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Colunista de O Popular erra e obriga Bismarck a levantar-se do túmulo para corrigi-lo

A Alemanha não foi criada há menos de um século, ao contrário do que diz crítico de gastronomia

Crítica portuguesa lança livro sobre o prosador e poeta David Mourão-Ferreira

[caption id="attachment_59139" align="alignnone" width="309"]Divulgação Divulgação[/caption] Teresa Martins Marques, uma das importantes intelectuais de Portugal, lança, pela editora Âncora, o livro “Clave de Sol, Chave de Sombra — Inquietude de David Mourão-Ferreira”. A obra sobre o prosador e poeta, de 800 páginas, contém, segundo o “Jornal de Letras, Artes e Ideias”, de Portugal, “elementos novos, incluindo numerosos inéditos”. Além de crítica literária do primeiro time, Teresa Martins Marques, doutora em Literatura e Cultura Portuguesas, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, é prosadora. Seu romance “A Mulher Que Venceu Don Juan” é muito bem escrito e dotado de uma arquitetura sólida.

Historiador Luís Mir é autor do livro mais amplo sobre o PT

[caption id="attachment_59137" align="alignleft" width="213"]Foto: Divulgação Foto: Divulgação[/caption] Leitores pedem indicação de um livro sério sobre o PT. Há vários estudos, como o de André Singer. Mas o livro que o explica de maneira mais ampla possível é “Partido de Deus — Fé, Poder e Política” (Editora Alaúde, 679 páginas), do historiador Luís Mir. Não há mais detalhado no país do que a obra do pesquisador. Quem, como e por que fundou — está tudo na obra. Claro que, como é um livro de 2007, não apresenta, por exemplo, as corrupções mais recentes de líderes do PT.

Crítico do Valor foi o único que não percebeu que o livro e o filme “O Regresso” são sobre vingança

[caption id="attachment_59123" align="alignleft" width="201"]0cd683f0-31e5-49e2-a871-857cafcb3f46 Reprodução[/caption] O mínimo que se espera de um resenhista é que tenha lido e entendido o livro que comenta — nem se discute a qualidade do texto. Um crítico do jornal “Valor Econômico” diz que o romance “O Regresso” (Intrínseca, 272 páginas, tradução de Maria Carmelita Dias), de Michael Punke, não é sobre vingança, ao contrário do que afirmam os demais críticos, e sim sobre a possibilidade de diálogo entre os homens. Enfim, sobre redenção. Tudo indica que o resenhista leu o livro e viu o filme (Leonardo DiCaprio está muito bem e merece o Oscar), mas não conseguiu entender a história. Os dois, um baseado no outro, são, do começo ao fim, sobre o poder da vingança, de como o desejo de vingança dá força para Hugh Glass caçar aquele que — além de matar seu filho, um mestiço — o deixou, gravemente ferido, para morrer numa região inóspita e gelada. A vingança, no caso, é uma poderosa usina de energia, o que, apesar de óbvio, o resenhista não soube perceber. Texto do Valor Econômico Trecho da resenha “‘O Regresso’, saga sobre o perdão”, de Alexandre Staut, que saiu na edição de sexta-feira, 5, do “Valor”: “Ao contrário do que se tem falado, ‘O Regresso’ não é um livro sobre vingança. É uma obra que mostra a importância do diálogo (ou da comunicação), que pode, entre outros feitos, levar ao perdão”. Perdão, por sinal, é uma palavra inexistente em “O Regresso”. Do Washington Post: "Uma obra soberba sobre vingança."

O Popular demite as repórteres Rute Guedes e Márcia Abreu

Para uma das repórteres, a direção explicou que está num processo de contenção de despesas

Morre, aos 84 anos, o escritor e semiólogo italiano Umberto Eco

Nos últimos tempos, criticou a estupidez do jornalismo e defendeu o livro, que, segundo ele, não deve morrer

Morre Harper Lee, autora de O Sol É Para Todos, um dos livros mais conhecidos do EUA

A autora vendeu 30 milhões de exemplares. Em 2015, saiu seu segundo romance. Ele ajudou Truman Capote a compor “A Sangue Frio”

Boxeador Manny Pacquiao diz que gays são piores do que animais

Quer dizer que, apesar de ter mandado matar 6 milhões de judeus, Hitler, não sendo homossexual, era melhor do que os gays?

