Contraponto

A principal função do Estado no Brasil parece ser tolher a liberdade do indivíduo e dificultar sua vida e seus negócios
Goiano de Vianópolis foi um dos técnicos que contribuíram para arrancar Brasília do papel e criar uma cidade bonita. Depois, foi professor da UnB
Questionados pelo ministro Joaquim Levy, que alertou o Banco Central, BNDES, Caixa Econômica, Banco do Brasil e Banco da Amazônia tiveram que refazer sua contabilidade e corrigir seu patrimônio líquido (para baixo), informou a “Folha de S. Paulo”. BNDES encurtou seu patrimônio de 66 bilhões para 35 bilhões de reais. A Caixa teve que encurtar o seu em 36 bilhões, o Banco do Brasil em 8 bilhões e o Banco da Amazônia em 1 bilhão. Um “furinho” contábil de 80 bilhões. Quase nada. Por falar em BNDES, quando saberemos o que na verdade ocorreu nas combinações do governo petista com as ditaduras como Cuba e Angola, envolvendo empreiteiros já denunciados em outros esquemas, obras entregues de mão beijada, e o próprio BNDES? Quando serão esclarecidos esses possíveis desvios de recursos que tanta falta fazem nas escolas, nos hospitais, na segurança pública e na infraestrutura dos brasileiros, tanto mais necessitados quanto mais sacrificados no pagar seus impostos?
O que informa o jornalista Augusto Nunes, da revista “Veja”, exibindo a filmagem, inclusive, parece muito sério: o ministro Barroso, na célebre sessão do Supremo que analisou o rito do processo de impeachment, teria enganado seu colega Teori Zavascki e omitido trecho de artigo do Regimento Interno da Câmara sobre as votações secretas naquela casa. A omissão por sua vez teria influenciado indevidamente o voto dos colegas. A ser assim, o ministro Barroso teria cometido grave falta. Pena que os atos do Supremo não sejam passíveis de exame pelo Conselho Nacional de Justiça.
O fato indiscutível é que o Brasil já pagou um preço deveras elevado pelos sonhos ideológicos, pela incompetência e pela corrupção dos anos petistas. Precisamos de um basta. Legal e constitucional, mas que não tarde

[caption id="attachment_53697" align="alignright" width="620"] Dilma Rousseff: por que não investigar com rigor os fundos de pensão? Porque será mais um escândalo na cota do petistmo[/caption]
É revoltante o argumento usado por muitos (Fernando Henrique Cardoso inclusive) para defender Dilma Rousseff e seu malfadado mandato (que parece ter terminado sem mesmo ter começado).
O mantra de que Dilma Rousseff é honesta, e não se apropriou do dinheiro público, ao contrário de outros petistas (como José Dirceu), é uma cínica afirmação ideológica das esquerdas para evitar um impeachment. Levar bilhões de dólares de dinheiro público para Cuba, por exemplo, sabendo tratar-se do mais suado dinheiro do trabalhador brasileiro, ciente de que esse dinheiro faz falta na mesa de muitos lutadores pobres e honestos, que é muitas vezes subtraído da educação de seus filhos ou da saúde de seus pais, torna a presidente tão culpada quanto Paulo Roberto Costa ou Renato Duque, dois notórios envolvidos no escândalo da Petrobrás. Desvio de dinheiro público de suas reais finalidades — o retorno em benefícios para o povo que o confiou ao governo — será sempre criminoso, qualquer que seja a finalidade do desvio. O bolso em que foi parar, de um ladrão ou de um ditador, pouco importa.
Se a candidatura de Lula da Silva era democraticamente aceitável, dado sua conhecida trajetória no movimento sindical e na política, a de Dilma Rousseff desde o início inspirava cautela. Novata, com carreira política inexistente, pouco se sabia dela, e esse pouco não era lá muito recomendável. Pertencera a um movimento terrorista e quando alardeava que lutara por uma democracia contra uma ditadura estava mentindo desbragadamente, pois estava a serviço do regime cubano, que desejava, com todas as suas forças, estender sobre o Brasil. Lutava a favor de uma ditadura contra um regime militar forte, mas que só mesmo com uma distorção ideológica cínica poderíamos classificar de ditatorial.
Dilma Rousseff estava mentindo quando alardeava portar um diploma de doutorado que nunca existiu. Exibia uma arrogância e um destempero que, hoje se sabe, tinha uma serventia: esconder a insegurança que acompanha a incompetência de quem foi além do que era capaz. O resultado está à vista e há muito tempo: a presidente não pode fazer um pronunciamento que não seja escrito (por alguém mais) pois não sabe terminar um raciocínio apenas começado. Não consegue encadear um pensamento e traduzi-lo em palavras. Tornou-se a rainha dos anacolutos.
