Por Euler de França Belém
A lista contém obras literárias de qualidade. Mas esquece "Um Defeito de Cor", talvez o romance brasileiro mais importante publicado no século 21
O funcionário da Agência Rural Anivaldo Ferreira da Silva, de 58 anos, morreu na quinta-feira, 19, em Rio Verde, onde residia. Teve um infarto. Uma filha de Anivaldo, Nayara Barcelos, foi candidata a deputada federal em 2014 pelo PSB. Ligada politicamente ao presidente do PSB, o empresário Vanderlan Cardoso, dono do Grupo Cicopal. Anivaldo deixa mais duas filhas, Nayanne e Natália Barcelos.
Memórias do neurologista, um dos mais importantes divulgadores da ciência, com sua prosa de escritor consumado, saem em abril
“A OAB-GO necessita ter à frente da instituição um advogado militante, que conhece as dificuldades pelas quais passam seus colegas”, afirma o advogado
Mal Enil Henrique foi eleito para presidir a Ordem dos Advogados do Brasil-Seção de Goiás, para o mandato-tampão que vai até o fim do ano, e praticamente já começou outra campanha. O presidente afirma que não será candidato à reeleição, mas, se conclamado, pode recuar e disputar. As oposições podem bancar Lúcio Flávio ou o desembargador aposentado Paulo Teles. O Portal Rota Jurídica, editado pela bem informada jornalista Marilia Costa e Silva, informa que Djalma Rezende [foto acima] deve ser candidato a presidente da OAB. Seria o tertius?
Um dos advogados mais ricos de Goiás, com forte atuação na questão de terras, Djalma Rezende tem capital para bancar uma campanha dispendiosa. Não à toa alguns advogados que privam de sua intimidade o chamam de “Júnior Friboi da advocacia”. Um exagero, é claro. Mas, de fato, Djalma Rezende tem dinheiro e aprecia gastá-lo com as coisas boas da vida. É um bon vivant. Sobretudo, é proprietário de um dos mais azeitados escritórios de advocacia de Goiânia, funcionando no Setor Oeste, mas com projeto de sede em preparo para a região do Alphaville.
Entrevistado por Marilia Costa e Silva, Djalma Rezende admitiu que deve pleitear a presidência da OAB-GO. “A OAB-GO necessita ter à frente da instituição um advogado militante, que conhece as dificuldades pelas quais passam seus colegas. Tudo que tenho hoje eu adquiri com o meu trabalho de advogado”, disse ao Portal Rota Jurídica. “A Ordem precisa apoiar quem tem intenção de ser só advogado”, acrescentou.
Djalma Rezende seria candidato por qual grupo? Na última eleição, apoiou Leon Deniz. Desta vez, se Lúcio Flávio e Paulo Teles não recuarem — acredita-se que os dois vão compor —, Djalma Rezende tende a pôr seu bloco na rua, atropelando a oposição mais tradicional. Trata-se de um candidato sólido, uma novidade.
O grupo de Enil Henrique poderia apoiar Djalma Rezende? Não se sabe. Mas tudo é possível, até por que o advogado transita com desenvoltura entre as várias correntes. Agora, se apoiado pelo grupo de Enil Henrique, poderá ser a grande surpresa do pleito.
O grupo de Miguel Cançado-Henrique Tibúrcio-Reinaldo Barreto, um dos mais articulados, apoiaria Djalma Rezende? Não se sabe. A tendência da OAB Forte é bancar a candidatura de Flávio Buonaduce Borges.
Portanto, há a possibilidade de se ter três chapas? Se tiver, se Flávio Buonaduce for candidato, suas chances crescem. O fato é que, por comandar a Ordem, Enil Henrique terá peso decisivo na escolha de um candidato consistente. Na escolha e no apoio. O presidente costuma desequilibrar o jogo — tanto como candidato quanto como cabo eleitoral.

