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Livro registra a história do judeu que caçou e prendeu o comandante do campo de extermínio de Auschwitz

imprensa logo“O Judeu-Alemão e a Caçada ao Kommandant de Auschwitz” (Rocco, 302 páginas, tradução de Ângela Lobo), de Thomas Harding, é “fascinante, comovente e notável”, diz o historiador Max Hastings, autor de algumas das obras seminais sobre a Segunda Guerra Mundial. Conta-se a história de Hanns Alexander, que caçou e prendeu o nazista Rudolf Höss. Thomas Harding é sobrinho-neto de Hans Alexander, mas consegue contar uma história relativamente imparcial, até onde isto é possível — a objetividade é sempre uma quimera pretensiosa. Ele apresenta uma história com nuances, evidenciando contradições, não para “perdoar” o cruel Rudolf Höss, e sim para entender os motivos por que fez o que fez. Tornar Rudolf Höss mais “humano” não significa, insistamos, perdoá-lo, e sim compreendê-lo. Harding não cria uma história com mocinho e vilão. Até as contradições de seu parente são expostas com crueza, mas sem perder certa delicadeza. Aqui e ali, fica-se com a impressão de que se trata de um livro de antropologia que incorpora, digamos, a história e a investigação jornalística. Não à toa Harding estudou antropologia e ciência política na Westminster School e escreve no “Financial Times” e no “The Guardian”.

Luiz Augusto Pampinha e Batista Custódio completam 80 anos. Empolgados com jornalismo

[caption id="attachment_1677" align="alignright" width="620"]Fotos: Divulgação/Reprodução Fotos: Divulgação/Reprodução[/caption] Dois jornalistas goianos completaram 80 anos em 2014. Luiz Augusto Pampinha, colunista mais lido do “Diário da Manhã”, dado seu estilo divertido e inteligente, fez 80 anos em janeiro. Depois de duas cirurgias na coluna, Pampinha, que trabalhou na TV Globo e dialogou diretamente com Roberto Marinho, o Doutor Roberto, como era chamado na redação, vai passar por uma nova cirurgia. Está de bem com a vida — “sempre amando”. Batista Custódio, editor e proprietário do “Diário da Manhã”, fez 80 anos este mês. Batista Custódio é daqueles jornalistas — quase um personagem, até mítico — que podem ser elogiados e criticados, mas não ignorados. Durante anos, editou o “Cinco de Março”, que, com suas denúncias contundentes e sensacionalistas, balançava a sociedade. Em seguida, lançou o “DM” e contratou pesos pesados da imprensa nacional, como Washington Novaes e Aloysio Biondi. Mino Carta, Janio de Freitas e José Guilherme Merquior escreviam artigos exclusivos para o jornal. O jornal “fez época”, por assim. Hoje, embora lutando com dificuldade, o jornalista e empresário mantém o jornal circulando diariamente. Pode-se dizer que Batista é um desbravador, uma espécie de bandeirante do jornalismo goiano. Ele e Pampinha, mesmo aos 80 anos, permanecem motivados e apaixonados por jornalismo.

O escritor espanhol Jorge Semprún delatou a escritora francesa Marguerite Duras

Mas ele contesta a informação de que denunciou a prosadora por "desvio" político, mas biografia e Edgar Morin garantem que, apesar da memória intencionalmente fraca, Semprún dedurou Duras