Se abandonada com seus malformados e incompletos raciocínios, Dilma Rousseff é capaz de saldar a caxirola (aquela castanhola inventada pelo músico Carlinhos Brown para a copa do mundo, e que não vingou), ver o cachorro oculto atrás da criança, descobrir a mulher sapiens, dobrar a meta inexistente, saudar a mandioca e combiná-la com o milho, além de armazenar o vento. Mas isso não é o pior. O pior é se julgar entendida em energia e querer baixar por decreto a conta da luz e com isso levar o caos ao setor elétrico; é se julgar sábia em economia e provocar uma recessão no país e uma inflação na moeda; é ver, por omissão ou incompetência se institucionalizar a corrupção em seu governo; é contemplar, por uma política equivocada de segurança e direitos humanos, uma mortandade igual à de Paris dos atentados do mês passado, acontecer, a cada dia no Brasil.
O PT é um partido único. Conseguiu a proeza de ter dois tesoureiros (Delúbio Soares e Vaccari), um ex-presidente (José Genoino), um ocupante do mais importante posto do Executivo — a chefia da Casa Civil (José Dirceu) —, um ex-presidente da Câmara dos Deputados (João Paulo Cunha) e um líder do seu governo no Senado (Delcídio do Amaral) como companheiros de cadeia por corrupção, além de outras figuras graúdas também presas ou processadas. Acredito ser um recorde mundial, difícil de ser batido no futuro. E esse pessoal continua entrincheirado no governo, a despeito de toda sua corrupção, incompetência e desvio ideológico. A cada dia, mais afundam o país. E os chefes supremos nunca sabem de nada.
A compra da refinaria de Pasadena, pela Petrobrás, com seu prejuízo bilionário aos brasileiros, deve ainda ter muitos — e grandes — desdobramentos. Internamente, na quase certa delação premiada de Nestor Cerveró e na muito possível de Delcídio do Amaral, que se sente, com razão, abandonado pelos “companheiros”. Externamente, nos processos que correm nas cortes americanas, onde dificilmente Dilma se sairá isenta, como presidente que era do Conselho da Petrobrás que aprovou e assinou a toque de caixa a desventurada compra, sabendo ou não das falcatruas ali escondidas.
É impressionante, como algumas figuras conseguem passar pelas malhas das investigações dos últimos escândalos. Lula e seus familiares, apesar do que se publicou, pouco ou nada foram incomodados. E não faltam motivos para incômodo: Sítio reformado pela OAS em Atibaia, apartamento tríplex decorado pela Andrade Gutierrez em São Bernardo do Campo, palestras pagas a preços de Prêmio Nobel pela Odebrecht mundo afora. Empresas enroladas, todas, na Lava Jato. E os rebentos Lulinha e Luiz Cláudio com as fortunas crescendo como os rios na enchente em períodos de muita chuva. O que me faz lembrar um meu vizinho de fazenda, de poucas letras, mas muita vivência e suas comparações com a natureza, que me dizia, falando de um prefeito que enriquecera rapidamente, de maneira suspeita, ainda no exercício do mandato: “Doutor, o sr. já viu enchente com água limpa?”.
Duas instituições que pedem uma devassa: BNDES e Transpetro. Até agora, em que pese os muitos indícios de desvios, um e outra permanecem mais ou menos preservados. O BNDES é o grande responsável por pelo menos dois fatos que pedem esclarecimentos e talvez punições: a entrega de grandes somas a grupos internos escolhidos pela cúpula política, os chamados “campeões nacionais” e que deram com os burros n’água, como Eike Batista e Sete Brasil; e os vultosos financiamentos a governos estrangeiros com pouca ou nenhuma capacidade de pagamento, quase sempre periclitantes ditaduras ou semiditaduras. Nesse último caso com o agravante de serem os recursos destinados a obras entregues sem licitação a empresas amigas da mesma cúpula política. E foram essas empresas que financiaram campanhas eleitorais ou fizeram grossos favores às autoridades do governo federal.
Fundos de pensão
Já a Transpetro, embora muitas notícias e mesmo denúncias tenham vindo a público, não mereceu até agora uma ação da Procuradoria-Geral da República. Sabe-se que foi presidida por um preposto do notório presidente do Senado, Renan Calheiros, durante anos, e que foi afastado a contragosto por exigência dos auditores independentes PricewaterhouseCoopers. Pertencente ao conglomerado Petrobrás, sendo uma de suas principais subsidiárias, estaria imune à onda de corrupção que varreu nossa maior empresa e quase a levou à falência? Não é o que dizem os jornais, e o procurador-geral Rodrigo Janot nada diz.
