Contraponto

A Portaria 1.129 sugere apenas que os produtores rurais devem ser tratados com respeito pelo Estado

O programa Mais Médicos, ou Mais Ditadura, se tornou mais um instrumento do governo do PT para dar sobrevida à ditadura da família de Raúl Castro

Renan Calheiros, Orlando Silva, Luciano Coutinho, José Gabrielli e Rose Noronha: o que explica a blindagem do quinteto? Com a palavra magistrados e procuradores de justiça

Apesar de omissões, livro de Sergio Ramirez, “Adiós Muchachos”, revela as entranhas da ditadura de Daniel Ortega

Festa de São Paulo é bancada pela iniciativa privada e 1 milhão de pessoas participam dela. A festa do Rio Grande do Sul é bancada pelo governo

Aqui, onde há superabundância de direitos, absurdamente suprimiu-se um direito, o da legítima defesa

Procurador Rodrigo Janot está preocupado com 500 mil reais que seriam direcionados ao presidente Michel Temer, mas não dá importância aos bilhões “emprestados” aos empresários Joesley Batista e Marcelo Odebrecht

Algumas obras, tanto no estudo social quanto na ficção, são fundamentais para a compreensão da nossa realidade
Devemos sempre reavivar a curta memória nacional, para que não caia no esquecimento o que fizeram os últimos governos com a estatal de petróleo brasileira. Uma direção competente e correta como a atual estanca a sangria e aponta os rumos para uma recuperação da empresa, mas não faz milagres. Recuperar a Petrobrás demandará tempo, e nunca será uma tarefa completa, pois existirá sempre a fragilidade estatal. A corrupção, o empreguismo, os altos salários existirão enquanto a empresa for pública, ainda que em níveis muito diferentes dos que vimos nos últimos anos, quando a Petrobrás beirou a bancarrota. Ainda há muito a fazer. A petroleira havia se transformado num cabide de empregos. O número de funcionários diretos havia dobrado, de 2002 para 2014, passando de 40 mil para mais de 80 mil. Pior ainda, o número de terceirizados havia triplicado no mesmo período, de 120 mil para 360 mil. Para mostrar o exagero desses números, basta dizer que somados, os funcionários das três maiores empresas de petróleo do mundo (Exxon, Shell e British Petroleum), pouco ultrapassam a metade dos funcionários da Petrobrás. E faturam, essas empresas em conjunto, quase dez vezes o que fatura nossa petroleira. A dívida da Petrobrás, que era de aproximadamente 20 bilhões de dólares em 2002, hoje passa dos 120 bilhões. É uma das maiores dívidas corporativas do planeta, e a maior de uma companhia petrolífera. O presidente da empresa, Pedro Parente, afirma que dois terços dessa dívida não foi contraída de molde a produzir retorno, isto é, não foram recursos aplicados em investimentos produtivos. O que ele não quis dizer, é que foram empréstimos para cobrir corrupção, corrigir má gestão, ou tapar buracos deixados pelo mau uso político da empresa. Há que se trabalhar muito, exercer uma severa vigilância e demonstrar bastante competência para superar a devastação a que foi submetida a Petrobrás nos governos petistas. E esperar que sejam devidamente responsabilizados os devastadores, principalmente os principais, os que presidiram a Petrobrás e o país. Não podem Lula, Dilma, Gabrielli e outros ficarem esquecidos, depois do que fizeram à Petrobrás.

