Imprensa

[caption id="attachment_46786" align="aligncenter" width="620"] Saul Bellow | Foto: Ulf Andersen/Getty Images[/caption]
Saul Bellow é, ao lado de William Faulkner, o maior escritor americano do século 20, seguido, às vezes de perto, por Ernest Hemingway, Scott Fitzgerald, John Updike, Philip Roth e Joyce Carol Oates. Por isso faz muito bem a Companhia das Letras ao publicar, num único volume (“A Conexão Bellarosa”, 424 páginas), quatro novelas de Bellow: “Um Furto”, “A Conexão Bellarosa”, “Uma afinidade Verdadeira” e “Ravelstein”.
“Ravelstein” conta a história do crítico e ensaísta Allan Bloom (não confundir com Harold), notável intelectual americano, amigo de Bellow, que, como tantos, a Aids levou. Parte da família de Allan Bloom não apreciou a crueza da novela (que mal disfarça sobre quem é o personagem), ou pequeno romance. Mas a história, verdadeira e rica, é um poderoso retrato de um homem brilhante que, como todos nós, pode ter sucumbido aos instintos, ao tormento do sexo.
A tradução é de Caetano Waldrigues Galindo (o tradutor de James Joyce) e Rogério W. Galindo.

A entrevista exclusiva do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) ao repórter Frederico Victor, do Jornal Opção, foi repercutida nos principais jornais e portais do país. Nas redes sociais, sobretudo, gerou comoção — o que resultou num acesso extraordinário. A “Exame”, maior revista de economia do país, UOL, Portal Líder, Portal Fórum, Brasil 247, Diário do Nordeste, Portal Imprensa, entre outros, deram ampla cobertura à entrevista do Jornal Opção Online. O parlamentar chamou os refugiados da Síria de “escória” e sugere que a presidente Dilma Rousseff sofra um infarto — “espero que o mandato dela acabe hoje, infartada ou com câncer, ou de qualquer maneira” —, numa grosseria ímpar até mesmo para seus padrões. Jair Bolsonaro esteve em Goiânia na quinta-feira, 17, a convite da Corregedoria-Geral da Justiça, para participar do I Workshop da Justiça Criminal, na Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego). Inicialmente, o deputado ensaiou uma contestação de parte da entrevista, mas recuou ao verificar que o repórter, precavido, havia gravado toda a conversa.

Alan Rusbridger, ex-diretor de redação do jornal britânico “The Guardian”, que divulgou os arquivos de Edward Snowden, publicou um longo artigo recentemente — transcrito no Brasil pela “Revista de Jornalismo ESPM” —, com o título de “O mundo pós-Snowden”. O jornalista diz que as fontes dos profissionais da imprensa são sagradas, mas passíveis de rastreamento público ou privado, até com relativa facilidade. Ele recomenda que, depois da revelação de que o governo dos Estados Unidos espionava pessoas em vários países — onde interessava —, os jornalistas precisam se preocupar com a integridade de suas fontes e, inclusive, das informações que mantêm em seus computadores. Hoje, sabe-se, tudo vaza. Conversas por telefone às vezes se tornam comícios em questão de minutos. Por isso, o experimentado editor, que agora faz parte da cúpula do “Guardian”, pergunta: “Será que [o jornalista] entendeu que nenhuma fonte pode ser considerada realmente sigilosa se sua identidade pode ser rapidamente revelada pelo rastro eletrônico que todos deixamos?” O trabalho do jornalista é cada vez mais vulnerável. Cita-se Snowden e Rusbridger para se comentar a história do jornalista Allan Abreu, que foi processado porque divulgou informações de um processo sigiloso (sequestro de um fazeneiro). A Justiça Federal autorizou a quebra de seu sigilo telefônico e de 30 repórteres do “Diário da Região”, de São José do Rio Preto (SP). O jornalista conseguiu as informações mas não invadiu o Fórum; portanto, não cometeu nenhum crime. O que se quer é processar sua fonte, por isso a Justiça Federal autorizou a quebra do sigilo telefônico do jornalista. O julgamento ainda não está inteiramente definido, pois o ministro Gilmar Mendes pediu vista para examinar o caso. Mas o relator do caso, Dias Toffoli, decidiu de modo diferente ao se definir contra a quebra do sigilo telefônico dos jornalistas. O ministro quer interromper o inquérito contra o repórter e, com isso, anular seu indiciamento. Escreveu Dias Toffoli: “Não há o mais tênue indício de que o jornalista tenha concorrido para quebra de sigilo. Ausentes indícios de que o jornalista, ao publicar conteúdo de interceptação tenha concorrido para violação de segrego de justiça, por quem tinha dever de preservar, vislumbro manifesta ilegalidade no afastamento do sigilo telefônico do jornalista e da empresa para apurar teoria da quebra do sigilo”. Seguindo o voto de Dias Toffoli, a ministra Cármen Lúcia defendeu o sigilo constitucional da fonte jornalística: “O jornalista está exercendo essa profissão e recebe a informação e não pode indicar a fonte. No caso, buscam especificamente conhecer a fonte e a gente sabe que é procedimento muito comum em regime antidemocrático se buscar a fonte forçando o jornalista a fazer algo que não pode por dever legal”. O querem do jornalista é que forneça o nome da fonte, para que seja processada e, se for funcionário público, demitida. Ao mesmo tempo, a revelação da fonte é o fim do jornalismo investigativo.

