Bastidores

Encontramos 18595 resultados
Itumbiara faz missa em homenagem a Zé Gomes e Vanilton Pereira e caminhada pede paz

O ex-prefeito e o cabo da Polícia Militar foram assassinados por Gilberto Ferreira do Amaral ze-gomes-missa-unnamed-4 A missa de sétimo dia “em memória” do ex-prefeito de Itumbiara José Gomes da Rocha e do cabo da Polícia Militar Vanilton Pereira — assassinados na semana passada pelo funcionário público Gilberto Ferreira do Amaral — acontecerá na terça-feira, 4, às 19 horas, na Catedral Santa Rita de Cássia, em Itumbiara. A missa será celebrada pelo bispo diocesano dom Fernando Brochini. O governador Marconi Perillo deverá ir à missa. Uma caminhada, pedindo paz para os cidadãos de Itumbiara, sairá da Avenida Beira Rio, em frente ao Edifício Marselhe, às 17 horas, e irá até a Catedral Santa Rita de Cássia. Os organizadores pedem que as pessoas compareçam usando roupas brancas.

Povo de Goianira “castigou” Miller Assis com sua melhor arma, o voto, e elegeu Carlão da Fox

A missão do prefeito eleito pelo PSDB é recuperar a cidade e as finanças da prefeitura. Não será fácil, mas ele é experiente

Prefeito de Chapadão do Céu derrota adversário por apenas dois votos

Rogério Graça, do PP, obteve 2.899 voos e Eduardo Peixoto, do PMDB, recebeu 2.897 votos

Povo de Nerópolis “castigou” má gestão de Fabiano nas urnas e deu a vitória a Gil Tavares

Fabiano arrancou até o Saneago do nome político e trocou os aliados de 2012, quando foi eleito, pelo DEM de Ronaldo Caiado e o PMDB de José Nelto. Sobretudo, fez uma administração sofrível

Vinicius Luz, do tostão, vence Victor Priori, dos milhões, em Jataí. O povo proclamou: “Fiat lux”

A determinação do candidato do PSDB foi decisiva para os eleitores darem atenção às suas ideias e projetos

PT não consegue eleger nenhum vereador em Goiânia

Partido que, em 2012, fez cinco parlamentares, não conseguiu fazer nem Carlos Soares -- que era líder do prefeito Paulo Garcia na Câmara

Uruaçu elege Valmir Pedro, político atuante e presente, e derrota aventureiro do dinheiro

A vitória do tucano é também a vitória das ideias e dos projetos contra a força do dinheiro Valmir Pedro de Uruaçu foto do Jornal Cidadee1 O tucano Valmir Pedro, eleito prefeito de Uruaçu, tem duas características marcantes: lealdade e determinação. Num primeiro momento, dado o volume de dinheiro posto em circulação por Azarias Machadinho, do DEM, chegou-se a pensar numa virada. Chegaram a dizer para Valmir Pedro: “Seja mais agressivo, não defenda tanto o governo de Marconi Perillo, faça mais promessas”. Com sua gentileza habitual, e uma calma infinda, dizia: “Não vamos mudar a campanha. Devemos nos pautar pela ética até o fim. Um político não troca seus princípios para ganhar uma eleição”. Agindo assim, ganhou novos apoios e ainda mais empenho da Igreja Católica, que condenou o gasto, tido como abusivo, da campanha de Machadinho, que, em alguns bairros, era conhecido como “Dinheirinho”. Ao mesmo tempo, mostrando que é leal, Valmir Pedro continuou defendendo o governador Marconi Perillo. Aliados do governador, pelo contrário, chegaram a atacá-lo na cidade, ao apoiar Machadinho, homem do grupo do senador Ronaldo Caiado, do DEM. Uruaçu disse “sim” a Valmir Pedro, um cidadão que mora em Uruaçu e trabalha, dia a dia, pelo desenvolvimento do município. Mas também disse “não” aos políticos aventureiros, que tentam usar a cidade para voos políticos mais altos. Machadinho “está” em Uruaçu, mas não “é” de Uruaçu. Tanto que, sendo derrotado, não será mais visto na cidade com frequência. É quase um turista. Valmir Pedro derrotou também a prefeita Solange Bertulino, do PMDB, que ficou em terceiro lugar, à frente apenas de Lourenço Neto, conhecido na cidade como “político traço” e “político teleguiado” (seu pai, Lourenço Filho, é quem maneja os cordões). Números da eleição (votos e %) Valmir Pedro/PSDB – 8.632 ou 39,39% Azarias Machadinho/DEM – 8.073 ou 36,84% Solange Bertulino/PMDB – 3.962 ou 18,08% Lourenço Neto/PTB – 1.245 ou 5,68%

