Por Ton Paulo

O modelo de trabalho vem sendo uma das principais alternativas para a manutenção dos negócios diante das determinações de isolamento social pelo governo
[caption id="attachment_261005" align="alignnone" width="620"] Home office tem sido alternativa viável em tempos de pandemia / Foto: Reprodução[/caption]
A pandemia do novo coronavírus obrigou o mercado de trabalho a se reinventar, e esse fenômeno é refletido em números. Um exemplo disso é o home office. Se antes essa prática, definida pelo trabalho remoto realizado em casa, era restrita a apenas a alguns segmentos e público, ela agora tornou-se uma verdadeira febre. A Confederação Nacional do Comércio estima que a alternativa de teletrabalho teve um aumento de cerca de 30%.
O modelo de trabalho vem sendo uma das principais alternativas para a manutenção dos negócios diante das determinações de isolamento social pelo governo, de forma a evitar a contaminação entre os colaboradores no ambiente de trabalho.
Estudos indicam que a prática de home office, adotada em peso durante o período de pandemia e já regulamentada pela Lei n° 13.467/2017, pode se tornar uma prática cada vez mais comum nas empresas. De acordo com uma pesquisa elaborada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), até abril de 2020, cerca de 59 países já adotaram o home office como uma alternativa ao trabalho presencial.
Conforme estudos feitos pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o home office poderá ser implementado em aproximadamente 23% das ocupações do país, atingindo cerca de vinte milhões de trabalhadores.
Para dar certo, home office precisa ser bem absorvido pelos trabalhadores
Dados presentes no Google Trends indicam que as buscas por termos como “home office” e “trabalhar em casa” nunca foram tão buscados na internet quanto em 2020, sendo que o pico de buscas se deu em março deste ano. Para Thomas Carlsen, COO da mywork, especializada em controle de ponto online, a alternativa tem se mostrado positiva em muitas empresas que puderam e optaram por não interromper as atividades durante a crise. Segundo ele, para que seja possível fazer o home office do jeito certo, as dinâmicas entre as equipes devem ser muito claras e organizadas, para evitar atrasos em tarefas, descumprimento de horas, excesso de horas extras e outros fatores que devem ser cumpridos, na medida do possível, como se os profissionais estivessem em um ambiente de trabalho tradicional.
Fabrício Amaral vê grandes perdas para o setor do Turismo goiano, mas também soluções para amenizar os prejuízos
[caption id="attachment_261015" align="alignnone" width="620"] Fabrício Amaral, presidente da Goiás Turismo / Foto: Fábio Costa/Jornal Opção[/caption]
Se tem algo que facilita e viabiliza a circulação do coronavírus, causador da Covid-19, é a circulação de pessoas (daí a essencialidade do isolamento social). Nesse cenário, o turismo é uma das áreas, senão "a", mais afetadas pela pandemia. O Estado de Goiás tem sofrido grandes perdas no setor, mas o titular da Goiás Turismo, Fabrício Amaral, garante apoio para aqueles que estão sendo mais prejudicados pelas paralisações.
Em um programa da Agência Brasil Central (ABC) na última sexta-feira (12/6), o presidente da Goiás Turismo falou do cancelamento da tradicional Temporada do Araguaia nos municípios que margeiam o rio, de medidas de amparo às comunidades mais pobres que vivem do turismo do Araguaia e da situação geral do turismo no estado, destacando cidades como Caldas Novas, Pirenópolis e Alto Paraíso, na Chapada dos Veadeiros.
Conforme ele, liberar a Temporada do Araguaia tornou-se uma alternativa inviável, uma vez que a região é muito precária em termos de saúde pública "e o Estado não conseguiria atender, pois o volume de pessoas é muito grande”.
Para amenizar os efeitos econômicos sofridos pelas famílias que dependem do turismo na região do Araguaia, Fabrício Amaral informou que o governo de Goiás vai disponibilizar a partir da próxima semana uma linha de crédito subsidiada, com juros baixos (5% ao ano) e carência de 12 meses para começar a pagar.
