Deputado Fábio Sousa critica criador do Dilma Bolada, que admite “equívocos”
31 outubro 2015 às 12h11
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Jefferson Monteiro admite que exagerou em críticas a Aécio Neves e Raquel Raquel Sheherazade e culpa a mídia
O publicitário Jeferson Monteiro, criador da fan page Dilma Bolada, compareceu à CPI dos Crimes Cibernéticos na quinta-feira, 29, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Reforçando velhos mitos, sugeriu que faz um trabalho “independente”: “Escrevo o que quero, a hora que eu quero no perfil Dilma Bolada. Não faz sentido dizer que recebo pelo PT, se já passei um mês sem atualizar o perfil”. Mas não deu grandes esclarecimentos sobre suas relações com a agência Pepper, que prestava serviços ao PT de Lula da Silva.
O deputado Fábio Sousa, do PSDB de Goiás, questionou postagens do perfil Dilma Bolada contra a jornalista Raquel Sheherazade, do SBT, e a líder do partido Rede, Marina Silva. Jeferson Monteiro admitiu que errou ao, mais do que criticar, atacar o senador Aécio Neves, adversário da presidente Dilma Rousseff na campanha de 2014. “Com 18, 19 anos, tinha uma cabeça equivocada, formada pela mídia, como chamar mulher de vagabunda. Era assim que eu pensava. E é isso que é tradicionalmente ensinado pela mídia”, afirma.
O publicitário não explicita o que entende por “mídia”. Porque as publicações sérias não chamam mulher de “vagabunda”. Ele devia ler isto em redes sociais, mas prefere atacar a “mídia” — na verdade, a imprensa, quer dizer, jornais, como “folha de S. Paulo”, “O Globo”, “Estadão”, e revistas, como “Veja” e “Época”.