Por Redação

Encontramos 12397 resultados
Contos da pandemia (28): De volta para casa, de Placidina Lemes Siqueira

O inimigo invisível matou meu amigo, que não teve nem velório. Despediu-se sem nossa presença e partiu para a eternidade. Não vi seu corpo tombado . Mas tombou

Músicas e memes: Ronaldo Caiado adota perfil “descolado” em redes sociais e conquista público jovem

De forma bem humorada, perfis em redes sociais do governador do Estado tem destaque com sua interação descontraída

Revista “Veja” destaca pena de prisão para ex-governador Marconi Perillo

“MP acusou Perillo de ser mentor e beneficiário “de esquema de captação ilícita de recursos, utilização de notas fiscais, pagamento de despesas de campanha por meio de laranjas”

Morre o escritor Roberto Calasso, editor de Borges e Fernando Pessoa e analista de Kafka

O que fica de um intelectual é sua obra. O escritor, editor e crítico italiano tem vários livros editados no Brasil — todos de alta qualidade

Contos da pandemia (27): Sem título 1, de Sérgio Tavares

Os dias se passaram e a terra era aberta em covas coletivas. Tornou-se um genocídio

Mega-Sena acumulada sorteia 38 milhões de reais no sábado

O concurso 2394 não teve ganhador (para o prêmio principal), exceto na quina (48 apostas) e na quadra (4.144 apostas)

Augusto Nunes sai da direção de redação do portal R7 e do “Jornal da Record News”

O jornalista, que não foi demitido, alegou “razões pessoais”. Ele permanece como comentarista do “Jornal da Record”

Desembargador do TRE vota por condenação de Marconi Perillo por 8 anos de prisão

[caption id="attachment_340049" align="alignnone" width="613"] Ex-governador Marconi Perillo | Foto: Fernando Leite/ Jornal Opção[/caption]

O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás iniciou, na última terça-feira (27), o julgamento de processo criminal em que é réu Marconi Perillo. O ex-governador do estado é acusado de falsidade ideológica eleitoral, fraude processual e associação criminosa na campanha eleitoral de 2006.

A sessão ordinária durou quase quatro horas. Houve leitura do relatório, sustentação oral do advogado de Marconi e do Ministério Público e voto do desembargador relator Luiz Eduardo de Sousa.

Ao final, o juiz revisor Átila Naves Amaral pediu vistas do processo e suspendeu o julgamento.O Procurador Célio Vieira pediu desprovimento ao recurso de Marconi Perillo por conta das “gravíssimas condutas” do ex-governador, que envolvem “compra de votos e apoio político e, ainda, lavagem de dinheiro”, pontuou o procurador regional eleitoral.

O desembargador relator Luiz Eduardo de Sousa acolheu o argumento do procurador Célio Vieira e rejeitou as preliminares levantadas pelo defensor de Marconi.
Marconi Perillo pediu que o tribunal reconhecesse prescrição dos crimes e irregularidades na forma como as provas foram colhidas no processo. As duas questões foram rejeitadas pelo relator.

Crimes

O desembargador relator Luiz Eduardo de Sousa enquadrou Marconi Perillo nos crimes de falsidade ideológica eleitoral (art. 350, do Código Eleitoral), fraude processual (art. 347, do Código Penal) e formação de quadrilha com organização criminosa (art. 288, do Código Penal). Na primeira instância, o ex-governador foi absolvido por peculato.

Para o relator, restou provada a participação de Marconi Perillo como mentor e beneficiário de esquema de participação ilícita de recursos. Além disso, houve comprovação de adulteração de documentos públicos e particulares para prestação de contas da campanha. “Observando-se pelas provas colhidas nos autos, foram efetivamente usados meios fictícios de faturamento de serviço com a finalidade de acobertar a movimentação financeira da campanha”, votou Luiz Eduardo de Sousa para justificar a condenação no crime do artigo 350 do Código Eleitoral.

De acordo com o voto do relator, a fraude processual foi caracterizada por o ex-governador ter avisado os integrantes do grupo sobre medidas de busca e apreensão a serem realizadas.
O desembargador finalizou o mérito afirmando que houve formação de organização criminosa. “

Tenho, para mim, que restou comprovado que, a partir do núcleo político do grupo, Marconi Perillo exercia a chefia dos seus associados”, e acrescentou: “está caracterizado o vinculo estável e permanente, com divisão de tarefas e papeis definidos, não sendo desprezível o tempo que permaneceram associados durante toda campanha eleitoral de 2006”, apontou Luiz Eduardo de Sousa.

