Segundo apurou o Jornal Opção Online, um é banco público e o outro é privado. No total, o grupo goianiense tem R$ 17,6 milhões a pagar com credores
Os maiores credores do Empório Piquiras Ltda e Outros são duas instituições financeiras: uma pública e outra privada. A Master Auditores, empresa contratada para avaliar a situação do grupo, não divulgou nomes para evitar atrapalhar futuras negociações. Os outros são fornecedores de matérias-primas. O porcentual das dívidas não foi informado.
O grupo Piquiras entrou com pedido de recuperação judicial no último dia 28 de agosto. A Master Auditores tem prazo de 60 dias para elaborar plano de ação e apresentá-lo aos credores. O relatório da situação da empresa será mostrado em assembleia geral no início de 2016, sem data marcada.
Segundo Agnaldo Pacheco, consultor financeiro, o pedido aguarda protocolo de confirmação do juiz da 7ª Vara Cível, Ricardo Teixeira Lemos. “Ele homologa e a empresa cumpre o que está estabelecido no plano de ações com propostas de pagamento para bancos e fornecedores.”
Ressaltando que o grupo tem marca forte, o consultor diz que, apesar do processo, os pontos de atendimento continuam abertos aos clientes. “Nesse momento de descompasso no caixa temos de colocar o endividamento de forma pagável, efetivamente para recuperar. A situação difícil não é inerente somente ao Piquiras, mas a todo o setor de bar e restaurante. Estamos bem estruturados para sair do processo”, avaliou.
A empresa tem 30 anos de existência e conta com 300 colaboradores.
No processo protocolado na 7ª Vara Cível consta que a ação judicial atual é de R$ 10 mil — o valor é uma quantia meramente estimativa para fins fiscais. Até a manhã desta terça-feira (1º/9), o pedido estava sendo “encaminhado à escrivania”.
Parcelamento
Conforme apurou o Jornal Opção Online, quem está mais próximo da empresa neste momento é Tiago Zotarelli, também em nome da Master. Ele é o responsável pelo levantamento das contas dos cinco estabelecimentos do Piquiras espalhados pela capital e confirma que o faturamento do grupo registrou queda.
“Ainda não temos o deferimento [do juiz] e a gente só começou a analisar. Essa primeira fase é para juntar documentos. Nos próximos dias teremos o número do faturamento e de despesa das unidades, que é a base para fazer o plano e, assim, saber sua viabilidade.”
Ele afirma estar realizando estudo de caixa, mas não há como prospectar valores até o momento. Para isso, pretende-se captar o faturamento deste ano. O efeito do processo é o parcelamento da dívida com os credores.
Lamentável. Uma marca como a do Piquiras, tida como sólida, enfrentar uma situação desconfortável como essa, é preocupante. E quando isso acontece, não há outra explicação que não passe pela ideia de gestão equivocada. Daí, me reporto às palavras de um economista: “Quem tem e põe, faz um monte; quem não tem e tira, faz um buraco”. Simples assim: despesa maior que receita.
Isso é resultado de má administração…
Não adianta, querer vender coisas só para supostos ricos, coloca um preço mais acessivel, que todos compram, consume…etc!
Verdade. Criar restaurantes eletizados demais, dá nisso. Olhem as empresas que vendem “pra pobre”, só crescem!