Além disso, há uma proposta em estudo com o Ministério Público do Trabalho para estimular que as pessoas se qualifiquem durante a pandemia, mas recebendo por isso. “Temos R$ 24 milhões do Ministério do Turismo para isso, para ajudar exclusivamente o empresário do turismo goiano, contando com apoio da Goiás Fomento”, informou.
Retomada das atividades
Fabrício Amaral também falou sobre os destinos turísticos mais consolidados no Estado, como as cidades de Pirenópolis, Caldas Novas, Vila Boa e Alto Paraíso, o presidente da Goiás Turismo é mais otimista. Na avaliação do presidente, essas cidades retomarão suas atividades antes mesmo do conjunto do setor, em função de seu nível de organização e apoio das respectivas prefeituras. “Esses municípios, junto com os empresários, possuem um plano focado em todas as rotinas de saúde, com controle de entrada e saída de pessoas e cargas e, sobretudo, porque têm também estruturas melhores de saúde pública”, disse Amaral.
Além do suporte de Tecnologia da Informação, o segmento empresarial precisa se atentar à necessidade do trabalho jurídico para que as vendas virtuais ocorram dentro da legalidade
[caption id="attachment_260985" align="alignnone" width="620"] Em época de pandemia, vendas online imperam / Foto: Reprodução[/caption]
Muito antes de vivenciarmos esta difícil época de pandemia e Covid-19, o chamado e-commerce (comércio eletrônico), já fazia parte da rotina de centenas de milhares de negócios no Brasil. Agora, com todas as medidas de restrição de fluxo de pessoas e isolamento social, esse modelo mercadológico passou a ser visto como algo essencial. Entretanto, é preciso saber como usar de maneira sensata tal ferramenta.
Além do suporte de Tecnologia da Informação, o segmento empresarial precisa se atentar à necessidade do trabalho jurídico para que as vendas virtuais ocorram dentro da legalidade. Para o advogado especialista em Direito Tributário Jefferson Coelho Lopes, existe uma legislação específica para comércio online.
O primeiro a se saber, conforme Lopes, é que dentro do site usado pelo comerciante devem constar uma série de documentos, como o regulamento do site, de privacidade do cliente, o contrato público, que normalmente é registrado em cartório, e uma série de outros regulamentos.
Quanto às empresas que desejam trabalhar com marketplace, plataforma em que são vendidos produtos ou serviços de terceiros, os contratos devem ser ainda mais elaborados. Lopes explica que esse contrato definirá quais são as obrigações e os direitos de cada uma das partes, tanto do proprietário da plataforma quanto dos empresários que vão utilizar dessa plataforma para vender seus produtos.
Neste contrato deverá conter, pelo menos:
- Formas de anúncio e quantos anúncios serão permitidos
- Quais anúncios serão disponibilizados na primeira página e quais não serão
- Disposição dos produtos na página da internet
- Políticas de promoção e de venda dos produtos
- Políticas de devolução dos produtos e de arrependimento da compra
- Formas de pagamento e de entrega/transporte dos produtos
Além disso, os terceiros deverão cumprir uma série de regras, como ter os produtos em estoque, fornecer notas fiscais de todos os produtos, estar em dia com os procedimentos legais, principalmente em relação às questões trabalhistas dos funcionários, entre várias outras.
Somando-se a isso, há a questão dos tributos. O marketplace deve pagar o Imposto Sobre Serviços (ISS) ao município e Imposto de Renda à Receita Federal, que já é retido na fonte. Da parte do vendedor dos produtos que utiliza a plataforma, há a obrigatoriedade de pagar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), considerando as variações do tributo em cada unidade da federação, assim como o pagamento de taxa de comissão ao proprietário do site.

Os estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro e Distrito Federal foram de maior interesse pelo termo máscara.
[caption id="attachment_260996" align="alignnone" width="620"] Hidroxicloroquina tem sido campeã de buscas na internet / Foto: Reprodução[/caption]
O Google Trends, ferramenta que acompanha as principais tendências relacionadas a uma palavra-chave em um determinado tempo, não deixa margem para dúvidas: as buscas por hidroxicloroquina (ou simplesmente cloroquina) e máscaras de proteção tiveram um aumento expressivo nos últimos meses. Para se ter uma noção, houve crescimento de cerca de 12.700% nas buscas pelo polêmico medicamento no mês de maio, sendo que o maior pico dos acessos foi registrado entre os dias 15 e 21.
