Bastidores

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Maria Rita e João César planejam disputar a prefeitura. Mas oficialmente ainda são casados. Um deles tem de sair do páreo
[caption id="attachment_249014" align="aligncenter" width="620"] Maria Rita Tartuci: pré-candidata a prefeita de Ouvidor | Foto: Jornal Dito e Feito[/caption]
Na cidade de Ouvidor, que fica próxima de Catalão, no Sudeste goiano, há uma história política das mais curiosas. A base do prefeito Onofre Galdino Pereira Júnior (MDB) tem no mínimo seis pré-candidatos a prefeito, mas o nome que desponta é o de Maria Rita Tartuci Fonseca (secretária de Administração e Planejamento). Mas há uma pedra no meio do caminho.
O PSDB decidiu bancar João César — aliado do deputado estadual Gustavo Sebba — para prefeito. João César e Maria Rita eram casados e se separaram. Mas, como não foi feita a separação legalmente, para todos os efeitos, continuam “casados” — ainda que levem vidas independentes um do outro.
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João Cesar: pré-candidato a prefeito de Ouvidor pelo PSDB | Foto: Reprodução[/caption]
Como resolver o problema? Por serem “casados”, os dois não podem disputar, pois contraria a lei. Se recorrerem à Justiça, a tendência é que o juiz decida pela candidatura do mais velho — no caso, João César.
Mas João César teria dito a uma filha que, se Maria Rita for candidata, sai do páreo — mesmo não sendo aliados políticos; pelo contrário, são adversários. A ressalva é que o PSDB o pressiona para ser candidato — alegando que é o “favorito”.

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Os postulantes do DEM e do Podemos podem dividir a própria base — o que beneficiaria o candidato do PSD
[caption id="attachment_120516" align="aligncenter" width="620"] Professora Edna Aparecida: pré-candidata do DEM | Foto: Divulgação[/caption]
Luziânia apresenta, no momento, quatro pré-candidatos a prefeito: Edna Aparecida (Podemos), prefeita interina; Wilde Cambão (PSD), deputado estadual; Eládio Carneiro (PSL), advogado; e Diego Sorgatto (DEM), deputado estadual.
Os quatro políticos são consistentes e respeitados no município. Edna Aparecida é a vice-prefeita, mas, com o afastamento do prefeito Cristóvão Tormin — suspeito de assédio sexual —, assumiu a prefeitura e, ao adotar medidas anticorrupção e de reorganização da máquina pública, se tornou uma forte pré-candidata a prefeita. O deputado José Nelto (Podemos) afirma que ela será candidata a prefeita.
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Diego Sorgatto: pré-candidato do DEM a prefeito | Foto: Fábio Costa/Jornal Opção[/caption]
Eládio Carneiro, com discurso afiado, também sugere que não sai do páreo. O grupo de Wilde Cambão gostaria de tê-lo na vice, mas não há nada acertado.
Com o apoio do ex-deputado federal Marcelo Melo (DEM) e do deputado federal Célio Silveira (há determinadas arestas, mas a aliança parece firmada), Diego Sorgatto está ampliando sua frente política. Ele é o candidato do governador Ronaldo Caiado — que, muito bem avaliado, será um poderoso “general” eleitoral em outubro ou dezembro de 2020. Há, com Diego Sorgatto — assim como com Eládio Carneiro e Edna Aparecida —, a expectativa de renovação. Porque, se Wilde Cambão for eleito, praticamente Luziânia estará dando um terceiro mandato a Cristóvão Tormin. Pelo seu estilo ameno, Wilde Cambão certamente permitirá que o prefeito afastado participe, ainda que indiretamente, de sua gestão.
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Wilde Cambão: pré-candidato a prefeito pelo PSD | Foto: Denise Xavier/ Ascom[/caption]
Há, por fim, uma questão que Edna Aparecida e Diego Sorgatto não estão considerando ou não querem considerar. Quatro candidaturas, e fortes, servem muito mais a Wilde Cambão — que tem uma base eleitoral enraizada — do que a Diego Sorgatto, Edna Aparecida e Eládio Carneiro. Os três pré-candidatos podem servir de cabos eleitorais indiretos para o candidato de Cristóvão Tormin.
Edna Aparecida, se for candidata, desidrata Diego Sorgatto. Já o deputado desidrata a prefeita interina. Eládio Carneiro pode colher os votos dos descontentes com todos. Mas, no final, o grande beneficiado pode ser Wilde Cambão, que, se receber 35% dos votos, tende a ser eleito. Não há segundo turno na cidade.
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Eádio Carneiro: pré-candidato a prefeito pelo PSL | Foto: Senado[/caption]
O que “determina” a lógica? Diego Sorgatto, se quer mesmo ser eleito, precisa convencer Edna Aparecida a apoiá-lo. Ou Edna Aparecida precisa convencer Diego Sorgatto a apoiá-la. Porque, se permanecer na prefeitura até outubro — há quem aposte que Cristóvão Tormin ainda volta ao poder —, dificilmente a líder do Podemos em Luziânia vai deixar de disputar o pleito. E depois? Os dois, se perderem, deveriam comprar o terno da posse de Wilde Cambão e chorar por mais quatro anos as desventuras de não compreenderem a dinâmica e a necessidade de alianças políticas. Quem quer tudo, às vezes, não ganha nada e perde tudo.

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