo de Guerra — Memórias de Infância” (Biblioteca Azul/Globo). A lista da Ladbrokes inclui, quem sabe por desencargo de consciência, os excelentes António Lobo Antunes e Joyce Carol Oates e John Banville, além de Ismail Kadaré, César Aira (argentino; aí os brasileiros vão morrer de inveja, sobretudo depois do papa argentino, o notável Francisco, de quem sou admirador), Péter Nádas e László Krasznahorkai. Ninguém lembra de Milan Kundera, do time “A” da literatura, mas malvisto pelo sucesso do belíssimo romance “A Insustentável Leveza do Ser”. Não se sabe por quê, mas os acadêmicos suecos — consta que o caçula tem a idade de Iris Rezende — ignoram autores que, sem querer-querendo, publicaram best sellers. E o grande Thomas Pynchon? É quase como o México, diria Porfirio Diaz: tão perto de Deus, oh, mas tão longe dos leitores suecos...

Sentença do STJ: Fernando Morais e editora terão de indenizar Ronaldo Caiado em 1,5 milhão de reais

Resenha do Jornal Opção, comentando livro sobre a W/Brasil, agência de Washington Olivetto, levou o senador de Goiás a processar o jornalista, um publicitário e a editora Planeta

Jornal Diário da Manhã pede recuperação judicial

Se o pedido for aprovado pela 3ª Vara Cível, o jornal terá 60 dias para apresentar seu plano de recuperação judicial. Ações contra a empresa ficam suspensas por 180 dias

Justiça autoriza quebra de sigilo telefônico de repórter da revista Época

Aner, ANJ e Abert dizem que “não há jornalismo nem liberdade de imprensa sem sigilo da fonte” e tentam derrubar a decisão de uma juíza de Brasília

O Popular omite que Iris e Vanderlan estão empatados e que o fato novo é a ascensão do segundo

O jornal deixa de perceber que, além do evidente empate, era fundamental registrar uma informação: o candidato do PSB está em ascensão e o do PMDB, não

Assassinato de sargento do Exército prova que ditadura não era ditabranda em 1966

Morte do sargento Manoel Raymundo Soares chamou a atenção de Sobral Pinto e Paulo Brossard. O presidente Castello Branco mandou apurar o crime, mas chefes e agentes do Dops foram “inocentados” por falta de provas

Filósofo da USP diz que discurso político de Marilena Chauí representa uma catástrofe para a esquerda

Doutor em Filosofia pela Universidade Paris I diz que a filósofa equivoca-se ao rejeitar a autocrítica e ao não criticar os petistas que se tornaram corruptos. A denúncia-acusação da Operação Lava Jato “não é delirante"

Editora Intrínseca lança em novembro biografia de Zózimo Barrozo do Amaral

O autor é o experimentado jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, biógrafo de Leila Diniz e Antônio Maria

Livro diz que o goiano Delúbio Soares tentou ser presidente do BNDES. Lula vetou

petrobasUma História de Orgulho e Vergonha” (Objetiva, 391 páginas), de Roberta Paduan, informa que a corrupção na Petrobrás tornou-se forte no governo Sarney, acelerou no governo Collor e se tornou sistêmica nos governos do PT. No governo de Collor, funcionários graduados lutaram, vencendo algumas vezes, contra os corruptos. O livro relata que o goiano Delúbio Soares queria assumir a presidência do BNDES, mas Lula da Silva, presidente, disse que estava “querendo algo maior que ele”. O livro mostra que o governo de Fernando Henrique Cardoso modernizou a Petrobrás, com uma gestão moderna e arrojada, atenta ao que se fazia no mundo. Os próprios funcionários da empresa dizem que Henri Philippe Reichstul fez um trabalho competente de modernização e inserção da Petrobrás no mercado externo. Não se pense, porém, que o livro faz uma defesa do tucanato. Não faz, não. É apenas honesto e muito bem feito. A história do geólogo americano Walter Link, que contribuiu de maneira decisiva para o desenvolvimento da Petrobrás, merecia um livro à parte. “Link contratou a Universidade Stanford, da Califórnia, para desenvolver um curso de pós-graduação em geologia de petróleo para os engenheiros da companhia. Ele teria um ano e meio de duração e seria dado em período integral, ministrado totalmente em inglês. A primeira turma começou em 1957. Link também determinou que vários funcionários da estatal fossem estudar em universidades americanas, mas só nas mais reputadas e mais rígidas”, relata Roberta Paduan. Link acabou saindo do Brasil praticamente expulso porque elaborou um projeto estratégico — que, depois, se revelou profético — para o setor de petróleo que foi condenado pelos nacionalistas e pela esquerda, que, a rigor, não entendiam nada do assunto. As universidades brasileiras só abriram cursos de geologia em 1957.

