Editorial

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Construtores não podem se tornar os verdadeiros “donos” de Goiânia

Adensamento? Sim, mas com planejamento, com o objetivo de beneficiar a sociedade, e não apenas grupos econômicos. Uma cidade não pode ter poderes paralelos

Fim de incentivos fiscais abala mas não derruba a economia de Goiás

Giuseppe Vecci sustenta que a economia de Goiás investiu em infraestrutura e está em expansão. O economista e deputado federal diz que o Inova Goiás é uma tacada inteligente do governador Marconi Perillo

Crise não será resolvida apenas com a saída de Dilma Rousseff da Presidência

Criticar o governo e até sugerir impeachment são formas democráticas de expor insatisfação e de buscar novos caminhos para o país. Até quando o país terá de se sacrificar para manter a petista-chefe Rousseff no poder?

Veto à doação eleitoral feita por empresas deve reforçar o caixa 2 e produzir um imenso laranjal

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes tem razão ao dizer que a exclusiva doação de pessoas físicas não vai “purificar” a política brasileira

Redução de ministérios não significa que Dilma Rousseff está diminuindo de fato a máquina estatal

[caption id="attachment_47360" align="alignright" width="620"]PMDB mais gordo significa NÃO ao impeachment PMDB mais gordo significa NÃO ao impeachment[/caption] A história que se conta a seguir pode parecer grosseira e, sem dúvida, é. Porém, como os brasileiros a contam com frequência, vamos repeti-la, sem aviltá-la. Consta que um parceiro traiu a parceira — ou a parceira traiu o parceiro, dá no mesmo —, mas, não queria se separar, pensou numa saída menos dolorosa. Como a traição havia acontecido no sofá da sala de sua residência, imaginou que trocá-lo de lugar era uma saída positiva. Assim fez e assim a traição foi esquecida — permanecendo como “trauma” — e a vida seguiu seu ritmo. Provavel­mente com as traições continuando, embora não mais no sofá. A história do ministério da presidente Dilma Rousseff é parecida. A pe­tista-chefe está cortando oito mi­nistérios. Uma notícia, em tese, pra lá de alvissareira. Mas será mesmo? Na prática, a redução dos ministérios funciona mais do ponto de vista da imagem pública, cristalizando a ideia de que o governo ficará mais enxuto e, portanto, me­nos dispendioso para a sociedade. Na realidade, a re­dução dos mi­nis­térios não significa que o Es­ta­do vai ficar me­nor. Os ministérios anteriores per­manecem in­crus­tados no go­verno — só que com estruturas e, sobretudo, nomes modificados. As incorporações de ministérios não significam redução da máquina — que continua gigante e muito cara. Portanto, pode-se dizer que um número menor de ministérios não significa, na verdade, um Estado menor. Não se fala em cortes significativos das estruturas do governo nem de demissões de comissionados da poderosa máquina petista-peemedebista que controla o Es­tado como se fosse uma propriedade privada. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy — que chegou a pensar em deixar o cargo —, um cortador de custos nato, certamente sabe que a máquina pública continuará paquidérmica. Mas qual foi exatamente o motivo da reforma ministerial? Se não são os cortes, que serão pequenos, se forem feitos, o que responder? Que a reforma tem como objetivo ampliar o naco de poder do PMDB e, em consequência disto, evitar o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Sem o PMDB, o PSDB não consegue aprovar o impedimento da petista. Os políticos de proa do PMDB são especialistas em emparedar presidentes. Mandou em José Sarney, inclusive com o controle da política econômica, e agora quer e, certamente, vai mandar em Dilma Rousseff. A Sarney de saia está entregando os anéis com o único objetivo de não perder os dedos. O resto é historia da carochinha.