A ideologia é mais destrutiva do que a corrupção, mas os procuradores federais fazem vistas grossas para o descalabro dos “investimentos” no PT na Bolívia e em Cuba

Renan Calheiros
[caption id="attachment_98173" align="alignleft" width="205"] Renan Calheiros: por que é protegido?[/caption]
1 — Por que Renan Calheiros (PMDB) é tratado como inimputável? Delcídio Amaral, ex-PT, cometeu as mesmas travessuras que o ex-presidente do Senado e perdeu o diploma de senador. Aécio Neves, do PSDB, foi afastado do exercício do mandato no primeiro processo aberto contra ele, enquanto Renan, sobre quem pesam, ao que parece, ao menos doze processos, não é lembrado por Rodrigo Janot. O afastamento de Aécio foi imediatamente exigido e cumprido pelo Senado. Renan se recusou, recentemente, a cumprir ordem de afastamento do cargo de presidente do Congresso, expedida pelo ministro Marco Aurélio Melo. Nem recebeu o oficial de justiça. Não houve represálias.
Renan, juntamente com o ministro Ricardo Lewandowski, promoveu por conta própria uma reforma constitucional, interpretando erroneamente o artigo 52 da Constituição para preservar os direitos políticos de Dilma Rousseff quando cassada. Um escândalo, ignorado pela PGR e pelo próprio Supremo, com o agravante da indução de demais senadores ao erro.
BNDES
2 — Por que não se apuram as responsabilidades do BNDES nos desvios cometidos? Em quase todos os processos da Lava Jato e afins, o dinheiro público que foi surrupiado teve passagem pelos cofres do banco. Falei aqui em seu montante: mais de uma centena de bilhões de dólares. Dinheiro para fazer a diferença, se aplicado em nossa saúde, educação, segurança ou infraestrutura. Que foi, em vez disso, entregue a ditaduras de esquerda ou pretensos “campeões nacionais”, com reduzidas chances de retorno. Grande parte deste dinheiro já está comprovadamente perdida. O brasileiro quer saber, e mais que isso, precisa saber como essa imensa massa de recursos fluiu, tão facilmente, para locais e mãos erradas. O brasileiro quer e precisa saber quem estava nos postos superiores da cadeia de comando que o ludibriou e subtraiu seus escassos recursos, aí incluída a alta direção do BNDES.
Luciano Coutinho
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Luciano Coutinho: estaria blindado?[/caption]
3 — Por que Luciano Coutinho, que presidiu o BNDES de 2007 até 2016, não foi incomodado até hoje? Na sua presidência foram concedidos os maiores empréstimos para os bolivarianos e para os “campeões nacionais”. Não tem ele muito a explicar? É incalculável a falta que faz esse dinheiro nos combalidos serviços que o governo deveria prestar à sociedade. Ao que se sabe, Coutinho apenas prestou um breve depoimento à Polícia Federal, no dia 22 de maio. Havia sido procurado dias antes e estava no exterior. Nem a Interpol foi acionada para encontrá-lo, como foi feito em vários casos semelhantes.
Rose e Mercadante
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Rose Noronha: a
amiga de Lula[/caption]
4 — Por que permanecem livres, leves e soltas figuras petistas apontadas como presentes no centro dos desvios de recursos do Tesouro, ou no grosso tráfico de influência, como José Sergio Gabrielli, Erenice Guerra, Rose Noronha e Jacques Wagner? E Aloysio Mercadante, flagrado em indiscutível obstrução de justiça?
Rodrigo Janot
[caption id="attachment_98183" align="alignleft" width="202"] Rodrigo Janot: pressa só com Cunha e Aécio?[/caption]
5 — Ainda que PT e PSDB sejam, ao menos no meu entender, muito próximos, tanto ideológica quanto fisiologicamente, e mesmo sabendo-se que o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso não foi obtido por meio de sorrisos e abraços, há algo que não se pode negar: o vasto esquema de corrupção que gerou mensalão e petrolão, que afundou a Petrobrás e usou desbragadamente o Tesouro e o BNDES para beneficiar empresários próximos e governos mundo afora, ligados ao PT pelo marxismo, foi obra do próprio PT. Quem assaltou os fundos de pensão foi o PT. Sua assinatura está muito clara ali, na base do maior monumento à corrupção já esculpido por qualquer governo. É obra, no tempo, dos governos Lula da Silva e Dilma Rousseff, que juraram ser guardiões do dinheiro público e traíram o juramento. O PSDB, cada dia fica mais evidente, aproveitou-se de algumas franjas, quase migalhas caídas da mesa da corrupção petista, sob o olhar complacente dos governantes entre 2003 e 20015. Em troca, sempre fez uma oposição de fancaria. Mas é inevitável a pergunta: por que a Procuradoria Geral da República (leia-se Rodrigo Janot) agiu com determinação e rapidez muito maiores quando se tratou de Eduardo Cunha e Aécio Neves do que no caso de qualquer petista ou político ligado ao PT?
