Por Felipe Cardoso

Fábio de Souza Brito foi preso em flagrante nesta sexta-feira. A motivação do crime será investigada pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense

Polêmica surgiu depois de Zezé Di Camargo comentar foto do sobrinho, Wesley Camargo, no Instagram

Tatuagem custou R$ 350,00 e foi feita de acordo com as instruções dadas pela cliente

Documento deduz que ex-assessora parlamentar atuava como funcionária fantasma no gabinete do agora presidente e, à época, deputado

Foi enviada à Procuradoria-Geral da República uma representação, de autoria do procurador Carlos Henrique Martins de Lima, contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). O documento despachado pelo procurador aponta suspeitas de improbidade administrativa e peculato.
Segundo informações divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, a representação deduz que Nathália Melo de Queiroz, lotada no gabinete de Jair Bolsonaro à época em que era deputado federal, pode ter sido contratada como funcionária fantasma.
Há indícios de que, mesmo lotada como assessora parlamentar de Bolsonaro, Nathália dava aulas de personal trainer em horário comercial no Rio de Janeiro. A personal é filha de Fabrício Queiroz — ex-motorista do senador Flávio Bolsonaro. Ele está sendo investigado pelo Ministério Público (MP-RJ) por realizar movimentações financeiras atípicas à época em que Flávio era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Assim que avaliar a representação protocolada pelo procurador, caberá à Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, dizer como proceder. Martins argumenta, por meio do documento, que nada impede que o Presidente da República seja investigado e responsabilizado por seus atos.

Henrique Arantes (PTB), que é autor de requerimento de instalação de CPI que investiga a fornecedora, disse que as explicações dadas na reunião não foram convincentes

Presidente da Câmara Municipal de Goiânia garantiu que Comissão Especial de Inquérito irá averiguar situação

Vinícius Cirqueira irá investigar supostas dívidas perdoadas em favor de permissionários e concessionários da companhia

Chance de acertar a sequência de seis números no próximo concurso será de um em 50 milhões

Parlamentar disse que Alego irá contratar corpo técnico para trazer à tona atividades de empresas beneficiadas. A ideia é checar resultados