[caption id="attachment_46782" align="aligncenter" width="620"] Patrick Cockburn | Foto: divulgação[/caption]
Livro elogiado, de modo escancarado, pelo radical Noam Chomsky é suspeito de esquerdismo. Mas há elogios dos equilibrados Elio Gaspari e “The Observer”. “A Origem do Estado Islâmico — O Fracasso da ‘Guerra ao Terror’ e a Ascensão Jihadista” (Autonomia Literária, 208 páginas, tradução de Antônio Martins), de Patrick Cockburn, é apontada como obra ponderada sobre o ISIS.
O Estado Islâmico, filho bastardo da Guerra ao Terror, “veio para ficar”, aposta Elio Gaspari. Chomsky diz que aqueles
Licínio Barbosa é o vice-presidente e Miguel Jorge é o secretário-geral
A escritora Lêda Selma [primeira à esquerda na foto] assume a presidência da Academia Goiana de Letras na quinta-feira, 1º de outubro. A posse ocorrerá na sede da AGL, na Rua 20, esquina com a Rua 15, no Centro de Goiânia.
O advogado e escritor Licínio Barbosa [foto acima] e o romancista, contista e poeta Miguel Jorge [foto abaixo] assumem como, respectivamente, vice-presidente e secretário-geral.
Emílio Vieira (1º secretário), Edival Lourenço (2º secretário), Bariani Ortencio (1º tesoureiro), Eurico Barbosa (2º tesoureiro) e Delermando Vieira (diretor da Biblioteca) também compõem o o novo comando da AGL.
O que se busca é formatar o sucessor do governador Marconi Perillo — quer dizer, “o” novo — para surpreender as oposições
Repórter experimentada, Vera Magalhães era editora da coluna “Painel”, da “Folha de S. Paulo”
Um olhar pessoal sobre o assassinato do jornalista esportivo Valério Luiz de Oliveira e as ligações do dirigente do futebol goiano acusado de ser o mandante do crime
O Popular terceiriza sua opinião para jornalistas como Elio Gaspari, Eliane Cantanhêde e Miriam Leitão
Os Estados arrecadariam 5 bilhões, garante o decano dos economistas brasileiros. Ele diz que Dilma Rousseff é “honesta” mas "trapalhona”