Ex-amante de FHC sugere que exame de DNA do filho Tomás pode ter sido forjado

Miriam Dutra rompe o silêncio, afirma que Fernando Henrique Cardoso nunca reconheceu o garoto e critica a TV Globo. Ele foram amantes durante seis anos

Cantora e pianista brasileira Eliane Elias ganha o Grammy com melhor álbum de jazz latino

[caption id="attachment_58843" align="alignleft" width="750"]Eliane Elias cantora de jazz20160215200216520703e Divulgação[/caption] Aos 55 anos, Eliane Elias é mais do que uma força da natureza. A pianista e cantora brasileira, radicada nos Estados Unidos, é, muito mais, resultado de anos de estudo e pesquisa. Refina-se a cada disco. Mas sugerir que é produtor do esforço não é o mesmo que indicar que não tem talento. No seu caso, há uma soma de dedicação e talento — o que a transforma numa artista das mais completas. Na segunda-feira, 15, Eliane Elias foi premiada com o Grammy pelo disco “Made in Brazil” — melhor álbum de jazz latino. Mais conhecida nos Estados Unidos e na Europa, Eliane Elias é diferente da maioria das cantoras de jazz — e próxima de umas poucas —, pois, além de cantar de maneira sofisticada, é uma pianista refinada. Como se trata de uma música, portanto entende com precisão a elaboração dos músicos e compositores da bossa nova, Eliane Elias por vezes surpreende ao cantar (e tocar) os sucessos de Tom Jobim e João Gilberto de maneira única, acrescentando detalhes que eventualmente não aparecem noutras vozes. Pode-se dizer que algumas músicas se tornam mais elásticas, com uma sonoridade às vezes diferente quando cantadas e executadas ao piano por Eliane Elias. Concorrendo na categoria de melhor álbum de World Music, Gilberto Gil perdeu para Angelique Kidjo (“Sings”). A pianista brasileira Catina DeLuna, na categoria de melhor arranjo, instrumento e vocais, não levou o Grammy. Confira Eliane Elias cantando e tocando bossa https://www.youtube.com/watch?v=m1ZWKanqrsQ&list=PL4495EDCD4974FFA6 Músicas de Made in Brazil https://www.youtube.com/watch?v=O2-E7Y7BkuY&list=PLBDRiPurSu7zuSn9LmGvgEKl2Lmfbn7Wa Detalhes do resultado da 58ª edição do Grammy: Álbum jazz latino: Eliane Elias, "Made in Brazil": The Rodriguez Brothers, "Impromptu" Gonzalo Rubalcaba, "Suite caminos" Wayne Wallace Latin Jazz Quintet, "Intercambio" Miguel Zenón, "Identities are changeable" Melhor álbum de world music: Gilberto Gil, "Gilbertos samba ao vivo" Angelique Kidjo, 'Sings' Ladysmith Black Mambas com Ella Spira & the Inala Ensemble, "Music from inala" Anoushka Shankar, "Home" Zumba Prison Project, "I have no everything here" Arranjo, instrumentos e vocais: Maria Schneider, arranjador (David Bowie), "Sue (Or in a season of crime)" Shelly Berg, arranjador (Lorraine Feather), "Be my muse" Patrick Williams, arranjador (Patrick Williams com Patti Austin), "52nd & Broadway" Otmaro Ruiz, arranjador (Catina DeLuna com Otmaro Ruiz), "Garota de Ipanema" Jimmy Greene, arranjador (Jimmy Greene com Javier Colon), "When I come home"

Cartas indicam que papa João Paulo 2º manteve relação intensa com filósofa americana

O jornalista Edward Stourton diz que João Paulo 2º e Anna Teresa Tymieniecka “eram mais que amigos, mas menos que amantes”

Sociedade e democracia dos Estados Unidos tendem a moderar Bernie Sanders e Donald Trump

