Por Redação
Dock Júnior A Justiça Federal determinou na quarta-feira, 19, que o governo do Estado e o Banco do Brasil (BB) suspendam imediatamente os pagamentos à Empresa Projetos Engenharia (Epeng), que também ficou impossibilitada de contratar com administração pública. A decisão é resultado da Operação Ápia, da Polícia Federal. As outras empresas envolvidas já receberam a determinação, quais sejam: EHL, CSN, MLV, CCM, Barra Grande e JM Terraplanagem. A Operação Ápia deflagrada no dia 13 passado investiga desvios de recursos públicos em obras de pavimentação e terraplanagem no Tocantins em 2014. Segundo informações repassadas pela Polícia Federal em coletiva de imprensa, as empresas se aproveitavam da inexecução de serviços contratados, que mesmo assim eram pagos. A PF afirma que havia revezamento nas vitórias das licitações entre as construtoras. Do total de de R$ 1,2 bilhão levantados entre as administrações dos ex-governadores Siqueira Campos e Sandoval Cardoso (SD) por meio de empréstimo na Áustria e do Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES), intermediado pelo Banco do Brasil, calcula-se que o prejuízo aos cofres públicos foi de cerca de R$ 200 milhões. O esquema passava ainda pelos servidores da Agência de Máquinas e Transportes (Agetrans), responsáveis por fraudar licitações por meio de concorrências públicas fraudadas, restringindo o caráter competitivo.

[caption id="attachment_69819" align="alignleft" width="620"] Câmara Municipal de Palmas | Foto: reprodução / Facebook[/caption]
Dock Júnior
Na quarta-feira, 19, a pauta foi destrancada na Câmara de Palmas destrancou após a presidência convocar uma série de sessões extraordinárias para apreciar um projeto de lei (PL) e as duas medidas provisórias. Todas foram aprovadas. A pauta da Casa de Leis da capital estava travada desde o dia 16 de setembro. O trancamento foi resultado do processo eleitoral, que ocupou a agenda dos vereadores que buscavam a reeleição ou outros cargos público em disputa.
Entre as matérias apreciadas, foi aprovado o projeto de lei complementar, de autoria do Executivo, que define a regularização de lotes habitacionais no Lago Sul, Aureny III, Arse 131 e Arse 132. “As regiões destacadas no projeto de lei são locais carentes. O Lago Sul, por exemplo, região de um grande número habitacional, possui muitas residências sem regularização, condição essa que será modificada”, comentou na ocasião o vereador Major Negreiros (PSB).
Outro tema debatido foi o projeto de lei, de autoria de Rogério Freitas (PMDB), que dispõe sobre a publicação no portal da transparência dos nomes dos servidores municipais que atuam junto a administração pública direta e indireta. A matéria tramita nas comissões e está atualmente na de políticas públicas sociais.
O projeto de lei que travava a ordem do dia da Câmara de Palmas por mais de um mês alterava o Conselho de Desenvolvimento Econômico. A matéria retira alguns representantes da sociedade organizada, como as federações, que não podem estar presentes em nível municipal. Outro texto que trancou a pauta era a medida provisória que regulamentava o pagamento de gratificações aos servidores da saúde, por uma recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU), que defende que a concessão seja regida por lei, e não decretos, como vinha fazendo a Prefeitura de Palmas.
Por fim, a outra MP que impedia o seguimento das votações, visava regular o remanejamento financeiro do fundo de saúde para pagar folha dos servidores da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) e que também foi aprovada pelos vereadores.

Dock Júnior O Departamento Estadual de Trânsito do Tocantins (Detran-TO) está apurando possíveis casos de utilização de documentação falsificada para solicitar a emissão de Carteira Nacional de Habilitação (CNH). De acordo com os investigadores, dois casos já foram comprovados e cinco passam por apuração. Os dois casos de falsificação de documentos foram comprovados quando os verdadeiros titulares dos prontuários de CNH buscaram pelo serviço de renovação do documento junto aos Detrans dos Estados onde residem, e foram informados de que os prontuários haviam sido transferidos para o Tocantins. Ao alegarem que nunca tinham pedido a transferência de jurisdição, os condutores solicitaram a apuração dos fatos. Os Detrans entraram em contato com o Detran do Tocantins e, assim, o Núcleo de Inteligência do órgão começou a levantar informações sobre o caso, constatando a falsificação de RGs (documento de identidade), bem como a identificação dos autores. O Detran aguarda a finalização dos processos, para tomar, administrativamente, as medidas necessárias.

