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Arthur Rezende comemora 40 anos em “O Popular” e é homenageado pelo jornal

Arthur Arthur Rezende comemorou 40 em “O Popular”. O jornal publicou cinco páginas e meia — contando os anúncios de felicitações — para celebrá-lo. Trata-se uma homenagem justa. Os textos são, em geral, de qualidade. Mas há problemas. O jornal diz que o nome anterior do “Magazine” era “Caderno 2”, num texto, e “Segundo Caderno”, em outro texto. O “Estadão” exigiu que se trocasse o nome, pois o título “Caderno 2” é seu. “Artistas goianos ganhavam espaço de prestígio na coluna”, afirma o “Pop”. Ora, como a coluna não acabou, por que o verbo no passado? Cita-se um artista plástico de nome “Antônio”, mas sem sobrenome. Tudo indica que se trata de Poteiro. Não se admite a mudança do nome de Jorge Benjor. Voltou a ser Jorge Ben. “A coluna saia.” A coluna não veste saia; na verdade, é saía. Omite-se que Rogério Rezende é filho de Arthur e Ivone Silva. De maneira preconceituosa, o repórter fala em “produção independente” do colunista (o que isto quer dizer: Arthur teria “engravidado”?). Numa legenda, o jornal menciona cinco pessoas: Iberê Monteiro, Luiz Gonzaga Mascarenhas, João Rocha, “Wiliam” (seria William?) Guimarães e Wilmar (seria Willmar?) Guimarães. Mas a fotografia só apresenta quatro pessoas. “Deputado Pedro Canedo e sua esposa Eliane Caiado, circulavam em eventos pela capital”, diz o autor da legenda, esquecendo que não se separa o sujeito do verbo (Pedro Canedo e Eliane Caiado circulavam). Sugerindo que o jornal parou no tempo, as mulheres mencionadas não têm sobrenome. Só existem como “derivadas” de seus maridos. Mas o que importa mesmo é que Arthur Rezende merece a homenagem e o jornal acertou ao fazê-la.

O Geraldo Vandré radical é uma invenção de um tempo em que a estética submetia-se à política

Biografia sugere que o compositor e cantor tinha interesses variados e, apesar de certo engajamento, conseguiu ir além da música meramente política e datada

“O Globo” desiste de vender assinaturas do jornal impresso para o Estado de Goiás

O jornal “O Globo” passou alguns dias sem circular nas bancas de Goiânia. Segundo donos de bancas, o distribuidor não teria repassado o dinheiro das vendas para a empresa do Rio de Janeiro. A distribuição já está regularizada. Se a versão impressa chega às bancas da capital goiana, o maior jornal do Rio, alegando problemas de logística (custos), desistiu de fazer assinaturas para enviar o jornal para Goiás. “O Globo” está optando por comercializar sua edição digital. Isto significa que a versão impressa de “O Globo” vai deixar de circular? Não, porque a maioria dos anúncios ainda é dirigida à versão impressa. Nenhum jornal brasileiro conseguiu até agora potencializar comercialmente seus sites e portais. O volume de anúncios na versão digital está crescendo, mas ainda não supera o da versão imprensa. Mas certamente vai superar. Os jornais impressos não devem ser extintos, mas serão menores e, sobretudo, menos factuais e mais analíticos.

Lula processa a revista Veja por tê-lo colocado na capa como presidiário

Mais do que a Justiça, a história dirá se a cobertura agressiva da “Veja” está certa ou exagerada. No caso do mensalão, a revista acertou mais do que errou

Polícia Civil prende criminosos que mataram dono de jornal

Integrantes de milícia liderada por Policial Militar são responsáveis pelo assassinato

A morte de Moacir Japiassu, um jornalista brilhante e um escritor de qualidade

Sua mulher escreveu: “Meu ruivo adorado foi embora. A última coisa que me disse foi que queria morrer. E como era do temperamento dele, fez o que achou melhor”

Volkswagen apoiou repressão articulada pela ditadura no Brasil e deve indenizar perseguidos e torturados

Dezenove depois da queda do nazismo, a Volkswagen já estava apoiando outra ditadura e admitindo que operários de esquerda fossem torturados em suas dependências

O principal jogador do time do Vila Nova é sua esfuziante torcida. Ela decide partidas

Ao contrário da torcida do Goiás, que é light e quase glacial, a do Vila Nova é dionisíaca

Samba do crioulo doido em reportagem de O Popular sobre OSs na Educação de Goiás

Repórter comete mais de 10 erros crassos e editores não corrigem o texto

Romance “A Marca Humana” mostra a corrosiva crítica de Philip Roth ao moralismo

A crítica mais pertinente e corrosiva ao moralismo contemporâneo está, não num livro de ensaios, e sim num livro do autor de “O Complexo de Portnoy”

Isabela Boscov volta à “Veja” e prova que é a maior crítica de cinema das revistas brasileiras

Sem firulas acadêmicas, a crítica examina os filmes, sempre vistos como entretenimento, de maneira impecável, com análises quase sempre precisas

