Por Sinésio Dioliveira

Uma mulher, então adolescente, fazia pequenos furtos, mas só de balinhas, chocolates e pirulitos... O dinheiro, conforme a carta, era para compensar o que foi surrupiado
Uma das maiores poetas brasileiras, elogiada por Carlos Drummond de Andrade, Cora Coralina merece a homenagem

“Quando deixei de sentir as borboletas/Congelei meu coração para percorrer a vida/Quando deixei de falar com as borboletas/Sufoquei minha voz ante o ruído do progresso”

No tempo de isolamento em que fiquei em casa, pássaros me fizeram companhia. Ficar observando-os me fazia esquecer dos uivos do lobo, que agora anda chilreando

Quem escreve, seja movido pela inquietação ou satisfação da alma, não consegue ficar calado

Do bolso dos brasileiros saem anualmente R$ 10,8 bilhões para custeio de salários, auxílio moradias, assessores, veículos, celulares para deputados e senadores

Até um hospital público foi inaugurado recentemente para eles, construído justamente no local em que tempos atrás lhes era um inferno

Uma menina me perguntou o nome da cachorrinha. Pedi uma sugestão, e ela sugeriu “Júlia”. Nome que a Wanessa aceitou depois que lhe contei que fora dado por uma garotinha

Empresa foi capaz de matar uma munguba para afugentar um casal de moradores de rua que vivia à sombra da respectiva espécie em companhia de dois cães

Abri um envelope trazido pelo carteiro e dentro dele estava algo que me fez transbordar de alegria: o livro “A Paixão Medida” autografado por Drummond para mim

Alguém toca o piano de um hospital que trata pacientes com câncer? Pude ouvir uma música triste no silêncio do piano vinda do semblante apagado de pacientes

Em vez de bicadas, as pessoas beijam o espelho. Até certo momento da vida, até que um dia o espelho, cansado da pergunta “espelho, espelho meu...”, ri na cara delas

Lembra -se de G.H.? Sim, do livro de Clarice Lispector. Pois: um soldadinho, um inseto, entrou na minha sala de trabalho. Peguei-o e coloquei na letra “h”

A sujeira não chega à rua sozinha. É levada por pessoas cuja imundície mental não lhes permite agir com zelo em favor do bem-estar da cidade e tornar melhor os espaços públicos

Criança não tem os olhos do coração para enxergar pobreza. Só depois que cresce e se desentende como gente é que, muitas vezes, vai chorar as dores de sua infância