Jornais tratam prefeitos eleitos como novos prefeitos. Prefeitos atuais não foram substituídos

Depois de posse, em 1º de janeiro, aí, sim, os eleitos poderão ser chamados de novos prefeitos

Sete escritores, que embora excelentes, não devem ganhar o Prêmio Nobel de Literatura de 2016

Philip Roth, Milan Kundera, Joyce Carol Oates, Ian McEwan, Martin Amis, Don DeLillo e Cormac McCarthy não têm chance alguma. Eu escolheria qualquer um deles de olhos fechados

Biografia de Roberto Civita discute se Iris Rezende “comprou” reportagens na revista “Veja”

Um jornalista disse que ofereceram 250 mil dólares para a revista da Editora Abril publicar reportagem garantindo que o peemedebista era o “ministro das boas notícias”. Duas matérias de fato sugeriram que o goiano era um gestor de qualidade

Biografia diz que Mino Carta foi demitido e que Veja não contraiu empréstimo de 50 milhões de dólares

Livro sobre Roberto Civita, o criador das revistas “Quatro Rodas”, “Veja” e “Exame” e dono da Editora Abril, garante que o dono da revista “CartaCapital” não se demitiu e que a CEF não emprestou dinheiro ao grupo

Roberto Civita pode ter sido vítima de erro médico no Hospital Sírio-Libanês?

[caption id="attachment_76604" align="aligncenter" width="620"]Roberto Kalil e Julio César Saucedo: médicos garantem que houve fatalidade, e não erro médico, na morte de Roberto Civita Roberto Kalil e Julio César Saucedo: médicos garantem que houve fatalidade, e não erro médico, na morte de Roberto Civita[/caption] Em 2013, levando uma vida agitada e sedentária, Roberto Civita, seu corpo, começa a “falhar”. Havia fumado cachimbo por mais de 50 anos, sem tragar. Na biografia “Roberto Civita: O Dono da Banca — A Vida e as Ideias do Editor da Veja e da Abril” (Companhia das Letras, 534 páginas), o jornalista Carlos Maranhão relata que, “em 1994, com diagnóstico de obstrução na artéria coronária, ele se submeteu a uma angioplastia na Cleveland Clinic”. Em 2010, a mulher de Roberto Civita, Maria Antonia Magalhães Civita, conversou com o cardiologista Roberto Kalil Filho, do Hospital Sírio-Libanês, e expôs a situação física do marido. Em seguida, no seu sítio, a perna esquerda do empresário começou a inchar. “Ele tivera um embolia pulmonar”, constatou Kalil, possivelmente em decorrência de voos longos entre China, Europa e Brasil. Passou a tomar anticoagulantes. Depois, em 2011, “sofreu uma nova trombose venosa na perna”. Em 2012, depois de uma pneumonia, Kalil descobriu “uma obstrução de 90% na principal artéria do coração, a artéria descendente inferior, como consequência de uma alta taxa de LDL, o chamado mau colesterol”. O médico Pedro Leme fez um bem-sucedido cateterismo. O urologista Miguel Srougi descobriu um problema na próstata e Roberto Civita foi operado nos Estados Unidos. Ainda em 2012, Kalil descobriu um aneurisma da aorta abdominal. Quando Roberto Civita estava internado, o ex-presidente Lula da Silva o visitou. O publisher da “Veja” admitiu para o petista-chefe que a capa na qual um de seus filhos é apresentado como “O Ronaldinho de Lula” foi excessiva e, por isso, a reportagem não deveria ter sido publicada. “Deixei sair porque não veto matérias.” Com o aumento da dilatação da aorta abdominal, Roberto Civita volta a Nova York em busca de apoio médico. Ao voltar ao Brasil, procura Kalil, que sugeriu a colocação de um stent e o nome do médico paraguaio Julio César Saucedo Mariño. O especialista “foi escolhido para colocar a prótese via endovascular, a endoprótese. Ou seja, através da virilha”. Maria Antonia, sempre atenta à saúde do marido, perguntou a Julio Saucedo: “Doutor, qual é o risco de fatalidade?” O médico respondeu: “Dois por cento”. Para a mulher, mostrando tranquilidade, Roberto Civita disse: “Vivi bem, comi bem, viajei bem e para mim o trabalho sempre foi uma diversão. Acha que quero ficar velho sem poder fazer o que gosto?” Feita a cirurgia, de repente, Kalil gritou: “Segurem o elevador!” Roberto Civita foi levado novamente para o centro cirúrgico, às pressas. “A distância era um andar, mas achei que ele não chegaria vivo”, afirma o médico. “A hemoglobina estava caindo, em um sinal de sangramento. Ocorrera a pior hipótese: o rompimento da aorta”, assinala Carlos Maranhão. “Era uma aorta muito doente”, diz Kalil. “No movimento de pressão para colocar a prótese, a aorta não resistiu.” Carlos Maranhão conta que “a hemorragia foi muito grande. Roberto” tomou “vinte livros de sangue”. “Sua imunidade caiu a níveis críticos. Haveria na sequência perda de irrigação sanguínea nos rins, no estômago, no intestino e nas pernas. Nas semanas posteriores, os dedos das mãos e dos pés começariam a gangrenar. Ele seria submetido a mais duas cirurgias para a retirada das partes dos órgãos que haviam morrido. Antibióticos poderosos, em altas doses, lesariam seu nervo auditivo. O fato de ser alérgico a antibióticos contribuiu para o agravamento do quadro clínico. Àquela altura, caso se recuperasse, ficaria em cadeira de rodas.” Em 26 de maio de 2013, Roberto Civita morreu. Giancarlo Civita e Victor Civita Neto, filhos do empresário, “afirmam que não tiveram como saber se houve erro médico. Maria Antonia não atribuiu a morte do marido a qualquer falha no diagnóstico ou nas cirurgias”. “Não houve erro, houve a fatalidade, dentro do risco do procedimento, conhecido pela família e pelo paciente, devidamente explicado e reexplicado”, sustenta Kalil. “A palavra é essa, fatalidade”, corrobora Julio Saucedo.