Disputa para o Senado agita os bastidores no Tocantins

06 fevereiro 2022 às 00h00

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Kátia Abreu, Marcelo Miranda e Dorinha Seabra são alguns nomes que desejam representar o Estado

Ruy Bucar
A senadora Kátia Abreu (PP) sai na frente na disputa pela única cadeira do Senado pelo Tocantins em 2022. A senadora revelou recentemente que conta com o apoio do presidente Lula nesta disputa. Um apoio de peso, em se tratando de uma eleição que aponta para ser uma das mais disputadas, desde a criação do Estado do Tocantins.
Se vencer a eleições a senadora terá conquistado um feito notável será a sua terceira eleição consecutiva para a Câmara Alta que lhe dá a condição de permanecer 24 anos no Senado. O PT do Tocantins desconhece o compromisso de Lula com a senadora tocantinense, mas não pode desconhecer a lealdade da líder ruralista ao PT, no caso, ao governo Dilma. Foi uma das que mais combateu as manobras para desalojar a petista do poder.
O ex-governador Marcelo Miranda (MDB) articula apoio para disputar novamente uma cadeira no Senado Federal. Em 2010 ele foi eleito senador, mas não levou. Com direitos políticos suspensos em função da cassação do mandato em 2009, não pode tomar posse. Em seu lugar assumiu Vicentinho Alves, terceiro colocado na disputa. A condição política do ex-governador não é muito diferente daquela época, teve o seu mandato de governador cassado novamente em 2018, mas acredita que desta vez se for eleito, tomará posse.
Quem também está no páreo é a deputada federal Dorinha Seabra Rezende (União Brasil), considerada a mãe do novo Fundo de Manutenção do Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), no seu terceiro mandato na Câmara Federal anuncia que agora será candidata a senadora. Um nome sobretudo pela capilaridade de voto, tem apoio em todos os municípios do Estado tem em vista a boa atuação como secretária da Educação durante mais de uma década. Bandeira que ela sempre defendeu com firmeza na Câmara dos Deputados. Dorinha concorre em pé de igualdade com concorrentes de peso, como Kátia e Marcelo.
O ex-prefeito de Palmas Raul Filho (MDB) mantém o sonho antigo de conquistar uma cadeira no Senado. Em 2018 tentou ser candidato e teve vaga negada pelo PSD, partido a qual era filiado na época, por essa razão deixou a sigla insatisfeito e ingressou no MDB que tem outro postulante o ex-governador Marcelo Miranda. O ex-prefeito que já pertenceu o PT garante que participará destas eleições. Raul tem cheiro de povo, é o político mais popular do Tocantins mas enfrenta enorme desgaste político pela condenação por irregularidades em suas gestões à frente da Prefeitura de Palmas.
A disputa ainda deve contar também com outros nomes que neste momento trabalham para viabilizar candidatura ao governo do Estado. Não conseguido emplacar na disputa pelo Palácio Araguaia certamente vão aceitar concorrer a outros cargos. Nesta condição estão os ex-prefeitos de Gurupi Laurez Moreira (AVANTE) e de Palmas Carlos Amastha (PSB), a forma como são cortejados por outros pré-candidatos ao governo indica que são nomes polivalentes e que podem ser escalados para atuar fora da posição desejada, nesta disputa.
A senatoria integra a chapa majoritária e passa a ser estratégico na aglutinação de forças. Neste caso quem não conseguir viabilizar candidatura ao governo pode se tornar um ótimo candidato ao senado.
Outros nomes que embora não cogitaram disputar o senador devem ser incluídos nesta lista. O deputado federal Carlos Gaguim (União Brasil), o ex-senador Vicentinho Alves (PL), o suplente de senador Donizete Nogueira (PT) e o empresário e suplente de senador Marco Antônio Costa. Todos têm capital político para disputar o cargo que desejar, em função da folha de serviços prestados ao Estado e bom trânsito político que possuem no cenário estadual.