JBS e Joesley
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Joesley Batista: o PT lhe “deu” mais dinheiro[/caption]
6 — No mais rumoroso capítulo da história da corrupção brasileira — o caso JBS — as estranhezas pululam. Embora seja inegável que o foi o governo petista quem emprestou à empresa dos irmãos Batista quantias astronômicas de dinheiro público, e transformou boa parte dessa dívida em participação acionária do BNDES, quando a capacidade de pagamento não existia; embora não se possa negar que a empresa — logo os irmãos Wesley e Joesley — tenha praticado enorme corrupção, que alcançou os três poderes da República; embora seja patente ainda que na raiz de todos esses atos passíveis de punição legal esteja o PT, único detentor da chave do cofre, a atuação da Procuradoria-Geral da República parece se orientar pela busca apenas aos culpados ligados ao governo Michel Temer. E usa a própria JBS como parceira. Daí a pergunta: Temer e Aécio são os únicos ou mesmo os principais agentes na corrupção envolvendo a JBS? Ficam todos os demais à margem das investigações? Esquecemo-nos de Lula e seu grupo?
Campeões nacionais
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Eike: mais acionado do que a JBS[/caption]
7 — Há um triângulo das Bermudas dos “campeões nacionais”: JBS-Eike Batista-Oi. Nele desapareceu uma montanha de dinheiro público. Não sabemos como funcionava, a não ser a grosso modo, o esquema que escolheu esses recepiendários de recursos desviados de suas finalidades sociais mais urgentes. É inegável que o alto comando do esquema só poderia estar na cúpula do poder: na Presidência da República, nos principais ministérios, na direção dos bancos oficiais. Sétima pergunta: quem escolhia os “campeões”? Quem liberava os recursos? Por que se apura mais a fundo o desvio de Eike Batista, apenas em superfície o da JBS e nem se fala no da telefônica Oi?
Marcelo Odebrecht
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Odebrecht: preso e os irmãos Batista soltos[/caption]
8 — É justo que Marcelo Odebrecht tenha amargado uma longa prisão preventiva, seguida de um cumprimento de pena que já vai para dois anos, enquanto os irmãos Batista tenham sido “punidos” com irrestrita liberdade, refúgio no primeiro mundo e todos os confortos dos bilionários, se os casos Odebrecht e JBS são de mesma natureza, montante equivalente e beneficiários do mesmíssimo esquema de corrupção?
Cármen Lúcia
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Cármen Lúcia, presidente do STF[/caption]
9 — Por que a ministra Carmem Lúcia, a sempre equilibrada presidente do Supremo Tribunal Federal, reagiu publicamente e com veemência a uma notícia da revista “Veja” (notícia não confirmada e, mais que isso, desmentida) de que o ministro Edson Fachin estava sendo objeto de levantamentos feitos pela Abin e calou-se quando comunicada pelo ministro Gilmar Mendes de que procuradores estavam orientando policiais federais para tentar incriminá-lo na Operação Lava Jato? Note-se que neste caso, segundo o bem informado jornalista Reinaldo Azevedo, quem alertou Gilmar foi o próprio diretor-geral da PF, Leandro Daiello.
Edson Fachin
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Edson Fachin: ministro do STF[/caption]
10 — Uma das últimas notícias de impacto do jornalista Jorge de Bastos Moreno, que faleceu há poucos dias, foi dada no mês passado: O ministro Edson Fachin, na sua peregrinação aos gabinetes senatoriais em busca de sua aprovação para o Supremo, foi assessorado por Ricardo Saud, da JBS. E Fachin agora homologa a dadivosa delação premiada (ou premiadíssima) que beneficiou os irmãos Joesley e Wesley Batista e também Ricardo Saud. Essa a pergunta número dez: é verdade? Sem suspeição por parte do ministro?