No mês de abril a palavra máscara teve um aumento nas buscas, de aproximadamente 5.500% comparado a meses anteriores, segundo o Google Trends. Um outro termo que de repente passou a ser um dos mais procurados na internet foi pijamas. No mesmo mês, registrou-se um crescimento de 4.850% nas buscas pela vestimenta de dormir.
Os estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro e Distrito Federal foram de maior interesse pelo termo máscara. Nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná, pijama teve mais de 90 acessos diários.
Outros produtos mais buscados, segundo a ferramenta, entre os dias 15 de março e 15 de maio:
- Segmento de comidas e bebidas: gim (tipo de bebida destilada), rodízio mexicano, pizza de frigideira;
- Casa e bens pessoais: escova secadora, pantufa, celular moto G8 plus, robô aspirador;
- Saúde e beleza: cloroquina, máscara N95, gummy hair (vitaminas para o cabelo), antisséptico e álcool 70%

Para o advogado trabalhista Fabiano Rodrigues, as alternativas para os donos dessas empresas seriam outras medidas, como antecipação de férias e de feriados e criação de banco de horas
[caption id="attachment_259540" align="alignnone" width="620"] Foto: Reprodução[/caption]
Na última semana a Medida Provisória 936, que institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, teve sua vigência prorrogada por mais dois meses. Entretanto, as empresas que já utilizaram o prazo máximo de 60 dias de suspensão do contrato de trabalho não podem mais contar com essa possibilidade jurídica.
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Conforme o advogado trabalhista Fabiano Rodrigues, as empresas que se enquadram nessa questão teriam agora, no máximo, a opção de adotar a redução da jornada e do salário de seus trabalhadores, que seria de 30 dias, para os estabelecimentos que utilizaram os 60 dias da suspensão do contrato de trabalho, o que seria um problema para segmentos econômicos que permanecem com as atividades suspensas.
Para Fabiano, as alternativas para os donos dessas empresas seriam outras medidas, como antecipação de férias e de feriados e criação de banco de horas. Ele avalia que “o mais dramático é que eles não possuem atividade e não teriam condições sequer de arcar com essas despesas”.
O advogado defendeu ser necessário que os parlamentares do Congresso Nacional tenham a sensibilidade de aprovar, com urgência, a prorrogação do prazo das medidas instituídas pela MP. "Também são necessárias medidas para que a economia volte a se erguer, levando em consideração a saúde da população", argumentou.

Segmentos do agronegócio têm se mantido estáveis, mas impactos do coronavírus são inevitáveis
[caption id="attachment_259401" align="alignnone" width="620"] Presidente da Aprosoja comemora números de Goiás na safra de soja / Foto: Laura de Paula/Aprosoja-GO[/caption]
Pegue um clima favorável, some a investimentos pesados em tecnologia e complete com uma tradição em produção mantida desde os antepassados: pronto, tem-se aí a receita perfeita para um agronegócio de destaque, e é nesse cenário que Goiás se enquadra. O Estado é responsável por boa parte da produção de alimentos do país, produzindo anualmente bilhões de toneladas de grãos, carnes e diversos tipos de alimentos. Para dimensionar a ênfase que Goiás tem no âmbito da agricultura, a maior feira de tecnologia rural do Centro-Oeste é realizada no município de Rio Verde, atraindo milhares de pessoas todos os anos.
Todavia, o evento teve sua edição 2020 cancelada. O motivo: a pandemia do coronavírus. E não foi apenas a Tecnoshow Comigo que sofreu os impactos do vírus responsável pela Covid-19. Diversas áreas do setor do agronegócio têm se adaptado para poder continuar produzindo, industrializando, comercializando e exportando a fim de atender às necessidades alimentícias da sociedade. Apesar dos pesares, em uma comparação superficial com o resto do país, pode-se dizer que o agro goiano tem conseguido lidar bem com a crise imposta pelo coronavírus.