Nárcia Kelly derrota os tubarões e é eleita prefeita de Bela Vista de Goiás

A vitória da candidata do PTB não é apenas eleitoral. É a vitória de um jeito novo e ético de se fazer política narcia-kelly-5 A advogada Nárcia Kelly é aquilo que se costuma chamar de força da natureza. Determinada, nunca desiste de seus projetos. Muitos disseram: “Desista, Nárcia, não dá para ganhar da força do dinheiro do prefeito Eurípedes José do Carmo”. Nárcia sorria, com aquele sorriso largo, franco e direto de sempre, e dizia: “Não vou recuar, sou candidata”. Nárcia Kelly fez uma campanha bonita, com caminhadas pacíficas, sem uso de carros de som e foguetório. Ela explicava a todos os eleitores, sem discriminar classes sociais, suas ideias com uma paciência infinda. Além de uma simpatia permanente, porque natural. As pessoas entenderam que ali estava uma pessoa em quem confiar, sempre dizendo a verdade. A vitória é de Nárcia Kelly, com 6.432 votos, o equivalente a 39,68% dos votos de Bela Vista de Goiás. O segundo colocado, Leonardo, do PSDB, apesar de uma campanha caríssima e barulhenta, ficou em segundo lugar, com 5.471, ou seja, 33,75%. Não fosse sua estrutura gigante, com dinheiro sobrando, a frente de Nárcia Kelly teria sido muito maior. O terceiro colocado, Luiz das Tintas, obteve 4.305, quer dizer, 26,56%. Mas a vitória não é só de Nárcia Kelly. A vitória também é de Bela Vista, é do povo do município. É uma vitória daqueles que acreditam em mudanças e em políticos efetivamente éticos. A vitória da líder do PTB, portanto, é a vitória de um jeito novo de fazer política, com ética e respeito aos cidadãos.

16 políticos que saem fortalecidos da eleição de 2016 e cacifados para voos mais altos