Ideia fomentada por conspiradores é de que a União Democrática Nacional, agora em fase final de criação, garantirá o afastamento dos Bolsonaros dos problemas internos do PSL
[caption id="attachment_166685" align="aligncenter" width="620"] Lideranças do PSL goiano. Da esquerda para a direita: deputado federal Delegado Waldir; deputados estaduais Paulo Trabalho e Major Araújo; e o vereador Lucas Kitão I Foto: Reprodução/Colagem[/caption]
É cedo para colocar em cheque a resistência e fidelidade político partidária do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e sua prole. Porém, com os holofotes da imprensa direcionados ao possível desvio de dinheiro público para candidaturas laranjas da sigla que o consolidou presidente — as investigações da Polícia Federal (PF) ainda estão em curso —, a possibilidade de mudança de nome é, no mínimo, considerável.
Enquanto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) gesta diversos novos partidos — são 75 atualmente —, lideranças estudam calmamente o processo de formação de cada um dos embriões. É preciso cautela para definir aqueles que irão amamentá-los. Dentre os partidos que vem por aí, um deles é tido como uma espécie de reencarnação: a União Democrática Nacional (UDN). Sim, o partido da direita liberal da era Vargas (o PT chegou a ser chamado de "UDN de macacão" — dado o radicalismo).
Políticos comentam, nos bastidores da política e na imprensa nacional, que a família Bolsonaro estuda migrar para o novo e, ao mesmo tempo, velho partido. As principais articulações pró-UDN estariam supostamente ligadas à figura do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL). Especula-se que o parlamentar conta com o apoio do irmão, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC), do Rio de Janeiro.
Voz das lideranças
Em entrevista ao Jornal Opção, o presidente do PSL em Goiás, Delegado Waldir Soares, garante que as informações ventiladas sobre a possível relação do nome de Eduardo Bolsonaro com a recriação da UDN não passam de "fake news". "Qual deputado sairia do PSL, ou de qualquer partido, para se vincular à UDN — que não possui tempo de televisão, tempo no rádio? Esquece. Chance zero. É 'fake news'." E indagou: "Qual partido sobrevive sem tempo na mídia?".
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Delegado Waldir Soares: "Recriação da UDN pelos Bolsonaros é fake news" | Foto: Fábio Costa / Jornal Opção[/caption]
Para o deputado a previsão é de se reduzir o número de partidos no Brasil e não de "ficar criando mais partidos de aluguel". "A palhaçada tem de acabar. O país não precisa mais do que três, quatro, cinco partidos. Se a ideia é representar a extrema direita não tem nada a ver conosco. Os parlamentares do PSL são de direita e não de extrema direita."
Delegado Waldir fria que "o PSL é fortíssimo. É o partido do presidente. Notícias plantadas para tentar desestabilizar o PSL é covardia de parte da imprensa. Quando começa a divulgar esse tipo de notícia, o jornalista tem de levar cartão vermelho, como os jogadores de futebol. Tem de afastar o jornalista por três ou seis meses. Não pode o jornalista publicar fake news e não acontecer nada. Qual é a fonte dele?".
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Paulo Trabalho: “A criação do partido pode não ser ruim. Seria mais um para representar a direita brasileira” I Foto: Fábio Costa / Jornal Opção[/caption]
Líder do PSL na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), Paulo Trabalho, diz acreditar que a criação da UDN não será tão simples quanto parece. “Existem vários boatos em torno disso.” Diferentemente de outras lideranças ligadas à sigla, o parlamentar busca avaliar a especulação com outros olhos. “A criação do partido pode não ser ruim. Seria mais um para representar a direita brasileira.”.
Para Paulo Trabalho, mesmo que as hipóteses se concretizem e o presidente deixe o PSL, o partido jamais será o mesmo. “Bolsonaro transformou a sigla. Ele trouxe muitas lideranças alinhadas ao seu perfil. O PSL tende a manter o viés deixado pelo presidente. E, se for para a UDN, irá fortalecer o partido — assim como fez com o PSL. Sendo assim, todo o grupo de partidos com esse mesmo alinhamento acabaria sendo beneficiado também.”
O deputado estadual Major Araújo considera provável a possibilidade de a família Bolsonaro migrar para a UDN. Ele explica que a criação de uma nova sigla abre janela para que todos os parlamentares possam fazer o mesmo, sem nenhum prejuízo. “Se todos forem, eu também migrarei."
Major Araújo, que está em fase de transição para o partido, diz que a decisão de ir para o PSL foi tomada com base na confiança no governo Bolsonaro e na ideologia do partido. “Para falar a verdade, a legenda é só um detalhe. [...] já passei por vários partidos políticos e tenho propriedade para afirmar que os estatutos são, basicamente, cópias uns dos outros.”
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Major Araújo: “Se todos forem, eu também migrarei." | Foto: Marcos Kennedy / Agência Assembleia de Notícias [/caption]
Apesar de assegurar que “o PSL não confirma a afirmação" (de que Eduardo Bolsonaro estaria estudando uma maneira de viabilizar a mudança), Major Araújo alega que, se o presidente migrar para a UDN, o PSL tende a não sobreviver. “Voltaria a ser um novo partido político nanico, e será condenado a extinção como aconteceu com o PRP, meu atual partido.” O deputado frisa que é preciso ter "cautela" neste momento. "Um passo errado e trazer um prejuízo muito grande."