O setor de bovinos é um exemplo de segmento que teve quedas dentro da curva e se mantém estável até o momento. Goiás tem cerca de 22 milhões de cabeças de gado – o que representa 10,6% do rebanho nacional - e, segundo os números do Agro em Dados divulgados recentemente pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa), as exportações têm estado dentro do esperado.
No mês de abril, por exemplo, o Estado exportou US$ 70.861.419,00 em carne bovina, o que representa 73,5% do valor nacional das exportações do complexo de carnes. Em relação ao 1º quadrimestre, os números também foram satisfatórios: foram US$ 306.487.659,00 de carne bovina exportada, ou seja, 71,5% do montante nacional.
Quanto ao preço, o mercado da pecuária bovina teve uma queda 0,38% na arroba do boi gordo (15kg) em abril em comparação com março. No comparativo com abril de 2019, o aumento real dos preços da arroba é de quase 20%. Os preços altos refletem a demanda do mercado externo, principalmente para a China, atrelada ao dólar valorizado, que pressiona os preços internos.
Queda no abate de bovinos
Mesmo com números majoritariamente positivos, o setor de bovinos também sofreu algumas quedas. Uma delas foi explicitada nos dados de abate de gado do primeiro quadrimestre de 2020, conforme dados preliminares do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo o órgão, Goiás apresentou queda de 17,9% da quantidade de animais abatidos em comparação com o mesmo período do ano passado, significando uma retração da oferta de animais para abate. Para o titular da Seapa, Antônio Carlos de Souza Lima, os números do Mapa não refletem necessariamente uma retração no mercado de bovinos goiano. Ele explica que redução do número de abates é simplesmente um reflexo do ajuste feito entre oferta e demanda do mercado, o que não representa realmente um prejuízo para o segmento. “Não são dados que apresentam queda, pelo contrário. Pode ter algumas reduções sim, mas tudo é questão de ajustes que estão sendo feitos em relação à oferta e demanda pelo produto. A gente tem a representação é de um crescimento nas exportações de carne bovina. Nada que represente um dano maior ao setor”, diz. [caption id="attachment_259402" align="alignnone" width="472"]
Setor leiteiro pode ter impacto maior, avisa secretário
Entre as áreas do agronegócio goiano que têm sido afetadas pelo coronavírus, a produção de leite é talvez a mais atingida. De acordo com Antônio Carlos, “há uma preocupação maior com o leite pela questão da expectativa de geração de renda da população”, o que pode acarretar uma redução da demanda. Com a retração da demanda de derivados lácteos, provocada pelo recuo da renda nesse período de pandemia, estima-se redução do valor bruto de produção do leite para 2020, em Goiás. Conforme o boletim de mercado do setor lácteo goiano do mês de maio, houve na indústria de laticínios uma redução do preço médio da sua cesta de derivados lácteos, comparado com o mês anterior, em que o preço médio do leite UHT caiu 13,2%. Isso acaba refletindo diretamente no mercado de laticínios, uma vez que tem nos derivados os produtos em que conseguem agregar maior valor. Isso, consequentemente, é repassado ao produtor, que sofre o impacto na produção do leite in natura. [caption id="attachment_259403" align="alignnone" width="620"]
Soja e milho em alta
Em pleno período de instabilidade dos mercados goianos, o de grãos pode ser visto como o menos afetado pela crise e que mais trouxe motivos para comemoração, principalmente no que se refere aos reflexos na economia do Estado. No último mês, Goiás passou a figurar como o terceiro maior produtor de grãos de todo o país. Foram 27,1 milhões de toneladas de grãos, área cultivada superior a seis milhões de hectares e produtividade de 4.511 quilos por hectare na safra 2019/2020. De acordo com os dados da Conab, houve crescimento de 10% na estimativa de produção goiana, de 6,1% na área de cultivo e de 3,7% em produtividade em relação à safra anterior, com Goiás, agora, representando 10,8% da produção nacional de grãos - atrás apenas do Mato Grosso e Paraná. Entretanto, os produtores goianos só conseguiram chegar a essa marca por causa da má sorte dos rio-grandenses-do-sul, cujo Estado era até então consolidado como o terceiro maior produtor do Brasil. Segundo o presidente da Associação de Produtores de Soja de Goiás (Aprosoja), Adriano Barzotto, Goiás foi beneficiado por um golpe de sorte. [caption id="attachment_259404" align="alignright" width="351"]