Vários políticos sairão fortalecidos das eleições de 2016 e alguns deles estarão extremamente cacifados para o pleito de 2018. O Jornal Opção listou quinze políticos, com base não apenas em possíveis resultados eleitorais, mas sobretudo como articularam de maneira eficiente na eleição deste ano. É claro que a lista é mínima e outros nomes poderiam ser acrescentados e, com os resultados eleitorais em mãos, se poderá proceder à elaboração de nova listagem, mais ampla e, igualmente, precisa. A ordem dos nomes abaixo é puramente alfabética. Adriana Accorsi em campanha | Foto: reprodução   1 — Adriana Accorsi/PT — Mesmo perdendo em Goiânia, cacifou-se para voos mais altos no futuro. A disputa na capital tornou-a mais conhecida no Estado.     antonio_gomide (12)   2 — Antônio Gomide/PT — Não há a menor dúvida: trata-se do político mais importante de Anápolis hoje, acima de seu irmão, o deputado Rubens Otoni. Ao assumir o controle da campanha do prefeito João Gomes, do PT, fortaleceu-a. Deve ser vice de Daniel Vilela em 2018.   daniel-vilela-foto-andre-lima-camara-federal   3 — Daniel Vilela/PMDB — Após derrotar um preposto de Iris Rezende, na disputa pela presidência do PMDB, o deputado federal atuou na campanha deste ano, em todo o Estado, com firmeza. “Habemos presidente” dizem os peemedebistas. Cacifado para o governo, em 2018.   francisco-jr-foto-rafael-batista   4 — Francisco Júnior/PSD — Em Goiânia, ficou conhecido como o “candidato das boas propostas”. É um nome para 2020 ou 2024. Em 2018, fortalecido em 2016, tende a ser reeleito deputado estadual.     Na foto Jânio Darrot   5 — Jânio Darrot/PSDB — O prefeito de Trindade, que deve ser reeleito, desponta como um dos principais líderes do tucanato para voos mais altos em pleitos futuros. É um gestor nato.     jose-eliton-foto-andre-saddi   6 — José Eliton/PSDB — O vice-governador e secretário de Segurança Pública é apontado por políticos de todo o Estado como um articulador vigoroso e atento ao processo eleitoral. Altamente cacifado para o governo, em 2018.   Plenário do Senado senadora lúcia vânia   7 — Lúcia Vânia/PSB — Discreta, como é de seu feitio, articulou o PSB em todo o Estado, com o apoio do PPS, e ocupou amplos espaços. De quebra, bancou um candidato consistente em Goiânia, Vanderlan Cardoso.   Magda-Mofatto-foto-face   8 — Magda Mofatto/PR — Ao abandonar a campanha do Delegado Waldir em Goiânia, concentrou-se no interior e fortaleceu sua base eleitoral, tanto para disputar a reeleição para deputada quanto para um mandato de senadora.   maguito-vilela-foto-fernando-leite   9 — Maguito Vilela/PMDB — O prefeito de Aparecida de Goiânia bancou Gustavo Mendanha para sua sucessão e o jovem surpreendeu saltando de 3% para a liderança absoluta.     [caption id="attachment_73109" align="alignleft" width="150"]Governador Marconi Perillo Governador Marconi Perillo[/caption]   10 — Marconi Perillo/PSDB — O governador permanece como o grande player da política de Goiás. Articulou em todo o Estado, movimentando as peças do xadrez político, e em Goiânia contribuiu para elevar Vanderlan Cardoso de 11% para 27% nas pesquisas.     [caption id="attachment_33561" align="alignright" width="150"]Foto: Marcos Oliveira Foto: Marcos Oliveira[/caption]   11 — Ronaldo Caiado/DEM — O senador articulou em todo o Estado e lançou candidatos a prefeito, embora poucos, fortes. Sinal de que descolou em parte do PMDB. Mas, se Iris Rezende perder em Goiânia, fragiliza-se no Estado.     [caption id="attachment_70626" align="alignleft" width="150"]Deputado federal Rubens Otoni | Foto: Divulgação / Facebook Deputado federal Rubens Otoni | Foto: Divulgação / Facebook[/caption]     12 — Rubens Otoni/PT — Sem alarde, circulou por todo o Estado, reorganizando as bases de seu partido. Embora não apareça muito, deve disputar o Senado em 2018.       thiago-peixoto-foto-fernando-leite-jornal-opcao   13 — Thiago Peixoto/PSD — O deputado federal é uma vocação política confirmada e uma revelação em termos de gestão. Criativo e moderno, articulou muito no interior e por ir além da Câmara dos Deputados em 2018.   Na foto Vanderlan Cardoso   14 — Vanderlan Cardoso/PSB — Qualquer que seja o resultado em Goiânia, fincou pé na capital, tornando-se amplamente conhecido do eleitorado. Cacifado tanto na maior cidade do Estado quanto para futuros voos.   RAW_5437   15 — Vilmar Rocha/PSD — Poucos políticos articularam tanto no interior quanto Vilmar Rocha. Ao bancar um candidato em Goiânia, Francisco Júnior, revelou-se independente e político de posição sólida e firme.   senador-wilder-defende-aprovacao-da-mp-727-que-cria-o-programa-de-parcerias   16 — Wilder Morais/PP — O senador, de longe, parece anódino, dada sua discrição. De perto, para quem acompanha a articulação política, percebe-se que é hábil. Marconi Perillo aprecia sua lealdade política. Ele articulou em todo o Estado.

