Por Ton Paulo

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Parlamentares se movimentam para tentar conter explosão de pedidos de falência no Brasil

Projetos de lei apresentados recentemente visam medidas para prevenir a crise econômica e evitar que os empregadores brasileiros fechem suas portas

Coronavírus mata mais na periferia do que em outras regiões do Brasil, diz estudo

De acordo com um pesquisador brasileiro visitante em uma universidade dos EUA, os casos de Covid-19 começaram nas classes mais abastadas mas prejudica mais os bairros de menor renda  [caption id="attachment_257782" align="alignnone" width="620"] Centros periféricos são os principais alvos do coronavírus / Foto: EBC[/caption] O novo coronavírus tem matado mais nas periferias brasileiras do que nas outras regiões. Isso é o que mostra um estudo realizado por um pesquisador brasileiro visitante na Bren School of Environmental Science & Management, University of California Santa Barbara (UCSB), nos EUA. Segundo ele, a quantidade de mortes por Covid-19 "tende a ser maior nas áreas periféricas e em regiões que antes da crise global já sofriam com problemas como falta de moradia digna, acesso deficiente à água e saneamento, altos índices de poluição do ar e contaminação do solo". Conforme Pedro Henrique Campello Torres, a disseminação do novo coronavírus no Brasil e nos EUA tende a potencializar os diferentes impactos de políticas públicas ambientais. Para ele, o planejamento urbano e a ocupação de territórios em uma cidade estão diretamente associados às transformações econômicas. O pesquisador Pedro Jacobi, supervisor do estudo de pós-doutorado e coordenador do Projeto Temático Governança ambiental da macrometrópole paulista face às mudanças climáticas, corrobora do resultado dos estudos. “No Brasil, os casos começaram nas classes mais abastadas, até que a doença foi se alastrando para os bairros de menor renda, que também são os mais prejudicados em relação ao acesso a serviços de água e saneamento e de condições básicas de habitabilidade", explica Jacobi.

“Existe um problema grande de subnotificação nos dois países", diz pesquisador

Em sua pesquisa, Pedro Torres pretende comparar os dados referentes a mortes e infecção pelo novo coronavírus a partir de índices socioambientais e informações de geolocalização. O objetivo principal é fazer a verificação dos fatores de vulnerabilidade habitacional e como eles impactaram de maneira distinta os diferentes territórios municipais no Brasil e nos Estados Unidos. “Existe um problema grande de subnotificação nos dois países. No Brasil, há ainda falta de transparência nos dados por região das cidades e, nos Estados Unidos, ausência de notificação de casos de imigrantes ilegais, que não têm seguro social e nem sequer são atendidos em hospitais, por exemplo", diz. Entretanto, ele destaca que no caso da Covid-19, o problema não parece ter relação apenas com a densidade populacional, uma vez que grandes aglomerações urbanas, como Tóquio, Seul, Hong Kong e Cingapura, registraram proporcionalmente menor número de casos que cidades com baixa densidade na Europa ou nos Estados Unidos. Para Torres, no Brasil se vê "um aumento chocante de casos em áreas adensadas, como Brasilândia e Paraisópolis, que também têm maior vulnerabilidade social". "Porém, diferentes exemplos no mundo mostram que a densidade populacional não parece ser a vilã dessa história. Em cidades como Chicago e Nova York e na Califórnia, onde moro atualmente, as populações mais afetadas são justamente os afro-americanos e os latinos, que não são as mais numerosas. É preciso mirar nas inequidades para compreender o que está acontecendo”, finaliza.

Retratos da pobreza: quem são os cidadãos postos à margem pela desigualdade

Enquanto uma parte da população se queixa do isolamento social e do ganho de peso durante a pandemia, uma outra parte dorme todas as noites não sabendo o que vai comer no dia seguinte