[caption id="attachment_78271" align="alignleft" width="620"] Prefeito de Taipas, Joaquim Azevedo: elogios à iniciativa do governo[/caption]
Dock Júnior
Cinco municípios do sudeste tocantinense encaminharam solicitação de estado de emergência à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, contudo, apenas Arraias teve a situação de emergência de estiagem publicada no Diário Oficial da União (DOU). Por tal razão, o governo do Tocantins tomou a iniciativa de assessorar os municípios de Arraias, Taipas, Conceição do Tocantins, Santa Rosa e Paranã no preenchimento do Plano Detalhado de Resposta (PDR), documento que se destina ao registro e à formalização das demandas necessárias para a complementação das ações de resposta a desastres, como socorro e assistência às vítimas, e restabelecimento de serviços essenciais das comunidades.
O formulário a ser preenchido pelos gestores municipais deve conter as ações que pretendem executar com os recursos financeiros federais do Ministério da Integração Nacional, bem como a justificativa de cada ação especificando os recursos necessários, suas etapas, quantidades, prazos para execução e valores.
O vice-prefeito de Conceição do Tocantins, Edson Fernandes de Deus, ressaltou que a iniciativa governamental vem ao encontro da necessidade, porque os municípios são carentes de recursos humanos especializados e de equipamento na gestão ambiental. “A consequência dessa falta de informação é a possível falta de reconhecimento do estado de emergência com uma estiagem que cada vez mais assola a população, principalmente, os menos favorecidos”, completou.
Prefeito de Taipas, Joaquim Carlos Azevedo elogiou a iniciativa de assessoramento aos municípios, uma vez que considera que o processo para decretar estado de emergência é muito burocrático.