A imprensa tratou o presidente americano da mesma maneira que Donald Trump está sendo avaliado. Mas ele recuperou a economia de seu país e contribuiu para uma nova ordem mundial

Todos os procurados são encontrados pela polícia, menos Luciano Coutinho. É espantoso que a gravação feita por Joesley Batista tenha sido aceita pelo procurador-geral da República

[caption id="attachment_93259" align="alignnone" width="620"] Mateus Ferreira da Silva: agredido pela Polícia Militar em Goiânia | Reprodução: Facebook[/caption]
Se há uma assimetria perfeitamente visível na imprensa (e na esquerda em geral) é aquela entre o respeito que se dispensa a um marginal e o que se defere a um policial. Tomemos o caso do black bloc Mateus Ferreira da Silva, que sofreu violenta pancada, desferida por um policial, em tumulto no dia 28 de abril, em Goiânia. Todas as simpatias da imprensa se dirigiram a ele: em nenhum momento foi evidenciado que Mateus Ferreira era um dos ativos participantes de depredações a estabelecimentos comerciais e ateamento de fogo em materiais encontrados na rua.
Desde logo foi intitulado “estudante”, a despeito de se encontrar naquela demonstração não como tal, de maneira ordeira, mas como integrante de uma turma de encapuzados dispostos a tudo. E é preciso ser claro que o termo estudante se aplicaria melhor a um adolescente, um “teenager”, do que a alguém bastante maduro, bem passado dos 30 anos, como Mateus Ferreira.
A imprensa foi pródiga no entrevistar seus parentes, e evidenciar suas qualidades. A estes parentes não foi perguntado se advertiram Mateus Ferreira para se abster, se participasse de movimentações de rua, de depredações e agressões, que constituem crime. Mas vá lá. Mateus foi hospitalizado e passou por maus momentos. A todos nós, de boa vontade, cumpre desejar que se recupere e não se meta mais em episódios semelhantes, para o bem de todos e felicidade geral da nação.
Mas chama a atenção, e peço aos leitores, como sempre faço, que me desmintam, se adianto inverdades: essa mesma imprensa, e essa esquerda, que tantas atenções dispensaram a Mateus Ferreira, até em nível nacional, sempre se calaram quando as vítimas de tumultos foram policiais. Um exemplo recentíssimo: dois dias antes do ocorrido com Mateus, na Universidade de São Paulo (USP), um grupo de universitários encapuzados, também a pretexto de protestar contra a reforma da Previdência, depredava e incendiava uma agência do Banco Santander, instalada no campus universitário justamente para atender os alunos. Um soldado da PM paulista, chamado a intervir, sofreu violenta pedrada na cabeça, e teve que ser internado com suspeita de traumatismo. Não teve qualquer solidariedade dos jornalistas, sua família não foi procurada. Nem sequer seu nome foi divulgado. E estava ali (ao contrário de Mateus Ferreira) para impor a ordem mínima necessária e para resguardar o patrimônio da universidade e dos próprios universitários turbulentos.
No fim de novembro passado, num protesto contra a PEC dos Gastos Públicos, um grupo de black blocs em Brasília incendiava viaturas e depredava prédios públicos, quando a PM (que já levou até flechadas de índios) foi chamada. A reação dos black blocs foi violenta. Um cabo da PM, esfaqueado, foi hospitalizado. Um soldado foi atingido com uma pedrada na cabeça e também hospitalizado. Sabe o leitor o nome deles? Nem eu.
