Reportagens

Se há uma boa notícia em todo o difícil cenário hídrico e energético atual, é a de que crises dão oportunidade de acelerar a mudança de hábitos. Gestores e cidadãos precisam aproveitá-la

Após sofrerem mais uma derrota para o governo do Estado, a quinta consecutiva, e elegerem menos deputados, opositores dependem das três principais Prefeituras de Goiás

Há muito a ser feito e o Jornal Opção tem mostrado isso nas últimas duas semanas. Nesta, a série de reportagens é fechada mostrando que há pessoas pensando na educação de forma global

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Há dois anos, fotografei no hospital um paciente utilizar papel higiênico em ferifmento porque não havia gaze. Neste mesmo lugar, fui agora submetido a uma cirurgia com anestesia, sala climatizada e procedimentos de um excelente profissional
[caption id="attachment_27426" align="alignleft" width="620"] Procedimento cirúrgico com ótimos profissionais e equipamentos modernos: a norma no Hutrin / Foto: Iris Roberto[/caption]
Fábio Ph
Especial para o Jornal Opção
Abro este artigo particular, agradecendo o excelente atendimento que recebi na quarta-feira, 28, no Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin), administrado pelo Instituto Gerir, bancado pelo governo do Estado de Goiás, uma conquista do prefeito da cidade, Jânio Darrot (PSDB), junto ao governador Marconi Perillo. Alguém pode pensar: “Mas você trabalha no governo do município, sempre será bem atendido no Hutrin.” Nada disso: não entrei no Hutrin pelas portas do fundo. Fui submetido a uma pequena cirurgia e passei pelo procedimento normal.
Tinha marcado a cirurgia havia dez dias, no balcão, cheguei naquele dia por volta das 12 horas e, obedecendo à ordem de chegada — pessoas idosas com prioridade de atendimento —, fui operado com muita competência às 15h30 pelo médico Daniel Cabriny.
Sentado ali no banco, por mais de três horas, pude observar o trâmite em um setor de atendimentos especiais do hospital. Ninguém reclamando, tudo muito organizado, limpo, seguro, pessoas desenvolvendo suas funções de forma tranquila, paramentada. Novamente, alguém pode pensar: “Mas a experiência que tive no Hutrin não foi essa.” Gosto de usar um ditado: por mais que o feirante zele do produto que vende não tem jeito, tem uma hora que vai aparecer um coró na alface. Principalmente se se tratar de saúde. Falava com Daniel Cabriny, também diretor-geral da unidade, durante o procedimento e ele pontuou: “Têm momentos em que, apesar de você estar muito bem preparado, a demanda excede o planejamento.”
Claro também, que ninguém aqui está querendo “dourar a pílula”, falar que a unidade satisfaz e está tudo certo. O Hutrin passa por uma grande reformulação para tornar-se um hospital de referência. Vai dobrar sua capacidade de atendimento e especialidades. Basta ir lá para ver. As obras estão postas a olho nu. Mas eu, em meu tempo de oposicionista ao governo, há pouco mais de dois anos, fotografei aquele mesmo hospital com um paciente utilizando papel higiênico em um ferimento porque não tinham gaze. E neste mesmo lugar fui agora submetido a uma cirurgia com direito a anestesia, sala climatizada e procedimentos com requinte comandados por um excelente profissional.
No fim do ano passado tive outra experiência familiar em termos de saúde, em que utilizei um bom plano de assistência. Meu filho Pedro, de 14 anos, joga nas categorias de base do Goiás e tomou uma sarrafada em um jogo-treino. Tive de correr com ele para o hospital, com a clavícula fora do lugar. Mesmo com a carteirinha do plano de saúde SulAmérica, chegamos pouco depois das 9 horas e ele foi atendido às 13. Os fatos me serviram para a comparação nos tempos de atendimento. E aí vou ao passado, lembrando-me dos pré-natais dos filhos, os quais acompanhei, todos os cinco, de forma particular e era sempre um desgaste de tempo, ali, no banco de espera. Na saúde o buraco é grande, é preciso muita terra pra tapar e mesmo assim, têm horas que a terra não dá.