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[Carlos Freitas: o advogado conhece a Celg]
O presidente da Celg indicado pela Eletrobrás, Leonardo Lins, pode sair por dois motivos. Primeiro, problemas familiares e desejo de voltar para Recife. Segundo, dadas as condições inadequadas de trabalho (falta de investimentos necessários na requalificação e ampliação da rede de distribuição). Não está certo que vai deixar a Celg, pois é considerado um técnico eficiente tanto pela Eletrobrás quanto pelo governo de Goiás — os sócios na companhia de eletricidade de Goiás. Porém, se sair, o PMDB e o PT vão se unir para tentar indicar o próximo presidente.
[Sebastião Ferreira Leite: advogado ligado ao PT de Delúbio Soares e Lula]
Se depender do deputado federal Rubens Otoni, o indicado pode ser seu irmão, o ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide. Este pode não entender do ramo de energia, mas tem experiência com gestão pública, que é, no momento, ao lado de recursos financeiros, o que a Celg está precisando.
A tendência Articulação prefere outro nome, o do advogado Sebastião Ferreira Leite, o Juruna, que é amigo e aliado tanto de Delúbio Soares quanto do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia. Juruna já advogou para o ex-presidente Lula da Silva e garante que são amigos.
[Antônio Gomide: é o que mais tem experiência como gestor]
O procurador-geral da Prefeitura de Goiânia, o advogado Carlos Freitas, tem sido apontado como líder da lista dos indicáveis. Ele é funcionário efetivo da Celg e, embora não seja engenheiro, conhece os meandros técnicos e os negócios. Não é petista de carteirinha, mas é bem visto pelo PT.
O PMDB não tem colocado nomes para o debate. Mas há quem aposte que cinco nomes são bem vistos: Marcelo Melo, ex-deputado federal (ligado ao vice-presidente Michel Temer), Samuel Belchior, Lívio Luciano, Romilton Morais, ex-deputados estaduais, e Mauro Miranda, ex-senador.
Do lado do PSDB, prefere-se a permanência de Leonardo Lins, considerando que sua gestão tem sido técnica, e não política.
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Deputado federal Fábio Sousa (PSDB) vai apresentar um projeto pelo qual se proíbe a nomeação de ministros para compor conselhos de estatais.
Fábio Sousa [foto acima, de seu Facebook] sugere, no projeto, que apenas funcionários efetivos das empresas e dos ministérios aos quais as estatais são ligadas devem pertencer aos conselhos. Fora do serviço público, podem ser indicadas pessoas com notório saber nas áreas.
O projeto do deputado é importante por quatro motivos. Primeiro, porque os ministros raramente vão às reuniões dos conselhos. Segundo, o que os ministros recebem dos conselhos é tão-somente um complemento salarial, ou melhor, um salário a mais — onerando os cofres públicos. Terceiro, trata-se de burlar a determinação do salário-teto; na prática, há ministros recebendo mais de 40 mil reais por mês. Quarto, porque abre espaço para que pessoas com conhecimento efetivo dos assuntos tratados nas estatais possam participar do debate. Mais técnica, menos política.
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[caption id="attachment_28690" align="aligncenter" width="620"] Presidente Dilma Rousseff e Lula: governos do PT pagaram mais de 350 mil reais a jornais inexistentes[/caption]
Na edição desta segunda-feira (12/2), o jornal Folha de S. Paulo confirma denúncias publicadas pelo próprio diário em 2012. Um relatório feito pela Presidência em 2013 confirmou os indícios de que o governo federal pagou anúncios a jornais que não existem no ABC paulista.
De acordo com o relatório de auditoria da Secretaria de Controle Interno da Presidência apresentado à Folha, entre 2008 e 2012 (durante os governos do ex-presidente Lula e da atual mandatária petista, Dilma Rousseff), a Secretaria de Comunicação Social da Presidência pagou R$ 364,6 mil a cinco jornais do Grupo Laujar de Comunicação S/A, de São Bernardo do Campo.
Os auditores concluíram que os jornais "resumemse a quatro páginas cada um", com notícias repetidas, cujas "informações e imagens" são "cópias de reportagens de sites de notícias sem atribuição [de] créditos", aspectos que seriam "indícios de fraude".