Para a imprensa e as esquerdas, eles eram — e são — ninguém. Em Goiânia, estiveram três senadores visitando Mateus Ferreira: Gleisi Hoffman, Lindbergh Farias e Fátima (“é gópi!”) Bezerra. Nunca passou pela cabeça de nenhum deles visitar um policial ferido, ou prestar solidariedade a sua família. São livres para fazer o que quiserem, e muita gente boa acha que sua visita não engrandece, mas compromete Mateus Ferreira ainda mais com o que está errado. Mas o fato é que revolta muita gente o tratamento que a esquerdalha dispensa aos nossos policiais. Eu poderia citar muitos casos semelhantes. Mas para o bom entendedor, basta.
Por que pegam pesado contra Eduardo Cunha e esquecem Renan Calheiros?
[caption id="attachment_94282" align="alignnone" width="620"]
A sociedade vai pagar pelo “mico” da telefônica Oi
Há algo de muito assimétrico entre as situações financeiras das operadoras de telefonia que operam no país. Enquanto Claro, Vivo e TIM funcionam normalmente, ao menos em aparência, e se enfrentam prejuízos, estes são apenas ocasionais, a Oi se arrasta em situação de agonia, e não encontra uma solução para sua situação pré-falimentar, para dizer o mínimo. Mesmo com todo esforço do governo e de grupos interessados, que estão dispostos a apostas no enorme potencial das comunicações brasileiras, a situação da Oi parece apenas se agravar a cada dia. Quando se fala em sua dívida estratosférica (65 bilhões de reais!), surgem as perguntas: como é possível uma empresa acumular tal passivo? O que ocorreu em sua história para chegar a esse disparate? Quem quiser a resposta, leia a revista “Piauí” número 125, de fevereiro deste ano. Vai encontrar um soberbo trabalho de reportagem, que só pode ser feito se somar determinação, faro de jornalista, boas fontes de informação e ajuda de quem tem muito conhecimento de finanças e contabilidade. Tudo isso está ali. Consuelo Diegues conta, ao longo de oito páginas (reportagem longa, mesmo para o perfil da excepcional revista), com detalhes, a história da Oi, que daria um bom roteiro para um filme hollywoodiano. Ingredientes não faltam: movimentações suspeitas de figuras do alto escalão do governo em países de três continentes (Brasil, Portugal e Angola), lances ousados de negócios, acionistas majoritários beneficiados enquanto a empresa afundava. E curiosidades, muitas curiosidades. Como a do filho do presidente Lula com interesses não muito explicados na empresa, um decreto do governo brasileiro (sob Lula) feito sob medida para um único negócio, a presença de José Dirceu (sempre ele) como lobista, uma parceria entre um empresário ligadíssimo a Lula (Sérgio Andrade, da Andrade Gutierrez) e o irmão do líder do principal partido de oposição a Lula no Congresso (Carlos Jereissati, da La Fonte, irmão do senador Tasso Jereissati), megacomplicações acionárias em Portugal e no Brasil envolvendo até um ex-primeiro-ministro português (e amigo de Lula), José Sócrates (que chegou a ser preso), e muita coisa mais. E Consuelo responde, em sua reportagem, aquela pergunta lá de cima: como a Oi acumulou tal passivo? “Pela utilização abusiva da empresa por seus antigos controladores — os grupos Andrade Gutierrez e La Fonte — e a excessiva interferência governamental.” Quem herdará o mico? Não é difícil de prever. Basta saber quem são os credores maiores da Oi: BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e os acionistas minoritários. Em outras palavras, sobrará para você, leitor. Vale a pena ler a reportagem. E perguntar uma vez mais: nunca será aberta a caixa de segredos do BNDES?
Há “coincidências” nos dois romances, mas a literatura do escritor britânico é ainda mais sombria. Os dois livros deveriam ser lidos por todos que vivem a liberdade, ainda que relativa, pois nem sempre se sabe o que ela vale