Jogos de Iris e Marconi em 2016 sinalizam para a disputa de 2018

Iris Rezende deve ser candidato a prefeito de Goiânia com o objetivo de, se eleito, montar estrutura para Ronaldo Caiado. Aí rompe com o PT. Marconi Perillo prepara José Eliton, desde já, para apresentá-lo como renovação e gestor eficiente

Dilma Rousseff não é Collor mas impeachment não é golpe

A presidente da República comete uma gafe ao comparar ação por impeachment com golpe. O impedimento é uma ação democrática. Em 1992, com a queda de Fernando Collor, a economia estabilizou e voltou a crescer

Lula da Silva perde a aura teflon e o impeachment de Dilma Rousseff

A Polícia Federal quer investigar as ações do presidente Lula referentes ao petrolão. Queda de Dilma Rousseff pode “atropelar” o vice-presidente Michel Temer

A morte de Aylan Kurdi sugere que a Europa, que explorou Ásia e África, precisa acolher os imigrantes

A morte do menino de 3 anos, que chocou o mundo, indica que a Europa deve criar uma política humanitária para receber aqueles que escapam de países africanos e asiátic

A crise em Goiás é menor porque o governador Marconi Perillo fez lição de casa antecipadamente

[caption id="attachment_43998" align="aligncenter" width="620"]Marconi Perillo: o governador começou o enxugamento em 2014, ainda no período eleitoral, por isso Goiás está em melhores condições do que outros Estados Marconi Perillo: o governador começou o enxugamento em 2014, ainda no período eleitoral, por isso Goiás está em melhores condições do que outros Estados[/caption] A maioria dos Estados passa por uma crise financeira e econômica possivelmente maior do que a crise vivida pelo país. Estão praticamente insolventes; se fossem empresas, estariam na lista da falidas. Pelo menos seis Estados não dão mais conta de pagar os juros de suas dívidas. Estão literalmente quebrados. O exemplo mais candente é o Rio Grande do Sul, mas há outros. Embora não seja uma ilha, Goiás está na lista dos que não vão mal. O motivo é simples: enquanto muito fazem quase que exclusivamente política, o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, atua como gestor, e mesmo num ano eleitoral, 2014. O tucano-chefe fez parte dos ajustes no período eleitoral — o que chocou até aliados políticos. Em seguida, ainda em 2014, promoveu novos reajustes. Ciente da crise que se avizinhava, Marconi Perillo foi previdente. Em 2015, fez novos ajustes, tornando o Estado menos caro para si e para a sociedade. Trata-se do que o tucano chama de “Estado necessário”. Noutras palavras, um Estado menos dispendioso para a sociedade. O resultado é que a maioria dos Estados está quebrada, e Goiás não. Enquanto a maior parte dos Estados luta para sobreviver, Goiás está dando um salto qualitativo. O objetivo de Marconi Perillo, ao tornar o Estado mais enxuto, é recuperar sua capacidade de investimento. Os que dizem que o Estado está parado por certo não têm acompanhado a série de inaugurações de rodovias inteiramente recuperadas e não devem sequer ter visto que o Hospital de Urgências Otávio Lage, o Hugol, ou Hugo 2, já está funcionando. Outras obras estão em andamento, algumas perto de serem concluídas. Goiás não parou porque seu governador fez a lição de casa, antecipando-se à crise. Na quarta-feira, 2, Marconi Perillo lança o Programa Estadual de Inovação e Tecnologia, que, para aumentar a competitividade dos agentes criativos e modernos no Estado, vai investir 1 bilhão de reais, entre 2015 e 2018. O vice-governador e secretário de Desenvol­vimento Econômico, José Eliton — com o apoio do secretário de Gestão e Planejamento, Thiago Peixoto —, vai coordenar o programa. O objetivo é ampliar o crescimento e, ao mesmo tempo, o desenvolvimento de Goiás. Num momento de crise, em que o governo federal esmera-se em surpreender o país negativamente, quase todos os dias, o governador Marconi Perillo surpreende seu Estado e o país com boas notícias. Seus acertos decorrem de uma visão previdente e racionalista do Estado. O tucano-chefe tornou-se um político que é gestor e um gestor que é político. É um caso raro. Os políticos são, em geral, maioria, políticos ou gestores.