Cana-de-açúcar: produção forte de etanol e açúcar
O setor de produção de cana-de-açúcar é outro que pode se gabar de bons números. Para se ter uma noção, na última Safra (2019/2020), a produção brasileira foi recorde. Segundo estatísticas da Agro em Dados, para a safra atual, a expectativa é que a produção siga voltada à fabricação de açúcar, em resposta ao mercado que sinaliza cenário positivo, especialmente para as exportações. Segundo o secretário Antônio Carlos de Souza Lima, apesar de produção de cana-açúcar se voltar mais para o etanol, está havendo uma virada neste ano. “A produção de cana é quase 80% para o etanol e 20% para o açúcar. Mas agora estamos vendo uma virada e a produção de cana para o açúcar pode ter aí um incremento de 15%, chegando a 35%”, disse. No primeiro quadrimestre do ano, as exportações brasileiras do Complexo Sucroalcooleiro atingiram o montante de US$ 1.976.548.053,00 e 6.176.963,8 toneladas, aumento de 32,9% e 30,2%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano anterior. Vale ressaltar que Goiás é o segundo maior produtor do país, atrás apenas de São Paulo, sendo o único entre os maiores produtores a registrar aumento de produção em relação à safra anterior.Bons ventos para o agronegócio
Presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), o deputado Lissauer Vieira (PSB) também é um dos maiores representantes dos produtores rurais no Estado. Otimismo é o que não falta para o parlamentar em relação à área que, segundo ele, “alavanca a economia” do Estado. [caption id="attachment_259407" align="alignleft" width="329"]

A ação é desenvolvida pelo Comitê de Gerenciamento de Crise da DGAP no Enfrentamento ao Coronavírus
[caption id="attachment_259515" align="alignnone" width="620"] Foto: Governo de Goiás[/caption]
Promovida pelo Governo de Goiás através da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), teve início na última sexta-feira, 5, a testagem em massa de servidores penitenciários para diagnóstico da Covid-19.
A ação é desenvolvida pelo Comitê de Gerenciamento de Crise da DGAP no Enfrentamento ao Coronavírus, o qual é composto por servidores penitenciários das áreas de Reintegração Social, Segurança Penitenciária, Gestão Integrada, é presidido pelo Diretor-geral, coronel Agnaldo Augusto da Cruz. A equipe é constituída por membros do Comitê, além de servidores da Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC) e da equipe de saúde da unidade prisional.
Nesta primeira etapa, o esquema de testagem ocorre no Presídio Estadual de Formosa, para atendimento das equipes administrativas e operacionais da unidade e de servidores da Casa de Prisão Provisória (CPP) de Formosa e da Unidade Prisional Regional (UPR) local.
Em Formosa, cerca de 220 servidores devem ser testados durante os dois dias da ação. O procedimento consiste em uma primeira fase de entrevista com o servidor e preenchimento de formulário para conhecimento do histórico de saúde, presença de sintomas e possíveis contatos com terceiros infectados.
Servidor terá acompanhamento, caso teste positivo
Segundo integrante do Comitê da DGAP, Ana Távora, “depois dessa entrevista, a equipe faz a coleta do material biológico para realização do teste rápido. Caso o resultado aponte positivo para Covid-19, o servidor, de imediato, será encaminhado à quarentena, como determina os protocolos, e junta médica para providências necessárias”, destaca. O Comitê faz acompanhamento diário do servidor, em caso de diagnóstico positivo. Os testes rápidos para detecção da Covid-19 estão sendo disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) para serem utilizados nos servidores de todas as forças que compõem a Secretaria de Segurança Pública, pasta conveniada para a execução do procedimento. Conforme o coronel Agnaldo Augusto da Cruz, que coordena toda a ação, a testagem será uma contínua e vai abarcar todos os servidores da pasta, tanto das atividades operacionais quanto da área administrativa.
