Por Sinésio Dioliveira

Uma menina me perguntou o nome da cachorrinha. Pedi uma sugestão, e ela sugeriu “Júlia”. Nome que a Wanessa aceitou depois que lhe contei que fora dado por uma garotinha

Empresa foi capaz de matar uma munguba para afugentar um casal de moradores de rua que vivia à sombra da respectiva espécie em companhia de dois cães

Abri um envelope trazido pelo carteiro e dentro dele estava algo que me fez transbordar de alegria: o livro “A Paixão Medida” autografado por Drummond para mim

Alguém toca o piano de um hospital que trata pacientes com câncer? Pude ouvir uma música triste no silêncio do piano vinda do semblante apagado de pacientes

Em vez de bicadas, as pessoas beijam o espelho. Até certo momento da vida, até que um dia o espelho, cansado da pergunta “espelho, espelho meu...”, ri na cara delas

Lembra -se de G.H.? Sim, do livro de Clarice Lispector. Pois: um soldadinho, um inseto, entrou na minha sala de trabalho. Peguei-o e coloquei na letra “h”

A sujeira não chega à rua sozinha. É levada por pessoas cuja imundície mental não lhes permite agir com zelo em favor do bem-estar da cidade e tornar melhor os espaços públicos

Criança não tem os olhos do coração para enxergar pobreza. Só depois que cresce e se desentende como gente é que, muitas vezes, vai chorar as dores de sua infância

A cegueira botânica faz as pessoas verem as plantas como objetos sem importância