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Ex-BBB goiano Yuri Fernandes volta a Goiânia após agredir namorada e ser preso, em Maceió

Ele é suspeito de agredir a namorada, dançarina do programa Domingão do Faustão, Ângela Sousa [caption id="attachment_14783" align="alignleft" width="615"]20140906111554461969i Angela Sousa mostra hematoma no olho, causado por suposta agressão do namorado Yuri[/caption] O ex-BBB goiano Yuri Fernandes, de 28 anos, está "voltando para o aconchego da família", foi o que disse a mãe do brother, Cláudia Fernandes, neste domingo (7/9). O jovem foi preso na última sexta-feira (5), em um hotel na Maceió, capital de Alagoas. Segundo informações da Polícia Militar, ele é suspeito de agredir a namorada, dançarina do programa Domingão do Faustão, Ângela Sousa, dentro do quarto em que estavam hospedados. O jovem foi preso em flagrante após denúncia de funcionários do próprio hotel e foi atuado por violência doméstica, com base na Lei Maria da Penha O goiano foi preso e encaminhado algemado para a Delegacia da Mulher, no centro da cidade. No momento, ele se recusou a falar com a imprensa. Mas em nota divulgada por Claudia Fernandes, mãe e assessora do ex-BBB, o caso “foi uma briga de casal como todas” e que não houve agressão. “Os dois saíram juntos e os dois beberam. Quando voltaram para o hotel discutiram. Os dois falavam muito alto. O hotel ouviu os gritos e o segurança, na hora que subiu, chamou a polícia”, explicou. No entanto, o tenente Araújo, que atendeu a ocorrência, contesta a informação divulgada pela mãe de Yuri Fernandes. “Quando a equipe chegou, a mulher estava com um hematoma no rosto e reclamando de dores na barriga. Ela falou que foi agredida”, afirmou. Ainda de acordo com Cláudia Fernandes, que mora em Goiânia e é produtora cultural, um advogado da família já está em Maceió para cuidar do caso. “Foi uma briga de casal como todas. Ele não foi criado como um homem que bate em mulher”, disse.

Marina apoia manutenção de programas sociais e investigação sobre Petrobras

Candidata concedeu entrevista coletiva nesta tarde, na capital paulista, após corpo a corpo no Parque do Ipiranga, na zona sul

Vinte e um prefeitos do Nordeste goiano reafirmam apoio a Marconi Perillo

José Eliton destacou a alegria de ver a unidade política da região e comemorou o fato desse consenso ser firmado na data da Independência do Brasil

Fóssil de animal pré-histórico encontrado no Rio vai ser estudado na UFRJ

O fóssil de um xenungulado (carodnia Vieirai) - mamífero pré-histórico, semelhante à anta - encontrado em agosto passado no Parque Paleontológico de São José, em Itaboraí, região metropolitana do Rio de Janeiro, já está no Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde será estudado por especialistas da instituição e do Departamento de Geologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). A chefe da equipe, paleontóloga Lilian Bergqvist, disse à Agência Brasil que será iniciada agora a separação do material, que está muito incrustado na rocha, visando à retirada de toda a parte óssea do fóssil. Depois, os pesquisadores irão avaliar o que poderá ser pesquisado a partir do material encontrado. “Esse processo deve levar mais ou menos um mês, no mínimo, porque o calcário é muito duro”, explicou. Segundo Lilian, não se trata de uma descoberta, mas de um novo achado do xenungulado, que é um animal já conhecido. Esse é o terceiro fóssil do tipo encontrado naquela bacia, o último em 1980. “Não se trata de um material excepcional. O excepcional foi a gente achar esse material novamente. É importante para a gente ver se há alguma diferença ou uma característica especial”, informou. De formato e tamanho similares aos de uma anta, o xenungulado não é, entretanto, ancestral da anta. Esses mamíferos viveram na época de formação da Bacia de Itaboraí, há cerca de 55 milhões de anos. A paleontóloga da UFRJ esclareceu que esse grupo fez parte da linhagem sul-americana, que surgiu após a extinção dos dinossauros. “Ele fez parte de um experimento evolutivo que não deu certo e logo se extinguiu”. Lilian destacou que Itaboraí foi uma bacia muito rica em fósseis, mas ficou esquecida a partir da década de 1980, quando se pensou que seu potencial havia se esgotado. A descoberta do xenungulado e de duas mandíbulas de outro animal, chamado "Astrapotheria”, mostra que a região ainda tem que ser preservada para pesquisa. “Ela começou a ser invadida pela população em volta, tem vegetação cobrindo todas as rochas. Por isso, a gente tem que fazer um trabalho para tornar a região acessível à pesquisa novamente”.