Segundo a Folha, no endereço da sede do grupo, os fiscais encontraram um "sobrado residencial". Os vizinhos do suposto parque gráfico desconheciam a existência de atividades no local, afirma o texto.
"Os auditores também visitaram 35 bancas de jornal e contataram outras 21. A única que conhecia um dos títulos investigados, o "Jornal do ABC Paulista", do qual havia recebido dois exemplares para venda naquele dia, fora indicada pelo dono da Laujar", expõe o jornal.
O relatório conclui que "os periódicos entregues como prova à Secom foram forjados". A declaração em cartório sobre a tiragem dos jornais, diz o texto, "é falsa".
Em 2012, a Folha teria divulgado que a Secom gastara, desde 2011, R$ 135,6 mil para anunciar nesses jornais. Em 2014, revelou que, entre 2004 e 2012, estatais federais pagaram R$ 1,3 milhão à empresa. A reportagem, que descrevia os jornais com as mesmas características apontadas no relatório, mostrava que eles não eram vendidos nem tinham registros conhecidos.
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O vereador Anselmo Pereira (PSDB) trabalha, em tempo integral, para ser vice do possível candidato do PSDB a prefeito de Goiânia, Jayme Rincón. Presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Anselmo Pereira, embora admita que o deputado estadual Francisco Júnior saiu na frente, afirma que vai colocar seu bloco na rua.

[caption id="attachment_28572" align="aligncenter" width="620"] Humberto Aidar, deputado do PT: “Bancar o vice de Iris Rezende é o mesmo que dizer que o PT não serve para governar Goiânia” | Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O deputado estadual Humberto Aidar radicalizou: “Se não lançar candidato a prefeito em Goiânia, em 2016, o PT estará dando um atestado de incompetência a si próprio”.
Ligado à tendência liderada pelo deputado federal Rubens Otoni, Aidar diz que o PT “tem vários trunfos e não pode abdicar deles. Nós temos o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia. Com alguns ajustes, ele deslancha. Temos a presidente da República, Dilma Rousseff. Temos uma história política forte na capital. Temos militância articulada e aguerrida”.
Entrevistado pelo Jornal Opção, Aidar sublinhou, de maneira contundente: “Não acho que o melhor caminho para o PT é andar a reboque do PMDB e de Iris Rezende. Acrescento que, se o partido quiser subordinar-se ao irismo, mais uma vez, vou lutar contra com todas as minhas energias. Por quê? Porque temos bons nomes e não podemos impedir que se testem eleitoralmente. Eu insisto: rejeito qualquer aliança com Iris Rezende. Bancar seu vice é o mesmo que dizer que o PT não serve para governar Goiânia”.
O melhor candidato do PT para prefeito, na opinião de Aidar, é o doutor em agronomia Edward Madureira. “O ex-reitor da Universidade Federal de Goiás não tem desgaste algum, transita bem em todas as tendências do PT e tem forte presença na sociedade. Há a possibilidade de ele atrair o voto de um eleitor que às vezes não vota no PT. Se o partido não bancá-lo vai desperdiçar, por inércia ou falta de visão, um grande político emergente, de conteúdo sólido.”
O deputado frisa que, se Edward não quiser disputar, vai apresentar o próprio nome ao partido. “Mas sei que a ala que apoia o PMDB não bancaria minha candidatura.”
Adriana Accorsi é vista por Aidar como uma candidata qualitativa. “Ela devia ‘cortar’, pela raiz, a história de que será vice de Iris Rezende.”
Como a eleição na capital é em dois turnos, Aidar assinala que os grandes partidos precisam mostrar a cara, apresentar seu projeto para a sociedade e lançar candidato a prefeito. “No segundo turno, articula-se uma aliança política. Agora, se ganha a prefeitura sem o PMDB, o PT poderá governar ao seu modo, assim, não ficará engessado pelo peemedebismo. Em Goiânia, até o vice de Paulo Garcia, Agenor Mariano, do PMDB, está ‘batendo’ em sua gestão.”
