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Não pairam mais dúvidas de que o conluio que nos governa tem objetivo claro e fixo no horizonte. E nem vou falar do alinhamento do governo com Venezuela, Nicarágua e – principalmente – o Irã financiador de terroristas.

Lula da Silva (PT) declarou que, na América Latina, o único país que conferiu dignidade a seu povo foi Cuba. Pode haver uma escancarada afirmação de admiração e inveja maior que essa? Mas pergunto: onde a dignidade se existe a fome e não existe a liberdade?

Não é segredo, por outro lado, que a fundação do Foro de São Paulo, organização de extrema esquerda que nunca repudiou a presença de traficantes e terroristas, uma criação de Fidel Castro, teve, desde o primeiro momento, a adesão entusiasmada do mesmo Lula da Silva.

Como não se desconhece que um dos principais formuladores estratégicos do governo federal é José Dirceu, que, além de marxista convicto, residiu em Cuba por anos, ali se preparou intelectualmente para implantar no Brasil o comunismo e nutriu sempre admiração pela ditadura daquela ilha (além da submissão a ela).

Todos sabem também, pois não se escondeu a façanha, que o governo Dilma Rousseff-Lula da Silva entregou de mão beijada à ditadura cubana recursos tirados da mesa do trabalhador brasileiro cansado de pagar impostos, dos quais os mais visíveis foram os 6 bilhões de reais doados para modernizar o Porto de Mariel, em Havana, em detrimento dos portos brasileiros, que também pediam investimentos.

Quem tanto faz por um regime, a ponto de sacrificar seu próprio povo para ajudá-lo, seguramente o admira a ponto de pretender implantá-lo aqui. E não só gostaria de implantá-lo, como o está, em pequenas doses, implantando.

As três fases que o filósofo comunista Antônio Gramsci (1891-1937) previu para substituir a democracia pelo comunismo, vêm sendo, gradual e seguramente, aplicadas ao Brasil. Já estamos na terceira. É para Cuba que nós estamos indo.

O estilo de governo a que estamos submetidos é cruel para o trabalhador brasileiro, para o Brasil que presta.

Quem luta no dia a dia, honestamente, pelo sustento dos seus é submetido à maior carga tributária do planeta e não recebe em troca o mínimo admissível em Educação, Segurança, Saúde e Infraestrutura.

E não recebe porque os recursos dos impostos são em parte absorvidos por uma máquina pública hipertrofiada, onde reina uma elite sem consciência, eu diria mesmo que sem piedade, que se aproveita desses recursos em benefício próprio e dos companheiros políticos internos (que se penduram nessa máquina com altos salários e pouca ou nenhuma competência), ou externos, como aconteceu com nosso dinheiro dado à ditadura cubana, à ditadura venezuelana e ao governo paraguaio, quando era presidido pelo bispo comunista (e galã) Fernando Lugo.

Quem luta honestamente também não recebe benefícios porque recursos públicos bilionários, quando não dissipados na corrupção, são destinados a “auxílios sociais”, cujo critério único de distribuição é eleitoreiro.

Tanto que a contratação de mão de obra se torna cada vez mais difícil por quem se arrisca a empreender e produzir por aqui, pois o acesso a esses “auxílios” contempla cada vez mais quem visa a vadiagem e não quem tem a verdadeira necessidade e precisão.

Viciados têm “bolsa”, e até bandidos têm “bolsa”. O verdadeiro trabalhador brasileiro além de não receber contrapartida governamental dos escorchantes impostos que recolhe, tem que se esfalfar, pois a cada um percebendo sua “bolsa” sem trabalhar, há alguém trabalhando em dobro para propiciar essa vantagem indevida, criada para gerar votos e manter esse pessoal sem competência no poder.

Tudo que hoje se faz no governo é preparativo para ganhar as eleições do ano que vem. Dane-se o Brasil. Dane-se o sofrido trabalhador brasileiro, no mais das vezes desinformado, que ainda vota em quem lhe rouba.

Já se prepara mais um golpe de “auxílio”: energia de graça para alguns milhões – que outros milhões, justamente os que mais trabalham, terão que pagar, além de tudo. E a economia brasileira mais e mais se afundando. Dane-se o mecânico, dane-se o balconista, danem-se todos: o pedreiro, o garçom, o enfermeiro, o policial, o feirante, o taxista ou motorista de Uber, a diarista, o jardineiro, o vaqueiro, o microempresário, todos enfim, da labuta honesta de sol a sol. É preciso manter o poder pelo poder – e dele se locupletar!

Além disso, somos um dos países com maior território e mais riquezas naturais no mundo, mas somos um Brasil descurado de sua defesa, com um governo que mais e mais deprecia suas Forças Armadas, que por defenderem valores tradicionais, são vistas com desdém por aqueles ditos “progressistas”, justamente os que agora governam. Depreciá-las também está nos planos, nas palavras e nos sonhos dos Zé Dirceu que planejam para a cúpula. Chegam até a proclamá-lo, em alto e bom som!

A música “Estão voltando as flores”

Mas, para não dizer que não falei de flores:

Conhece o leitor o extraordinário compositor Paulo Soledade (1919-1999)? Foi um raro artista, que deixou músicas memoráveis, com parcerias famosas, como Estrela do Mar (com Marino Pinto), Insensato Coração (com Antônio Maria), O Pato (com Vinicius de Morais) ou a inesquecível marcha-rancho “Estão Voltando as Flores”, que foi gravada em 1962 por Helena de Lima, por Dalva de Oliveira em 1971, e mais tarde por Emilio Santiago (em 1997):

Vê, estão voltando as flores

Vê, nessa manhã tão linda

Vê, como é bonita a vida

Vê, há esperança ainda

*

Vê, as nuvens vão passando

Vê, um novo céu se abrindo

Vê, o sol iluminando

Por onde nós vamos indo

Ao pensar no que vivemos nestes dias, arrisco uma paródia:

Vê, estão murchando as flores

Vê, que nem é noite ainda

Vê, como é sofrida a vida

Vê, essa labuta infinda

*

Vê, as nuvens carregando

Vê, a tormenta vem vindo

Vê, o abismo se rasgando

Pra Cuba nós vamos indo