Pela primeira vez transexuais poderão usar nome social no Enem

Em 15 anos de existência da prova, transexuais poderão ser chamados pelo nome com o qual preferem ser identificados e que condizem com sua identidade de gênero [caption id="attachment_14774" align="alignleft" width="620"]destaque enem Formulário que os candidatos transexuais tiveram que responder | Foto: Divulgação[/caption] As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terão 95 candidatos transexuais que, com autorização do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), usarão seus nomes sociais durante a prova. Segundo o Instituto, houve 95 solicitações deste tipo e todas foram atendidas. Após a inscrição, os candidatos e candidatas precisaram entrar em contato com o Inep e solicitar um formulário em que deveriam preencher questões como em qual banheiro prefere usar e como queriam que fossem a designação durante a realização do exame. Durante 15 anos de existência do Enem, esta é a primeira vez que um transexual poderá ser chamado pelo nome social. O Inep informou, por meio de nota, que os nomes sociais constarão no cartão de confirmação do exame, mas que "por uma questão de segurança, a identificação dos candidatos será feita pelo CPF, informado no formulário de inscrição (junto com o nome que consta no documento de identidade) preenchido no site do Enem". O Enem é uma prova realizada pelo Ministério da Educação sendo utilizada para avaliar o ensino médio no País. Seu resultado serve para acesso ao ensino superior em universidades públicas brasileiras, através do Sistema de Seleção Unificada (SiSU), podendo garantir bolsa integral ou parcial em universidade particulares através do Programa Universidade para Todos (ProUni). Os avanços, ainda tímidos, para está camada da sociedade estão sendo conquistados. Agora, por exemplo, as escolas de Goiás,  segundo a nova resolução do Conselho Estadual de Educação de Goiás, serão obrigadas a utilizar em documentos de uso externo (diários de classe, carteira de identificação estudantil, entre outros) o nome social de travestis e transexuais, ou seja, o nome pelo qual preferem ser identificados e que condizem com sua identidade de gênero. Antes a resolução estabelecia o uso do nome social nos documentos escolares, mas acompanhado do nome civil.  

Governo estadual comemora 800 mil atendimentos com a OVG

Resultado do Ensino Médio da rede estadual no Ideb também foi um tema comemorado pelos aliados do governador durante inauguração do comitê do candidato a deputado estadual Alfreni Gonçalves

Site resgata 66 anos de história do teatro infanto-juvenil no Brasil

Estão disponíveis no site 23 novos textos teatrais de autores contemporâneos como Rogério Blat, Fátima Valença, Denise Grispun e Guto Grecco

Programa que reinsere menores infratores na sociedade será implantado no próximo mês, em Goiânia

Na capital há cerca de 260 adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa e 230 em internação provisória e definitiva [caption id="attachment_14766" align="alignleft" width="620"]menores O projeto foi implantado em Aparecida de Goiânia há sete anos[/caption] O Programa Meu Guri deve ser implantado em Goiânia no próximo mês. Na última sexta-feira (5/9), a juíza Maria Socorro de Sousa Afonso, do juizado da Infância e da Juventude de Goiânia, apresentou o projeto para representantes da prefeitura, do governo estadual e órgãos ligados à rede de proteção ao adolescente. Segundo a magistrada, o Programa vai proporcionar aos adolescentes em situação de risco (principalmente os já infratores) a oportunidade de reinserção na sociedade. Segundo Maria Socorro de Sousa, que é a idealizadora do projeto na capital, a ideia é buscar parcerias para tornar viáveis ações voltadas para os adolescentes e seus familiares. “Queremos transformar a realidade dos adolescentes, criando-lhes oportunidades mais justas, buscando a sua efetiva reinserção social”, frisou, ao dizer que, na capital, há cerca de 260 adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa e 230 em internação provisória e definitiva. A estratégia consiste em investir na reeducação, por meio de cursos profissionalizantes, fazendo com que eles retornem às escolas e tenham oportunidades de trabalho, para não reincidirem no crime. . Além disso, eles serão inseridos em atividades culturais, de esporte e lazer. “Por isso, a importância dos parceiros. Com cada um fazendo sua parte, aumentamos a atuação da rede de proteção”, pontuou. Os jovens beneficiados com o projeto, juntamente com seus familiares, serão acompanhados e terão orientação educacional, além de apoio psicológico e social O presidente da Fundação Bancos de Olhos de Goiás, Zander Campos da Silva, elogiou a iniciativa salientou da preocupação que as pessoas devem ter com a responsabilidade social. “Esperamos e queremos contribuir para um mundo melhor”, disse. O Programa Meu Guri foi lançado no final de  2007, em Aparecida de Goiânia e teve parceiras com a prefeitura da cidade, conselhos tutelares, Organizações Não Governamentais (ONGs) e com o meio empresarial. De acordo com Maria Socorro de Sousa, o nome do projeto faz alusão à canção de Chico Buarque de Holanda, de mesmo nome, que narra a história de uma criança que furtava para ajudar a mãe, sem que ela soubesse, e foi morto em uma de suas empreitadas.