Penas

Ao final, o relator aplicou pena de 201 dias-multa, equivalente a R$70.350,00, além de 8 anos de pena definitiva de privação de liberdade, que deve começar a ser cumprida em regime semiaberto. Acrescentou, ainda, que haverá suspensão dos direitos políticos de Marconi Perillo enquanto durarem os efeitos da condenação.

Suspensão

O revisor deste processo, juiz Átila Naves Amaral, é relator de outros processos semelhantes. Admitiu que havia afastado os crimes de fraude processual e associação criminosa. No entanto, pediu vistas dos autos para analisar melhor a questão e não descartou votar com o relator Luiz Eduardo de Sousa.
Com isso, o processo fica suspenso até que seja retomado o julgamento pelo Tribunal Regional Eleitoral.

Contos da pandemia (26): “Se puder, fique em casa”, de Julius Vieira

Com a aglomeração, quase conseguia ver o vírus dançando balé pelo ambiente

Exclusivo: Arthur Lira articula aliança entre Ronaldo Caiado e Alexandre Baldy

Em entrevista exclusiva ao Jornal Opção, presidente da Câmara dos Deputados e uma da principais lideranças do Progressistas comentou o atrito que envolveu o ex-deputado Alexandre Baldy (PP-GO)_e o governador Ronaldo Caiado (DEM-GO) no começo do ano [embed]https://www.youtube.com/watch?v=IoO9b_Y9vDc[/embed] Frederico Jotabê Gabriela Macedo Gabriella Oliveira O presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira garantiu que trabalhará pela união de Progressistas e DEM no estado de Goiás. Em entrevista exclusiva para o Jornal Opção, o parlamentar comentou o atrito que envolveu o presidente do Progressistas em Goiás, Alexandre Baldy, e o governador Ronaldo Caiado no começo do ano. Apesar de Ronaldo Caiado não ter declarado apoio publicamente ao presidente da Câmara, Arthur Lira garantiu que o conflito foi superado. Além disso, espera união dos partidos nas eleições 2022. “São dois líderes em Goiás. Vamos trabalhar para que o DEM, o Progressistas e outros partidos estejam juntos, tanto em Goiás, como em outros estados do Brasil”, afirmou o presidente da Câmara. O nome de Arthur Lira foi o pivô do conflito entre os políticos goianos. Alexandre Baldy, até então aliado do governo, cobrou, publicamente do governador, apoio ao companheiro de sigla nas eleições para presidência da Câmara no começo deste ano. Ronaldo Caiado entendeu como indelicadeza. Como resposta, demitiu o irmão do Deputado, Adriano Baldy, da Secretaria de Cultura do Estado. Para o presidente da Câmara, o caso foi apenas atrito, já superado pelos políticos. “Temos de seguir aquela máxima: não podemos ser amigos que não podem se separar, nem inimigos que não podem se juntar”, afirmou Arthur Lira. Com a proximidade das eleições 2022, os parlamentares e o chefe do executivo goiano começam conversas para definição de apoio a candidaturas. No que depender de Arthur Lira, o conflito entre Baldy e Caiado é passado. “Essas situações políticas existem e exigem amadurecimento e conversa. Com conversa, vamos amadurecendo e trilhando novos caminhos. É isso o que espero para Goiás. (Baldy e Caiado) são dois excelentes homens públicos, que fazem muito bem seu trabalho”, finalizou o presidente da Câmara.

Entrega de comenda reúne Caiado, Lira, Ciro e Fábio Faria e mostra força política de Anápolis

34 pessoas foram homenageadas pela Prefeitura de Anápolis, durante celebração anual que comemora o aniversário da cidade

Arthur Lira cita em Anápolis o nome da quase-ministra Ludhmila Hajjar

O presidente da Câmara foi um dos políticos que operaram para levar a doutora em Cardiologia e professora da USP para o Ministério da Saúde

Eltânia André e a literatura vista pelo olhar feminino   

Escritora enumera os acontecimentos na vida de uma família e traça paralelos entre a frágil democracia brasileira e as tentativas para o seu enfraquecimento 