Vilmar Rocha diz que atirador que matou ex-prefeito de Itumbiara estava determinado a fazer o que fez

carreata-em-itumbiara-antes-do-atentado Na quarta-feira, 28, o presidente do PSD, Vilmar Rocha, estava em Itumbiara, ao lado do vice-governador de Goiás, José Eliton, para participar de uma carreata da campanha do candidato do PTB a prefeito, José Gomes da Rocha. “Nós estávamos alegres, brincando. É como se todos estivessem não em campanha, mas comemorando a vitória de Zé Gomes.” De repente, aparece um homem, Gilberto Ferreira do Amaral, e começa a disparar uma pistola .40. “Tudo durou de 15 a 30 segundos. Pude observar o homem, que parecia determinado a fazer o que fez, não atirou a esmo. Ele parecia ter ódio ou raiva — queria matar.” “Eu e o senador Wilder Morais estávamos atrás de José Eliton e Zé Gomes, ao lado estava a suplente da senadora Lúcia Vânia, uma médica. De início, a gente não sabia o que estava acontecendo. Mas, no veículo, logo percebi que Zé Gomes caía, já inerte, aos meus pés. Ele desabou e não deu um grito ou gemido. Ao lado, José Eliton caiu, logo perdendo os sentidos.” “A minha camisa ficou levemente suja de sangue”, relata Vilmar Rocha. Em seguida, Vilmar Rocha foi para o hospital, para verificar o Estado de saúde de José Gomes e José Eliton. “Lá, nos avisaram que Zé Gomes estava morto. José Eliton passaria por uma cirurgia, nos disseram. O secretário da Saúde da cidade me disse não era nada grave.” Em Itumbiara, Vilmar Rocha não chegou a falar com José Eliton, que estava sedado. “Falei com o vice-governador na sexta-feira, 30, no hospital. Ele está bem e me recebeu em pé. O médico recomendou que fique em pé e, até, ande um pouco. Ele foi ferido com um tiro, mas sem gravidade, pois não houve nenhum problema interno.”  

7 municípios de Goiás com as campanhas mais acirradas para prefeito

[caption id="attachment_76668" align="aligncenter" width="620"]pag1 Heuler Cruvinel e Paulo do Vale, de Rio Verde; Vinicius Luz e Victor Priori, de Jataí; Valmir Pedro e Azarias Machadinho, de Uruaçu; Marcelo Melo e Cristóvão Tormin, de Luziânia; Neuza Lúcia e Nick Barbosa, de Minaçu; Pedro Fernandes e Eronildo Valadares, de Porangatu; e Adib Elias e Jardel Sebba, de Catalão[/caption] Sete municípios goianos — Rio Verde, Jataí, Porangatu, Uruaçu, Minaçu, Catalão e Luziânia — tiveram as campanhas mais acirradas de 2016 Em Rio Verde, Heuler Cruvinel, do PSD, e Paulo do Vale, do PMDB, fizeram rodízio em primeiro lugar. A campanha do município foi dura, crítica e de forte conteúdo político. O postulante pessedista é apontado como a renovação e o candidato peemedebista, como a tradição. Ao lado da campanha de Jataí, a de Rio Verde talvez tenha sido a mais emocionante. Em Jataí, o milionário Victor Priori (DEM) avaliou que estava eleito por antecipação e, de repente, assistiu, de sua “caixa forte”, o crescimento vertiginoso do jovem Vinicius Luz (PSDB). O fato do democrata ter “mentido” sobre a reabertura da Perdigão em Jataí — a empresa negou sua informação — foi a gota d’água, porém, antes disso, o tucano já estava em ascensão. Os dois chegaram à reta final com números parecidos, mas com Vinicius Luz em primeiro. Em Uruaçu, o favorito absoluto era Valmir Pedro, do PSDB. Mas aí apareceu Azarias Machadinho e bagunçou o coreto. Torrando muito dinheiro, o que inclusive desagradou a Igreja Católica, e faltando aos debates — porque, com o português estropiado, tem dificuldade de se expressar —, Machadinho cresceu e ameaça a liderança de Valmir Pedro. A disputa na cidade virou guerra. Em Luziânia, o candidato do PSDB, Marcelo Melo, descolou, mas depois assistiu a ascensão do prefeito Cristóvão Tormin (PSD), mais devido ao peso da máquina do que pela qualidade da campanha si. O tucano manteve a dianteira, devido aos equívocos de Tormin, que, a rigor, não pode ser candidato. Minaçu assistiu uma campanha acirrada, com o milionário caipira Nick Barbosa, do DEM, liderando e Neuza Lúcia de Souza Rodrigues, do PMDB, em segundo lugar, com números parelhos. Nick gasta dinheiro como se estivesse brincando de caçar Pokémon, mas Neuza passou a eleição colada. Em Porangatu, Pedro Fer­nandes, do PSDB, surgiu como quem não queria nada, mas foi colocando seu bloco na rua, apresentando suas ideias aos eleitores, e, de repente, era o líder nas pesquisas, um pouco à frente do prefeito Eronildo Valadares, do PMDB. Mesmo com rejeição alta, o peemedebista mantém-se próximo. A campanha da cidade do Norte é pesada. Catalão teve a eleição mais guerreira, com Adib Elias (PMDB), o favorito, e o prefeito Jardel Sebba (PSDB), no ataque o tempo todo.