Marconi venceria no 1° turno com 53% dos votos válidos, diz pesquisa

Tucano lidera com 42,3% das intenções de voto na estimulada. Iris Rezende (PMDB) é o segundo colocado, com 25,2%

Candidatos cobram apuração de denúncia de ex-diretor da Petrobras preso pela PF

"Todo o Brasil e todos nós aguardamos as investigações feitas dos desmandos da Petrobras, que estão ameaçando o futuro da empresa, o futuro do pré-sal", disse Marina Silva

TSE divulga mais uma parcial da prestação de contas dos candidatos

Justiça Eleitoral publicou as informações com a discriminação dos recursos financeiros e/ou estimáveis em dinheiro arrecadados para financiamento da campanha eleitoral e dos gastos realizados O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou neste sábado (6/9) a prestação de contas dos candidatos nas eleições deste ano (presidente, governador, senador, deputado federal e deputado distrital). Esta segunda parcial mostra os valores arrecadados, detalhando doadores, partido político e comitê financeiro e  despesas. Na disputa presidencial, o candidato Aécio Neves (PSDB) registrou receitas de R$ 40,6 milhões e despesas de R$ 40,4 milhões. A candidata petista Dilma Rousseff tem receitas de R$ 123,3 milhões e despesas de R$ 56,1 milhões. No caso de Marina Silva (PSB-REDE), que substituiu Eduardo Campos na chapa, a segunda parcial de prestação de contas foi entregue sem os lançamentos. O nome de Eduardo Campos, que morreu vitima de um acidente aéreo no mês passado, ainda aparece no levantamento, com R$ 17,4 milhões em receitas e o mesmo valor para despesas. A candidata Luciana Genro (PSOL) declarou R$ 212,8 mil em receitas e R$ 202,4 mil, com despesas. O eleitor pode acessar as informações dos outros candidatos pelo site do TSE.

Dilma Rousseff e Marina Silva defendem que governo federal invista em segurança pública nos estados

A exemplo de Marconi Perillo, as candidatas à presidência também passaram a defender a participação do governo federal na área Em pouco mais de um mês antes do pleito eleitoral, os índices de criminalidade e a segurança pública pautam os debates dos candidatos ao governo de Goiás. O governador e candidato à reeleição Marconi Perillo tem repetido que é necessário que o governo federal divida com os estados a responsabilidades pelos investimentos na área. Em recente debate na televisão com os presidenciáveis, a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) e a Marina Silva (PSB-REDE) também passaram a defender a participação do governo federal na viabilização de recursos para investimento em segurança pública. [relacionadas artigos="14154"] Na ocasião, Dilma Rousseff propôs mudar a Constituição para que o governo federal possa, junto com os governos estaduais, atuar na garantia da segurança pública. “Uma segurança pública fragmentada só interessa ao crime organizado, que atua coordenadamente em todo o território nacional”, disse. Marina Silva, que têm crescido nas pesquisas eleitorais, salienta, em seu programa eleitoral, que construirá um Pacto Federativo na área, que determine as competências da União, dos estados e dos municípios, e que atribuirá à Polícia Federal a responsabilidade pela proteção das fronteiras, ao lado das Forças Armadas. Ambas as candidatas apontam as mesmas intervenções elencadas e defendidas pelo governador de Goiás, a partir da percepção de que somente “ações contundentes garantem a resolução dos problema da segurança pública”. O tucano tem criticado recorrentemente o discurso de seus adversários políticos, que, segundo ele, passaram a apresentar intervenções simplórias para o setor. Durante encontro com estudantes da Região Noroeste de Goiânia, no dia 29 do mês passado, Marconi Perillo afirmou que a oposição tem usado o assunto de forma demagógica. “Temos ouvido por aí promessas mirabolantes, como a de dobrar o efetivo da Polícia Militar logo nas primeiras semanas de mandato. Mas quem diz isso já foi governador de Goiás e não fez o que devia ter feito, uma vez que o armamento e as viaturas eram da pior qualidade possível e os profissionais eram desvalorizados”, disse ele, se referindo ao decano peemedebista Iris Rezende.    