Se BNDES e Transpetro pedem investigação, o que dizer dos fundos de pensão? Se tomarmos apenas quatro fundos ligados a instituições governamentais (Previ, do Banco do Brasil; Petros, da Petrobrás; Funcef, da Caixa Econômica Federal, e Postalis, dos Correios) veremos que movimentam mais de 300 bilhões. Deveriam beneficiar mais de 1 milhão de funcionários que para eles contribuem com parcela razoável de seus salários. Administrados na sua maioria por petistas ligados aos governos Lula e Dilma, têm sido apontados como ninhos de corrupção e incompetência, e suspeitos de prejudicar seus associados — os funcionários cuja aposentadoria deveriam complementar.
Um exemplo é o Postalis, que no ano passado apresentou um déficit de 5,5 bilhões de reais, em boa parte explicados pela aplicação de seus recursos em títulos venezuelanos e argentinos, além de papéis das empresas de Eike Batista, num momento em que essas economias correm pela sarjeta. O Petros foi tomador de participação na Sete Brasil, hoje beirando a falência.
O Funcef também amarga um rombo de 5,5 bilhões de reais, do mesmo tamanho do buraco do Postalis, embora não se saiba publicamente o que o originou; e recentemente, o senador Aloysio Nunes, líder do PSDB, acusou o Previ de abrigar um rombo de nada menos que 7 bilhões de reais.
Esses déficits obrigam os funcionários a pesados descontos complementares em seus salários, anos a fio, para recompor as reservas desses fundos. As tentativas recentes para criação de uma CPI dos fundos de pensão têm esbarrado numa feroz tentativa do governo de impedir que sejam criadas, e quando criadas, de impedir que investiguem. Faz sentido: quem deve, teme.

[caption id="attachment_52193" align="alignright" width="620"] O governo do PT, ao financiar o Porto de Mariel, está bancando o crescimento
e o desenvolvimento de Cuba. Já os portos brasileiros estão superlotados | Divulgação[/caption]
A greve dos caminhoneiros provocou uma reação do governo federal. Destrambelhada, como sempre. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que consegue desagradar até seus companheiros de partido (é voz corrente que Lula pede sua cabeça), determinou à Polícia Rodoviária Federal liberar as estradas, usando da força, se necessário, contra os motoristas; e o governo editou a Medida Provisória 699 para multar pesadamente os grevistas. Multa escorchante, que pode ficar próxima dos 12 mil reais para quem participou da paralisação, algo significativo para quem trabalha de verdade, e não ganha dinheiro fácil em cargo comissionado por indicação partidária.
A presidente Dilma Rousseff, no Rio de Janeiro, em um desses eventos meio secretos, os únicos a que comparece, e a que apenas podem ter acesso plateias amestradas (ou a vaia é certa), pontificou: “É crime obstruir estradas”. Observe-se que essas intimidações e medidas coercitivas são dirigidas aos caminhoneiros, integrantes de uma classe trabalhadora, que paga impostos, que enfrenta o descaso do governo nas estradas esburacadas e sem sinalização, no combustível caro e de má qualidade, nos portos obsoletos (pois o dinheiro foi modernizar porto cubano), nos assaltos de estrada que a polícia não coíbe e a que um motorista não pode reagir por não poder conduzir uma arma.
Nenhum leitor vai se recordar de medida ou condenação parecida quando os desocupados e desordeiros do MST obstruíram ruas ou estradas, invadiram fazendas, prédios públicos ou laboratórios de pesquisa. Obstrução de estrada é crime, se feita por trabalhador. É manifestação social se feita por turbulentos de esquerda, quase sempre financiados com dinheiro público. Cada vez mais, com o governo Dilma, o PT mostra sua face autoritária, concorde com sua base marxista, assim como o de Lula havia mostrado a face corrupta do partido, avançando com apetite na coisa pública. Quanto mais rápido nos livrarmos dessa turma, mais tempo teremos para a reconstrução do país.