Vale lembrar que a vacina contra influenza não tem eficácia contra o coronavírus que causa a Covid-19, mas ajuda os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para a doença
[caption id="attachment_259524" align="alignnone" width="620"] Meta é de 90 de imunizados / Foto: Divulgação[/caption]
Apesar de a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe seguir a pleno vapor, cerca de 450 mil pessoas pertencentes a grupos prioritários em Goiás ainda não se vacinaram para se proteger da doença. A vacinação foi prorrogada até o dia 30 do mês de junho em etapa voltada para indivíduos de grupos como idosos, gestantes de trabalhadores em saúde.
Desde que a campanha de vacinação teve início, já foram aplicadas 1.727.480 doses da vacina contra Influenza em Goiás, segundo dados Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde. A meta é imunizar 90% dos grupos prioritários, ou seja, 2.186.183 pessoas.
A etapa que segue até o fim do mês destina-se aos indivíduos não vacinados dos seguintes grupos: crianças de 6 meses a 5 anos de idade, gestantes, trabalhadores em saúde, puérperas (mulheres de até 45 dias após o parto), idosos, adultos de 55 a 59 anos, pessoas com deficiência, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e condições clínicas especiais, membros das forças de segurança, caminhoneiros e motoristas de transporte coletivo, funcionários do sistema prisional, privados de liberdade, indígenas e professores.
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informou que recebeu 2.429.200 doses que foram encaminhadas aos 246 municípios do Estado. A previsão é de receber mais 16 mil doses, ainda esta semana, do Ministério da Saúde. Três grupos já atingiram, inclusive ultrapassando, a meta de 90%: profissionais de saúde, com uma cobertura vacinal de 100%; indígenas, 200%; e idosos, 123%. As coberturas nas outras categorias estão abaixo da meta, como crianças, 45%; gestantes, 69%; puérperas, 73%; e adultos, 39%.
Vale lembrar que a vacina contra influenza não tem eficácia contra o coronavírus que causa a Covid-19, porém, neste momento, irá auxiliar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para a doença, já que os sintomas são parecidos

Apesar de nunca ter exercido mandato, o pré-candidato a vereador tem um histórico de atuação em segmentos e secretarias, e tem chamado a atenção de lideranças do Estado
[caption id="attachment_259506" align="alignnone" width="620"] Tales de Castro, pré-candidato à Câmara de Goiânia / Foto: Divulgação[/caption]
Visto como uma possibilidade de renovação no parlamento goianiense, o historiador e professor Tales de Castro, do PSB, vem angariando um sólido apoio por parte das legendas políticas. Lideranças como os deputados federais Elias Vaz, do mesmo partido de Tales, e Flávia Morais, do PDT, já sinalizaram que vão bancar o jovem pré-candidato à Câmara Municipal de Goiânia.
Além desses, Tales conta com o apoio de outros nomes proeminentes do PDT como o deputado estadual Karlos Cabral e do presidente da sigla, George Morais. O apoio ao pré-candidato também parece estar presente em vários bairros e segmentos sociais, como a classe estudantil.
Tales destaca seu envolvimento nas causas políticas desde os 16 anos, quando atuava em "agremiações estudantis na escola e na universidade à vice-presidência da União Nacional dos Estudantes (UNE)”. Hoje com 33, o pré-candidato tem no currículo passagens pelas secretarias de Governo do Distrito Federal e da Prefeitura de Goiânia, secretaria Municipal de Trânsito de Goiânia, Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) e Assembleia Legislativa de Goiás.
Para ele, um vereador precisa discutir e propor soluções para os problemas do município como um todo. "Precisamos discutir o desenvolvimento da cidade, a expansão urbana, a qualidade dos serviços públicos, que deixa muito a desejar, criar políticas públicas para a educação, incentivo à cultura e ao esporte. Enfim, é preciso olhar para Goiânia e ver o que realmente é necessário fazer para melhorar a vida da população goianiense ou a vida das pessoas em nossa cidade", ressalta.

Existem diversas formas de violência praticada contra o idoso, indo da violência física até a medicamentosa
[caption id="attachment_259483" align="alignnone" width="620"] Violência contra o idoso ainda é problema cotidiano / Foto: Pixabay[/caption]
A Polícia Civil de Goiás, através da Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso (DEAI) de Goiânia, está lançando neste mês a campanha do Junho Violeta de conscientização contra a violência contra o idoso em suas mais variadas formas e está atenta a esse tipo de crime. O número de denúncias tem caído recentemente, mas ao contrário do que possa parecer, isso pode ser um mau sinal.