Fecho com o quinto parágrafo esta redação, sujeita ao crivo democrático de todas e todos, com a minha missão no governo municipal de Trindade, meu trabalho, que é posicionar a sociedade sobre as boas coisas que a administração faz. Tenho em mente que, fazendo isso, colaboro na motivação de uma grande equipe, de uma turma que está sempre correndo contra o tempo, contra as muitas demandas, contra a crise financeira — que para Trindade não é de agora, vem ao longo dos anos, por sua falta de desenvolvimento comercial. E já foi pior em outras gestões pela suspeição de desvio do capital público.
Fábio PH é diretor cinematográfico e assessor de Comunicação Social da Prefeitura de Trindade.
Até quando a Terra será habitável para as pessoas? Cientistas consideram que o fim da vida humana aqui é questão de quando ocorrerá. E o “quando” não chega à metade do século
[caption id="attachment_27417" align="alignleft" width="620"] Cena de “Interestelar”, a história desesperada de uma humanidade em busca de nova casa: ficção científica, mas não longe de uma possivel necessidade breve e real / Foto: Legendary Pictures[/caption]
Elder Dias
O filme “Interestelar”, dirigido por Christopher Nolan e lançado em 2014, fala de um futuro sem data, mas hoje menos imprevisível do que ainda desconhecido. Nele, a Terra está exaurida: a variedade de alimentos é baixíssima e, dos poucos cultivos que sobraram, as pragas arrasaram com a cultura de trigo. Restaram quiabo e milho. Em um mundo sombrio, onde só chove poeira, Cooper — personagem de Matthew McConaughey — é um engenheiro americano que tem de se virar como fazendeiro para sobreviver.
Todos ali sabem que é questão de tempo — e pouco tempo — para o fim da humanidade no planeta. A chance de sobrevivência da raça é encontrar outro lugar no espaço com condições mínimas para ser habitado. E Cooper acaba por se tornar comandante de uma nave de expedição da Nasa que, através de um buraco de minhoca — uma espécie de atalho espaço-temporal entre galáxias —, tenta encontrar o planeta ideal entre três que foram anteriormente localizados e prospectados por antigos astronautas.
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Guy McPherson: para ele, o ser humano se extingue até 2040 / Foto: Divulgação[/caption]
A saga de Cooper e seus companheiros não interessa aqui. A ficção científica serve apenas para colocar uma questão básica: até quando a Terra será habitável para os humanos? Até que geração isso poderá ocorrer? Questões que ganham mais contextualização quando se observam fenômenos como secas e enchentes, ondas de calor, tempestades e outros começarem a fazer parte da rotina. A crise hídrica de São Paulo não é um problema só de má gestão política — e quem pensa assim ou é maldoso, ou alienado, ou mesquinho, ou adversário político. Ou tudo isso junto.
Alguns cientistas, que certo conceito geral ainda teima em considerar céticos, já afirmam que a humanidade acabar por “falência múltipla de recursos naturais” não é mais uma questão de “se”, mas de “quando”. Outros, que seriam vistos como céticos xiitas, já apontam “deadline”, a data limite para o fim. Em abril de 2014, Guy McPherson, professor emérito da Universidade do Arizona (EUA) e um dos especialistas mais influentes de seu país no tema mudanças climáticas, concedeu meia hora de entrevista nada animadora a uma rede de televisão. Sua ideia é de que o aquecimento global vai causar a extinção dos humanos até 2040. Ou seja, o Homo sapiens sapiens não teria qualquer chance de conhecer a segunda metade deste século.
