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Troca no Iphan preocupa setores ligados à cultura, patrimônio e turismo

Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás divulga nota em que critica a substituição das superintendências sem critérios técnicos, o que caracterizaria um desmonte do órgão

Presidente da Câmara denuncia ameaças para que vereadores não alterem Plano Diretor

"Estão tentando criminalizar esta Casa, não vamos aceitar isso!", diz Policarpo

Delegado Waldir diz que o Centro de Goiânia é controlado pelo Comando Vermelho

Deputado federal diz que "há pelo menos duas dezenas de municípios que não têm policiais militares e cerca de 150 que não têm policiais civis"

Andrey Azeredo critica demora da Procuradoria para analisar Plano Diretor. Relatora rebate

"Se a Procuradoria não foi acionada, então não houve falha", argumenta Dra. Cristina que já solicitou parecer técnico 

Para Lissauer, PEC da Educação tem que ser debatida com deputados antes de ser pautada

Matéria é tida como inconstitucional por alguns parlamentares, mas segundo presidente da Casa, procuradoria do governo diz ser legal

Grupo ‘Esmeraldinas Antifas’ repudiam campanha do Goiás Esporte Clube, que consideraram machista

No vídeo, que repercutiu mal para o time, as camisetas são vestidas por duas mulheres que protagonizam cenas sensuais

O escritor Lobo Antunes postula que Clarice Lispector pode ter plagiado Virginia Woolf

“‘Per­to do Co­ra­ção Sel­va­gem’ é um pri­mei­ro li­vro mag­ní­fi­co, mas to­do o fi­nal é igual ao da Vir­gi­nia Wo­olf", diz autor português

Repórter revela que Suzane Von Richthofen seduziu promotor e médico na prisão

"Chegava a pedir para a diretora da cadeia tirar a Suzane da cela", relata Valmir Salaro

Análise de Adelto Gonçalves sobre Fernando Pessoa desagradou Antonio Tabucchi

Numa palestra no Equador, o crítico e biógrafo disse que o poeta português era “um conservador ao estilo inglês”, mas não reacionário

Vídeo de Ronnie Von de 2014 ressurge e internautas o acusam de racismo

Apresentador disse que não deve analisar uma frase isoladamente. “Me desculpe se fui mal interpretado, reafirmo minha posição de respeito a todos”

Pastor diz que Lula é sinal de Cristo ressucitado

Declaração desagradou evangélicos, que têm maioria de apoiadores de Bolsonaro

“Aprovação do Orçamento Impositivo provará que Legislativo goiano é independente”, diz Talles Barreto

"Quando mais precisa aumentar a arrecadação, o governo vai provocar uma desaceleração da economia. Há empresas que, claro, vão sair de Goiás, dada a insegurança jurídica"

Edward Said é visto como orientalista charlatão por Robert Irwin

Crítico do intelectual palestino sugere que “Orientalismo” é até um “bom romance”, com muitos “vilões sinistros” e "poucos mocinhos". Seria uma obra de imaginação

Decreto do Governo determina aviso prévio para operações policiais em órgãos públicos

Sindicato dos Delegados e OAB criticam o texto, que pode abrir brechas para que investigados sejam alertados sobre diligências policiais

Mozart Félix, presidente do Sindepol: "O delegado de Polícia possui independência funcional". Foto: Sarah Pires

Decreto do governador Mauro Carlesse (PHS), publicado nesta semana no Diário Oficial do Tocantins, com novos procedimentos operacionais para a Polícia Civil, foi alvo de críticas de entidades representativas da categoria e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Tocantins. Segundo os críticos, o decreto pode prejudicar os trabalhos de investigação conduzidos pela PC.

O Decreto determina, no artigo 75, que “busca em repartições públicas, quando necessária, será́ antecipada de contato com o dirigente do órgão onde será́ realizada, aplicando-se, no que couber, o previsto nesta Seção”. Já o parágrafo primeiro diz que “quando a comunicação com o dirigente ou responsável do órgão puder frustrar a diligência a ser realizada, a busca realizar-se-á sem esta, mediante prévia autorização do Delegado-Geral de Polícia Civil, em despacho fundamentado”.