Segundo o vereador Lucas Kitão (PSL), "a impressão é que se trata de especulações sem fundamento". O parlamentar diz acreditar que este não é o momento de a sigla se dividir e que, caso isso ocorra, poderia enfraquecer a base tanto na Câmara quanto no Senado. "Isso certamente resultaria em grandes dificuldades na aprovação das reformas que o governo se propõe a fazer."
Quanto às articulações em prol da migração de lideranças do PSL para a nova UDN, Lucas Kitão considera que talvez esses comentários sejam até "uma especulação da própria oposição na intenção de fragilizar a sigla". "A ideologia do PSL é muito atual. O partido só tem a crescer, tanto pelo fato de termos um presidente quanto pelo fato de representarmos os atuais e principais anseios da sociedade."
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Lucas Kitão: "A impressão é que se trata de especulações sem fundamento" I Foto: Fernando Leite / Jornal Opção[/caption]
Questionado sobre os atritos internos, o vereador disse que o pensamento, em qualquer sigla, nunca será homogêneo. "Mesmo criando uma nova UDN, ainda assim se terá divergência interna. Isso é natural em toda sigla." No seu ponto de vista, o PSL não enfrenta uma crise, e sim um período de amadurecimento. "Um amadurecimento de um partido que se tornou grande em pouco tempo. A criação desse novo partido pode até acontecer, mas duvido que a sigla se divida e que as principais lideranças deixem o PSL."
Ressalte-se que, antes da disputa pela Presidência em 2018, Bolsonaro, com o objetivo de encontrar uma sigla para lançar sua candidatura, chegou a cogitar sua incorporação à UDN. No entanto, o partido precisava se adequar a algumas medidas para viabilizar sua consolidação. Com pressa, Bolsonaro quase se tornou um Patriota — em termos partidários —, se vinculando, por fim, ao PSL.
À época, a não consolidação da criação da UDN se deu por diversos fatores. Dentre eles, o fato de a sigla ainda não ter sido validada junto ao TSE. A UDN conta atualmente com mais de 380 mil assinaturas, sendo necessárias 497 mil para viabilizar o registro. Contudo, apesar de ainda contar com um número insuficiente de assinaturas, o partido já possui diretórios em nove Estados brasileiros, além de CNPJ. Na prática, está criado — só falta a legalização no TSE.
Sendo a UDN um novo partido, políticos poderiam migrar para a sigla sem nenhum prejuízo ou impedimento (não perderiam o mandato, por exemplo). Perante a legislação eleitoral vigente, os interessados só podem mudar de time nas janelas partidárias. Tratando-se de um novo partido, a regra vai por água abaixo.
A UDN poderia, nada mais nada menos, reviver a direita liberal do Brasil (o PSL não tem o peso ideológico do udenismo — é mais um partido de oportunidade eleitoral, como o PRN de 1989, quando Fernando Collor foi eleito presidente). O peso histórico do partido poderia também ser um fator fundamental para a decisão de migração do presidente e seus aliados, tendo em vista que, ao mesmo tempo, o PSL não goza do mesmo respaldo ideológico. Dentro do próprio partido, Bolsonaro não conta com o apoio integral de seus membros, o que poderia ser encarado também como um fator de peso para a decisão.
Apesar das inúmeras teorias envolvendo o nome do parlamentar e a possível articulação em prol do renascimento e migração para o partido de perfil heterogêneo, Eduardo Bolsonaro veio às redes sociais no início da semana negar a formação de um novo partido. Confira o que disse no Twitter:
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Reprodução de publicação feita por Eduardo Bolsonaro no Twitter[/caption]
A ideia fomentada entre articuladores políticos é de que o partido, agora em fase final de criação, garantiria o afastamento dos Bolsonaros dos problemas internos do PSL.
Apesar de não possuírem ligação com os escândalos de desvio de verba em Pernambuco, a família Bolsonaro aparentemente teme que a contaminação do partido possa refletir negativamente no perfil de cada um e, claro, no resultado das futuras eleições. Cabe considerar que, na UDN, os políticos poderão trabalhar de maneira mais segura pela centralização das forças da direita.
Racha interno
Apesar de o PSL ter lançado Bolsonaro como candidato à Presidência, nem todas as lideranças da sigla Brasil afora, de fato, o apoiaram. Além disso, Bolsonaro foi surpreendido recentemente com os supostos desvios de dinheiro público para candidaturas laranjas do partido. Não é de hoje que a relação interna entre membros do partido tem sido gradativamente desgastada.
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Ex-minisitro Gustavo Bebianno (à esq) e presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) I Foto: Marcos Corrêa/PR[/caption]
O maior entrave entre dois gigantes do PSL atingiu o ponto de ebulição na tarde de terça-feira, 19. A exoneração do ex-ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência da República, não colocou um ponto final no imbróglio entre ele e o presidente. Pelo contrário, o desacordo foi oxigenado quando a revista "Veja" publicou, com exclusividade, áudios que desmentem as afirmações de Jair Bolsonaro (PSL) e um de seus filhos, o vereador, Carlos Bolsonaro (PSC). Bolsonaro disse que não havia conversado com Bebianno, mas ele provou, com os áudios, que, sim, haviam conversado. O desacordo entre ambos fica evidente nas mensagens de texto trocadas via aplicativo.
Aparentemente, a relação complicada entre Bebianno e Bolsonaro continua se arrastando. O ex-ministro enviou cartas a amigos e avisou: “Se algo acontecer comigo, abram”. Não se sabe exatamente o conteúdo, mas tem a ver, tudo indica, com a campanha do presidente Jair Bolsonaro e com a montagem do governo. A história foi revelada pela coluna “Radar”, da “Veja”.