Três décadas mais tarde, Collor pede perdão pelo confisco da poupança

Estima-se que, à época, o governo tenha confiscado o equivalente a cerca de US$ 100 bilhões [caption id="attachment_254775" align="alignnone" width="621"] Após 30 anos, o atual senador e ex-presidente Fernando Collor admitiu o fracasso de seu plano econômico / Foto: Poder360[/caption] O senador Fernando Collor, ex-presidente da República, usou o Twitter no final da manhã desta segunda-feira, 18, para pedir perdão pelo polêmico confisco da poupança praticado em seu governo 30 anos atrás. Em uma sequência de postagens, Collor, que renunciou à Presidência em dezembro de 1992 - antes de sofrer os efeitos de um processo de impeachment -, disse que era o "momento de falar com mais clareza" sobre o famigerado Plano Collor, o programa econômico que em 1990 confiscou as cadernetas de poupança de milhões de brasileiros. Estima-se que, à época, o governo tenha confiscado o equivalente a cerca de US$ 100 bilhões, o que correspondia a 30% do PIB, causando desespero dos cidadãos. No Twitter, o atual senador pediu perdão pelo plano econômico fracassado, e disse ter acreditado que "as medidas eram o caminho certo". "Infelizmente errei. Gostaria de pedir perdão a todas aquelas pessoas que foram prejudicadas pelo bloqueio dos ativos", publicou. Veja abaixo as postagens na íntegra compartilhadas pelo ex-presidente: "Pessoal, entendo que é chegado o momento de falar aqui, com ainda mais clareza, de um assunto delicado e importante: o bloqueio dos ativos no começo do meu governo. Quando assumi o governo, o país enfrentava imensa desorganização econômica, por causa da hiperinflação: 80% ao mês! Os mais pobres eram os maiores prejudicados, perdiam seu poder de compra em questão de dias, pessoas estavam morrendo de fome. O Brasil estava no limite! Durante a preparação das medidas iniciais do meu governo, tomei conhecimento de um plano economicamente viável, mas politicamente sensível, com grandes chances de êxito no combate à inflação. Era uma decisão dificílima. Mas resolvi assumir o risco. Sabia que arriscava ali perder a minha popularidade e até mesmo a Presidência, mas eliminar a hiperinflação era o objetivo central do meu governo e também do País. Acreditei que aquelas medidas radicais eram o caminho certo. Infelizmente errei. Gostaria de pedir perdão a todas aquelas pessoas que foram prejudicadas pelo bloqueio dos ativos. Eu e a minha equipe não víamos alternativa viável naquele início de 1990. Quisemos muito acertar. Nosso objetivo sempre foi o bem do Brasil e dos brasileiros."

Pré-candidatos se equilibram entre política e combate ao coronavírus em ano eleitoral

Em uma época que as atenções se voltam para o combate ao causador da Covid-19, políticos tentam promover discussões e alianças para as eleições municipais

Justiça freia flexibilização sem base técnica em municípios goianos

Na ânsia de recuperarem a arrecadação prejudicada pela paralisação do comércio, gestores acabaram se abstendo de toda e qualquer avaliação técnica recomendada para evitar a proliferação do Sars-CoV-2

Fechadas ao público, cidades turísticas padecem na crise do coronavírus

Normalmente entupidas de visitantes, pontos tradicionalmente turísticos de Goiás agora veem suas ruas desertas e seus cofres vazios [caption id="attachment_252695" align="alignnone" width="621"] Pirenópolis está sendo uma das cidades mais afetadas pela perda de turistas / Foto: Wikimedia[/caption] As ruazinhas de pedras antes lotadas de gente para lá e para cá, agora estão vazias. Nas pousadas, restaurantes e cachoeiras, mal se vê alma viva. Assim está Pirenópolis, um dos principais polos turísticos de Goiás e do Brasil. O município, como outros que costumavam atrair turistas de todo o país e do exterior pelas paisagens deslumbrantes e pontos históricos, vê agora suas atividades murcharem como um balão depois que a crise do coronavírus se proliferou pelo Estado. De acordo com dados do Ministério do Turismo, no ano de 2018 a cidade histórica de Pirenópolis chegou a figurar no topo do ranking do turismo nacional. A informação foi divulgada à época numa nova categorização do Ministério que identifica o desempenho da economia do setor nos municípios que constam no Mapa do Turismo Brasileiro. Conforme a pasta federal na ocasião, o crescimento no número de empregos formais no setor de hospedagem, bem como dos estabelecimentos formais de hospedagem, além do aumento do fluxo turístico doméstico e internacional foram determinantes para que o município subisse da categoria B, em 2015, para a categoria A. A cidade foi fundada como um pequeno arraial em 1727, quando um grupo de garimpeiros submetidos ao bandeirante Anhanguera e guiado por Urbano do Couto Menezes chegou à região. Passados os anos, o município, que é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), atrai visitantes do mundo todo com suas ruas de pedra e casarios ainda no estilo colonial. Ou melhor atraía, uma vez que, pelo menos por hora, a cidade está absolutamente fechada para os turistas. Desde o dia 18 de março, Pirenópolis não recebe mais nenhum tipo de turista para nenhuma atração. A pandemia do coronavírus, que tem feito vítimas fatais ao redor do mundo, fez com que as autoridades estaduais e municipais tomassem providências para que a Covid-19, doença causada pelo vírus, não se proliferasse na cidade. De acordo com a secretária do Centro de Atendimento ao Turista (CAT) de Pirenópolis, Lara Silva Castro, barreiras foram colocadas em todas as entradas e saídas e nenhum turista está autorizado a entrar na cidade. “As atividades turísticas estão totalmente paralisadas. A gente não está recebendo turistas e está monitorando quem entra e quem sai. Então turista realmente está barrado, está liberado somente para moradores da cidade”, explica Lara. A secretária conta que os principais pontos turísticos, como pousadas, cachoeiras, campings e restaurantes estilo bufê estão todos em estado de inatividade. Segundo ela, “o que abriu foi somente o comércio local, mas nada voltado para o turismo”. Lara alerta ainda que aqueles pontos turísticos do município que insistem em permanecer abertos estão sendo multados. “Já ocorreu em algumas casas de temporada e algumas pousadas também”, revela. Ainda conforme Lara, o último feriado prolongado em Goiás teria gerado um fluxo de aproximadamente 10 mil turistas em Pirenópolis. Agora, graças ao coronavírus, ninguém pôde se encantar com as belezas da cidade histórica.

