Opção cultural

O escritor enveredou pelas florestas obscuras do inconsciente e trouxe à luz a história de seres díspares criados à nossa imagem e semelhança

O romance do escritor paranaense pode ser definido como místico, ecumênico e religioso, mas vai além

Na atualidade, os estudos em torno da poética apresentam amplo leque semântico que une o universo da literatura ao da semiótica

A obra é povoada de emoção criativa, intensidade semântica e linguagem poética, na qual percebe-se um puzzle narrativo a partir do núcleo temático dos deslocamentos
Ronaldo Cagiano
Especial para o Jornal Opção
De Lisboa, Portugal — Em seu novo romance “Querida Cidade” (Record, 432 páginas), que surge após um interregno de quinze anos sem publicar, Antônio Torres dá continuidade a uma cartografia peculiar dos sertões geográficos e psicológicos e do seu interior territorial e emocional a partir de sua ancestral Junco, atual Sátiro Dias. Instância real e ao mesmo tempo mitológica de suas escrevivências, daí recolhe matéria para uma escritura que vem marcando a literatura brasileira, sobretudo por retratar as os movimentos migratórios e os choques por eles provocados na vida de seus personagens. Trata-se de uma obra densamente povoada de emoção criativa, intensidade semântica e linguagem poética, na qual percebe-se um puzzle narrativo a partir do núcleo temático dos deslocamentos que tem caracterizado sua vasta bibliografia. As histórias albergadas em seus romances e contos constituem o repositório dessa realidade tantas vezes cáustica e desafiadora, da qual não conseguem fugir as personagens, tantas vezes fragilizadas pela compulsoriedade de seus destinos, mas que por isso mesmo traduzem a sua dimensão essencial e humana.


Em fins de julho de 1722, a expedição cruzou o rio Paranaiba, erguendo uma cruz, sem dúvida, para catequese e orientação do caminho

“É a maior poetisa de Goiás, tanto pela opulência de sua obra como pela sensível habilidade em ir, de livro a livro, atualizando a sua forma de expressão poética”

Escrita pelo sobrinho Roberto Amado, obra constrói painel de momentos que revelam intimidade do autor baiano

Para muita gente, o final de anos traz uma certa melancolia. Mesmo com os dias festivos de Natal e Ano Novo onde a família se reúne

Na série "O lobo do lobo", conceição Evaristo, Mariana Enriquez, Jorge Volpi, William Ospina e Inés Bortagaray revelam os autores que inspiraram suas obras

Neste não-romance, a grande façanha talvez seja o poder de síntese com que está revestida a sua concepção, a sua estranha arquitetura

Autor de "e-Código" analisa a autonomia da tecnologia diante da ciência, que permitirá ao homem viver, no futuro, no ciberespaço

Indicado ao Prix Médicis Étranger, conceituado prêmio de romances estrangeiros, Como poeira ao vento é uma obra sobre exílio e dispersão

Envolvida pela música de compositor nacional, brasiliense Keilla Barreto estreia na literatura com romance sobre recomeços femininos

Em 1914, Theodore Roosevelt e Marechal Rondon partiram numa expedição científica pela Amazônia. A jornada quase levou o presidente americano e seu filho à morte

Fred Le Blue se dispôs a lutar pela subsistência de músicos goianos e fortalecimento do setor cultural com seu projeto Rock'n Christmas,