Ataques aéreos da Síria contra Estado Islâmico deixam 31 mortos

Pelo menos 31 pessoas morreram hoje (6) por causa de bombardeios aéreos do regime de Bashar Al Assad contra vários pontos da cidade de Al Raqa (norte), reduto do Estado Islâmico (EI) na Síria, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Vinte e cinco das vítimas – 12 civis, nove combatentes do EI e quatro pessoas de identidade desconhecida – morreram em decorrência de um ataque aéreo contra uma padaria, de acordo com a organização não governamental (ONG). Um ataque semelhante ocorreu contra um centro de treino da organização extremista, no qual morreram, pelo menos, seis membros do EI. O observatório informou que a aviação síria também teve como alvo o edifício do antigo departamento de finanças local, que o EI usava como tribunal religioso, e outros campos de treino de combatentes. A agência de notícias oficial síria Sana noticiou que unidades do Exército mataram hoje “um grande número de membros do EI” em zonas distintas de Al Raqa e destruíram armas e munições daquela organização. Al Raqa é o reduto principal do EI em território sírio.

A campanha do medo é para valer, mas Dilma é oportunista ao admitir trocas na equipe

As duas mudanças introduzidas no esforço a favor da reeleição devem continuar até a votação como sintoma de crise na candidatura do PT

A presidente tem o comando da economia do País, mas evita analisar a questão industrial

[caption id="attachment_14677" align="alignleft" width="350"]Em encontro de empresários, apenas Robson Andrade enalteceu Dilma / Foto: Wilson Dias/ABr Em encontro de empresários, apenas Robson Andrade enalteceu Dilma / Foto: Wilson Dias/ABr[/caption] Ainda em seu discurso para representantes da indústria em BH, a presidente Dilma Rous­seff considerou que “vivemos uma situação bastante complexa na indústria”. Trata-se de um jogo com sete palavras que não dizem nada, sequer se a situação é de crise. Muito menos atribui a pessoas ou fatos a razão dessa complexidade. Uma coisa, porém, é clara: Dilma não tem nada a ver com o fenômeno, seja positivo ou não. Talvez nem entenda. “Eu gostaria que o Brasil estivesse crescendo em ritmo muito mais a­celerado”, discursou que o país avança celeremente, mas ela apreciaria ver mais força nisso. Porém, o problema não seria nosso, mas do planeta: “É possível que alguns de vocês, na atual conjuntura, quando a incerteza do cenário internacional se mistura com o debate eleitoral, questionem a eficácia de nossa política”, mostrou-se compreensível com as críticas que recebe do setor industrial, que poderia se valer da eleição presidencial para resolver suas pendências com o governo. Porém, seria pior se ela não estivesse no Planalto. “Me (sic) pergunto o que seria de nós se não tivéssemos tomado medidas na área industrial e no reconhecimento (de) que a indústria é estratégica para o país”, defendeu-se e enalteceu o apoio dos bancos estatais ao financiamento industrial em condições mais favoráveis do que os privados. O auditório não se entusiasmou com a fala da presidente. Assim como não reagiu quando a candidata repetiu uma promessa feita nos últimos anos: a criação de um conselho de desenvolvimento industrial ligado diretamente ao Planalto. A exceção foi o presidente da Con­federação Nacional da Indústria, mineiro Robson Andrade, que tratou Dilma como reeleita. “Aproveito a oportunidade para con­vidar a presidente Dilma para fa­zer a abertura do WorldSkills no ano que vem, em 2015”, referiu-se An­dra­de, diante do auditório, à principal competição mundial na área de for­mação de profissionais para em­presas e que se realizará em São Paulo. A incursão da candidata em Belo Horizonte não pareceu proveitosa no sentido de que sua fala deveria enfatizar duas coisas: a aproximação com empresários, como Lula sempre manda; e contrastar com a proposta de governo apresentada há uma semana pela concorrente Marina Silva (PSB/Rede). Dilma apenas reiterou a ideia de criar o conselho de desenvolvimento industrial. A presidente Dilma ainda não reconhece a existência de erros em seu governo, mas já admite que há falhas em pessoas da equipe e nas políticas. Talvez ela não saiba exatamente o que deve ser mudado nas políticas, porém demonstrou realismo ao aceitar mudança, além de exibir uma dose de humildade que vem da aprendizagem no sufoco com a reeleição.