Diário de Fernando Henrique discute grandes temas, ataca mídia e não escapa à futrica sobre ministros

Ex-presidente conta que Pedro Malan, José Serra, Gustavo Franco e Pérsio Arida viviam em guerra, relata que Sarney queria ser presidente pela segunda vez e afirma que dono da “Veja” pedia canais de televisão

A rede social Tsu paga usuários e incomoda o gigante Facebook

Empresa de Mark Zuckerberg sugere que o Tsu é um concorrente perigoso, ao menos a médio e longo prazo O Facebook é o rei, o Twitter é o príncipe e, digamos, a rede social Tsu (pronuncia-se “Sue”) é a plebe com aspiração à nobreza. A diferença é que O Tsu paga o usuário que postar conteúdo — textos, vídeos e fotos — em primeira mão. A empresa que banca o site garante que a maioria absoluta — 90% — daquilo que é arrecadado com os anúncios é repassado para os usuários. Não apresenta, porém, nenhuma auditoria independente a respeito deste número. O Facebook, o campeão dos campeões, está visivelmente incomodado com a ascensão do Tsu. O “Huffington Post” revela que o Facebook está bloqueando links que sugerem ao usuário a rede social concorrente. “O Facebook deletou todas as menções ao Tsu da página do rapper 50Cent, que possui mais de 38 milhões de seguidores”, afirma o CEO da empresa, Sebastian Sobczak. Segundo texto do Portal Imprensa, a empresa de Mark Suckerberg “teria justificado a remoção pelo fato do Tsu violar termos da API — interface de programação de aplicação — do Facebook”.  Sobczak contesta: “Se esse fosse o caso, nos veríamos notificações no nosso painel, o que nunca aconteceu — aliás, nós continuamos a receber mensagens de que estamos em conformidade, mas continuamos a ser bloqueados”. Há um grau de verdade na explicação do Facebook, porém mínimo. Na realidade, o Facebook está tentando combater um concorrente, ainda incipiente, com as armas dos “grandes” — deixando de perceber que, quando um elefante se incomoda com um ratinho, este acaba ganhando mais repercussão. A melhor publicidade, direta e indireta, para o Tsu é a “preocupação” — ou incômodo — do gigante Facebook.

Deputado Fábio Sousa critica criador do Dilma Bolada, que admite “equívocos”

Jefferson Monteiro admite que exagerou em críticas a Aécio Neves e Raquel Raquel Sheherazade e culpa a mídia

“Ponte dos Espiões” é um belo filme adulto de Steven Spielberg

Ponte_dos_EspioesUm filme adulto às vezes é produto de um livro adulto. É o que ocorre com “Ponte dos Espiões”, de Steven Spielberg, baseado no livro “Uma Ponte Entre Espiões — O Caso do Coronel Rudolf Abel e de Francis Gary Powers” (Record, 490 páginas, tradução de Alessandra Bonrruquer), do advogado americano James Britt Donovan (1916-1970). Rudolf Ivanovich Abel, chefe da espionagem soviética nos Estados Unidos, é preso e o governo americano decide promover um julgamento de araque, escolhendo Jim Donovan para “defendê-lo”. Ocorre que Donovan leva a defesa a sério e convence o juiz a manter o condenado Rudolf Abel (foto abaixo, o verdadeiro espião) vivo para, no futuro, trocá-lo por algum espião americano. Em 1962, os Estados Unidos trocam, na ponte Glienicke, entre as Alemanhas Oriental e Ocidental, Rudolf Abel por Gary Powers, o piloto americano do U-2 que havia se tornado prisioneiro dos comunistas. Rudolf Abel espião soviético 6385189_123741260240 De lambuja, Donovan consegue a libertação de um estudante americano que penava numa prisão da Alemanha Oriental. Tom Hanks, que faz Donovan, e Mark Rylance, o espião Rudolf Abel, estão em estado de graça. Donovan percebe que o soviético não parece preocupado com seu destino e pergunta por quê. O comunista responde: “Ajudaria?” O filme não promove grandes nem médias discussões ideológicas (também falta explicar o que Rudolf Abel efetivamene espionava, como os segredos atômicos dos Estados Unidos; teria ligações com o casal Ethel e Julius Rosenberg), mas, como sugere o filósofo britânico John Gray, o marxismo é uma espécie de religião pagã e filho tanto da tradição cristã quanto de uma mistura insensata entre o iluminismo e o positivismo. Rudolf Abel, embora inteligente e perceptivo, era integrante da seita comunista criada por Lênin e ampliada por Stálin. Congress Democrats Donovan (na foto aparece ao lado de Fidel Castro) morreu em 1970, com apenas 54 anos, de infarto. Viliam Guénrijovich ou Vilyam Génrikhovich Fisher, o espião Rudolf Abel (era codinome e nasceu na Inglaterra, filho de pais russos. Seu nome original era William August Fisher), morreu em 1971, aos 68 anos, de câncer no pulmão. Deu sorte. No tempo de Stálin, tão-somente por ter sido preso, teria sido fuzilado.