Notícias

Para evitar o pior no Congresso, a presidente esboça a aproximação com o líder Eduardo Cunha, a quem considerava inimigo número um do governo

Eram antigas as suspeitas sobre o superfaturamento na compra da refinaria no Texas, mas adormeciam. Eis que caso voltou à cena para vale

Ao receber a pauta do jornal na segunda-feira, a assessoria levou o assunto à presidente, que pediu subsídio à Petrobrás para responder sobre a compra de Pasadena
Ao longo da campanha eleitoral sempre haverá alguém a explorar o mensalão contra o PT e, agora, o caso Pasadena

O presidenciável Aécio Neves defende um entendimento entre os tucanos e aliados do governo insatisfeitos para a instalação da CPI que investigue a Petrobrás

Qualquer que seja o desfecho da disputa interna, maior partido oposicionista goiano vai dividido para as urnas deste ano

Poucos se lembram, mas o líder do DEM foi um dos fundadores da união das oposições, em 1996, grupamento que vence eleições desde 1998
Prefeito tem pré-candidatura “quase” confirmada pela direção nacional do PT e reafirma que, se desincompatibilizar da Prefeitura de Anápolis, ele não disputará nem a vice nem o Senado

[caption id="attachment_531" align="alignleft" width="620"] Marconi Perillo: o governador vai continuar apostando que a melhor política é a gestão. O disse-me-disse ele vai deixar para as oposições[/caption]
Pesquisadores, consultores e marqueteiros são unânimes: como homem que acredita em ciência — em pesquisas e análises percucientes —, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), cumpre à risca àquilo que é traçado. Faz uma adaptação aqui e ali, porque nenhum planejamento é eficiente se for por demais rígido, mas no geral segue as regras. Quando definiu, a partir de pesquisas rigorosas e detalhadas, que deveria concentrar-se na gestão, deixando o debate político para as oposições (quanto mais político se é mais se desagrada o eleitor), alguns aliados chegaram a sugerir que se tratava de suicídio político e que deveria rever a decisão. Entretanto, longe de ficar dizendo-se “ungido por Deus” (como faz Vanderlan Cardoso, do PSB) — embora seja católico praticante, o tucano-chefe é adepto da separação entre Igreja e Estado —, Marconi pôs a mão na massa e foi trabalhar.
Depois de um desgaste violento, que parecia incontornável, o tucano-chefe obtém, agora, números mais satisfatórios nas pesquisas. No momento, pelo menos segundo alguns levantamentos, Iris Rezende (PMDB) é seu único rival de peso. Nas oposições, comenta-se que Marconi está praticamente garantido para o segundo turno e que, portanto, só uma vaga em jogo. O governador não se fia nisso e continua trabalhando de maneira intensa, porque acredita que ainda não deu a volta por cima inteiramente, que a campanha vai ser muito acirrada e agressiva e que ele será o principal alvo de todos os candidatos, que vão “bater” duramente, inclusive explorando aspectos éticos. Os ataques, ele tem dito, vão ser respondidos na mesma moeda. O candidato que apresentar ideias será respondido com um debate de ideias. O que jogar pedras receberá pedras de volta.
Há outro aspecto do Marconi que, como Fênix, ressurgiu das cinzas. Noutros tempos, ele ia atrás de qualquer apoio, pequeno, médio ou grande. Agora, embora continue buscando ampliar sua base política, porque não se enjeita votos e aliados, está orientando seus parceiros para não negociaram apoio a qualquer custo. Aqueles partidos que estiverem fazendo leilão — alguns vão a Júnior Friboi e dizem que precisam de tanto (consta que o empresário está enrolando a malta) e, depois, procuram aliados de Marconi e afirmam que querem tanto (os valores vão sempre aumentando) — não mais serão procurados. Recentemente, o presidente de um partido ousou fazer leilão e foi deixado na chapada, falando sozinho.
Pesquisas indicam que alguns partidos, especialmente os de aluguel, podem até fazer muito barulho e criar expectativa de que o candidato é forte por ter muitos aliados, mas, na verdade, praticamente não têm votos e não têm o respeito da sociedade. O tucano-chefe, se candidato à reeleição — tudo indica que é, mas ainda há dúvidas, pequenas, é fato —, pretende fazer uma campanha bem-feita, porém mais enxuta dos que as anteriores.
Em Brasília, do Congresso Nacional ao Palácio do Planalto, trabalha-se com a tese de que o candidato do PMDB a governador de Goiás será o empresário Júnior Friboi, de 54 anos. A cúpula nacional — leia-se o vice-presidente da República, Michel Temer, e o presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp — aposta que, pela capacidade de montar uma estrutura gigante, dado o volume de dinheiro que afirma ter, Friboi conquistou os líderes e as bases. Temer recebeu Iris Rezende em Brasília e, depois, convocou Friboi para uma reunião. Em nenhum momento pediu para o empresário retirar sua candidatura. Ao contrário, autorizou-o a seguir em frente. Tanto que três deputados federais — Pedro Chaves, Sandro Mabel e Leandro Vilela — assinaram nota em defesa da postulação de Friboi.
Consolida-se o sentimento de que, se não permitir que Iris Rezende dispute o governo de Goiás pela 5ª vez, em 32 anos, o PMDB sairá com a imagem chamuscada. Se cristalizar-se a tese de que foi rifado porque tem menos dinheiro do que Friboi, que estaria com vários peemedebistas no bolso (ressalte-se que não há nenhuma prova de que o empresário esteja negociando apoio financeiro em troca de apoio político), os líderes do PMDB possivelmente terão de passar a campanha se explicando. Friboi decerto ganha de Iris em prévias e na convenção — exceto nas urnas. Mas o empresário tem pesquisas que indicam que, se o nome de Iris for retirado, seus índices melhoram. O empresário dos milhões aposta que vai polarizar com o governador Marconi Perillo (PSDB).