A intimidação chega no exato momento que se esperava, a hora de desespero do PT
[caption id="attachment_14676" align="alignleft" width="300"]artigo_scartesini.qxd Marina Silva, se vencer, governará com a profecia de não completar o mandato / Foto: Léo Cabral/ MSilva Online[/caption] A campanha do medo foi ensaiada pelos marqueteiros da presidente Dilma Rousseff em maio, mas logo os filmetes foram retirados do ar como uma espécie de ejaculação precoce. O próprio PT considerou a munição muito forte para aquele momento, quando o prestígio da reeleição já vinha em queda, mas os dois principais concorrentes não incomodavam. A realização do segundo turno ainda não era certa. Dilma tinha 37% na pesquisa do Datafolha, o tucano Aécio Neves estava com 20% e Eduardo Campos (PSB) tinha 11%. Não se imaginava a morte de Campos na queda do jatinho três meses depois. Marina Silva (Rede) era uma hipótese remota como substituta do socialista. Agora, ressurgiu a intimidação de forma mais ampla, não apenas em filmetes de propaganda do PT na televisão. Antes a campanha Fantas­mas do Passado focava a disseminação nas classes sociais mais modestas do medo de a oposição conquistar o poder e eliminar os programas sociais clientelísticos. Naquele momento, o PT retirava a alegria de cena e introduzia o temor. No novo formato do medo, a campanha de Dilma na televisão acusa Marina de falta de tato na negociação com políticos, o que desestabilizaria o governo no Congresso - como se a presidente soubesse se entender com alguém sem imposições. Sem base parlamentar, Marina renunciaria como Jânio Quadros há mais de 50 anos ou seria deposta como Fernando Collor em 1992. Como Lula, em sua intimidade, corrigiu a denúncia, Collor foi deposto por corrupção. Se lhe faltou maioria no Congresso foi para evitar a investigação parlamentar das acusações de corrupto. Numa intimidade ainda mais profunda, Lula poderia se lembrar de que ele próprio usou o mensalão para comprar maioria na Câmara. No Senado, o PT acusou Ma­ri­na de ser “FHC de saias” por cau­sa do programa de governo que a candidata divulgou e cujo conteúdo seria neoliberal – a mesma qualidade que os petistas atribuem à era Fernando Hen­ri­que Cardoso, a quem combateram com outro terrorismo, as acusações falsas de desejar privatizar estatais como a Petrobras e o Banco do Brasil. Outra diferença é que a campanha do medo incluiu uma ameaça golpista do aliado e governador do Ceará, Cid Gomes (Pros). Em entrevista a um jornal de Fortaleza, ele afirmou que Marina, se for eleita, não concluirá o mandato porque será deposta. “Eu não dou dois anos de governo para Marina. Ela será deposta, pode escrever”, ditou ao repórter. A inspiração de Cid Gomes vem, historicamente, de outro político mais poderoso e dotado intelectualmente, Carlos Lacerda, golpista da velha UDN. Em 1950, Lacerda advertiu que Getúlio Vargas não deveria ser candidato a presidente. “Candidato, não deve ser eleito. Eleito, não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar”, avisou. Quatro anos depois, Lacerda repetiu a verve golpista e ajustou a advertência ao candidato presidencial Juscelino Kubitschek, afinal eleito e empossado sob ameaças da aliança entre a UDN de Lacerda e militares: — Juscelino não será eleito. Se for eleito, não tomará posse. Se tomar posse, não governará. Sem mergulhar tão longe no tempo, Cid Gomes poderia encontrar em casa um exemplo de abuso com palavras absurdas de políticos sem decoro. Em 2002, o mano Ciro Gomes concorreu a presidente pelo PPS. Era cotado para disputar o segundo turno contra Lula (PT) ou José Serra (PSDB), mas tropeçou em palavras impulsivas e não foi além da primeira rodada. A derrapada final começou quando Ciro, em entrevista a uma rádio, no ar, chamou de “burro” um ouvinte que o interpelou. A seguir, a derrota se consumou quando lhe perguntaram sobre a função na campanha de sua mulher na época, a atriz Patrícia Pillar, com quem percorria o país em busca de votos. A resposta foi fulminante nos dois sentidos: — A minha companheira tem um papel fundamental. Ela dorme comigo. Naquela época, o presidente do PPS já era o deputado paulista Roberto Freire, que agora apoia Marina com esperança de que a candidata suporte a pressão sem dar um passo em falso. “Vivi isso com o Ciro Gomes”, recordou. “Ciro não reagiu da melhor forma quando a pressão veio. A Marina está muito segura para enfrentar a desconstrução”, confia Freire.