A entrevista exclusiva do deputado federal Jair Bolsonaro (PP) ao site do Jornal Opção tem sido divulgada nacionalmente desde a última quinta-feira (17/9), e não só nas redes sociais. Grandes portais e veículos da imprensa repercutiram a entrevista exclusiva, como a revista Exame e os sites UOL, Portal Fórum, Brasil 247, Diário do Nordeste, dentre vários outros. [relacionadas artigos="46313 "] Com exclusividade ao repórter Frederico Vitor, Bolsonaro fez declarações polêmicas, até mesmo para o parlamentar. Na ocasião, o pepista afirmou que vê imigrantes como "ameaça" e chamou refugiados de "a escória do mundo". De quebra, o deputado afirmou que, se dependesse dele, a petista deixaria o Palácio do Planalto imediatamente, nem que para isso ela tenha que morrer. “Espero que o mandato dela acabe hoje, infartada ou com câncer, ou de qualquer maneira”, disparou. Bolsonaro veio a Goiânia no último dia 17 a convite da Corregedoria-Geral da Justiça para participar do I Workshop da Justiça Criminal, realizado na Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego). *Leia mais Bolsonaro vê imigrantes como “ameaça” e chama refugiados de “a escória do mundo” Bolsonaro: “Espero que Dilma saia. Infartada, com câncer, de qualquer jeito”
Será que se o Hailé Pinheiro ameaçar enviar o time do Goiás para o Haiti, sem salário e sem bicho, o Goiás escapa do rebaixamento?
Não sei o que dirão o Arnaldo Bastos, o Valério Filho e o Elder Dias, torcedores-símbolos do Goiás Esporte Clube, e o Rafael Teodoro. Mas que tal sugerir que, se perder mais uma, o Hailê Pinheiro, imperador do time, vai mandar todos os jogadores (até o Renan e o Erik) para uma temporada de ajuda humanitária, sem direito a salário e bichos, para o Haiti ou para Ruanda? Ah, esqueci de acrescentar “rs”. Como se vive numa democracia, resta a inação, ou, quem sabe, pagar o tal “bicho molhado” — no vestiário. Na Rússia, porém, é tudo muito diferente. Mas lá, sabe o Arnaldo Bastos e o Carlos Higa, é uma democradura. No domingo, 20, o time do CSKA Moscou perdia de 3 a 0 para o Mordovia Saransk, numa disputa do Campeonato Russo. O CSKA, segundo a Agência AP e “O Globo”, jogava apenas 10 jogadores. O brasileiro Mário Fernandes havia sido expulso. O técnico Leonid Slutsky, possivelmente da escola de Stálin e, claro, de Vladimir Putin, decidiu apelar para uma tática que “funciona” pelo menos desde o século 19, o dos czares. Slutsky ameaçou mandar os jogadores para a Sibéria. Eles teriam jogar uma partida em Irkutsk. Resultado: o CSKA ganhou por 6 a 3.
Ao término da partida, a imprensa quis saber por que o CSKA, que não estava jogando nada, de repente parecia a seleção da Alemanha jogando contra a do Brasil. O técnico foi sucinto: “Eu disse que se não vencêssemos, todo mundo viajaria para Irkutsk. Foi bem simples”.
O CSKA manteve a liderança no Campeonato Russo. O Lokomotiv é o segundo colocado, com cinco pontos a menos.
[A foto acima é do time do CSKA]

[caption id="attachment_38011" align="alignleft" width="300"] Jean Wyllys, deputado do Psol-RJ e militante da causa LGBT[/caption]
O portal Comunique-se relata que “186 jornalistas de 45 veículos de comunicação brasileira votaram nos parlamentares que segundo eles, melhor representam a população no Legislativo. Na lista, PSOL e PSB ocupam o topo, com três representantes cada”. O levantamento é do Congresso em Foco.
Os cinco parlamentares com melhor avaliação receberão prêmio do Congresso em Foco e homenagem do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal.
O que dizer da lista? Que a maioria dos jornalistas permanece de esquerda. Não é possível que não exista um deputado conservador atuante. Nenhum de Goiás foi citado. Por quê? Provavelmene porque a maioria dos eleitores é do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.
A lista:
1 — Alessando Molon (PT-RJ)
2 — Chico Alencar (PSOL-RJ)
3 — Glauber Braga (PSB-RJ)
4 — Ivan Valente (PSOL-SP)
5 — Jandira Feghali (PC do B-RJ)
6 — Jean Wyllys (PSOL-RJ)
7 — Júlio Delgado (PSB-MG)
8 — Luiza Erundina (PSB)
9 — Maria do Rosário (PT-RS)
10 — Miro Teixeira (PROS-RJ)