“Risco de falência aqui está muito alto”

Ao Jornal Opção, uma fonte ligada ao turismo de Pirenópolis, que não quis se identificar, manifestou preocupação com a situação da cidade. Segundo ele, não há qualquer previsão das atividades turísticas no local, e isso impacta diretamente nos comércios que têm no turismo sua principal fonte de renda. Ele conta que uma perda de metade da receita da cidade foi sentida com o bloqueio do município em razão da Covid-19. “Não tem o que fazer, o risco de falência aqui está muito alto. Não sei precisar quanto a cidade perdeu até agora, mas a gente pode falar aí em torno de 50% [da receita]”, revela. Entretanto, ele adiantou que alguns setores comerciais da região, como hotéis e restaurantes, estão num movimento de preparação de reabertura – uma reabertura que deve ser considerada uma nova era no turismo. “Estamos nos preparando para novos modelos, novos protocolos de atendimento. Nós não sabemos quando será feita a abertura, mas a gente sabe que vai ser um dia, e a gente sabe que não será igual antes, será um novo tipo de turismo, uma nova forma de agir”, conta. Ao Opção, ele contou que alguns acordos já estão sendo fechados com a prefeitura para que a reabertura do turismo, dentro dos novos moldes, seja executada. Além de Pirenópolis, outros polos turísticos do Estado de Goiás têm se desesperado por uma solução que coloquei fim à crise gerada pela paralisação do turismo. Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros, que tem 14 casos suspeitos de coronavírus, foi outra região fortemente prejudicada pela pandemia e a interrupção das visitações turísticas. Recentemente, a prefeitura chegou a encaminhar um ofício ao Governo do Distrito Federal (GDF) solicitando ajuda para a criação de um possível plano de abertura gradual das atrações turísticas. [caption id="attachment_252698" align="alignnone" width="620"] Catarata dos Couros, na Chapada dos Veadeiros / Foto: Wikimedia[/caption] O secretário de turismo e desenvolvimento econômico de Alto Paraíso, Moisés Bandeira Neto, afirmou que está recebendo ligações de empresários cobrando uma posição, mas que para isso "é preciso um plano de reabertura” que vai determinar o que será possível fazer. Entre as propostas, está até a possibilidade de criação de um tipo de passaporte para brasilienses para voltar a movimentar o turismo. Porém, a ideia ainda não passa disso: uma ideia. Já em Caldas Novas, cujas águas termais também atraem visitantes de todos os cantos, já registra 25 dias de portas fechadas, com 80% na queda da arrecadação. Reuniões de entidades classistas têm sido realizadas com a gestão municipal para discutir uma possível abertura, mesmo que parcial, do comércio, mas nenhuma data foi definida. Recentemente, o secretário municipal de turismo do município, Ivan Garcia Pires, declarou que a prefeitura tem seguindo recomendações de saúde, buscando o controle do vírus e retomada do comércio em geral. “Acreditamos que quando formos liberados para trabalhar, em poucos meses retornaremos nosso movimento regular", garantiu.  

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