[caption id="attachment_523" align="alignleft" width="200"] Ronaldo Caiado: o deputado e Marconi Perillo compartilham as mesmas bases políticas[/caption]
Informados pelo pré-candidato a governador de Goiás pelo PSB, Vanderlan Cardoso, de que não procura mais uma aliança com o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM), os integrantes da Rede Solidariedade, de Marina Silva, decidiram por uma reaproximação. “Não dá para se aliar à direita”, disse o vereador Elias Vaz, líder da Rede, ao Jornal Opção. No PMDB, no caso de chapa pura com Iris Rezende como candidato a governador, Caiado poderia ser o candidato a senador? Poderia. Apesar das divergências históricas, o deputado e o ex-prefeito de Goiânia mantêm hoje um relacionamento sem conflitos.
Com Júnior Friboi, dado o contencioso histórico dos produtores de carne com o frigorífico da família Batista, uma composição seria mais difícil.
Com pretende ser candidato a senador, o que fará Caiado? Ele ainda não sabe. O que sabe é que deve disputar mandato de senador. Entretanto, como sua base política participa do governo de Marconi Perillo, direta ou indiretamente, é menos complicado compor com o tucano-chefe. O democrata não morre de amores pelo líder do PSDB, mas as bases políticas de ambos são praticamente as mesmas. Compor com Marconi não é o mesmo que “marconar”, porque Caiado tem identidade política própria.
Numa coisa, Caiado é diferente de muitos políticos: não é um adesista e não trai. Aliar-se a um político, para ele, não significa endossar tudo aquilo que este político fez e faz. A política é a arte do possível. Aquilo que é ideal só existe mesmo nos livros... de ficção.
Poucos políticos são tão atentos quanto o governador Marconi Perillo (PSDB). Por isso, tem frisado que só vai disputar a reeleição depois de pesquisas bem-feitas sobre como a sociedade goiana o avalia como político e candidato. Se não disputar o governo, Marconi tem planos “J”, “T”, “H” e “V”. O plano “J”, ou José Eliton, é o mais óbvio. Se deixar o governo em abril, no dia 4, Eliton assume e, no mesmo dia, define-se como candidato à reeleição. Comenta-se, porém, que Marconi vai ficar no governo até o final. O plano “V” tem a ver com Giuseppe Vecci. Se ficar no governo, sobretudo se desistir da reeleição, Marconi pode apostar em Vecci por quatro motivos. Primeiro, tem discurso. Num debate, fritaria Friboi. Segundo, é leal. Terceiro, é o novo. Quarto, não tem imagem de político tradicional. O Plano “T” é Thiago Peixoto. Jovem, articulado, o líder do PSD é cotado para disputar o governo. O Plano “H” é Henrique Tibúrcio. Thiago poderia ser vice de Vecci? É possível. Porém Marconi estaria preparando Vecci para a disputa de 2018. Tibúrcio é cotado tanto para disputar o governo quanto para ser vice.
Não há nada definido. Mas que ninguém se surpreenda se o prefeito de Rio Verde, Juraci Martins, bancar Lissauer Vieira para deputado federal e o deputado federal Heuler Cruvinel para deputado estadual. Não se trata de puxada de tapete. Na verdade, teme-se que, se derrotado para deputado federal, Cruvinel não tenha condições de disputar mandato de prefeito em 2016. Na tese juracista, o pessedista tem mais condições de se eleger deputado estadual. O deputado federal Leandro Vilela optou por ficar mais próximo, para disputar mandato de prefeito de Jataí, em 2016. Na Assembleia Legislativa, Cruvinel ficaria mais perto de Rio Verde. Aos amigos, Cruvinel tem dito que será candidato a deputado federal doa a quem doer. Porque, se não disputar, deixará a imagem de que tem medo político do médico Paulo do Valle, que vai concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PMDB. Assim, em 2016, quando se enfrentarem para prefeito, os peemedebistas poderão criticá-lo, sugerindo que não teve coragem, em 2014, de enfrentar o líder peemedebista. Há certa lógica no raciocínio. Cruvinel tem frisado que, contra os céticos, poderá ter mais votos este ano do que em 2010, porque conquistou o apoio de outros prefeitos e líderes municipais. Juraci, Cruvinel e Lissauer são do PSD.
Candidato a deputado estadual pelo PDT e secretário do prefeito de Inhumas, Dioji Ikeda, o advogado Jairo Barbosa é primo-primeiro do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. Advogado competente, Jairo Barbosa é o braço direito do prefeito Dioji Ikeda.