Por Editor

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População espera que o Caiado gestor apareça mais que o político

Mesmo sem abrir mão de apontar os erros do passado, é preciso ver que a principal tarefa do executivo é apontar com firmeza o caminho para superar as dificuldades

“Estou mudo, cego e calado”, diz José Nelto sobre montagem de governo

Aliado de Ronaldo Caiado, o deputado federal eleito pelo Podemos afirma que sua prioridade no momento é montar uma equipe de primeira linha para atuar em Brasília

Disputa pelo “espólio” do PSDB estadual ainda vai render muito pano para manga

Lideranças sobreviventes ainda não falam a mesma língua, como se esperassem aceno definitivo de Marconi, que pode não acontecer antes das vésperas da convenção

Câmara de Trindade terá ponto eletrônico e investimento em transparência

Novo presidente cumpre termo ajustado com o Ministério Público e promete outras medidas para ampliar acesso da comunidade ao legislativo municipal

Auditoria federal pode pôr fim ao disse-me-disse sobre contas públicas

Guerra de versões entre o novo governo e seus antecessores sobre a condição das contas públicas em Goiás ainda está embargada pelas paixões da disputa eleitoral

Virmondes leva diretores de escolas à secretaria para garantir salários da Educação

Deputado do PPS diz que pagamento dos servidores deve ser encarado como prioridade máxima por uma questão de dignidade e pelo impacto na economia do Estado

Goiânia sediará, em maio, o maior evento nacional do setor hoteleiro

Parceria firmada entre Fecomércio e Associação Brasileira da Indústria de Hotéis consolida realização do Conotel 2019, que também contará com uma feira comercial do segmento

O filho do Mourão, os primos do Caiado e a eterna injustiça contra a mulher de Cesar

Por trás do "mimimi" nas redes sociais, resiste uma hipocrisia que tenta ignorar a importância dos laços de confiança para a administração pública

Como a política lida com homens que não vendem suas almas

Biografia de Caiado prova que é possível ser pragmático e obter resultados sem sacrificar seus princípios éticos

Caiado articula governo para os goianos e não só para os políticos

Os que pensam que Caiado “retirou” um grupo do poder para eles “mamarem” nas tetas do governo podem acabar se decepcionando

Interesse de investidores pode viabilizar Brasil de Bolsonaro e Goiás de Caiado

O investidor Mark Mobius afirma que o país é viável e garante que confia no seu crescimento, tanto que está aumentando seus investimentos na empresas patropis

Caiado agiu com realismo ao indicar Cristiane Schmidt para a Secretaria da Fazenda

O czar da economia no futuro governo de Bolsonaro, Paulo Guedes, sabe que a recuperação da economia, com a expansão do crescimento, depende da recuperação das finanças dos governos estaduais

Iris Rezende tenta resolver crise da prefeitura penalizando donos de casas e apartamentos

No lugar de enxugar a máquina pública, para que se tenha dinheiro para investir, o prefeito de Goiânia ameaça contribuintes com impostos mais altos e até prisão

Caiado planeja tornar o governo mais eficiente para beneficiar a sociedade

Ajuste nos incentivos fiscais é apenas um ponto no enxugamento geral que pretende fazer para tornar o governo mais produtivo e menos dispendioso para a sociedade

[caption id="attachment_147178" align="aligncenter" width="620"] Jari Bolsonaro e Ronaldo Caiado | Foto; divulgação[/caption]

Num seminário no qual se discutiu um relatório do Fundo Monetário Internacional, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, sublinhou que o investimento público no Brasil “é mal planejado, mal avaliado e mal executado”. O economista, que vai permanecer no cargo no governo de Jair Bolsonaro, sublinhou, relata a repórter Lorenna Rodrigues, de “O Estado de S. Paulo” (sexta-feira, 30), “que o investimento no país tem um nível muito baixo — foi de 2,1% do PIB de 1995 a 2015”. Nas economias emergentes, como em quatro países do BRICs (Rússia, Índia, China e África do Sul), “o percentual foi de 6,4% e 5,5% nos países latino-americanos”.

As prioridades de alguns governos não são as prioridades reais do país, frisa Mansueto Almeida. “Tenho certeza que construir trem bala não é prioridade, mas tivemos uma empresa para isso. Fazer estádio de futebol em cidade que não tem time de futebol é exemplo de desperdício de dinheiro público”. O economista assinala que “sem ajuste fiscal e Reforma da Previdência, o investimento público cairá ainda mais.”

O documento do FMI ressalva que, “dado o espaço fiscal atualmente limitado, o governo está buscando melhorar a eficiência do investimento público e promover mais investimento do setor privado por meio de concessões”. O Fundo enfatiza que o governo brasileiro falha na “avaliação de projetos, gerenciamento de concessões e parcerias público-privadas e seleção e priorização de projetos”. Por isso recomenda “fortalecer a priorização estratégica do investimento público, desenvolver um banco de projetos de alta qualidade, padronizar os procedimentos de avalição e seleção de projetos e o aperfeiçoamento das análises e da estrutura dedicada às concessões e parceria público-privadas”.