Gugu Nader diz que o assassinato de Zé Gomes foi 100% político

O vice de José Antônio afirma que todas as hipóteses precisam ser investigadas [caption id="attachment_76489" align="aligncenter" width="620"]Zé Gomes e Gugu Nader Zé Gomes e Gugu Nader[/caption] O ex-vereador Gugu Nader havia feito um pacto político com José Gomes da Rocha e aceitou ser o seu vice em Itumbiara na eleição deste ano. Agora, é vice do deputado José Antônio. “Zé Gomes era, acima de tudo, um político carismático e, ao mesmo tempo, um gestor dedicado e eficiente. Era também humano e, por isso, era amado pelo povo do município.” Por que foi assassinado por Gilberto Ferreira do Amaral? “Não tenho a explicação precisa, mas a cidade comenta muitas coisas.” Gugu Nader não culpa ninguém pelo assassinato de José Gomes. “Não posso ser leviano, pois uma acusação falsa pode ser destrutiva para as pessoas. O que ouço na cidade é que Gilberto, o Béba, adorava o deputado estadual Álvaro Guimarães, o principal adversário de Zé Gomes, e mantinha relações de amizade com o vereador Rogério Rezende, que é casado com uma sobrinha do parlamentar. Béba, que, até onde sei, era um homem de bem, morava em frente à Rádio Difusora, de propriedade de Álvaro. Sua mulher vendia pamonha na porta da rádio. As pessoas que citei estão envolvidas com o crime? Não posso dizer e, na verdade, acho que não estão envolvidas, não. De qualquer modo, como afirma a polícia, é preciso verificar todas as hipóteses.” O vice de José Antônio afirma que viu Gilberto do Amaral se aproximando do veículo onde estavam, com ele próprio na linda de frente. “Cheguei a cumprimentar o Gilberto, sem perceber o que estava planejando.” Disseram que José Gomes deu um tapa no rosto de Gilberto do Amaral, ou mandou alguém agredi-lo, supostamente uma pessoa de nome Fabão. “A informação que tenho é que Zé Gomes nem chegou perto de Béba nesta campanha. É possível que alguém tenha inventado a história da briga até para justificar o crime.” Gugu Nader frisa que o assassinato de duas pessoas — além de José Gomes, o cabo Vanilson João Pereira também morreu —, com mais duas pessoas baleadas, o vice-governador José Eliton e Célio Rezende, assessor de Comunicação da prefeitura, indicam “que se deu um ato de cunho político-eleitoral, notadamente um ato terrorista. Gilberto queria destruir a chapa que seria eleita com mais de 70% dos votos. O alvo principal, tudo indica, era José Gomes da Rocha. Mas, se atirava tão bem, como se diz, porque era caçador, por que atirou em mais pessoas, que estavam totalmente indefesas?” Gilberto do Amaral, afirma Gugu, tinha mais um pente com balas no bolso de sua calça. “Estava lotado de balas. Béba foi à carreata para matar, não para brincar de atirar.” Em seguida, o vice insiste: “100% do motivo do assassinato foi político, um ato contra a nossa campanha. Porém, frise-se que não estou dizendo que mandaram Gilberto matar José Gomes”.