[caption id="attachment_46239" align="alignright" width="300"] Fabrício Cardoso (foto), Silvana Bittencourt e Luciano Martins são os editores-executivos[/caption]
“O Popular” deve concluir as modificações na equipe até o fim do ano. Na semana passada, ocorreu a mudança no comando. Fabrício Cardoso (foto), Silvana Bittencourt e Luciano Martins (também responsável pelo jornal “Daqui”) são os editores-executivos. Cileide Alves perdeu o cargo de editora-chefe e foi rebaixada para editora de Opinião.
O editor-adjunto André Rodrigues foi rebaixado para editor de Arte. Luiz Fernando Rocha Lima, que já havia perdido o cargo de Diretor de Jornalismo, deixa em definitivo o jornal. As mudanças — promovidas pelo vice-presidente, Maurício Duarte, o consultor Eduardo Tessler e o editor-executivo Fabrício Cardoso, o triunvirato que de fato manda no jornalismo de “O Popular” — põem fim à era do nandismo-cileidismo.
A partir de agora, o “Pop” deve se tornar um jornal mais leve e menos “rancoroso” (sinônimo de Cileide Alves). Pelo menos por enquanto, a qualidade caiu, mas o novo comando, experimentado, deve ajustá-la brevemente. Os executivos devem trabalhar uma integração mais forte do impresso com o online — com o online potencializando a audiência do material impresso, mas também caminhando sozinho. Com a publicação de mais notícias policiais, apresentadas de maneira mais enfática, o que não quer dizer sensacionalista, a audiência do jornal aumentou nos últimos dois meses.
A tendência é que, aos poucos, “O Popular” se torne mais contemporâneo. Porque, hoje, parece um jornal pré-internet, um produto dos séculos 19 e 20, uma espécie de dinossauro que sobrevive num século de comunicação mais rápida e globalizada. O “Pop” hoje parece um jornal velho às 6 horas da manhã, quando começa a chegar às mãos dos leitores.

[caption id="attachment_46236" align="alignright" width="620"] Lilian Tahan, diretora de Jornalismo[/caption]
O Portal Metrópoles (de Brasília), criado pelo ex-senador Luiz Estevão, já está rede. Jornalistas dizem que, apesar de relativamente bem feito, falta “pegada”, quer dizer, é meio insosso. Mas a grande notícia nem é sua qualidade, ou falta dela, e sim o número de contratações. São 44 profissionais, sob o comando de Lilian Tahan, ex-editora da “Veja Brasília”.
Lista dos contratados
Os estagiários obviamente não são contratados, mas recebem um salário, ainda que menor. Em média os salários da redação do Metrópoles são superiores a 6 mil reais.
1 — Lilian Tahan — diretora de Jornalismo
2 — Priscilla Borges — editora-chefe
3 — Luciene Magalhães — secretaria de redação
4 — Arthur H. Herdy (Home) — editor
5 — Daniel Lacerda — editor
6 — Michael Melo — editor de fotografia
7 — Fernando Braga (multimídia)
8 — Gabriel do Rego Pereira
9 — Gabriel Ramos da Silva (vídeo)
10 — Kacio Pacheco Vianna (arte)
11 — Luiz Humberto Prisco (home/repórter)
12 — Maria Eugênia (cidade e política)
13 — Rosualdo Rodrigues (cultura, entretenimento e gastronomia)
14 — Viviane Kulczynski (vida & estilo)
15 — Ana Luiz Favato (colunista)
16 — Isadora Aires (colunista)
17 — Bernardo Scartezini (repórter)
18 — Felipe Leonardo Moraes (repórter)
19 — Gabriela de Almeida (repórter)
20 — Maíra de Deus Brito (repórter)
21 — Bruna Sabarense (repórter)
22 — Edson Caldeira (repórter)
23 — Olívia Meirelles (repórter)
24 — Carolina Samorano (repórter)
25 — Carlos Carone (repórter)
26 — Carolina Bechara (repórter)
27 — Letícia Carvalho de Oliveira (repórter)
28 — Mirelle Pinheiro (repórter)
29 — Paulo Lannes (repórter)
30 — Ary Filgueiras (repórter)
31 — Kelly Almeida (repórter)
32 — Rafaela Lima (repórter)
33 — Manoela Alcântara (repórter)
34 — Mel Bleil Gallo (repórter)
35 — Thiago Henrique de Morais (Esportes)
36 — Rafaela Feliciano (fotógrafa)
37 — Bruno Pimentel (fotógrafo)
38 — Cícero Lopes (ilustrador)
39 — Joelson Miranda Santo (ilustrador)
40 — Josey Lopes Souza (gerente de Marketing)
41 — Sérgio Luiz Brisolla (analista de Redes)
42 — Clarissa Jurumenha (estagiária)
43 — Samira Rodrigues (estagiária)
44 — Pedro Alves Neto (estagiário).