A CPMF é mais um fardo para a classe média e empresários. O Brasil precisa reagir à impostolândia

[caption id="attachment_40909" align="aligncenter" width="620"]Presidente Dilma e as mazelas do governo federal | Foto: Lula Marques / Agência PT Presidente Dilma e as mazelas do governo federal | Foto: Lula Marques / Agência PT[/caption] A classe média sofre com os equívocos dos governos. Os ricos têm reservas e o apoio das grandes instituições financeiras, públicas ou privadas. Os pobres têm uma rede de proteção social. Mas a classe média está por si mesma na selva capitalista. Com ou sem crise, quase 30% de seus ganhos salariais são entregues ao governo federal todos os meses. O que recebe em troca? Quase nada. Se quiser preparar seus filhos com ensino de qualidade terá de pagar escolas particulares. Se quiser ter assistência de saúde decente, e sem demora, precisa pagar um plano de saúde. A segurança pública, em todo o país, é cada vez pior. O que o governo federal faz com o dinheiro dos impostos, que retira dos trabalhadores e dos empresários? Financia a si próprio, sem contar o ralo da corrupção, como se verifica no caso do petrolão. Apesar do disse-me-disse, o governo da presidente Dilma Rousseff pretendia reintroduzir a Contribuição “Provisória” sobre Movimentação Financeira (CPMF). O objetivo teoricamente é melhorar o setor de Saúde, aliviando o caixa do governo. Na verdade, Dilma Rousseff pretende muito mais resolver os problemas de caixa do que os problemas da Saúde. Noutras palavras, planeja-se obrigar a sociedade — trabalhadores e empresários — a pagar, com outro imposto, pelos erros do governo, que aplica mal os fartos recursos extraídos da sociedade. Dilma Rousseff, sob pressão da sociedade, recuou. Até quando? Quando a CPMF estava em vigor, o setor de Saúde do Brasil era maravilhoso, quase canadense? Nada disso. Era ruim e os jornais divulgavam notícias impressionantes do descaso do setor público. O que se precisa de fato é de um reordenamento de como o governo aplica o dinheiro público. Em Goiás, sem CPMF, o governador Marconi Perillo está conseguindo melhorar a área de Saúde com a instalação das organizações sociais. Há problemas? Há, como o recente contingenciamento das verbas para o setor. Mas o fato é que a Saúde em Goiás melhorou, e muito, tornando-se referência para outras unidades da Federação. A presidente Dilma Rousseff promete cortar 10 de seus ministérios — como se sabe, a petista-chefe não conseguiu decorar o nome da metade dos ministros —, mas é preciso esclarecer para a sociedade se as estruturas vão mesmo ser reduzidas. Porque não adianta cortar os ministérios, porém mantendo as estruturas, que são, quase sempre, mais políticas do que técnicas.

Lava Jato prova que as elites não estão acima da lei e podem ser presas. É a vitória das instituições

Os brasileiros são céticos, mas o Brasil está melhorando. O rigor da lei para todos indica isto. O fortalecimento das instituições — que estão acima dos indivíduos, inclusive dos poderosos — é uma vitória da democracia

Torcer contra o governo de Dilma é o mesmo que torcer contra o país

A oposição pode e, se quiser, deve torcer contra a permanência do PT no poder. Mas torcer contra o governo é o mesmo que apostar em aumento da inflação e do desemprego

Por que destruir Lula pode não ser positivo para o país

Há uma operação em curso para destruir Lula, com o objetivo de arrancar o PT do poder? Não se sabe. Mas é preciso entender que a “eliminação” de Lula pode não significar que a arcaica elite política — Renan Calheiros, Eduardo Cunha, Romero Jucá, Jader Barbalho — vai sair de cena

O impeachment da presidente Dilma Rousseff e o parlamentarismo como panaceia e solução mágica

O Brasil precisa de um novo pacto para resolver um problema que, embora político, tem colaborado para emperrar a economia. Compensa manter Dilma Rousseff, eleita democraticamente, ou se deve retirá-la do poder o quanto antes?