[caption id="attachment_58670" align="alignright" width="620"]Bernie Sanders e Donald Trump: no poder, o primeiro deixaria de ser socialista, para gerir o império capitalista,  e o segundo seria moderado pela sociedade americana. Os impérios são moderadores “naturais” dos radicais Bernie Sanders e Donald Trump: no poder, o primeiro deixaria de ser socialista, para gerir o império capitalista, e o segundo seria moderado pela sociedade americana. Os impérios são moderadores “naturais” dos radicais[/caption] Leitores dos jornais e revistas brasileiros ficam com a impressão de que Karl Marx saiu da tumba e transformou Bernie Sanders numa espécie de Engels americano. Fala-se o “socialista” Sanders com a “boca cheia”, como se, depois de certa decepção com Barack Obama — que revelou ter sintonia fina com o establishment dos Estados Unidos —, o democrata pudesse ser qualificado de um Obama “mais avançado”. Enganam-se aqueles que apostam que Sanders seria, no poder, Obama radicalizado. Na ditadura, o poder radicaliza ainda mais aqueles que têm espírito totalitário — como Stálin, Mao Tsé-tung e Fidel Castro. Na democracia, felizmente, ocorre o oposto: é o poder que modera aquele que, antes “fora” do poder, exibia-se radicalizado. Os Estados Unidos têm um Congresso ativo e poderoso, uma Suprema Corte independente (até onde isto é possível), uma Imprensa crítica (às vezes, em tempos difíceis, é mais suave em relação ao poder, mas no geral é corrosiva e não homogênea) e, sobretudo, uma sociedade atenta. Uma sociedade conservadora que quase sempre é de centro, aproximando-se mais do conservadorismo. Na pré-campanha, nada (ou pouco) regula (ou pressiona) o discurso de Sanders, daí a confusão de parte da imprensa brasileira, que não percebe que um socialista americano é, na prática, como um liberal brasileiro — uma figura mais de centro do que de esquerda. Na prática, Sanders é tão anticomunista quanto a besta-fera Donald Trump, do Partido Republi­cano. Só tem um discurso mais moderado, próximo da socialdemocracia europeia. O Estado do Bem-Estar que pretende (se pretende) criar nos Estados Unidos, similar ao europeu — e grandemente responsável pelo parasitismo social no continente e por parte da crise na região —, pode até conquistar eleitores pobres, notadamente filhos de imigrantes, mas dificilmente agradará as elites e, também, as classes médias. Por isso, se definido como candidato democrata — até os ossos de Franklin D. Roosevelt e de Harry Hopkins apostam que Hillary Clinton, mais confiável para o establishment, será a indicada —, Sanders tenderá a reconfigurar o discurso. Quer dizer: está fazendo um discurso para a pré-campanha e, em seguida, fará outro discurso, mais moderado, para a campanha. Aos poucos, vai sondando os humores do eleitorado. No meio da campanha, sob pressão da sociedade — a luta de todos é para preservar o Império, o modo de vida americano, que não pode ser mantido com gracinhas socialistas —, Sanders, isto se conseguir ser efetivado como candidato, será outro homem e outro político. Donald Trump não é nenhuma idiota. Se fosse, não seria bilionário. Não se trata de um ideólogo, mas, por certo, trabalha com pesquisas e está falando para um público receptivo ou está tentando (não criar, e sim) ampliar um público existente mas “anestesiado”. É provável que queira “despertar” aquilo que entende por “o americano” tradicional, que tem uma história de ser relativamente receptivo aos que chegam de outros países. Porque o próprio americano é de origem europeia, sobretudo inglesa, mas também irlandesa, escocesa, alemã, italiana. E há os americanos de origem asiática e africana. Os Estados Unidos é cada vez mais um país mestiço e isto é incontornável. Do ponto de vista do marketing, Trump é um caso de sucesso. Tornou-se o centro das discussões da sociedade americana. Pode não ser candidato pelo Partido Republicado e, se candidato, pode não ser eleito. Mas “mobiliza” a sociedade, mexe com seus humores, e escapa da modorra dos discursos republicanos e democratas tradicionais. É virulento contra os imigrantes e se apresenta como liberal em tempo integral. Ao contrário de Sanders, o Trump da pré-campanha será o mesmo da campanha? É possível que sim, ma non tropo. O mais provável é que, em confronto com um candidato democrata mais leve em questões sociais e comportamentais — Sanders ou Hillary Clinton, muito mais aberta do que o próprio Obama em determinadas questões —, Trump modere-se um pouco, mais para não perder eleitores do que para conquistar eleitores típicos dos democratas. A campanha tende a moderá-lo? Como é imprevisível, não se sabe. Mas suas posições certamente serão redefinidas por pesquisas, que podem levá-lo a uma certa moderação ou, quem sabe, a uma certa radicalização. Digamos que Trump seja eleito — ou então Sanders. O que muda nos Estados Unidos? Muito pouco. Os dois sabem que, se eleitos, governarão um Império, com interesses vastos e racionais em todo o mundo. A retórica pode radicalizar-se, em determinados momentos, mas os interesses do país tenderão a suavizar posições pessoais. De resto, pode-se dizer que, no poder, Sanders não será socialista. No máximo, se aproximará da socialdemocracia — que é o que Obama tentou fazer com a reforma da saúde. Trump, se eleito, se tornará mais moderado, sem deixar de ser liberal. A sociedade e o poder tendem a moderá-lo. Não há como se livrar de mexicanos, latino-americanos, chineses, indianos, entre outros, em quatro ou oito anos de governo. Não há como se livrar nunca. Eles são parte da sociedade americana. São a sociedade americana, quer queiram ou não os republicamos mais direitistas. O poder, na sociedade democrática, cria políticos mais equilibrados do que eles mesmos querem ser. Sanders e Trump, se eleitos, seriam “puxados” para o centro político. Quem se interessa pela sociedade americana e seus políticos — quase todos tão dissimulados quanto Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Franklin D. Roosevelt e Obama — deve ler o magnífico livro “Fascismo de Esquerda — A História Secreta do Esquerdismo Americano” (Record, 546 páginas, tradução de Maria Lúcia de Oliveira), de Jonah Goldberg. De cara, o autor anota que o fascismo, embora tratado como de direita, é um fenômeno político de esquerda. Os desavisados podem ficar chocados quando perceberem que, embora não seja fascista, em comparação com Benito Mussolini e Francisco Franco, até liberais como Hillary Clinton defendem ideias caras ao nacional-socialismo.