Reforma política que prevê o fim da reeleição deverá ser votada este ano no Senado. Enquanto isso, lideranças do Estado estudam sair de cena no próximo pleito
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Em 2015, a Câmara dos Deputados votou pela aprovação do texto que prevê o fim da reeleição para os cargos do Executivo — presidente, governador e prefeito. O acolhimento da Proposta de Emenda à Constituição se deu meio a uma série de sessões realizadas para discutir os pontos centrais da reforma política.
O debate não é novo no Congresso Nacional. Desde 1997, ano em que a reeleição foi aprovada pelo após ser enviada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), há quem se posicione de maneira favorável e contrária.
Ainda que, neste momento, não seja tida como uma prioridade pelo Governo Federal, há quem continue trabalhando pela consolidação da ideia. É o caso do senador Jorge Kajuru, eleito pelo PSB goiano. Ele tem pressionado para que o Parlamento vote o projeto que põe fim à reeleição no Poder Executivo sob justificativa de que a legislação vigente prejudica a disputa eleitoral e impede a renovação na política.
De acordo com a Agência Senado, ao fazer uso da palavra em Plenário, Kajuru declarou: "Morro abraçado com esse meu projeto, com esse meu pensamento de que tem que acabar imediatamente [reeleição], dando mais um ano. Cada presidente, cada governador, cada prefeito terá direito a cinco anos de mandato e não terá direito a reeleição", defendeu.
Quanto à reeleição para o Legislativo, o senador manifestou interesse em discutir com os demais companheiros de Parlamento para que “juntamente com meus conselheiros, a gente encontre a melhor proposta”.
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O senador Vanderlan Cardoso (PP) também se posiciona contrário à reeleição. “Defendo o fim da reeleição desde antes de entrar na política”, ressalta. Ao Jornal Opção, o político afirmou que “cinco anos é tempo suficiente para o gestor que realmente sabe trabalhar fazer uma boa administração e cumprir todas as propostas que tenha feito em campanha”.
Quanto ao Legislativo, o parlamentar defende que “precisa funcionar da mesma maneira”. “É preciso compreender que a alternância de poder é benéfica para o Estado e para a Nação. Defendo um único mandato de cinco anos. Esse tempo basta para realizar todos os projetos que são apresentados na campanha”, concluiu o senador.
Por sua vez, o senador Luiz do Carmo (MDB) disse ao Jornal Opção que o grande problema da reeleição é o emparelhamento do Estado. "No momento que um governo se estabiliza no poder por muito tempo, todos os órgãos que o sustentam passam a ser formados predominantemente por pessoas ligadas de alguma forma ao posicionamento ideológico do governante". Para ele, isso é extremamente maléfico para a democracia, tendo em vista que o debate se acaba e a representatividade do governo se enfraquece. "Por isso, sou sim a favor do fim da reeleição no Poder Executivo", declarou.
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"Contudo, gestão pública tem que ser pensada em longo prazo. Esse é o principal argumento daqueles que defendem a reeleição e é o motivo pelo qual ela foi criada em primeiro lugar. Um meio-termo para isso é elevar o mandato para os cinco anos. Dá mais prazo para os projetos do mandato serem concluídos sem aparelhar demais a estrutura", reforçou.
O emedebista diz acreditar que o projeto deva ser votado ainda este ano no Senado. "O Congresso Nacional teve uma renovação histórica porque as pessoas querem mudanças, e o fim da reeleição é uma das demandas da maioria daqueles que elegeram esses representantes". Para ele, a prova de que essa renovação está funcionando a partir da opinião pública foi o voto aberto para a eleição do presidente do Senado. "Quase todos os senadores optaram por seguir esse caminho porque sabiam que era isso que o povo exigia. Acredito que o assunto (fim da reeleição) será rapidamente discutido por esse motivo."
Imbróglio Pendente
No final de uma legislatura, todos os processos que estão em andamento são arquivados. E agora alguém teria que reapresentar esse texto para que ele volte a tramitar.
O advogado especializado em direito eleitoral Dyogo Crosara disse à reportagem que a proposta arquivada no Senado estende os mandatos dos atuais prefeitos até as próximas eleições de governadores e presidente. A ideia é igualar os períodos eleitorais.
Ele explica que a proposta pode ser reapresentada da maneira que está ou sugerir o contrário: a prorrogação do mandato do presidente e governadores. "Tudo dependerá de como ela deve ser apresentada. Se uma das duas coisas não for feita, eles nunca irão coincidir os mandatos. Não há outro meio para isso".
O advogado diz acreditar que, havendo essas condições, a proposta não deva passar. "Penso que seria mais fácil acabar com a reeleição sem ter que igualar o período eleitoral. Acho que a chance é grande do Senado apresentar uma proposta nesse sentido".
Chefes do Executivo
Recentemente, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), falou com a imprensa sobre o assunto. Em entrevista à GloboNews, o democrata criticou a reeleição no País e afirmou que o uso da máquina pública para garantir a continuidade do mandato foi o fator responsável por levar o Estado à situação de "colapso".
Caiado afirmou não se interessar pela reeleição e lembrou ter encabeçado movimentos contra a prática no Congresso Nacional. “Essa sempre foi a nossa proposta no Congresso, para que os mandatos tivessem cinco anos e que não tivesse reeleição no Brasil”, destacou à época.
O democrata disse acreditar que, havendo a possibilidade de futura reeleição, o governante não governa para Estado, nem para seu povo. “Governa visando exatamente a sua reeleição”.
Diante das afirmações do democrata, é provável que, ainda que houvesse a possibilidade, Caiado não dispute novamente o cargo de governador daqui há quatro anos. O que abriria espaço para uma nova liderança política assumir o controle do Estado.
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Outro que não tem demonstrado — ao menos publicamente — interesse em disputar uma nova eleição em 2020 é o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB). Durante sua passagem pela Câmara Municipal de Goiânia para solenidade de prestação de contas do segundo quadrimestre de 2018, o emedebista falou com a imprensa sobre o assunto e descartou a possibilidade de disputar novamente.
Aos 85 anos — destes, mais de 60 dedicados à política —, Iris afirma que ao final de seu atual mandato pretende encerrar sua carreira. Ele, antes de disputar a Prefeitura de Goiânia novamente, já havia afirmado a mesma coisa. Porém, justificou seu retorno com base na “falta de nomes do para o MDB”.
“Eu vim para consertar. Consertada a Prefeitura, não justifica eu com 85 anos envolvido com administração. Espero que a juventude, que hoje ocupa a Câmara Municipal, as secretarias, assuma a responsabilidade de trabalhar na administração do Executivo”, finalizou.
Governo Bolsonaro
Ao longo da campanha que elegeu Jair Bolsonaro (PSL) como presidente da República, o então candidato repetiu, por diversas vezes, suas principais propostas sobre a reforma política. À época, uma das bandeiras defendidas por Bolsonaro foi o fim do que chamou de instituto da reeleição.
Em dezembro, Bolsonaro voltou a tocar no assunto durante uma reunião com a bancada do Democratas. Conforme mostrado pelo Jornal Opção, ele teria solicitado a aprovação da proposta e declarado novamente seu apoio a medida.
Segundo informações do site O Antagonista, ao ser questionado se o governo irá propor ao Congresso o fim da reeleição ainda este mês, o ministro da Economia, Paulo Guedes, demonstrou que a prioridade no momento é outra. Os holofotes continuam sobre a reforma da Previdência e o governo tende a se debruçar quase que exclusivamente sobre essa pauta ao longo dos próximos dias.
Primeiras mãos
O presidente do PSD em Goiás, Vilmar Rocha, participou dessa discussão nos anos 90. À época, como deputado federal, foi favorável à proposta. “Votei a favor. Hoje, não tenho uma opinião formada sobre o assunto, mas continuo achando interessante que os políticos tenham direito a uma reeleição”. Em justificativa, Vilmar alega que “a maioria dos países democráticos permite que isso ocorra”.

