Por Redação

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“Esdras Nogueira Quinteto – Ao Vivo” é um álbum notório

Com show de lançamento em ocupação artística no centro de Goiânia, disco ao vivo de Esdras Nogueira é ato de resistência em tempos delicados para a música brasileira [caption id="attachment_110242" align="aligncenter" width="620"] Esdras Nogueira, o homem e a marca: o artista tem contribuições relevantes para a música instrumental brasileira contemporânea, e seus álbuns merecem espaço nas prateleiras[/caption] André Luiz Pacheco da Silva Especial para o Jornal Opção Na rua 7, há uma porta discreta que pode parecer um pouco suspeita. Quem não conhece o estabelecimento, pode estranhar o movimento fora do horário comercial em plena zona central de Goiânia. Ao entrar e subir os primeiros degraus da longa e estreita escada, já é possível ouvir as notas e ver as tintas. O Complexo Estúdio & Pub abriu as portas há dois anos. A além de produzir gravações - Carne Doce e Bo­ogarins já passaram por lá -, mantém programação interessante com apresentações de jazz, música instrumental e bandas autorais. Para comemorar o biênio, a casa organizou a ocupação artística RENKA, com arte urbana e música de qualidade. Além de conferir os painéis coloridos na laje no prédio, quem foi ao lugar na noite do dia 8 deste mês, pôde desfrutar do show de lançamento do álbum mais recente de Esdras Nogueira. [caption id="attachment_110243" align="alignleft" width="620"] Foto: divulgação[/caption] “Esdras Nogueira Quinteto - Ao Vivo” comporta a intimidade do show e leva aos ouvidos instrumentistas de louvável capacidade técnica para interpretar improvisos em cima de releituras de excelentes composições da música brasileira, como “Capivara” e “Voa Ilza”, do gênio Hermeto Pascoal, “Ca­pri­cho de Raphael”, do bandolinista brasiliense Hamilton de Holanda. Há também a internacional “This ship will sink”, de Gustav Rasmussen e Michael Blicher. Mais que isso, apresenta autorais de músicos versáteis e sincretistas, misturando jazz com samba, ska e carimbó. O novo álbum nasceu de uma apresentação no Sesc Ceilândia (DF), em 24 de maio, depois de ter sido amadurecido por dois meses durante a turnê do disco NaBarriguda (2016), que passou por casas importantes do país como Circo Voador (Rio de Janeiro) e Clube do Choro de Brasília, e por expressivos festivais nacionais como Sonido (Belém), Bananada (Goiânia), além do festival Jazzahead!, de Bremen, Alemanha. Abrindo com a inédita “Plantas que nascem”, o álbum indica a influência do afrobeat no processo criativo de Esdras. A repetição das linhas de baixo ao longo dos compassos duplos e a marcação de bateria e percussão dão o tom dançante da faixa batizada pelo sobrinho de seis anos do saxofonista. O ritmo felakutiano volta a aparecer na bela versão de “This ship will sink”, feita pelo grupo dinamarquês The KutiMangoes. De bom astral e com pinceladas de ska, “Chá de bananeira” é divertida, jovial e tem um quê de experimentação arlequinada. “Tardinha” segue outra vertente: evolui preguiçosa, despretensiosamente gostosa. Ao longo de seis minutos e meio, vai do verde ao amarelo e tem sabor de fruta. Em pegada similar, porém com clímax mais enérgico, “Quase balada” é contemplativa e dotada de uma tímida dramaticidade que seduz o corpo a performar um número de dança minimalista. De volta à pegada frenética, as canções “Nabarriguda” e “Olha o boi” des­tilam latinidade. Marcadas por ritmos do norte e nordeste do país como o carimbó, a guitarrada e o frevo, as duas são oriundas da robusta parceria en­tre Esdras e o guitarrista Marcus Mo­raes e suas respectivas bagagens. Além dessas, Marcus ainda assina sozinho “Salsa 02”, a outra inédita, que en­tra pro time das composições jazzy-tropicais. O disco “Esdras Nogueira Quinteto - Ao Vivo” é notório por apresentar música de qualidade em tempos de resistência. A arte no Brasil, de forma geral, não passa por bons momentos, e em se tratando de música, projetos instrumentais sobrevivem graças aos festivais e a boas produções como este álbum. Com efeito, a palavra não foi necessária. Bateria, percussão, saxofone, baixo e guitarra conversam entre si para bons ouvidos escutarem. Bacharel em saxofone, o músico fez sucesso na cena independente com o grupo Móveis Coloniais de Acaju. Depois de dezoito anos de carreira, os integrantes do grupo anunciaram no ano passado que dariam uma pausa em suas atividades. Esdras não parou. Ainda em 2014, já havia lançado o disco solo "Capivara", um tributo a Hermeto Pascoal. Em 2016, foi a vez da produção do álbum "NaBarriguda". Com referências como John Col­trane, Dominguinhos, Kenny Garrett, Tokyo Ska Paradise Orchestra, Gon­za­gui­nha, Astor Piazzola, Kamasi Was­hington, entre tantos outros, Es­dras Nogueira (saxofone barítono) for­ma seu quinteto com Marcus Moraes (gui­tarra), Thiago Cunha (bateria), Ro­drigo Balduíno (baixo) e Léo Barbosa (percussão). Elogiado por Hermeto Pascoal em seu trabalho solo e contemplado com Prêmio Multishow em 2010, ainda na formação do Móveis, Esdras é talentoso. Mostra que a bagagem de uma longa carreira e a inevitável necessidade de criar e experimentar são elementos que podem resultar em uma obra sazonada com matizes exóticas. Contribui­ções relevantes para a música instrumental brasileira contemporânea, seus álbuns merecem espaço nas prateleiras - isso quando não estiverem rodando. André Luiz Pacheco da Silva é estudante de psicologia e psicanálise, escritor e melômano