De acordo com o delegado Alexandre Alvim, titular da DEAI, a campanha neste ano ganha uma importância maior por causa da queda no número de denúncias observada na delegacia. O delegado revela que de uma média de 100 denúncias por mês, os números caíram nos últimos dois meses de isolamento social para 25 em abril e 46 em maio.
Para Alvim, isso pode ser um sinal de alerta. “Acreditamos que isso seja um indicativo de subnotificação, por isso a importância da campanha para alertar a todos da necessidade de não deixar de denunciar”, disse.
Existem diversas formas de violência praticada contra o idoso, conforme apontado pelo delegado, indo da violência física até a medicamentosa, que é quando o idoso é submetido a medicamentos que não estão em sua rotina de tratamento de saúde, além de violências financeira, psicológica e sexual.
A campanha Junho Violeta será feita via internet e ganhará também as ruas, com panfletagem e cartazes fixados em locais públicos.

Para Wilder, momento é de focar na finalização dos trabalhos na SIC, mas adianta: reuniões para tratar de sua candidatura começarão nesta semana
[caption id="attachment_110548" align="alignnone" width="620"] Wilder Morais | Foto: Fernando Leite[/caption]
O titular da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços de Goiás (SIC), Wilder Morais, usou a tarde desta quarta-feira, 3, último dia à frente da pasta, para visitar a Casag e assinar simbolicamente a parceria da entidade com a Goiás Fomento para a liberação de uma linha de crédito para a advocacia. Wilder afirmou que sai da SIC com a sensação de "dever cumprido", e adiantou que nesta semana já começa a tratar de sua candidatura à Prefeitura de Goiânia.
Ao Jornal Opção, Wilder declarou que não fez indicação de nenhum nome para substituí-lo e que "a decisão da nova nomeação é do governador". Entretanto, foi apurado pela reportagem que o subsecretário de Atração de Investimentos e Negócios da SIC, Adonídio Neto Vieira Júnior, é o mais cotado e deve ser oficializado em breve.
O já quase ex-secretário evitou adiantar pontos de sua candidatura ou mesmo tocar no assunto política, e afirmou que por enquanto está focado em finalizar seu trabalho na SIC. Porém, Wilder confirmou que saindo da secretaria, o objetivo será começar a se reunir com a base.
"Hoje ainda sou secretário do Comércio. A partir de amanhã [quinta-feira, 4] nós vamos estar falando sobre politica, aí sim nós vamos estar reunindo com várias lideranças, com os partidos que fazem a base do governo", disse. Segundo ele, o governo tem 11 partidos na base, "e todos eles têm candidato para prefeito". "Com certeza no final a gente chega a um consenso para um nome", concluiu.
"Me sinto com o dever cumprido", diz Wilder Morais
Ao Jornal Opção, o secretário Wilder Morais afirmou que um balanço foi feito na SIC e foi constatada a presença de 136 novas empresas em Goiás. De acordo com ele, essas empresas contam com o valor de investimento de quase R$ 5 bilhões e geração de empregos nos próximos anos de quase 57 mil empregos diretos e indiretos. "O incremento na receita por parte dessas indústrias instaladas é de quase dois bilhões a mais por ano de ICMS para o nosso Estado de Goiás", informou. Wilder conta que deixa a SIC com a sensação de dever cumprido, e agradeceu à equipe que segundo ele "trabalhou muito forte". "Me sinto com o dever cumprido. Me dediquei muito nesse período na SIC, nossos subsecretários, e os resultados estão aí", finalizou.
Com a possibilidade iminente de retomada das atividades, shoppings da capital já anunciam as adequações feitas contra a pandemia

Só no setor de Hematologia do hospital 90% dos pacientes precisam, em algum momento, de transfusão sanguínea

Apesar das dificuldades na adaptação, presidentes da Assembleia e Câmara de Goiânia garantem que tecnologia de votações remotas melhorou trabalhos

Mesmo lidando com perda de alunos e receita, instituições particulares investem nos sistemas virtuais para se manterem no mercado