“A militância”, destaca Aidar, “quer pedir voto para um candidato do PT e não tem entusiasmo algum com Iris Rezende. Os militantes perguntam: ‘Se o PT não vai lançar candidato a prefeito em Goiânia, que repercute em todo o Estado, como poderá cobrar que se lance candidatos no interior?”
Aidar diz que o PT precisa pensar e agir de maneira mais abrangente. “Se não lançarmos candidato em Goiânia, em 2016, deixando de fortalecer as estruturas do partido na principal cidade do Estado, nós teremos dificuldade para bancar um candidato a governador consistente em 2018. O começo para disputar bem o governo do Estado é ter uma estrutura sólida na capital. Por que parte do PT quer renunciar ao poder? Não se sabe.”

[caption id="attachment_28576" align="aligncenter" width="620"] Vanderlan Cardoso e Ronaldo Caiado: o segundo precisa do primeiro pra disputar o governo. Mas o líder do PSB pode escolher os aliados | Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Políticos são habilidosos e não expõem suas jogadas de maneira precisa. Até porque o jogo — o de 2016 e o 2018 estão conectados — está começando. O político que acreditar que alianças vão ser estabelecidas agora, atendendo a certas urgências que a política não tem, será atropelado pelos fatos. A hora é de jogar, não de fechar o jogo.
Os jogos de PMDB, PSDB, PSB e DEM, para citar quatro partidos, estão entranhados. Um dos principais “peões” é Vanderlan Cardoso, presidente do PSB. Como deve ser candidato a prefeito de Goiânia, em 2016, e não ao governo do Estado, em 2018, interessa, e muito, a grupos díspares. Ronaldo Caiado quer disputar o governo com o apoio do PMDB, porque sabe que, se postular pela terceira via, será atropelado pelas máquinas eleitorais da primeira e da segunda vias. Porém, para ter força na negociação com o peemedebismo, precisa de trunfos.
Um deles, o principal, é o próprio Caiado, por ser senador. Mas, se conquistar o apoio de Vanderlan Cardoso — como apoiador ou vice, ou candidato a senador —, se cacifará, de maneira mais forte, no trato com o PMDB de Iris Rezende e outros.
O PSDB trabalha com a hipótese de Vanderlan Cardoso se tornar uma peça de duplo jogo, o de 2016 e o de 2018. É quase certo que o governador vai bancar o presidente da Agetop, Jayme Rincón (PSDB), para prefeito de Goiânia. Entretanto, como político hábil, que pensa além da circunstância, o governador Marconi Perillo nunca trabalha apenas com um jogo. O tucano geralmente tem três jogadas. No momento, tem duas. Uma é Rincón. A outra pode ser Vanderlan. Porque Vanderlan? Porque tem chance de ser eleito, derrotando Iris Rezende. Só?
Não. Apoiar Vanderlan significa não deixá-lo caminhar em direção ao jogo de Caiado e, possivelmente, do PMDB. Se fizer parte do jogo de Marconi em 2016, Vanderlan estará conectado ao jogo tucano para a disputa do governo do Estado, em 2018, como apoiador, se for eleito prefeito da capital, ou, quem sabe, como candidato na chapa majoritária — vice ou senador — ou a deputado federal.

O prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), é um político delicado, de fino trato. Um autêntico gentleman, chega a parecer um lorde inglês. Mas, mesmo assim, não suporta mais o autoritarismo e a capacidade de manipulação de Iris Rezende. Depois de fazer as maiores maquinações políticas, como puxar o tapete dos companheiros, Iris tem o hábito de, mais do que dizer, insinuar que os problemas foram gerados por Samuel Belchior, Bruno Peixoto e Iris Araújo. Nada disso é verdadeiro. Não há uma jogada no PMDB — desde a puxada do tapete de Maguito Vilela (em 1998), Henrique Meirelles, Vanderlan Cardoso e Júnior Friboi — que não tenha a mão maquiavélica e hobbesiana de Iris Rezende. Ele articula tudo, a partir de seu escritório, e depois fica com a imagem de “bom velhinho”.