Bastidores

A deputada federal Magda Mofatto e seu marido, Flávio Canedo, líderes do PR, vão apoiar Vanderlan Cardoso num possível segundo turno.
Aos aliados, Magda Mofatto tem dito, com todas as letras, que, como pertence à base política do governador Marconi Perillo, tem o dever de apoiar a candidatura de Vanderlan Cardoso para prefeito de Goiânia. No segundo turno, é claro.
Mesmo sem empolgação com a candidatura do Delegado Waldir Soares, a deputada federal mantém o apoio à sua candidatura. Ela tem sido leal.

[caption id="attachment_76400" align="alignright" width="620"] Zé Gomes em entrevista ao Jornal Opção | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
José Gomes da Rocha podia ser populista, podia ter problemas na Justiça, mas era mesmo um político amado pela população de Itumbiara. A cidade em peso chorou sua morte.
Com todos os seus exageros, José Gomes da Rocha, assassinado aos 58 anos, era tido como um político que contribuiu para a modernização de Itumbiara. Ele não parecia, mas era um gestor eficiente. Pode-se dizer que existe uma Itumbiara antes e uma Itumbiara depois de Zé Gomes.
O que mais impressionava em Zé Gomes era sua vitalidade e o bom humor. O assassinato do ex-prefeito reduz, de alguma forma, parte da força política do município.

Políticos do PMDB, sobretudo iristas, dão como certo, se houver segundo turno, que o delegado e deputado federal Waldir Soares (PR) vai hipotecar apoio a Iris Rezende, candidato do partido a prefeito de Goiânia.
Para ser justo, o Delegado Waldir nunca disse nada a respeito de alianças para o segundo turno. Até porque, embora com poucas chances, não pode declarar voto a um adversário já no primeiro turno.
Vanderlan Cardoso, do PSB, gostaria de ter o apoio do delegado, no segundo turno, mas não vai forçar a barra.
De Roberto do Orion, candidato a prefeito de Anápolis pelo PTB: “Vou para o segundo turno e vou derrotar o candidato do PT”.
Roberto do Orion afirma que não se importa de ir para a próxima etapa em segundo lugar. “O importante é que tenho condições de virar o jogo, pois tendo a incorporar novas forças políticas, o que não ocorrerá com o PT do prefeito João Gomes.”

Ninguém pode dizer que, mesmo com baixos índices nas pesquisas de intenção de voto, o delegado e deputado federal Waldir Soares, do PR, desanimou durante toda a campanha.
Determinado, de uma persistência rara, o delegado Waldir continuou fazendo suas caminhadas e pedindo votos em praticamente todos os bairros de Goiânia.
O delegado Waldir é uma autêntica força da natureza. Mas é provável que, na sua campanha, tenha faltado três coisas.
Primeiro, recursos financeiros. Por mais que a deputada federal Magda Mofatto tenha ajudado o candidato, os recursos foram escassos durante toda a campanha.
Segundo, faltou estrutura partidária mais ampla. Há poucos militantes — que são voluntários — na sua campanha. Campanhas esvaziadas costumam não atrair eleitores, que acabam concluindo que o candidato não tem chance de ser eleito e acabam por abandoná-lo.
Terceiro, houve um equívoco duplo no marketing. O republicano começou uma campanha com um projeto monotemático — a aposta num projeto de segurança pública para Goiânia. Eleições majoritárias exigem um leque mais amplo de projetos, o que o delegado Waldir desenvolveu, porém tardiamente. Depois, embora candidato a prefeito, e da maior cidade de Goiás, por vezes ficava-se com a impressão de que o delegado continuava fazendo campanha para deputado federal.
De qualquer maneira, mesmo sem chance de passar para o segundo turno, o delegado Waldir é aquilo que, na falta de melhores palavras, pode ser chamado de uma força da natureza. Mesmo sem recursos e sem uma rede ampla de apoios, comportou-se como um gigante incansável durante a campanha.
Pós-eleições, pacificados os ânimos, o deputado deveria adotar uma política de agregar aliados e, sobretudo, de não arrombar portas abertas, inclusive na imprensa. É um político de futuro? É. Mas precisa entender que não se constrói uma carreira política sozinho, como outsider, e que um político precisa ser menos contencioso.
De um irista (mais do que peemedebista): “Os deputados Jovair Arantes e Henrique Arantes, se a disputa de Goiânia for para o segundo turno, tendem a apoiar Iris Rezende”.
No início da definição das candidaturas, o deputado federal Henrique Arantes procurou uma aliança com Iris Rezende e tentou puxar Francisco Júnior, do PSD, para vice. Mas esbarrou na vontade férrea do presidente do PSD, Vilmar Rocha, e do deputado Thiago Peixoto.
De um peemedebista não-irista: “Se Iris Rezende for eleito prefeito de Goiânia, Ronaldo Caiado sairá como um dos grandes vencedores do pleito. Porém, se for derrotado, o senador sairá como um dos principais derrotados, pois perderá o apoio do PMDB para a disputa de 2018”.
O que o peemedebista está sugerindo é que, em 2018, o PMDB vai bancar Daniel Vilela para governador e vai ignorar Ronaldo Caiado, que, se ficar isolado, terá dificuldade para disputar o governo.

O DEM do senador Ronaldo Caiado deverá abrir as portas para o deputado federal Waldir Soares, possivelmente em 2017. A cúpula do PR não ficará “chateada” se o delegado deixar o partido.
Se for para o DEM, será uma grande conquista. O Delegado Waldir tem dificuldade de ser eleger para mandato majoritário, porém, para a Câmara dos Deputados, sempre será um candidato competitivo.

[caption id="attachment_50530" align="alignright" width="620"] Arquivo[/caption]
Comenta-se que, se for derrotado em Goiânia, Iris Rezende irá se filiar ao DEM para disputar a vice de Ronaldo Caiado em 2018. A vice ou o governo.
Iris Rezende e Ronaldo Caiado esqueceram o passado contencioso e agora são carne, unha e, até, cutílica.

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Em Goiânia, Iris e Vanderlan devem disputar a 2ª etapa. Em Anápolis, João Gomes deve ir para o 2º turno, faltando definir o adversário. Gustavo Mendanha pode ser eleito no 1º turno