Adelto Gonçalves    

Quem chamou a atenção deste resenhista para o modo diferente como as mulheres escritoras olham o mundo foi o escritor catalão Eduardo Mendoza (1943), em entrevista que concedeu, em janeiro de 1990, em Barcelona. E que seria publicada à época na "Linden Lane Magazine", de Princeton, Nova Jersey/EUA, no "Jornal de Letras", de Lisboa, em "O Estado de S. Paulo", no "Suplemento Literário Minas Gerais" e em "A Tribuna", de Santos, e ainda pode ser lida no site www.filologia.org.br. Eis o que disse Mendoza: “Interesso-me, entre os contemporâneos, pelas mulheres. Elas interessam-me porque escrevem de uma maneira distinta. É difícil que um homem, nestes momentos, faça uma imagem que não seja conhecida. Já as mulheres têm imagens próprias, completamente novas. São uma janela para outro mundo, outra sensibilidade e outra forma de ver as coisas”. [caption id="attachment_313794" align="aligncenter" width="329"] No livro de Eltânia André “o inferno das aparências reina desde antes da revolução digital e persegue e cria marca de ferro nos seus habitantes em termos existenciais” | Foto: Divulgação[/caption] Pois bem, o novo livro de Eltânia André (1966), "Terra Dividida" (Laranja Original Editora, 2020), é uma confirmação das palavras de Mendoza. E uma prova de como o olhar feminino na literatura é diferente daquele feito por homens, como sabe quem tem intimidade com as obras de Clarice Lispector (1920-1977), Cecília Meirelles (1901-1964), Nélida Piñon (1937), Cora Coralina (1889-1985), Carolina de Jesus (1914-1977), Lygia Fagundes Telles (1923) e Hilda Hilst (1930-2004), só para ficarmos com algumas autoras brasileiras. É um outro olhar. O romance de Eltânia mostra como pano de fundo Pirapetinga, cidade de 10 mil habitantes, que fica na divisa dos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, com o rio do mesmo nome separando o território mineiro de Santo Antônio de Pádua, no lado fluminense. Embora nascida em Cataguases, cidade mineira que constituiu extraordinário celeiro de artistas da mais alta relevância para o País ao longo do século 20, desta vez, a autora preferiu se inspirar em Pirapetinga, terra de seus avós, que fica a 150 quilômetros de distância, e, assim, construiu um mundo imaginário cortado pelas águas de um rio e pelos valores, dramas e contradições que circundam as relações pessoais. Em linguagem extremamente criativa e pessoal, Eltânia vai enumerando, numa prosa escorreita e acessível a qualquer leitor, os acontecimentos na vida de uma família, ao mesmo tempo em que traça paralelos entre a frágil democracia brasileira e as recentes tentativas para o seu enfraquecimento, que vão até a um possível golpe de mão armado antes das eleições previstas para 2022. Aliás, concluído em agosto de 2016, o romance é premonitório, ao reproduzir em sua penúltima página a fala de um esbirro da ditadura civil-militar (1964-1985) exaltando a figura de um torturador, prenúncio dos maus tempos que viriam com aquele que já é considerado o pior governo da História republicana. [caption id="attachment_63924" align="aligncenter" width="620"] Eltânia André adota a técnica do fluxo de consciência joyceano, ao percorrer as trajetórias de figuras anônimas | Foto: Divulgação[/caption] Em seu romance, a autora adota a técnica do fluxo de consciência joyceano, ao percorrer as trajetórias de figuras anônimas, como Naira, Socorrinha, Eneida, Basílio, Nena e Almeidinha, procurando desvendar os mistérios da mente de cada personagem. Como exemplo, eis um trecho do depoimento de Socorrinha: “Muitas garotas não se previnem e engravidam por descuido e se dão mal como eu. A maioria dos homens que conheço não quer saber de compromisso doméstico, ajuda a lavar as louças e acha que está sendo moderno. O Laurindo, ex-marido da Efigênia, fez tudo quanto é tipo de falcatrua para enganar o juiz, no final deixou uma pensão minguada para os quatro filhos. O Aldo se mandou sem olhar para trás, a menina dele teve que ir ao psicólogo, tão triste ficou com o sumiço do pai de outrora. A carga bruta sobra é pra gente (...)” (págs. 88-89). Já Basílio é marcado pelo prenúncio de novos tempos, pois nasce no dia 15 de março de 1985, data em que caiu a ditadura