Executivo descobre que mercado financeiro “rouba” investidores e cria bolsa alternativa

Brad Katsuyama percebeu que os investidores, mesmo os grandes, eram lesados por bancos e corretoras e criou uma bolsa alternativa

Edival Lourenço erra ao dizer que Academia Sueca premia só ativistas para o Nobel de Literatura

A Academia Sueca premia muitos escritores ativistas, notadamente de esquerda, mas vários não eram ativistas T S Eliot poeta americano Rodrigo Alves, de “O Popular”, escreveu uma reportagem, “A unânime mestre Lygia”, no geral precisa (o repórter deixa escapar ligeiras imprecisões, como escrever Jorge Luís Borges, e não Luis, e separações silábicas estrambóticas). Versa sobre a indicação da escritora brasileira Lygia Fagundes Telles, autora do estimável romance “As Meninas” — feita pela União Brasileira de Escritores-Seção de Sã Paulo — para o Prêmio Nobel de Literatura. Há uma imprecisão na fala do presidente da União Brasileira de Escritores-Seção de Goiás, Edival Lourenço. Ele afirma que a questão ideológica é decisiva na premiação do Nobel: “Há todo um contexto. Além de escrever bem, claro, há também a questão ideológica. Escolhidos são sempre ativistas”. William Faulkner 1 Na verdade, a questão ideológica tem peso — o fato de ter se tornado liberal quase impediu Mario Vargas Llosa de ser premiado —, mas os escolhidos nem sempre são ativistas. Do poeta T. S. Eliot, autor do poema “A Terra Devastada”, e do prosador William Faulkner, autor do romance “O Som e a Fúria”, pode se dizer muitas coisas, até que o primeiro era um carola religioso, mas nenhum crítico literário de peso, como Northrop Frye, Frank Kermode e Harold Bloom, teria coragem de chamá-los de “ativistas”.

Romance conta história real de brasileira e japonês apaixonados na Segunda Guerra Mundial

[caption id="attachment_58661" align="alignright" width="176"]Livro resgata a bela história de amor entre a carioca Ilma Faria e o japonês Alberto Tomiyo Yamada Livro resgata a bela história de amor entre a carioca Ilma Faria e o japonês Alberto Tomiyo Yamada[/caption] “Amor Entre Guerra” (Planeta, 319 páginas), de Marianne Nishihata, é um belo romance “entre uma carioca”, Ilma Faria, “e um japonês”, Alberto Tomiyo Yamada, “que lutou pelo Brasil na Segunda Guerra Mundial”. Embora tenha nascido no Japão, Yamada veio bebê para o Brasil e se tornou soldado e, depois, cabo da Força Expedicionária Brasileira. O livro conta uma história de amor, das mais belas, e a participação do cabo Yamada nas batalhas da Itália. Ele foi ferido, dado como morto por militares brasileiros e resgatado por soldados americanos. Sobreviveu à guerra, recuperou-se na Europa e voltou para se casar com Ilma. Marianne Nishihata escreve muito bem e não deixa a história resvalar para o pieguismo, mas também não trata o amor de Yamada e Ilma com frieza.