A experiência militar, desde o século passado, demonstrou que é limitado o poder da Força Aérea, quando isolado, como efeito decisivo numa guerra. É importantíssima, essa força, quando atua em combinação com as demais, principalmente com a força terrestre. Os bombardeios na verdade resultam dispendiosos para quem bombardeia e para quem é atacado. Se prejudicam a atividade econômica do oponente, raramente conseguem anulá-la, se não se conjugam com outras forças em contato direto com o inimigo. Quanto à destruição de efetivos, mais limitados se mostram estes ataques, pois tropas no solo têm inúmeras maneiras de se proteger de ataques pura e simplesmente aéreos, que, além disso, fazem vítimas civis. As “pedradas” que as forças aéreas dos EUA, da Rússia e de outros países têm dirigido ao Estado Islâmico não eliminam sua organização e poder de fogo, como demonstram os ataques de Paris. São mais medidas para efeito interno em seus países (os governantes querem mostrar aos governados que estariam agindo) do que ações para erradicar o Isis. Ou se faz uma guerra de ocupação no território sírio e em outros territórios dominados por ele ou teremos que conviver com ataques isolados infindáveis. O ataque por terra é mais difícil, mais desgastante, gera perda de vidas, mas é a única possibilidade de acabar com o grupo terrorista. A menos que se leve a sério o delírio diplomático de Marco Aurélio Garcia e Dilma Rousseff levado pela presidente à Assembleia Geral da ONU: dialogar com os fanáticos degoladores e homens-bomba, em vez de combatê-los.

[caption id="attachment_52195" align="alignright" width="620"] Lula da Silva, ex-presidente: a sua situação é cada vez mais complicada | Lula Marques/ Agência PT[/caption]
Dois fatos deixam o ex-presidente Lula ainda mais envolvido nos escândalos de corrupção dos governos petistas.
O primeiro deles está na revista “Época” da semana passada: o filho mais novo de Lula, Luís Cláudio, em depoimento prestado à Polícia Federal no último dia 4, saiu-se muito mal: não conseguiu explicar de maneira razoável e crível as razões do pagamento de 2,5 milhões de reais que recebeu da empresa Marcondes & Mautoni, investigada na Operação Zelotes, por lobby na obtenção de vantagens fiscais, ao que tudo indica fraudulentas, para montadoras de veículos.
Outro está na “Folha de S. Paulo” do dia 16 deste mês: em delação premiada, o empresário paulista Salim Schain conta intrincada e milionária história de avanço no dinheiro público envolvendo Lula da Silva, seu amigão José Carlos Bumlai (a única pessoa credenciada a entrar no Palácio do Planalto sem bater na porta, quando Lula era presidente) e o notório Delúbio Soares.
O banco Schain, em 2004, após encontro entre Schain, Delúbio e Bumlai, fez ao último um empréstimo de R$ 12 milhões, na verdade destinado ao PT. O empréstimo — anormal em volume para pessoa física — não só chamou a atenção do Banco Central, como não foi pago. Surgiu então a negociação: Schain conseguiria, via Bumlai-Lula, um contrato com a Petrobrás para operar o navio-sonda Vitória 10.000 (contrato de 1,6 bilhão), e perdoaria a dívida PT-Bumlai.
Ao que tudo indica, todas as promessas foram cumpridas, pois Schain conseguiu o contrato (com todas as evidências de superfaturamento) e a dívida, já multiplicada pelas multas, juros, custas e correções não foi paga. E nem investigaram ainda o primogênito Lulinha.

[caption id="attachment_52194" align="alignright" width="300"] Joaquim Levy é o Supriano da realidade econômica do Brasil sob o Lulopetismo | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil[/caption]
Tenho grande simpatia por Joaquim Levy. É um homem sério em um meio de gatunos e velhacos, tentando trabalhar por um fim maior. Vendo sua labuta inglória, não posso deixar de pensar no conto “A Enxada”, de Bernardo Élis.
Como o personagem Supriano, de Bernardo Élis, Joaquim Levy está empenhado em cumprir corretamente a obrigação que assumiu.
Supriano deve plantar uma roça de arroz, como pagamento de uma dívida, para o capitão Elpídio, ignorante, truculento e poderoso patrão. Mas ele não tem uma enxada, e o patrão não lhe fornece uma. Como então plantar? Também não a consegue com ninguém da sua circunstância, e o final do conto é trágico.
Joaquim Levy tem por tarefa o arranjo de uma economia em frangalhos, mas não conta com o apoio de sua truculenta e atabalhoada patroa, Dilma Rousseff, autora da devastação. Seu apoio também que não seria de grande valia, nessas alturas. Também não consegue ferramentas com o partido que lhe deve suporte, o PT, ou qualquer outro da base aliada. Congresso e governo lhe são hostis.