O alerta de Paulo Bertran sobre a destruição do bioma do Cerrado

[caption id="attachment_1661" align="alignleft" width="200"]Paulo Bertran: faz falta o pesquisador que investigava os fatos e a realidade Paulo Bertran: faz falta o pesquisador que investigava os fatos e a realidade[/caption] O talentoso — e saudoso — Paulo Bertran, escritor e historiador goiano precocemente falecido em 2005 (com 56 anos), deixou escritos admiráveis, como “His­tória da Terra e do Homem no Planalto Central”. Em 1988 publicou “Uma Introdução à História Econômica do Centro-Oeste do Brasil” (Editora da Universidade Católica de Goiás), um estudo que teve menos divulgação do que merecia. O livro abrange desde a economia colonial até os esforços de integração do último governo planejado que tivemos — o de Ernesto Geisel. Entre os assuntos importantes abordados no livro está o alerta dado por Paulo Bertran para a destruição do bioma do Cerrado, algo quase que completamente ignorado até os anos 1980. E foi nas décadas de 1970 e 1980 que se deu a expansão inicial da fronteira agrícola do Centro-Oeste, com o aumento das pastagens, expansão que viria, já a partir dos anos 1980, tornar-se exponencial com o plantio da soja, sem os cuidados pedidos pelo bioma. A tímida reação dos organismos de controle ambiental, quase inexistentes em nível municipal, e desordenados nas esferas estadual e federal, permite uma quase nula preservação das reservas, com extinção das ricas flora e fauna do Cerrado central. A possibilidade de permutação de reserva por área fora das propriedades e a ignorância de muitos plantadores, aliada à omissão ou à corrupção da fiscalização, tem permitido que se dizimassem essas riquezas vegetais e animais, e se resumam as reservas em áreas que não têm, até porque nunca tiveram, vegetação ou fauna digna desse nome. No último capítulo do livro, Bertran chama a atenção para os esforços do governo (do governo Geisel, principalmente), visando à integração nacional dessa importante região, lembrada apenas no governo Juscelino e nos governos militares como objeto de estudo, projetos e investimentos. Estão apreciados no livro os principais programas do II PND (1975-1979), o Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento, os quais contemplavam, total ou parcialmente a região central do Brasil. Destes programas, três eram sem dúvida mais importantes: o Polocentro, o Polamazonia e o da Região Geoeconômica de Brasília. O Polocentro, voltado para Mato Grosso, Goiás e Minas, lançou as bases da elevada produção de grãos e carne que hoje temos na região. O Po­lamazonia visou dar à Ama­zônia Legal condições para um desenvolvimento sustentado e ambientalmente adequado. Não nos esqueçamos de que Goiás detinha à época a área hoje do Tocantins, parte da Amazônia Legal. E o programa da região de Brasília almejava criar condições de desenvolvimento do entorno da capital, evitando fluxos migratórios e condições socioambientais que exercessem pressões sobre Brasília e a desfigurassem pelo crescimento urbano desordenado. Esses programas foram todos completados dentro de seus orçamentos e cronogramas, ao contrário do que hoje ocorre (o PAC só atingiu 12% daquilo que propôs). Em moeda atualizada, esses três programas aplicaram o equivalente a 10 bilhões de reais. E sem a roubalheira generalizada de hoje.