Diretor do Serpes diz que alguns políticos usaram e abusaram dos institutos de pesquisa

[caption id="attachment_76663" align="aligncenter" width="620"]Antonio Lorenzo: campanha tirou Waldir Soares do páreo e criou confronto entre Iris Rezende e Vanderlan Cardoso Antonio Lorenzo: campanha tirou Waldir Soares do páreo e criou confronto entre Iris Rezende e Vanderlan Cardoso[/caption] O diretor Serpes, Antonio Lorenzo, disse ao Jornal Opção na sexta-feira, 30, que algumas coisas o surpreenderam nas eleições deste ano. “O que mais me surpreendeu foi a facilidade com que alguns políticos usaram e abusaram de pesquisas de intenção de voto, com números, por vezes, disparatados, e com margem de erro irrealista e nada rigorosa.” O pesquisador sugere que os jornais tenham mais cuidado ao publicar pesquisas, como material jornalístico ou publicitário. Um dos fatos que surpreenderam Lorenzo, durante a campanha, foi a ascensão e queda rápida do delegado Waldir Soares. O candidato do PR a prefeito de Goiânia não resistiu à campanha e os eleitores o substituíram por Vanderlan Cardoso, possivelmente com o objetivo de encontrar um adversário à altura de Iris Rezende. A campanha foi curta? “Sim, mas com muita movimentação.” O sr. aposta no 2º turno entre Iris e Vanderlan? “Diria que o quadro está dividido. Há 50% de chance de a eleição ser decidida e 50% de não ser definida no 1º turno. Em 2 dias, sábado e domingo, haverá muita mudança de voto.”

Gustavo Mendanha e Vinicius Luz são as duas principais revelações da política de Goiás em 2016

[caption id="attachment_76662" align="aligncenter" width="620"]Gustavo Mendanha e Vinicius Luz Gustavo Mendanha e Vinicius Luz[/caption] Quaisquer que sejam os resultados das eleições para prefeito em 2 de outubro, dois políticos saem consagrados como as principais revelações do pleito de 2016: Gustavo Men­danha, de Aparecida de Goiânia, e Vinicius Luz, de Jataí. Ambos são vereadores. O primeiro do PMDB e o segundo do PSDB. Mendanha, há um mês, não era muito conhecido e, nas pesquisas de intenção de voto, aparecia com 3%. O prefeito Maguito Vilela pedia calma: “Vamos crescer no momento certo, de maneira sólida e incontornável”. Logo depois, o jovem disparou — superando os experimentados Marlúcio Pereira, do PSB, e Alcides Ribeiro, do PSDB. O primeiro é deputado estadual e o segundo é empresário e foi candidato a vice-governador. Vinicius fez a campanha do tostão contra os milhões do empresário Victor Piori (DEM). Começou atrás, mas foi crescendo e, na última pesquisa Serpes, estava em 1º lugar. O jovem passou os últimos 4 anos estudando os problemas do município e, sobretudo, articulando soluções para resolvê-los. O resultado é que chegou à campanha mais preparado do que Priori. Qualquer que seja o resultado das urnas, Vinicius tornou-se uma estrela de primeira grandeza da política de Jataí e do Sudoeste Goiano.