Na opinião de especialistas, o precedente frustra e aniquila qualquer operação policial, pois não tem garantias de que o alvo de uma investigação não seja alertado antecipadamente. As operações policiais, principalmente aquelas que investigam crimes de corrupção, têm o sigilo absoluto como princípio. Por tal razão, segundo analistas ouvidos pela reportagem, não há sentido em uma legislação que contenha tais limitações, pois feriria o estado democrático de direito e o código de processo penal.

Pitaluga, presidente da OAB-TO: "O governo não pode fazer o que bem entender". Foto: Assessoria de Imprensa

Segundo a OAB-TO, “o decreto causou estranheza à classe jurídica, pois traz limitações impostas pelo Governo do Estado ao trabalho da Polícia Civil em procedimentos investigatórios.” Na concepção do presidente da OAB-TO, Gedeon Pitaluga, o decreto pode ferir dispositivos legais e constitucionais e é papel da entidade “analisar, como guardiã da Constitucionalidade e representante da sociedade civil organizada”. “O governo não pode fazer o que bem entender no Estado Democrático de Direito e a OAB tem como missão garantir a aplicação da régua constitucional, que estabelece limites aos Poderes, ao Estado. Vamos analisar o decreto e se houver qualquer ilegalidade ou inconstitucionalidade no documento, a OAB-TO tomará medidas cabíveis para fazer garantir o Estado de Direito”, pontuou Pitaluga.

Na mesma linha de pensamento, o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil (Sindepol), Mozart Felix, emitiu nota à imprensa em que questiona o artigo 74 do referido decreto, que menciona que o cumprimento de mandados especiais em órgãos públicos deve ser previamente informado aos seus respectivos dirigentes e caso a comunicação venha prejudicar a diligência em si, deve ser solicitada autorização do Delegado-Geral para dar sequência à operação. Segundo o dirigente, “tal afirmação entra em conflito com o nosso ordenamento jurídico, pois o artigo 116 da Constituição Estadual do Tocantins relata que o delegado de Polícia possui independência funcional, tendo o delegado-geral a função administrativa. Em relação às investigações, cada delegado é seu próprio chefe, atuando dentro da legalidade e com independência funcional.”

Ato contínuo, pontuou Felix que o “decreto, em momento algum, levou em consideração o interesse público, eis que tolhe inúmeras prerrogativas da Polícia Civil do Tocantins, quando ela é nacionalmente reconhecida em razão do intenso e frutífero trabalho de combate à corrupção e aos crimes contra a administração pública, reiterando que o sindicato juntamente com a assessoria jurídica está tomando medidas com relação ao decreto, uma vez que é ilegal e inconstitucional.”

Cristiano Sampaio, secretário de Segurança Pública: "O que a gente está se preocupando é evitar um espetáculo midiático". Foto: Ascom/SSP

Em entrevista coletiva, o secretário de Segurança Pública, Cristiano Sampaio, negou que o ato busca interferir nas investigações, mas sim de “evitar o espetáculo midiático”. O gestor esclareceu que o ato do governador trata de normas para os procedimentos policiais que nada influenciam nas investigações que, segundo o próprio destacou, são regidas por leis federais, pelo Código Civil e Penal, e pela própria Constituição. “A PC continua tendo toda a liberdade de investigação, todos os instrumentos, e isso não se altera em nada. O que a gente está se preocupando é evitar um espetáculo midiático que não fortalece a polícia”, rechaçou.

O secretário destacou que todos têm o direito de ir ao Judiciário questionar a legalidade do ato, mas destaca que “se preparou” para isto. “A gente espera a judicialização, é natural que aconteça”, comentou.

A norma será encaminhada à Assembleia Legislativa do Tocantins para estudos, deliberações e votação, que poderá aprovar ou não, a redação do decreto. Contudo, a certeza é que haverá um acalorado debate no parlamento, face ao excessivo número de artigos polêmicos.

