Por Marcello Dantas
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Neyde Aparecida, secretária de Educação | Foto: Fernando Leite[/caption]
A força-tarefa anunciada pelo prefeito Paulo Garcia, PT, ao Jornal Opção Online na quarta-feira, 2, acalma os ânimos daqueles que esperavam posição mais firme do Poder Executivo em relação à confusão vista na distribuição da merenda escolar na capital, protagonizada pela Secretaria Municipal de Educação (SME) e o Dale, Departamento de Distribuição Alimentar.
Essa foi a segunda importante ação adotada por Paulo Garcia para tentar apurar o que está sendo denunciado. A cobrança, claro, parte mais da Câmara de Vereadores, que tem papel fiscalizador. A primeira atitude do prefeito foi a de criar a Comissão Especial de Avaliação no final de junho. Porém, já nasceu duvidosa: a secretária de Educação, Neyde Aparecida, é a presidente.
A comissão nada comprovou de desvios nos itens da merenda. A Procuradoria-Geral do Município também garante. Não há provas reais de que Neyde tenha cometido ato de improbidade. Ela diz que “não falta merenda escolar. Faltam alguns alimentos”. Por falha dos distribuidores? Das merendeiras que recebem o produto (o que é pouco provável)? Ou é desvio direto no dinheiro para aquisição ou diretamente na distribuição dos produtos? Essas últimas hipóteses parecem mais prováveis. Mas cabe aos poderes as devidas investigações.
Mas o fundo do buraco não parece estar tão distante da petista. Foi aberto processo administrativo contra cinco servidores da SME, sendo que um deles foi afastado do cargo. O que isso significa? Talvez a real preocupação de Paulo Garcia em excluir dos quadros da prefeitura servidores mal intencionados.
Mas aliados mais próximos do prefeito acreditam que o fundo do buraco não está tão distante da secretária. “Se Neyde Aparecida for exonerada, Paulo Garcia sela atestado de irregularidades. É ruim, então, ela ser mantida. Ela nos garante, em conversas internas, que não desviou. A gente acha que não houve desvio. Mas caso tenha tiver irregularidade, não foi tão distante dela assim”, comenta uma fonte.
Ainda está obscuro, mas comenta-se da ligação de Wesley Silva Batista, ex-chefe do Dale, com o PMDB de Iris Rezende, ex-prefeito de Goiânia. Especificamente com o advogado Sodino Vieira, morto em 2013.
Sodino foi prefeito de Quirinópolis, deputado estadual e conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), além de coordenador da campanha irista ao governo do Estado em 2010.
Há garantias de que o diretório metropolitano do PT não esteja a par da situação e, por isso, não entra na discussão. Há outro fator que pesa pela manutenção de Neyde. Ela e o prefeito são companheiros de tempos e já fizeram “dobradinhas exclusivas” em campanhas à Assembleia Legislativa.
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Lúcia Vânia, Wilder Morais, Fernando Krebs, Antônio Gomide e Maguito Vilela: nomes citados por pesquisadores como possíveis candidatos a senador em 2018 | Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção e Divulgação[/caption]
Dois pesquisadores disseram ao Jornal Opção, na semana passada, que enganam-se aqueles que avaliam que, em 2018, Goiás terá duas vagas em disputa para o Senado. Ante o jornalista estupefato, ambos esclareceram: “Uma vaga será do governador Marconi Perillo (PSDB), não há a menor dúvida. Portanto, só uma vaga estará em disputa”. Parece lógico. Acredita-se, inclusive, que haverá uma fila enorme de políticos e empresários se posicionando para a suplência do tucano-chefe. O motivo é que apostam que o PSDB deve fazer o próximo presidente da República e, assim, Marconi Perillo será convocado para um ministério — possivelmente o de Cidades.
Os pesquisadores listaram os políticos que possivelmente vão disputar a vaga que está “sobrando” (alguns, claro, vão sair do páreo, outros devem ser suplentes e a maioria nem vai disputar) e o Jornal Opção fez pequenos comentários sobre as possibilidades de cada. Claro que, como a eleição será disputada daqui a três anos, novos nomes poderão surgir.
O listão dos nomes mais citados:
Antônio Gomide — PT. O jovem ex-prefeito de Anápolis pode disputar mandato para o Senado. É um nome consistente.
Demóstenes Torres — PMN ou PSL. Talvez seja mais fácil ser eleito deputado federal. Mas, se for considerado injustiçado, pode se eleger.
Fernando Krebs — PMDB. É o candidato que está sendo preparado pelo deputado José Nelto. Pode surpreender.
Jovair Arantes — PTB. Quer ser senador, mas pode lhe faltar base política. Seu partido tende a ser esvaziado.
Júnior Friboi — Pros. Prefere disputar o governo, mas pode ir para senador. Tem dinheiro, o que, em política, significa estrutura.
Lúcia Vânia — PSB. A senadora, com anos de serviços prestados a Goiás, é uma das candidatas mais fortes.
Magda Mofatto — PR. A deputada federal planeja disputar vaga no Senado e está articulando uma estrutura política ampla.
Maguito Vilela — PMDB. É uma espécie de Marconi Perillo do peemedebismo. Um nome cristalizado e bem posicionado.
Roberto Balestra — PP. O sonho do deputado federal é ser senador. Mas falta-lhe base política.
Vilmar Rocha — PSD. O ex-deputado federal quase surpreendeu Ronaldo Caiado na disputa de 2014. É um político respeitado e tem perfil de senador.
Wilder Morais — PP. O senador está trocando de partido para disputar a reeleição. Como Friboi, tem estrutura financeira. Há quem acredite que possa ser suplente de Marconi Perillo.
