Presidente Dilma Rousseff e Lula: governos do PT pagaram mais de 350 mil reais a jornais inexistentes
Presidente Dilma Rousseff e Lula: governos do PT pagaram mais de 350 mil reais a jornais inexistentes

Na edição desta segunda-feira (12/2), o jornal Folha de S. Paulo confirma denúncias publicadas pelo próprio diário em 2012. Um relatório feito pela Presidência em 2013 confirmou os indícios de que o governo federal pagou anúncios a jornais que não existem no ABC paulista.

De acordo com o relatório de auditoria da Secretaria de Controle Interno da Presidência apresentado à Folha, entre 2008 e 2012 (durante os governos do ex-presidente Lula e da atual mandatária petista, Dilma Rousseff), a Secretaria de Comunicação Social da Presidência pagou R$ 364,6 mil a cinco jornais do Grupo Laujar de Comunicação S/A, de São Bernardo do Campo.

Os auditores concluíram que os jornais “resumem­se a quatro páginas cada um”, com notícias repetidas, cujas “informações e imagens” são “cópias de reportagens de sites de notícias sem atribuição [de] créditos”, aspectos que seriam “indícios de fraude”.

Segundo a Folha, no endereço da sede do grupo, os fiscais encontraram um “sobrado residencial”. Os vizinhos do suposto parque gráfico desconheciam a existência de atividades no local, afirma o texto.

“Os auditores também visitaram 35 bancas de jornal e contataram outras 21. A única que conhecia um dos títulos investigados, o “Jornal do ABC Paulista”, do qual havia recebido dois exemplares para venda naquele dia, fora indicada pelo dono da Laujar”, expõe o jornal.

O relatório conclui que “os periódicos entregues como prova à Secom foram forjados”. A declaração em cartório sobre a tiragem dos jornais, diz o texto, “é falsa”.

Em 2012, a Folha teria divulgado que a Secom gastara, desde 2011, R$ 135,6 mil para anunciar nesses jornais. Em 2014, revelou que, entre 2004 e 2012, estatais federais pagaram R$ 1,3 milhão à empresa. A reportagem, que descrevia os jornais com as mesmas características apontadas no relatório, mostrava que eles não eram vendidos nem tinham registros conhecidos.