Ele considera que este assunto tende a render longas discussões no Senado nos próximos dois anos. Apesar de não acreditar que o fim da reeleição será, de fato, concretizado, Vilmar diz que “se acontecer, deverá valer a partir de 2026”. Para ele, os políticos eleitos na última disputa poderão alegar que foram eleitos dentro da regra atual.
Diferente de Vilmar, a deputada federal Flávia Morais (PDT) acredita que a proposta passará com facilidade pelo Senado. “É uma proposta bem aceita, apesar de muito polêmica”. Ela defende também que, caso a ideia seja concretizada, que venha acompanhada da extensão do mandato em mais um ano. “É preciso mais tempo para que o gestor tenha condições de concluir aquilo que ele começou.”
Na visão da deputada, existem prós e contras na proposta encaminhada pela Câmara ao Senado. Mesmo reconhecendo que “muitas vezes a máquina pública é utilizada para favorecer o candidato que se encontra no Poder”, ela lembra que a possibilidade de reeleição pode ser encarada como um estímulo para o gestor, “que pode fazer um bom trabalho e ser reconduzido”.
Ela lembra que “a reeleição só acontece se houver um processo democrático vitorioso”. Por esta razão, Morais acredita que a reeleição de políticos não seja o maior problema da política brasileira. “Temos locais em que a administração é muito bem sucedida e a reeleição traz benefícios efetivos à sociedade”, reforça.
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Já o deputado federal Delegado Waldir (PSL) disse ser contrário à reeleição, tendo votado a favor da matéria que a extingue na Câmara. "Um mandato só é suficiente. Também concordo com a extensão do mandato do Executivo para cinco anos. Quanto ao Legislativo, penso que deve haver um limite. O que precisamos é encontrá-lo."
Tramitação
Depois de longos embates travados pelos deputados no Parlamento, a proposta finalmente migrou para o outro lado do Congresso Nacional. Como o veredito não se restringe à avaliação da Câmara, todo o processo foi submetido novamente a uma nova análise.
Já sob a tutela dos senadores o texto aprovado anteriormente na Câmara foi desmembrado. Isso fez com que o restante da proposta tramitasse em separado do texto que tratava sobre a janela partidária — já aprovada e promulgada pelo Congresso, inclusive.
Segundo a Agência Senado, o texto recebido pelos senadores gerou discordância entre os integrantes da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ). Políticos de diferentes siglas sugeriram modificações ao analisarem a matéria.
Mais tarde, foram incorporadas regras mais rígidas ao documento. Depois de ser aprovado na CCJ, a matéria seguiu o trâmite regimental em direção a votação em Plenário. Segundo informações da Transparência, no final do ano a proposta foi arquivada e, agora, em 2019, se for aprovada em Plenário implicará também nos mandatos dos senadores e deputados.

