Base de Paulo Garcia quer mais reparos na reforma
19 maio 2015 às 16h24

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Vereador diz que demora na tramitação do projeto na Câmara é normal devido ao alto número de reivindicações. E garante que mais demandas podem ser apresentadas

Às vésperas da votação do relatório final da reforma administrativa na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Câmara Municipal de Goiânia vereadores da base aliada aguardam reunião definitiva com o prefeito Paulo Garcia (PT). A intenção é saber será conduzido o processo de votação e apresentação de emendas quando a proposta chegar para a primeira votação em plenário.
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Por enquanto, o grupo espera a divulgação do relatório oficial do projeto, que poder ser apresentado nesta tarde ou na quarta-feira (20) pela relatora Dra. Cristina Lopes (PSDB). “Estamos aguardando justamente para poder saber o que emendar”, afirmou Denício Trindade (PMDB), em entrevista ao Jornal Opção Online nesta terça-feira (19/5).
Apesar do peemedebista alegar desconhecimento do documento por parte de toda a base, a tucana já havia apresentado em reunião relatório preeliminar na sexta-feira (15). Porém, poucos parlamentares compareceram ao encontro.
Atraso
No entendimento de Denício Trindade, a redução em 25% na perspectiva de economia a partir da aprovação da reforma administrativa é normal. “Sem dúvida, até porque a base lutou pela manutenção do quinquênio [seria reduzido de 10% para 5%], o que faz com que a reforma deixe de atingir 100% dos cortes, assim como a redução do tempo de incorporação dos servidores, que antes era de dois anos e meio e passa para dois”, pontua. O secretário de Finanças, Jeovalter Correia, disse que o valor previsto de R$ 83 milhões não será mais atingido devido ao atraso na aprovação da matéria.
O peemedebista afirmou ainda que os aliados do prefeito buscam a alteração de trecho que prevê que 80% dos servidores efetivos ocupem cargos de confiança — ao contrário dos 60% sugeridos na redação atual.
Na opinião dele, as tentativas mostram que, ao mesmo tempo, a base tenta manter direitos dos trabalhadores — especialmente para evitar desgastes eleitorais — e preservar o relacionamento com o Poder Executivo.
Denício Trindade ressalta, por fim, que será preciso buscar meio termo com o Jeovalter para assegurar a existência do Fundo Municipal do Meio Ambiente. O terceiro texto do projeto da reforma prevê sua extinção, o que seria inconstitucional, de acordo com o vereador.
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