Por Redação
Secretário da Educação de Goiânia fala sobre a polarização no debate sobre a o tema, avalia a gestão de Abraham Weintraub no MEC e defende o uso das salas modulares
Douglas Arantes Antunes Lopes*
As premiações mais tradicionais do cinema têm reconhecido as produções de filmes da gigante do streaming Netflix. Podemos elencar aí uma série de razões – desde a diminuição de visitas do público às salas de cinema, passando pela eficiência do financiamento das produções da empresa, até os filmes de diretores ilustres, como Martin Scorsese (O Irlandês) e Fernando Meirelles (Dois Papas).
Quando estamos diante da tela, seja do cinema ou dos nossos dispositivos domésticos, ficamos impressionados e distraídos com os conteúdos que nos são exibidos a ponto de esquecer que a produção de cultura de massa é feita por uma indústria. Ou seja, os títulos que tanto gostamos são feitos a partir de complexos processos de produção, os quais envolvem um sem número de recursos humanos e materiais.
As transformações em campos como o da telecomunicação e do processamento de dados possibilitaram a criação dos serviços de streaming, revolucionando as formas de se produzir e consumir cinema. Antes, éramos restritos à programação das salas físicas de cinema, ao catálogo das locadoras de fitas VHS ou DVDs ou, ainda, a contar com a sorte de que algum canal transmitisse filmes de nosso interesse. Acima de tudo, todas essas opções para entretenimento eram caras em comparação ao que pagamos hoje.
As produções também eram restritas à grandes estúdios, que já estavam ficando enjoativas. Plataformas de streaming, por sua vez, já atingiram porte grande o suficiente para financiar produções de diretores e elencos consagrados, permitindo que experimentem facetas irrealizáveis nas produções tradicionais. Ao mesmo tempo, abrem espaço para filmes de equipes independentes ao redor do mundo.
Esta conjuntura faz com que a edição do Oscar de 2020 seja peculiar, com títulos ousados e concorrência bem equilibrada. Para os brasileiros, a boa surpresa é concorrer com dois títulos, ambos produzidos pela Netflix. Os Dois Papas, dirigido por Fernando Meirelles (Cidade de Deus e Ensaio Sobre a Cegueira) recebe as indicações de Melhor Ator, com Jonathan Price, e Melhor Ator Coadjuvante, com Anthony Hopkins. O longa ainda foi indicado por Melhor Roteiro Adaptado (Anthony McCarten). Já Democracia em Vertigem, de Petra Costa, concorre como Melhor Documentário.
Na categoria de Melhor Filme, a empresa conta com duas indicações: O Irlandês (Martin Scorsese) e História de um Casamento (Noah Baumbach), concorrendo com títulos como Coringa (Todd Phillips) e Parasita (Bong Joon-ho). Na categoria de melhor ator, além de Jonathan Price, Adam Driver foi indicado pela sua atuação no longa de Noah Baumbach, concorrendo com Joaquim Phoenix e Leonardo Di Caprio.
Por um lado, a premiação este ano está mais equilibrada e diversa do que em qualquer outro. Por outro, a presença magnânima dos títulos, diretores, roteiristas e atores da Netflix na lista de indicados deixou qualquer cinéfilo sem saber em quem apostar.
*Douglas Henrique Antunes Lopes é professor do Centro Universitário Internacional Uninter. Atua nos cursos de Filosofia, Serviço Social e Pedagogia, além do Curso de Extensão Cineclube Luz, Filosofia e Ação.
Período pré-eleitoral jamais deveria ser usado para atacar adversários com mentiras inaceitáveis sobre a vinda dos brasileiros que moram na China para Anápolis
“Acredito na Justiça e na nossa prestação de contas. Anexamos nos embargos de declaração, mais uma vez, toda a documentação, mostrando que nossa captação e gastos têm origem e destino", diz o parlamentar
Em meio às tragédias ambientais, tenente-coronel do Corpo de Bombeiros alerta que o brasileiro não tem uma cultura de prevenção
Na pesquisa de votação espontânea Fábio está a frente, o candidato chega a atingir 29% dos entrevistados
[caption id="attachment_227960" align="alignnone" width="620"]
Prefeito Fábio Correa (PRTB)| Foto: divulgação[/caption]
O prefeito de Cidade Ocidental Fábio Correa (PRTB) lidera com 39% dos votos, enquanto seus oponentes, Antônio Lima e Fernanda Batista tem 13% cada, seguidos por Paulo Rogério com 12% e Rodolfo Valente 1%. A pesquisa é da Real Time Big Data.
Na pesquisa de votação espontânea, que é quando o entrevistador pergunta qual o primeiro candidato que vem na cabeça do eleitores, Fábio ganha novamente, o candidato chega a atingir 29% dos entrevistados.
A percepção da população em relação às obras da cidade que estavam paradas e foram retomadas e de escolas que foram reformadas ajudam na popularidade do prefeito. O município foi tomando forma, ganhando visibilidade não apenas no Entorno e no Distrito Federal.