Presidente da Câmara Municipal de Goiânia afirma que Prefeitura agiu com descaso com comerciantes tradicionais do parque

Em entrevista exclusiva ao Jornal Opção, o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (Pros), comentou sobre a situação dos permissionários do Parque Mutirama que protestam pela permanência em seus pontos comerciais. O imbróglio teve início quando o prefeito Iris Rezende (MDB) solicitou a saída dos comerciantes devido a novo processo licitatório para 28 pontos do parque.
Policarpo atestou que a Câmara Municipal de Goiânia já possui conhecimento da situação e se posicionou ante à prefeitura em favor dos permissionários que lá estão. “Entramos nesse meio pois não aceitamos a mudança daqueles que ali se estão há muitos anos. Solicitamos que a prefeitura de Goiânia corrija essa situação. Aquele é um comércio histórico da capital. As pessoas que estão possuem uma tradição no local”.
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O presidente atesta ainda que “a prefeitura estava beneficiando empresas para que tomem conta do comércio local”. Para ele, esta é uma demonstração de descaso. “Quando ela [prefeitura] se coloca contra pessoas que estão ali há 40 anos a troco de um lote, isso nos causa estranheza”. Ele justifica a afirmação ressaltando que “independentemente da empresa que estiver no local, o pagamento para prefeitura é o mesmo”.
Para finalizar, Policarpo disse que a Câmara Municipal de Goiânia irá investigar a situação. A ideia é que se possa saber se existem empresas interessadas participando deste processo.

O vereador teceu criticas ao governo municipal ao analisar quantidade de obras paradas em Goiânia

Requerimento de criação foi apresentado pelo deputado Rafael Gouveia durante sessão ordinária da Alego

Solicitação de arresto superior a R$ 57 mi e interdição total do Centro de Treinamento partiu do Ministério e Defensoria Pública do Rio de Janeiro