Diretor do Grupom critica campanha curta e frisa que campanha sobre segurança pública naufragou

[caption id="attachment_55952" align="aligncenter" width="620"]Mário Rodrigues Filho | Foto: Fernando Leite Mário Rodrigues Filho | Foto: Fernando Leite[/caption] O diretor do Grupom, Mário Rodrigues, disse ao Jornal Opção que os eleitores foram dando contornos às candidaturas, mudando o ideário dos candidatos. “De início, pensava-se que o tema da segurança nortearia as pesquisas, embora as pesquisas sugerissem a saúde como tema mais crucial. Na campanha, os eleitores perceberam que o problema da segurança não se revolve com um delegado, um major ou um coronel na Prefeitura de Goiânia. Eles entenderam que o problema é de gestão, quer dizer, precisa-se de um político que saiba administrar a cidade. Compreendeu que a problema da segurança não pode ser resolvido por um prefeito e percebeu que o tema foi usado mais como manipulação eleitoral.” Os eleitores também deixaram patente que não dão importância aos candidatos que fazem propostas demais. “Eles têm consciência de que a maioria das propostas não pode ser cumprida, até por falta de orçamento. Na área de saúde, os eleitores descreem, quase que inteiramente, das propostas dos postulantes. Porque lembram-se das campanhas anteriores e verificam que nada ou muito pouco foi cumprido.” Campanhas monotemáticas, versando quase que exclusivamente sobre segurança pública, perderam o apoio de milhares de eleitores. “Eleitores são realistas e pragmáticos”, sublinha Mário Rodrigues. “Patrões ou empregados, os eleitores se interessam pela discussão das creches-cmeis. Por vezes, se tornou o segundo tema mais importante da campanha, perdendo apenas para saúde. Os eleitores observam e, se verificam que o projeto é realista, passam a prestar mais atenção no candidato. Porém, se desconfiam das intenções do candidato, começam a abandoná-lo.” Pode-se falar que Vanderlan Cardoso tem um teto, por volta de 27%, e, portanto, que parou mesmo de crescer? “Não dá para explicar direito a questão, ao menos não com inteira precisão, porque demandaria novas pesquisas, exames qualitativos, mas não há mais tempo. O que se pode dizer, de verdade, é que tanto Vanderlan Cardoso quanto Iris Rezende estão firmes e bem posicionados. O quadro, mesmo em cima da hora, permanece indefinido. É possível que a votação de Vanderlan seja um pouco maior do que a registrada em certo período. Quando o quadro afunila, com os indefinidos assumindo posições, alteram-se os números.” Mário Rodrigues diz que é óbvio dizer o que dirá mas é necessário dizê-lo: “Iris Rezende e Vanderlan Cardoso podem crescer ou não, depende dos humores, na reta final, dos eleitores”. Como o eleitor percebe Vanderlan Cardoso? “Como um gestor altamente empreendedor. Noutras palavras, é apontado como aquele político que, por ter experiência, dará conta do recado, quer dizer, de administrar a cidade, e de não piorá-la. Iris Rezende é visto pelo eleitor sobretudo como um político experiente. Por outro lado, é visto como não-adepto da modernidade.” Fala-se, por vezes, que as pesquisas “erram”. Mário Rodrigues frisa que as pesquisas registram quadros fixos, mas que as campanhas “movem” as opiniões dos eleitores, ou seja, podem mudá-las. Assim, uma pesquisa diz uma coisa hoje e outra amanhã. “É a dinâmica da vida. Pesquisa que tem de acertar mesmo é a de boca de urna.” A campanha de 2016 pode ser considerada curta? “Os deputados federais terão de rever a questão. A campanha poderia muito bem começar em janeiro, pois daria mais tempo para o eleitor examinar as propostas e conhecer aqueles que pretendem executá-las. A campanha, por ter sido curta, não ajudou ninguém; pelo contrário, estressou todo mundo, não reduziu os gastos e aumentou a agressividade dos postulantes. Em cidades pequenas, principalmente, foi quase impossível fazer pesquisas. Os pesquisadores eram ameaçados.” O que tem a dizer sobre o quadro eleitoral de Anápolis. “O quadro de lá possivelmente terá João Gomes, do PT, e, quem sabe, Roberto do Orion, que pode ser a surpresa. Mas, no momento, o favorito é o prefeito João Gomes.” Pesquisador atualizado, Mário Rodrigues diz que as pesquisas precisam mudar. “É possível sustentar que as atuais estejam paradas, em termos metodológicos e de uso de tecnologia, na década de 1970.”