Cidade Ocidental ainda teve aumento de 7 pontos no índice de transparência em comparação com 2017. Os dados da Controladoria Geral da União apontam que o município ficou com 9,29 pontos em uma escala que varia de 0 a 10, sendo 10 o alto índice de transparência pública e zero, o menor índice de transparência.
Governo encarou maior desgaste com aprovação da Reforma da Previdência, do novo Estatuto do Servidor e abriu caminho para adesão ao RRF
Presidente da Casag se diz preparado para ser candidato e fazer mais pela Ordem se for escolhido pelo grupo de Lúcio Flávio, mas que prefere trabalhar pela unidade da gestão
Richard Nickerson fez 980 pontos em redação e garantiu vaga em um dos cursos mais concorridos
Cidade do Entorno possui 80% das ruas asfaltadas e das mais modernas ETEs do país
[caption id="attachment_233399" align="alignnone" width="620"]
Hildo do Candango, prefeito de Águas Lindas (PTB) | Foto: Ascom/ Divulgação[/caption]
Águas Lindas, no Entorno do Distrito Federal, conta hoje com 80% de suas ruas asfaltadas e uma das modernas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) do país, com capacidade de atender até 500 mil habitantes. O investimentos em infraestrutura tem se mostrado como prioridade na gestão do prefeito Hildo do Candango (PTB).
As obras do Hospital Regional, que estava paralisada há 10 anos, foi destravada e agora está sob a responsabilidade do Estado. “A retomada dessa obra é um sonho realizado. Trabalho para ver nossa população usando este hospital. E fiz todo possível para que as obras deste hospital fossem retomadas. Fui ao Ministério da Saúde, enviei Projeto de Lei para a Câmara de Vereadores fazendo a doação do terreno para o Estado. Foram muitas reuniões para destravar esta obra, e agora estamos no aguardo do Governo de Goiás, para entregar nosso tão esperando hospital em pleno funcionamento”, relata Hildo.
Prefeito reeleito, continuou na busca por investimentos, construiu Unidades Básicas de Saúde, construiu creches, reformou e construiu escolas, fomentou o comércio local atraindo empresas.
Além disso, muitos bairros receberam obras realizadas com recursos próprios, graças a economia e planejamento do atual prefeito.
Negociação com rubro-negro ultrapassa a cifra de 16 milhões de euros. O atacante assina contrato de 5 anos com clube carioca
Concessionária diz ter atingido metas estabelecidas pela Aneel, melhorado atendimentos e prevê novos investimentos
Nome forte no município, deputado Humberto Teófilo (PSL) também pode aparecer como alternativa para eleitores
Para titular da Economia, governo precisa aderir ao Regime de Recuperação Fiscal para ter condições de se reorganizar. "Se o Estado não entrar no RRF, no meio do ano começaremos a ter problema"
Considerações sobre o documentário “Indústria Americana”, que concorre ao Oscar 2020
Everaldo Leite
Em agosto de 2019 a Netflix disponibilizou para seus assinantes o documentário “Indústria Americana” (American Factory), dirigido por Steven Bognar e Julia Reichert, que mostra a difícil síntese produzida a partir do encontro entre culturas de trabalho diferentes. No filme, uma empresa chinesa adquire o que restou de uma montadora da GM em Ohio, no centro-oeste americano, e lá começa um processo de fabricação de vidros, com objetivo de atender a produção mundial de automóveis. Trabalhadores americanos são contratados e submetidos ao modelo chinês de manufatura, que abrange um mínimo de doze horas de trabalho diários e que não se detém para o descanso semanal. Trabalhadores chineses são contratados e trazidos da Ásia para impor o ritmo e suprir as “deficiências” americanas. Sem aceitar que hajam ingerências do sindicato, começa aí uma batalha entre a obstinação asiática e a “predeterminação” do sonho americano. Desde o início, a velha questão: O que um americano médio quer? Sua cultura de vencedores, como mostra o documentário, fala em bons empregos, excelentes investimentos, casas, família típica, carros, crianças na escola e jovens na faculdade. Há lugar para os perdedores, é claro, mas na imagem das más consequências individuais nascidas das péssimas decisões. Existe, para tanto, desde o seu nascimento, um ideal de liberdade pelo qual todos podem correr atrás de seus sonhos, lançando mão da racionalidade e, não raramente, da certeza de que “Deus” os ajudará. No folclore geral a visão correta é a de que os EUA conseguiram a liderança econômica mundial e construíram a sua colossal força militar em função desse sonho, e, por isso, nunca serão pisoteados por quaisquer circunstâncias externas ou sabotados por uns poucos interesses egoístas internos. O filme “Indústria Americana”, insistentemente, mostra que o contrário pode ser a verdadeira realidade de grande parte do país. A meritocracia é um valor da democracia dos EUA, pois é o que dá significado às vitórias e às derrotas individuais. Cada um americano tem o que merece, segundo a ética do mérito. Não parece, portanto, na mentalidade americana, que as circunstâncias adversas podem ser a verdadeira causa do fracasso de muitos. O valor do mérito próprio, muito mais relevante, acaba por se impor como uma baliza entre o que o indivíduo consegue realizar e o que ele efetivamente sonhou para si. Por isso, a frustração consigo mesmo é clara e fica estampada na cara de cada um trabalhador – que