Lista das personalidades mais influentes da história

[caption id="attachment_1655" align="alignright" width="620"]cont Jesus, Napoleão, Shakespeare, Maomé, Lincoln: as personalidades que mais influenciam a Humanidade[/caption]   “Who’s Bigger — Where Historical Figures Really Rank” (que poderíamos traduzir livremente como: “Quem é Maior — Onde as Personagens Históricas Realmente Despontam”) é um livro recente (2013, Cambridge University Press), de dois americanos, Steven Skiena e Charles B. Ward. Skiena é professor de Ciência da Computação na Universidade Estadual de Nova York. Trabalha principalmente com modelos matemáticos voltados para biologia, pesquisando virologia e novas vacinas. Ward trabalha na Google, e foi um dos pesquisadores que, na Apple, ajudaram a desenvolver o iPad. Ambos muito qualificados, pois, na moderna pesquisa computacional. O livro é resultado de uma extensa busca realizada no campo da consulta, principalmente da consulta nos meios eletrônicos, visando determinar as personalidades históricas de maior influência ou que despertam mais interesse entre os pesquisadores, estudiosos, escritores e leitores em geral. Evi­dentemente, o resultado é quantitativo, não implicando a lista de personagens numa classificação qualitativa de valores, até porque um dos dez personagens mais influentes (melhor seria dizer mais pesquisados) é Adolf Hitler. Skiena e Ward chegam a listar, em seu trabalho, um milhar de figuras de influência. Os dez maiores seriam, segundo sua pesquisa: 1 — Jesus. 2 — Napoleão. 3 — Shakespeare. 4 — Maomé. 5 — Lincoln. 6 —Washington. 7 — Hitler. 8 — Aristóteles. 9 — Alexandre. 10 — Jefferson. Para os “comunas”: Karl Marx é o 14º, Stálin o 18º e — tristeza — Lênin ocupa apenas a 75ª casa. Como a pesquisa, cuja metodologia o livro detalha, é fruto principalmente da frequência da personalidade avaliada nos meios eletrônicos como Wikipédia, Google e outros, e meios de língua inglesa, na origem, ela é, sem dúvida, influenciada pelos grupos maiores de usuários destas ferramentas, a maioria residente nos países da mesma língua, principalmente os EUA. A presença de Abraham Lincoln, George Washington e Thomas Jefferson entre os dez maiores demonstra essa afirmação. Mas é uma pesquisa interessante, sem dúvida, e essas figuras não deixaram de legar ideias inteligentes à humanidade. Vamos buscar algumas dessas ideias, que em muitos casos melhoram o ser humano (desde que adotadas, é claro) ou dão a ele maior compreensão de seu mundo e seus semelhantes (desde que entendidas, é evidente). Muita sabedoria em poucas palavras: Jesus: “Portanto, o que quiserdes vos façam os homens, fazei-o também a eles” e “Tudo o que fizestes a um desses pequeninos, também a mim o fizestes”. Napoleão: “Minha grandeza não reside em nunca ter caído. Está em sempre levantar-me” e “O coração do homem de Estado deve estar na cabeça”. Shakespeare: “Se somos subalternos, meu caro Brutus, a culpa não está nos astros. Em cada um de nós ficou”; “O mal que os homens fazem, a eles sobrevive. O bem, quase sempre com os seus ossos se enterra”; e “Morrem os covardes muito, antes de morrerem. Os bravos provam a morte uma só vez”. Maomé: “Suporta o mal com paciência e perdão, pois há nele grande e verdadeira sabedoria” e “O homem mais forte é o que domina a própria ira”. Abraham Lincoln: “Se a escravidão não é má, então nada é mau” e “Pode-se enganar alguns durante todo o tempo. Pode-se enganar a todos durante algum tempo. Mas não se pode enganar a todos durante todo o tempo”. George Washington: “Pre­parar-se para a guerra é o meio mais eficaz de preservar a paz” e “Seja cortês com todos, mas íntimo de poucos. E mesmo esses poucos, teste-os bem, antes de entregar a eles sua confiança”. Hitler: “Há duas coisas capazes de unir os homens: os ideais comuns ou um crime comum” e “Uma mentira, cem vezes repetida, acaba por tornar-se uma verdade”. Aristóteles: “Devemos venerar Platão e a verdade. Mas devemos antes venerar a verdade” e “É fazendo que se aprende o que se deve aprender a fazer”. Alexandre: “É mais temível um rebanho de ovelhas conduzido por um leão do que um grupo de leões conduzido por uma ovelha” e “A sorte favorece os audazes”. Thomas Jefferson: “O preço da liberdade é a eterna vigilância” e “Creio demais na sorte. Percebi que quanto mais trabalho, mais sorte tenho”. Esses aforismos estão repletos de sabedoria. Observá-los, sem dúvida, promove um viver me­lhor. A fala de Jesus, presente, aliás, nos ensinamentos de quase todas as religiões, e que prega o que se convenciona chamar de “ética da reciprocidade”, faz com que o mun­do, ao menos o mundo da­que­les que, providos de alguma crença, respeitam essa ética, seja mais fraterno e civilizado, se não fazemos a alguém o que nos seria desagradável experimentar. E o dizer de Shakespeare, pela fala de Cássio a Brutus, na peça Júlio Cé­sar, é de enorme inteligência hu­ma­na. Quanto menos erraríamos no presente, se buscássemos no fundo de nossas próprias escolhas os equívocos que cometemos no passado, em vez de culpar alguém por eles.