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Obra considerada como marco fundamental na literatura do Uruguai permaneceu desconhecida a outros idiomas por anos, mas agora ganha tradução em língua portuguesa
[caption id="attachment_77117" align="alignleft" width="314"] Francisco “Paco” Espínola: autor do romance que marcou a literatura uruguaia pode agora ser lido em língua portuguesa e, talvez, conhecido por mais leitores que não os de língua espanhola | Foto: Divulgação[/caption]
ADELTO GONÇALVES
Especial para o Jornal Opção
Embora seja dono de obra considerada um marco fundamental na literatura uruguaia do século XX, Francisco (Paco) Espínola (1901-1973) continuava inédito em outros idiomas. Esse estranho e inexplicável silêncio, porém, acaba de ser rompido com a publicação de seu romance “Sombras sobre a terra” (1933) pela editora Letra Selvagem, de Taubaté-SP, em tradução de Erorci Santana, com texto de “orelhas” do crítico e poeta Ronaldo Cagiano. Além de nota do editor, o livro traz prefácio do crítico uruguaio Leonardo Garet, professor do Instituto de Estudos Superiores e do Instituto de Filosofia, Ciências e Letras, de Montevidéu, e a reprodução do prefácio da terceira edição, de 1966, publicada pelo Centro dos Estudantes de Direito de Montevidéu, escrito pelo crítico, historiador e ensaísta uruguaio (nascido na Argentina) Alberto Zum Felde (1889-1976).
Garet deixa claro, em seu prefácio, que foi com dor que constatou que em “América Latina en su literatura” (México, Siglo Veintiuno, 1972), obra de quase 500 páginas coordenada por César Fernández Moreno que conta com a participação de 27 colaboradores, adotada também no curso de Letras da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), não há uma citação do nome de Espínola. Só César Aira o reconhece em seu Diccionario de autores latino-americanos (Buenos Aires, Emecé, 2001).
E, no entanto, “Sombras sobre a terra” não fica a dever a outros romances paradigmáticos da literatura hispano-americana, como “Junta-cadáveres”, do também uruguaio Juan Carlos Onetti (1909-1994), “Os passos perdidos”, do cubano Alejo Carpentier (1904-1980), “Pantaleão e as visitadoras”, do peruano Mario Vargas Llosa, “O obscuro pássaro da noite”, de José Donoso (1925-1996), e “Trópico enamorado”, do boliviano Augusto Céspedes (1906-1997), outra obra nunca publicada no Brasil, embora tenha o porto de Santos como um de seus cenários.
O romance teve sua edição de estreia em 1933, em Montevidéu, e ganhou segunda edição em 1939, em Buenos Aires. Seguiram-se mais uma edição em 1966 e outra em 2001 (Clásicos Uruguayos), que inclui vários estudos preliminares, a propósito dos cem anos de nascimento do escritor. A edição brasileira surge agora depois que o editor Nicodemos Sena “descobriu” na livraria de alfarrábios El Galeón, na zona central de Montevidéu, um exemplar de 1966, indicado por seu proprietário, Roberto Cataldo, para quem naquele romance “está a alma uruguaia”.
O livro
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Episódico, o romance de Espínola aborda um mundo às avessas | Foto: Divulgação[/caption]
“Sombras sobre a noite”, como se percebe pelo título, é um daqueles romances ligados ao (sub)mundo noturno e seus notívagos, na linhagem de “Agonia da noite”, de Jorge Amado (1912-2001) e outros poucos na literatura brasileira. A exemplo de seus congêneres hispano-americanos, aborda as relações humanas nas casas noturnas e nos prostíbulos. O protagonista, de nome Juan Carlos, é um órfão de pai assassinado e mãe vítima de tuberculose, que vive num imenso e solitário casarão aos cuidados da negra Basília e cresce no Baixo, el Bajo, como é conhecida a zona do baixo meretrício nas cidades latino-americanas, em meio a prostitutas, cafetões e outros seres marginalizados. Foi num prostíbulo que o jovem Juan Carlos encontrou refúgio e compreensão, além de iniciar-se nas artes do amor.
Autobiográfico, o romance não tem, praticamente, um enredo que se possa seguir de fio a pavio, mas é formado por episódios que antes constituem flagrantes do modo de vida daqueles que transitam por aquele mundo às avessas. As prostitutas, porém, são extremamente humanas e mesmo aqueles que vivem do suor de suas mulheres no ofício que é considerado o mais antigo do mundo não são apresentados como seres cruéis ou vis, mas como “namorados” ou apenas “rapazes” enamorados de suas amantes.
Não se pense também que o leitor aqui irá encontrar cenas tórridas ou eróticas. Pelo contrário. Haverá de perceber certo desencanto em cenas no bar de um prostíbulo em que há sempre um cantante de tangos, milongas e estilos (típica composição uruguaia para ser acompanhada ao violão) a lamentar a fatalidade daquela vida à margem, um purgatório para a entrada no paraíso que só virá com a morte. Por trás desse romance poético, ainda que realista, perpassa, porém, um sentimento de solidariedade com os menos favorecidos, os deserdados da terra.
O autor
Francisco Espínola nasceu, em San José de Mayo, a 4 de outubro de 1901. Era, portanto, maragato, como todo aquele que nasce no pequeno departamento de San José, que fica às margens do Rio da Prata e na área metropolitana de Montevidéu. O termo maragato aqui também tem a ver com os nossos maragatos, os sulistas que deram início à Revolução Federalista no Rio Grande do Sul, em 1893, contra os chimangos, os legalistas. Eram chamados de maragatos não só por causa do lenço vermelho que traziam ao pescoço, mas porque vinham do exílio no Uruguai, exatamente na região de San José, que fora colonizada por espanhóis procedentes da comarca espanhola de Maragatería, na província de León.
Espínola nasceu no seio de uma família de tradição blanca, ou seja, ligada ao Partido Blanco, de inspiração conservadora, cujo ideário, aparentemente, seguiu pelo menos até 1962, quando se filiou ao Partido Comunista Uruguaio. Foi professor e crítico literário e teatral. Combateu a ditadura de Gabriel Terra (1873-1942), advogado que ocupou a presidência da república uruguaia de 1931 e 1938. Alto dirigente do Partido Colorado, igualmente de ideário conservador, Terra liderou um golpe de estado em 1933, com o apoio do exército. Durante seu governo, colocou na prisão muitos adversários políticos, inclusive vários professores, como Espínola. Preso em 1935, Espínola seria felicitado na prisão por alguns de seus algozes, que haviam tido a oportunidade de ler Sombras sobre a terra.
Sua estréia literária deu-se em 1926 com o livro de contos “Raza ciega”, no qual o crítico uruguaio Alberto Zum Felde viu similitudes com “Crime e castigo”, de Fiódor Dostoiévski (1821-1881). Escreveu ainda “Saltoncito” (1930), relato para crianças; “El rapto y otros cuentos” (1950); “Milón o el ser del circo” (1954), ensaio sobre estética; e “Don Juan el Zorro” (1968), três fragmentos de romance. Escreveu também peças de teatro. Em 1961, foi distinguido com o Grande Prêmio Nacional de Literatura do Ministério de Instrução Pública do Uruguai.
No artigo “El Bajo maragato cruza fronteras”, publicado no semanário Busqueda, de Montevidéu, de 19 de fevereiro de 2015, a jornalista Silvana Tanzi, a propósito da então presumível publicação do romance no Brasil pela editora Letra Selvagem, traça um perfil de Espínola com a ajuda de um artigo de Alfredo Mario Ferreiro (1899-1959), em que este poeta dizia que o escritor fazia parte de uma geração que “vivia em ritmo lento e podia passar horas conversando no boliche”. Segundo Ferreiro, Espínola vestia-se sempre de preto com uma gravata e colarinho quebrado e engomado, usado em camisas destinadas a trajes formais como o smoking. “Dias houve em que Espínola falou pelo espaço de oito ou dez horas. E parecia um minuto”, recordou Ferreira, que era seu amigo.
Espínola morreu durante a madrugada de 27 de julho de 1973, por coincidência dia em que ocorreu o golpe de Estado liderado pelo presidente Juan María Bordaberry (1928-2011), que instaurou um regime de exceção que duraria até 28 de fevereiro de 1985. Naquela manhã, os uruguaios acordaram ao som de marchas militares que eram tocadas nas emissoras de rádio, prenunciando um período de muitas perseguições, torturas e assassinatos de opositores à ditadura. l
Adelto Gonçalves é doutor em Literatura Portuguesa pela USP e autor de “Os vira-latas da madrugada” (2015), entre outros.

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