Livro diz que o goiano Delúbio Soares tentou ser presidente do BNDES. Lula vetou

08 outubro 2016 às 10h32

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Uma História de Orgulho e Vergonha” (Objetiva, 391 páginas), de Roberta Paduan, informa que a corrupção na Petrobrás tornou-se forte no governo Sarney, acelerou no governo Collor e se tornou sistêmica nos governos do PT. No governo de Collor, funcionários graduados lutaram, vencendo algumas vezes, contra os corruptos. O livro relata que o goiano Delúbio Soares queria assumir a presidência do BNDES, mas Lula da Silva, presidente, disse que estava “querendo algo maior que ele”.
O livro mostra que o governo de Fernando Henrique Cardoso modernizou a Petrobrás, com uma gestão moderna e arrojada, atenta ao que se fazia no mundo. Os próprios funcionários da empresa dizem que Henri Philippe Reichstul fez um trabalho competente de modernização e inserção da Petrobrás no mercado externo. Não se pense, porém, que o livro faz uma defesa do tucanato. Não faz, não. É apenas honesto e muito bem feito.
A história do geólogo americano Walter Link, que contribuiu de maneira decisiva para o desenvolvimento da Petrobrás, merecia um livro à parte.
“Link contratou a Universidade Stanford, da Califórnia, para desenvolver um curso de pós-graduação em geologia de petróleo para os engenheiros da companhia. Ele teria um ano e meio de duração e seria dado em período integral, ministrado totalmente em inglês. A primeira turma começou em 1957. Link também determinou que vários funcionários da estatal fossem estudar em universidades americanas, mas só nas mais reputadas e mais rígidas”, relata Roberta Paduan.
Link acabou saindo do Brasil praticamente expulso porque elaborou um projeto estratégico — que, depois, se revelou profético — para o setor de petróleo que foi condenado pelos nacionalistas e pela esquerda, que, a rigor, não entendiam nada do assunto.
As universidades brasileiras só abriram cursos de geologia em 1957.