A Supriano resta a tarefa impossível de plantar uma roça com as mãos. A Joaquim Levy a de colocar nos trilhos uma economia devastada pela incompetência petista sem leis que lhe permitam sequer equilibrar um orçamento. E tem contra si ainda um governo que não cessa a gastança.
Supriano enlouquecido é abatido pelo fuzil de um soldado pau-mandado. Joaquim Levy está sendo ceifado por um Lula ansioso por preencher sua vaga com o amigo Henrique Meireles.
Governo petista não é lugar para gente séria, que pensa no país, numa economia sadia, num serviço republicano e honesto. Saia desse ambiente que nada tem a ver consigo, Joaquim Levy!

Tirar armas de assaltantes e traficantes de drogas nunca constituiu preocupação do governo petista. Por que o PCdoB e a Fundação Ford estão juntos na mesma campanha?

A situação do presidente da Câmara dos Deputados é cada vez mais complicada. Mas ele, que evitou o bolivarianismo no STF, é a parte menor do escândalo-latifúndio
O Brasil é mesmo um país diferente. Fico imaginando a reação de um cidadão europeu de discernimento, de educação esmerada, que trabalha em uma profissão técnica qualquer de alto nível, que conhece história, é bastante bem informado pelos bons jornais, revistas e livros que permanentemente lê, e provavelmente perdeu algum parente na guerra, se eu disser a ele que temos aqui um partido stalinista, o PCdoB. Provavelmente, pensará que estou brincando e até pode se irritar um pouco, pois os europeus, em geral, não apreciam, como nós, as brincadeiras, principalmente com quem não têm intimidade. Se eu afirmar mais, que um integrante desse partido, um deputado chamado Aldo Rebelo foi — e é — ministro do governo brasileiro, possivelmente vai achar que eu não regulo bem ou sou um rematado mentiroso. Só não vai achar estranho se eu disser que esse cidadão, que foi ministro da Ciência e Tecnologia, defendeu uma lei que freia o desenvolvimento tecnológico — pois pode tirar empregos — pois será claro e evidente para ele que alguém, se admira o stalinismo, além de mentecapto, tem seu meio cérebro parado na década de 1950. E se eu disser que tal cidadão é hoje ministro da Defesa, estou certo que ele então vai achar que doida é a presidente, que cometeu o desatino de nomeá-lo. Eu não me atreveria a dizer a um europeu com esse perfil que a presidente também admira Stálin, e tentou seguir seu estilo de governar, pois aí quem ia se julgar louco seria ele mesmo, por não poder admitir, na época atual, alguém atuar como seguidor de Hitler ou de Stálin. Mas o fato é que esses dinossauros políticos sobrevivem por aqui, embora tenham uma enorme capacidade de mimetismo que os antigos dinossauros não tinham, até porque dele não precisavam. A deputada Jandira Feghali, outra integrante do PCdoB, que adora uma viagem internacional, mas nunca de classe econômica, tinha até há pouco um restaurante de luxo na zona sul do Rio, cuja especialidade era a comida árabe (prestigiando suas raízes étnicas), mas que fechou, passado um prazo de euforia, pois não dava lucro bastante. Outra característica nossa, e só nossa: comunista aqui não gosta de capitalismo, mas gosta de capital. Viver como comunista, só Mujica, no Uruguai. Nem me atrevo a comentar com os amigos que tenho no velho continente sobre políticos como Marta Suplicy: comunista chique, rica, elegante, vestida pelas mais elitistas grifes, que gosta das altas rodas sociais, mas que viveu 33 anos no ambiente político marxista do PT, onde tudo aceitou: roubos, mentiras, assassinatos como o do “companheiro” Celso Daniel, invasões, destruições, movimentos sociais espúrios, desarmamento da população, tentativas de amordaçamento da imprensa, mensalões e petrolões, e agora, ultrapassada numa pretensão eleitoreira, acha-se no direito de deixar o partido e criticar, num chilique de dondoca, tudo de errado de que usufruiu em mais de três décadas de desvario. Lembrando que deixou o PT, mas não a base governista, que ninguém é de ferro. É ruim ter esse pessoal por aqui, mas pior mesmo é tê-lo no governo. A comunada está atrasando a vida de quem tem juízo e trabalha. Destruiu a Petrobrás e está destruindo o Brasil.
O livro “O Brasil Através das Três Américas” revela que três brasileiros percorreram 28 mil quilômetros. Um deles depois fundou Ceres, em Goiás, e outro ajudou a construir Brasília

O déficit do governo petista é de 30 bilhões. O petismo “subsidiou” investimentos em Cuba, Venezuela, Nicarágua, Argentina e Angola. País de Fidel Castro é mau pagador