Canal dentário pode ser um dos maiores vilões da saúde humana

Um documentário sobre problemas gerados pelo procedimento está gerando preocupação entre pacientes e desconforto entre dentistas

foto: reprodução

Nenhum canal dentário é bem sucedido em sua totalidade: essa é a afirmação feita em A Raiz do Problema, novo documentário da Netflix. O longa metragem expõe durante mais de uma hora, diversos relatos de dentistas que repudiam o procedimento. Eles afirmam categoricamente que em longo prazo o canal irá afetar todo o organismo do paciente.

Já não bastasse temer o momento de sentar na cadeira de um consultório odontológico para realizar algum procedimento, agora quem confere A Raiz do Problema começou a se preocupar com o depois do comparecimento. Aqueles que por ventura já possui um canal dentário tá com preocupação dobrada. Só no Estados Unidos são 25 milhões de procedimento por ano.

O documentário está causando polêmica entre odontólogos. Já entre os espectadores que não são da área, o pânico ao assistir a produção é quase inevitável. Entretanto é preciso ter cautela, e é por isso que o Jornal Opção preparou uma análise em diálogo com especialistas do setor.

O documentário

A partir da trama sobre um homem que busca descobrir as causas de suas doenças, como fadiga crônica e síndrome do pânico, o documentário começa com dados alarmantes. Uma das fontes do doc é a Dra Dawn Ewing, PhD em Odontologia Biológica pela Universidade do Texas. É a dentista que começa citando pontos polêmicos sobre o procedimento.

"E se eu te disser que 98% da mulheres que tem câncer de mama fizeram canal do mesmo lado em que o câncer apareceu? E se eu te disser que o melhor método de prevenção cardiovascular, chamado Bale & Doneen, não aprovam o tratamentos de canal por causa das bactérias?", provoca a pesquisadora.

Após essas perguntas feitas pela Dra Dawn, o que o espectador pode esperar é mais uma enxurrada de apontamentos que relacionam diversos problemas de saúde com o procedimento de canal dentário.

Outro dentista do documentário que compactua com a tese, é o Dr Joseph Mercola. "Dentistas tradicionais acreditam que não há problemas com os canais, mas eu discordo. Acho que eles são uma fonte escondida e inesgotáveis de toxinas", afirma.

Todos os problemas citados pelos especialistas atribuem à impossibilidade de se esterilizar todos túbulos dentinários presentes em um único dente, essas regiões são incalculáveis e armazenam bactérias enquanto o dente não for extraído.

Há quem discorde

O Jornal Opção escutou dentistas goianos e perguntou a eles suas opiniões sobre o conteúdo do longa metragem. Os odontólogos foram unanimes em discordar dos pontos apresentados por A Raiz do Problema.

Para o dentista Kleber Vinicius, os apontamentos do documentário são “extremistas e sensacionalistas”. O profissional diz que como em qualquer área da saúde, os dentistas também estão sujeitos ao insucesso, mas que o respeito aos protocolos estabelecidos por meio de pesquisas, buscam a garantia da boa realização do procedimento.

Em relação a danos futuros, Dr. Kleber afirma que nunca viu nada na literatura que falasse sobre os problemas citados em A Raiz do Problema, e se diz surpreso com o conteúdo. “A associação do documentário que liga o procedimento de canal com alguns tipos de câncer é pouco embasada. Eles não citam fatos científicos suficientes que comprovem os apontamentos”, afirma.

Quem também discorda do documentário é a dentista Lísia Máximo, que está se especializando em endodontia, área da odontologia que estuda o procedimento de canal. Lísia conta que não conseguiu terminar de assistir o documentário, porque segundo ela o conteúdo chega ao nível do “absurdo”.

“O procedimento já foi muito estudado, existem diversas correntes de estudos mundiais. São evidencias cientificas geradas durante décadas que comprovam que a realização do canal não gera problemas futuros. Desde que o trabalho seja feito respeitando os protocolos e os tipos de medicações recomendadas.”, afirma a Dra. Lísia. 

E nessa discussão entre especialistas, fica difícil definir quem está certo ou não. Certamente o assunto ainda irá render muita pesquisa. De qualquer forma, pelo menos por enquanto, não cabe alarde entre os milhões de pacientes que se submetem ao procedimento todos os anos.