Pré-candidatos a governador de Goiás têm de ficar de olho nas vozes inquietas das ruas

As manifestações de ruas cobraram mais ética, desenvolvimento de ideias e menos esquema de dinheiro na política. O PMDB corre o risco de ser apresentado, na campanha, como o partido que se vendeu por 30 moedas

Queda de Dilma em pesquisas após escândalos mexe no quadro local?

Aprovação popular da presidente está em declínio e, se continuar esse cenário, o PT vai precisar de palanques fortes nos Estados para reelegê-la, situação que não favorece Antônio Gomide em chapa sol

De volta à política da negligência

John Kerry disse a Barack Obama que a questão entre israelenses e palestinos é a mãe de todos os conflitos, e que ele resolveria o problema de uma vez por todas

Unidade do PMDB: onde o bicho pega

O que ainda mantém o discurso externo no partido mais ou menos unificado é a disputa. Quem vencer reinará sobre a desunião

Júnior Geo: “Renúncia não era a melhor saída para o governo”

Vereador de Palmas afirma que saída foi golpe político que pode aumentar o desgaste do governo, pois dificilmente terá apoio da sociedade, que ainda não compreendeu o desdobramento dos novos fatos

Eleição indireta mobiliza pré-candidatos

Com a responsabilidade de conduzir a eleição do novo governador depois da renúncia de Siqueira Campos e João Oliveira, a Assembleia Legislativa vira o centro do poder

Renúncia pode encerrar o ciclo político do siqueirismo

Com um governo irreconhecível, ex-governador Siqueira Campos sacrifica mandato para tentar manter o seu grupo no poder. Inicialmente, saída foi saudada como jogada de mestre, mas agora há sérias dúvidas sobre isso

Oposicionista governista que agrega

O deputado Júnior Coim­bra (PMDB), se fosse candidato de verdade, agregaria muito ao seu partido. Ele é o peemedebista que atrai mais gente do governo para suas reuniões, portanto é o “oposicionista” que mais tem apoio na base do governo. Ou é o contrário, o governista que mais tem votos na oposição? De qualquer forma isso não é para qualquer um.

Se depender dos deputados vai haver aliciamento

[caption id="attachment_1625" align="alignleft" width="156"]Foto: Clayton Cristus Foto: Clayton Cristus[/caption] É no mínimo preocupante a declaração do presidente em exercício da Assembleia Legis­lativa, deputado Osires Damaso (foto), do DEM, que diz que depende dos deputados para não haver aliciamento durante a eleição indireta. Se depender dos deputados vai haver. Siqueira elegeu apenas 9 dos 24 deputados e assim mesmo um deles fez campanha em separado porque era de oposição. Hoje o governo tem dois terços da Assembleia e manda e desmanda no Parlamento. E como construiu esta maioria absoluta se não por cooptação e aliciamento? Não é difícil prever o que os deputados vão ganhar em troca para eleger o novo governador. Bastar lembrar o que os parlamentares da época Gaguim receberam dele para fazê-lo governador.

José Bonifácio diz que Siqueira ficou no passado

O deputado José Boni­fácio, que passou a ser um duro crítico do governo Siqueira Cam­pos, avalia que a renúncia abre um precedente importante. O fim da era Siqueira e o início de um novo tempo. Para o de­putado, Siqueira fez um governo fraco, sem obras, bem distante dos anteriores. Bo­nifácio afirma que Siqueira ficou no passado e que o momento oferece oportunidades para novos líderes.