civil-militar. O seu depoimento vai até a época do impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff, que, aliás, caiu mais por ser a primeira mulher a ocupar a Presidência da República brasileira do que por qualquer outra razão alegada. Como se percebe, a ação do romance começa, cronologicamente, na era pré-digital, em que as indústrias e até as redações dos jornais e revistas começavam a passar pelas transformações ditadas pela informática, até chegar à época atual em que muitas conversas são feitas através de e-mails, messenger do Facebook, Instagram ou WhatsApp, imagens privadas são divulgadas por Youtube e os negócios já não exigem dinheiro vivo para serem realizados, mas moedas virtuais, como a bitcoin, criptomoeda criada para ser um mei o de pagamento totalmente eletrônico que transfere créditos pela rede. Como observa no prefácio a poeta Kátia Bandeira de Mello Gerlach, neste livro de Eltânia, “o inferno das aparências reina desde antes da revolução digital e persegue e cria marca de ferro nos seus habitantes em termos existenciais”.  Para a prefaciadora, o texto de Eltânia lembra o da escritora portuguesa Agustina Bessa-Luís (1922-2019), principalmente em seu livro "A Sibila" (1954), palavra que, entre os antigos, designava a mulher a quem se atribuíam o dom da profecia e o conhecimento do futuro, ou seja, a profetisa. De fato, tal como se dá em "A Sibila", o fio condutor principal é bastante descontínuo e vai mais além, pois, se no romance de Agustina é a partir do relato da vida de Quina, a sibila, que se sucedem episódios muito variados com numerosas personagens, em Terra dividida as personagens principais são pelo menos sete, além do gato Getúlio, que acompanha a sucessão de fatos com atenção, como se fosse um ser humano. Tal como Agustina, Eltânia André procura mostrar a profunda dimensão humana que se pode encontrar num espaço rural tradicional, onde cabe à mulher um papel de primeira grandeza, pois, geralmente, os homens fogem à responsabilidade e acabam por buscar um possível futuro melhor nas grandes cidades, deixando às parceiras a responsabilidade maior de criar e educar os filhos. Por aqui se vê que o livro de Eltânia chega para merecer um lugar de destaque na literatura de Língua Portuguesa. E vem provar que as escritoras oferecem mesmo um olhar diferente do mundo que não se vê na literatura praticada por homens. Depois de viver experiências traumáticas com a violência urbana que marca a vida numa cidade grande como São Paulo, Eltânia André hoje mora em São Pedro do Estoril, aldeia da freguesia de Cascais e Estoril, perto de Lisboa. É formada em Administração e Psicologia, com especialização em Psicopatologia e Saúde Pública. Tem uma obra que já se destaca entre os autores da Literatura Brasileira: "Meu Nome agora é Jaque" (contos, Editora Rona, 2007), seu livro de estreia; "Manhãs adiadas" (contos, Editora Dobra, 2012); "Duelos" (contos, Editora Patuá, 2018), "Para Fugir dos Vivos" (romance, Editora Patuá, 2015) e "Diolindas" (romance, Editora Penalux, 2016), escrito em parceria com o marido, o romancista Ronaldo Cagiano. Adelto Gonçalves é doutor em Letras na área de Literatura Portuguesa pela USP e autor de Gonzaga, um poeta do Iluminismo (Nova Fronteira, 1999), Barcelona brasileira (Nova Arrancada, 1999, e Publisher Brasil, 2002), Bocage, o perfil perdido (Caminho, 2003; Imprensa Oficial do Estado de São Paulo - Imesp, 2021), Tomás Antônio Gonzaga (Imesp/Academia Brasileira de Letras, 2012),  Direito e Justiça em terras d'el-rei na São Paulo Colonial (Imesp, 2015), Os vira-latas da madrugada (José Olympio Editora, 1981; Letra Selvagem, 2015) e O reino, a colônia e o poder: o governo Lorena na capitania de São Paulo - 1788-1797 (Imesp, 2019), entre outros. E-mail: [email protected]

Quadrilha que contrabandeou uma tonelada de ouro para a Europa é presa pela Polícia Federal

“Investigados fazem uso de mulas, que transportam ouro até a Itália com documentação falsa de empresas fictícias. Orcrim traz joias adquiridas na Ásia e EUA, utilizando”

Contos da pandemia (25): Exilado, de Anderson Alcântara

“Não há nenhuma voz interior a me a cochichar qualquer som. Sou uma embalagem somente oca, sem nenhum outro adjetivo”