“Aqui” e o tempo que não nos pertence

Livro de Richard McGuire nos atordoa com sua dimensão tão vasta sobre um tema tão obscuro; o autor traça uma linha disforme do tempo, onde o espaço é o mesmo, ainda que não seja mais o mesmo

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Filme terá sessão gratuita e adaptada a quem tem distúrbios sensoriais

Junção de cinema com acessibilidade produz cidadania e cultura; programa ligado ao governo federal leva crianças para ver As Aventuras do Capitão Cueca

“Caravanas”, de Chico Buarque: a culpa deve ser do Sol

Mais que poético, álbum “Caravanas”, de Chico Buarque, é um disco-manifesto, com negros torsos nus e sungas estufadas, e o artista continua o mesmo libertário de sempre, com um recado ao público contemporâneo, atento ou não

Stranger Things 2: um salto em complexidade

[caption id="attachment_109718" align="alignright" width="620"] Garotos protagonistas da série em sua segunda temporada: brilhantes[/caption] Ricardo Silva Especial para o Jornal Opção Quando foi lançada em 2016, “Stranger Things”, série criada por Matt Duffer e Ross Duffer e estrelada por Winona Ryder, se mostrou um fenômeno que conseguia aliar os elementos facilmente cativantes para qualquer audiência: trama de suspense que misturava seres aparentemente alienígenas, saudosismo oitentista, um grupo de crianças carismáticas como protagonistas. A fórmula deu bastante certo: a série alavancou o serviço de streaming e criou uma legião de fãs por todo o mundo. A primeira temporada contava com o humor, sustentado pelo elenco infanto-juvenil que contrastava muito bem com os momentos mais pesados da trama. Na segunda, voltamos à pacata cidade de Hawkins do exato ponto onde a primeira havia parado, com os amigos tentando retomar a normalidade da vida, ser adolescentes como todos os outros e ambientar Will (Noah Schnapp) de volta à rotina da escola e da cidade. A segunda temporada é pensada numa estrutura que pende mais para o cinematográfico do que para o formato seriado — não à toa os créditos iniciais a colocam como “Stran­ger Things 2” — e esse formato se mantém muito bem ao longo dos seus nove episódios, que na verdade é um longo filme de nove horas de duração. Os irmãos Duffer ampliaram os arcos dramáticos da série. Há menos humor, e mais drama e suspense, o que confere um salto de complexidade a toda a trama e abre mais possibilidades para os personagens e seus desdobramentos. A problemática da série é que ela ainda não conseguiu libertar-se de algumas armadilhas que criou na primeira temporada: ainda há espelhos incômodos, como a casa de Joyce Byers (Winona Ryder) sendo — de novo — o mapa de descoberta para os acontecimentos do Mundo Invertido; ou o Dr. Owens (Paul Reiser) que substitui o Dr. Martin Brenner (Matthew Modine) no Laboratório de Hawkins, apesar do primeiro ser muito mais afetuoso do que o segundo. Contudo, a série caminha muito bem na maneira como formula os três atos de um roteiro como se fosse de um longa: na primeira parte temos os personagens se reencontrando com os problemas do Mundo Invertido, na metade, o desenrolar do problema que enfrentam, e a parte final foca nas saídas que podem encontrar e solucionar o mistério. Tudo isso ocorre num ritmo mui­to mais concentrado, marcas visuais mais refinadas — o que torna o prazer de vê-la ainda maior —, uma montagem mais inteligente e atuações arrebatadoras — Noah Schnap­p, intérprete de Will, consegue elevar o nível da atuação nessa temporada. As referências, marca registrada da série, estão lá, borbulhando: “Ca­ça-Fan­tasmas”, “Poltergeist - O Fe­nômeno”, “Gremlins”, “Conta­tos ime­diatos de terceiro grau”, “Os Goonies”, “Aliens - O Resgate”, e o jogo Arcade. Agregado a isso, temos os novos personagens: os irmãos Max (Sadie Sink) e Billy (Dacre Montgomery) — este segundo sendo um importante conector do antagonista humano em paralelo aos monstros não-humanos — e Bob, namorado bobão e nerd de Joyce interpretado pelo incrível Sean Astin – emblemático por ter protagonizado “Os Goonies” e feito “Senhor dos Anéis”. Com revelações sobre o passado de Eleven (Millie Bobby Brown), num episódio destoante do conjunto da temporada mas não menos importante por isso, somado àquela trilha sonora que faz da série um exercício de nostalgia ainda mais prazerosa, “Stranger Things 2” dá conta da expectativa dos fãs afoitos. A série também melhora o seu primeiro arranjo em muitos pontos da trama, amplia seu universo sem perder os contornos dos personagens ao mesmo tempo que deixa pontas soltas a serem amarradas nas próximas temporadas. Evoluiu muito bem, e tem bastante fôlego. Ricardo Silva é graduando em Filosofia pela Universidade do Estado do Amapá (UEAP) e escreve sobre literatura e cinema

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Poeta alemão que viveu entre a segunda metade do século XVIII e a primeira do XIX, Hölderlin é um dos grandes de todos os tempos; e, ao lado de John Keats, é um dos mais influentes na modernidade