aparece no filme – após a crise de 2008 ter colapsado o setor industrial de toda aquela região. Aliás, essa frustração quanto à fragmentação de seus sonhos, de terem nada em mãos apesar de atribuir mérito ao que realizavam até então, foi a única coisa que restou de uma complexa equação política e econômica cujo trabalhador nunca tem acesso e compreensão. Obviamente, o documentário não consegue aprofundar o espantoso contexto político-econômico no qual subjaz os interessantes fatos que apresenta. Seriam muitas horas a mais de filme. Sua meta é contar uma história e dar voz àqueles que comumente servem apenas às estatísticas. Não deixa de ser um ponto de vista americano, mas a oportunidade de fala também se estende aos trabalhadores e gestores chineses, que a utilizam conforme acham pertinente. O produto final, o filme, é bastante franco nesse sentido, não destaca um vilão ou uma vítima, aparentemente todos ali se movem por intenções apropriadas ao que requer sua própria cultura de trabalho. Se os diretores de “Indústria Americana” deixaram de fora da narrativa algo essencial – talvez propositalmente – foi a possibilidade de um sonho chinês ser tão respeitável quanto o sonho americano. O que os americanos perderam de vista é que outros países também têm indivíduos com desejos. O sonho chinês, diferentemente do sonho americano, é um ideal que, apesar de atender ao indivíduo, precisa primeiramente satisfazer aos interesses coletivos de sua nação. A empresa chinesa precisa ser extremamente produtiva, muito lucrativa, impressionar o ocidente e atender todo o planeta, em honra da China. No documentário esse espírito coletivista fica bastante evidente na postura militarizada dos seus trabalhadores e na forma arrogante como estes se colocam frente aos “preguiçosos” e “piores” trabalhadores americanos. Essa característica parece ofensiva e traz uma ideia de superioridade étnica nada insignificante. Ao cair o véu da polidez chinesa – seus forçados gestos de simpatia e de tolerância – o que se exibe no documentário é a face mais radical e rigorosa da ética da meritocracia. O mérito, para o chinês, é praticamente um estatuto religioso e sua total dedicação ao trabalho é a realização do sonho em si, tendo a casa, o carro e a família – tão caros aos americanos – como consequências secundárias. Não, os chineses não são desalmados, são na verdade uma nação cuja economia de mercado e o ativismo do Estado lhes restituiu o orgulho imperialista. Não prometem guerra contra nenhum povo, mas querem enriquecer rapidamente ocupando o espaço dos “perdedores” com sua tecnologia inovadora e, como mostra o documentário, com sua carga horária quase suicida de trabalho. Na China, especialmente nas grandes cidades empresariais, se vê muito claramente que a riqueza e a mudança dos hábitos estão criando uma nova civilização asiática. Há chineses ricos, de classe média e chineses pobres, mas o que se deve ressaltar é que a mobilidade social por lá é impressionantemente forte vis à vis à sua crescente produtividade. No documentário, uma equipe americana é levada à China para conhecer esse novo mundo e suas expressões não deixam dúvida sobre o impacto dessa realidade. Meritocracia, mérito, os estadunidenses quase dizem: “eles merecem ser ricos, nós, sindicalizados preguiçosos, não!”. Os EUA ainda são os grandes representantes econômicos do ocidente, não há dúvida. Sua expansão tecnológica e seu potencial financeiro são admiráveis, sendo pioneiros e hegemônicos em vários segmentos produtivos. O seu setor de serviços é sofisticado e o grau de complexidade de sua produção surpreende o mundo competitivo. Sua supremacia política, com o fim da União Soviética, foi a mola propulsora da globalização, que fez crescer colossalmente o comércio internacional e gerou oportunidades em todos os países que aderiram rapidamente ao novo modelo de negócios, especialmente os países asiáticos. A Coreia do Sul, Cingapura e a própria China lançaram mão de todas as boas ideias do mundo corporativo e, não raras vezes influenciados pelos objetivos de seus governos, sofisticaram a sua indústria e desenvolveram segmentos complexos para atender as demandas mundiais. O que o documentário “Indústria Americana” revela é apenas mais um capítulo de um momento histórico que se iniciou lá atrás, bem antes da eclosão da crise de 2008. Ou seja, a narrativa somente aponta para mais um processo pragmático de “destruição criativa” – conceito criado pelo economista austríaco Joseph Schumpeter (que não é da chamada Escola Austríaca de Economia) –, que se segue de modo incontornável na esteira deste novo momento do liberalismo. A China transnacional, hoje com melhor eficácia produtiva, melhor tecnologia industrial e enorme ambição por parcelas maiores de mercado, quer destruir o modelo americano e transformar seus trabalhadores, criando novos paradigmas a serem seguidos. O documentário mostra justamente isso, a destruição criativa do trabalho, com a inédita substituição do sonho americano por satisfações materiais e afetivas pelo sonho do trabalho incansável. O documentário “Indústria Americana” concorre ao Oscar 2020 de melhor documentário, vamos ver que efeito terá essa difícil história nos membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas na hora do voto. Everaldo Leite é economista.