No século 18, quando se iniciou a era industrial, havia na atmosfera, em gás carbônico (CO2), um índice de 280 ppm [partes por milhão]. Atualmente, essa suspensão superou 400 ppm, algo que não ocorreu na Terra nos últimos 800 milhões de anos. Citando seu ex-colega de universidade Albert Bartlett, McPherson diz: “O maior defeito da raça humana é nossa incapacidade para compreender a função exponencial.”
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Carlos Nobre: preocupação ética com as próximas gerações / Foto: Divulgação[/caption]
O cientista coloca esse ponto para explicar, por meio de dados sobre a quantidade de gases (CO2, metano e outros) que compõem o efeito estufa e são liberados na atmosfera, que a temperatura do mundo vai subir 4º C até 2030 e mais 10º C nos dez anos seguintes. A frase clássica apocalíptica tirada dos escritos de Nostradamus dizia que “[o ano] 1000 passará, [o ano] 2000 não chegará”. Transpondo para a previsão científica de McPherson, seria algo como “2030 chegará, mas 2040 não passará”.
O vídeo da entrevista, chamado “Cientistas preveem extinção da humanidade até 2040”, é legendado e pode ser acessado facilmente pelo YouTube. Apesar das tentativas do apresentador em buscar uma solução, McPherson se mantém ao mesmo tempo sereno e fleumático ao apresentar suas considerações. Outra delas: “Nós estamos provocando a extinção de cerca de 200 espécies por dia e, em algum momento, a espécie que mergulhará no abismo seremos nós.”
A metáfora é quase a ideal. Para o pesquisador do Arizona, na verdade, o homem já pulou do abismo, mas ainda não atingiu o seu choque fatal. Está, porém, em um estágio já irreversível para sua sobrevivência, como o indivíduo que se joga de um arranha-céus e ainda vê as janelas passarem. A argumentação é um xeque-mate: “Descobrimos só agora que, na verdade, o aquecimento produzido pelo efeito estufa sofre um atraso de 40 anos em relação à sua emissão.” Ou seja, o calor de hoje é resultado do que foi jogado na atmosfera até 1975. Ocorre que, nas últimas três décadas — portanto, desde meados dos anos 80 — o que foi gerado de poluição supera o que se produziu nos 250 anos anteriores.
A solução para uma salvação do mundo? Para tentar barrar o apocalipse, só optando por outro: estancar toda e qualquer atividade industrial. Um cenário improvável num momento em que fenômenos meteorológicos ainda são interpretados apenas como uma “marolinha” do sr. Tempo.
Mesmo sendo bem menos cético, o respeitado climatologista brasileiro Carlos Nobre diz que nos próximos 20 anos não há o que fazer em termos de mudanças climáticas. “O clima do planeta já está determinado pelas emissões que fizemos”, concordando, nesse ponto, com McPherson. Abordando economia, recursos e ética intergeracional — como lidar agora pelo futuro das próximas gerações —, ele afirmou que é “arrogante de nossa parte fazer julgamento sobre o que as gerações futuras vão considerar justo e equitativo”, em entrevista à TV Cultura para o programa “Invenção do Contemporâneo”.
Sobre a sobrevivência da espécie, ele é otimista. “Somos bastante adaptáveis. Não se pode dizer que o risco de extinção é zero, mas é muito pequeno. Em longo prazo, esse risco não passa por uma mudança climática, mas um cataclismo, como a colisão de um grande meteoro com a Terra”. Dentro do que seria otimismo, há fatos que não são exatamente animadores.
“Se parássemos as emissões de gases hoje, o nível do mar continuaria a subir durante os próximos 2 mil anos. São cálculos preocupantes. A previsão até 2100 vai de 80 centímetros a 1,40 metro — o que já é um grande aumento —, mas no fim de todo o período seria algo de 3 a 7 metros a mais. São perturbações de grande monta. Com elevação do mar em 1 metro, seriam já grandes as transformações na linha costeira — basta dizer que 20% da população mundial vive em região até 6 metros do nível do mar.”
O fim do mundo é a gente quem faz. Ou evita
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