A Secretaria do Tesouro Nacional, comentando o relatório do FMI, garante que o governo está comprometido “com as reformas necessárias para a garantia do equilíbrio fiscal e melhoria da transparência e da qualidade do gasto público”. A STN assegura que “apenas com o equilíbrio fiscal e o controle das despesas obrigatórias é possível garantir espaço para a ampliação do investimento público, bem como assegurar a perenidade dos fluxos financeiros a serem aportados nos projetos”.

O presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, tem dito, por intermédio do futuro ministro da Fazenda, Paulo Guedes, que um dos objetivos é enxugar o Estado e torná-lo menos oneroso para a sociedade. O intuito da equipe montada pelo ex-aluno da Universidade de Chicago — pátria dos liberais ortodoxos, ditos monetaristas — é, com a redução da máquina do Estado, fortalecer o mercado, portanto a sociedade civil. Não dá para reduzir impostos com uma máquina estatal pantagruélica. O “Financial Times”, especializado em economia, contrapõe: “As iniciativas de Bolsonaro para reduzir a notória burocracia do Brasil têm sido muito modestas, não envolvendo nada além de combinar alguns ministérios”. Como o governo não começou, o comentário do jornal britânico é no mínimo apressado. Mas, de fato, não há soluções mágicas para resolver problemas ingentes a curto prazo.

Incentivos fiscais

Se a despesa é maior do que a receita, o Estado se torna inviável. Por isso o governador eleito de Goiás, Ronaldo Caiado, planeja, assim como Bolsonaro em termos de União, enxugar a máquina estatal.

Ao contrário do que comumente se divulga, Ronaldo Caiado não é contrário aos incentivos fiscais e avalia que são mesmo úteis para atrair empresas para Goiás. O que o senador do DEM defende é um ajuste nos incentivos, considerando, afiançam seus aliados, que Goiás lidera a maior renúncia fiscal do país. A concessão desenfreada de incentivos e benefícios se tornou uma política paternalista e, mesmo, antirrepublicana. Porque beneficia poucos e prejudica muitos. Há empresas que, no lugar de pagar ICMS, tem créditos a receber do governo do Estado no fim do mês. É o caso da CAOA, que, instalada em Anápolis, praticamente não paga impostos — um milagre que até alguns empresários, como Vanderlan Cardoso, não conseguem entender.  Portanto, é possível sugerir que o governo de Caiado não vai retirar os incentivos. Vai retirar as “tetas”. Mesmo aqueles que ficarem sem as tetas vão pagar poucos impostos.

Caiado não vai mexer apenas nos incentivos fiscais, racionalizando-os. Hoje, a receita líquida mensal do governo de Goiás é de 1,6 bilhão de reais. Os 160 mil funcionários públicos ativos e inativos — com o acréscimo dos 12 mil comissionados (deixam o governo no final de dezembro) — ficam com 1,360 bilhão (folha de dezembro; a folha aumentou quase 500 milhões de reais em um ano e meio). Ou seja, com quase todos os recursos. Como há o serviço da dívida (pagamento dos juros) e o custeio da máquina, não sobram recursos para investimentos (por isso, ao longo do tempo, a necessidade de empréstimos — o que gera endividamento crescente).

O governo Caiado pretende cortar penduricalhos — que se tornaram salários — e certas funções gratificadas. Os cortes tendem a ficar na casa dos milhões e, portanto, sobrará dinheiro para priorizar investimentos na saúde, na segurança e na educação. O objetivo é cortar de poucos para beneficiar muitos — quer dizer, a maioria dos goianos (uma população de 6,4 milhões). A intenção é colocar o Estado a serviço dos goianos — não apenas dos servidores públicos, que praticamente “privatizaram” os recursos do governo.

Caiado não quer um governo perdulário e paizão de todos, menos dos cidadãos que pagam impostos e, ao final, têm poucos direitos em termos de saúde e educação. O governador vai se preocupar, sobremaneira, com a questão do custo-benefício. Noutras palavras, planeja gastar menos e aumentar os benefícios para a sociedade. Desde os primeiros dias do governo.

Parece contraditório com a informação de que Caiado vai recriar as secretarias da Indústria e Comércio, da Agricultura e da Cultura? Na verdade, segundo seus aliados mais próximos, o objetivo é reduzir custos e aumentar a eficiência do governo. A redução de secretarias, longe de diminuir, aumentou custos e, também, a burocracia. O objetivo de Caiado é descentralizar a máquina e torná-la mais eficiente e mais barata para a sociedade, para os cidadãos.

Caiado deve defender o Estado mas não deve se tornar adversário do setor produtivo

Ser empresário no Brasil é mais difícil do que ir à Lua. Por isso os governantes têm de se comportar como aliados daqueles que usam seu capital para gerar empregos e dividendos para o Estado