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Câmara derruba veto do prefeito a mudanças no Conselho Municipal de Educação

Emenda à Lei que rege o colegiado impede substituição de membros pela entidade indicadora de forma injustificada e a qualquer momento

Após tentativa de estupro, Câmara implantará identificação de visitantes e servidores

Presidente Andrey Azeredo anunciou medidas para reforçar segurança no Legislativo goianiense: "Precisamos de controle mínimo"

Lissauer Vieira diz que discussão sobre nova secretaria para o PSB ainda é “prematura”

Deputado estadual reiterou que partido "não está interessado em cargos", mas sim em "reciprocidade"

Em depoimento, Marcelo Odebrecht confirma caixa 2 à campanha Dilma-Temer

Ex-presidente e herdeiro do grupo foi ouvido pelo TSE e confirmou que grande parte dos R$ 150 milhões doados forma irregulares

Contribuinte pode entregar declaração do Imposto de Renda a partir desta quinta (2/3)

Declaração é obrigatória para quem recebeu rendimentos superiores a R$ 28.559,70 no ano passado

Após fazer reforma no Alvorada, Temer volta a morar no Palácio do Jaburu

Presidente alegou que não se adaptou ao palácio presidencial, que é maior que o do Jaburu; encontros com parlamentares continuarão ocorrendo na Alvorada

Projeto de lei permite que psicólogos ofereçam “tratamento” para homossexualidade

Matéria é do deputado Ezequiel Teixeira (PTN-RJ) e contraria entendimento do Conselho Federal de Psicologia

Ranking aponta que Goiânia é a cidade do Centro-Oeste com melhor saneamento básico

Entre as capitais do país, a Goiânia está entre as cinco melhores, ficando atrás apenas de Curitiba (PR), São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS)

Portela é a campeã do carnaval do Rio de Janeiro

Escola terminou a apuração com 269,9 pontos, apenas um décimo a mais do que a Mocidade Independente de Padre Miguel

O Sentido da Quarta-Feira de Cinzas em T.S. Eliot

Em Ash Wednesday, o grande poeta anglo-americano T. S. Eliot (1888-1965) conseguiu esgarçar a realidade humana por meio da imaginação moral, abrindo caminho para poemas posteriores, como aqueles que compõem os “Quatro Quartetos”. Temos, por assim dizer, uma "caminhada em espiral do Purgatório ao Paraíso" [caption id="attachment_88443" align="aligncenter" width="620"] T.S. Eliot, autor dos poemas "Terra desolada", "Homens ocos", "Quarta-feira de Cinzas" e "Quatro Quartetos"[/caption] Antes de lermos “Quarta-feira de Cinzas”, na tradução de Ivan Junqueira, vejamos um dos comentários elucidativos do historiador e crítico americano Russell Kirk (1918-1994) ao poema, presente na obra “A Era de T.S. Eliot”: "Quarta-Feira de Cinzas" segundo Russell Kirk [caption id="attachment_88444" align="alignleft" width="150"] Russell Kirk, biografo de Eliot[/caption] O feito de Eliot em Ash Wednesday era exatamente expressar a experiência transcendente sob nova forma. Não estava simplesmente renovando velhas formas: o que importava para aqueles que o compreenderam ou quase o compreenderam era o fato dele relacionar a própria experiência do sonho superior, ao “sonho mais sublime”, à realidade percebida pela imaginação moral. Embora não admitisse o impulso profético, falava com autoridade: vira com os olhos da mente, sentira com profunda emoção. Empregando antigos símbolos, renovara-lhes a ligação com o homem contemporâneo. Por intermédio da contrição, a culpa poderia ser purificada ou consumida pelo fogo. A “dúbia face de esperança e desespero” poderia ser deixada para trás. O Verbo ainda poderia ser ouvido no mundo; renunciando aos desejos da carne, Gerontion poderia se tornar Gerontius; bem superior a Grishkin com sua promessa de “beatitudes pneumáticas”, poderia ser detectado um verdadeiro brilho de imortalidade, enquanto a sublime Senhora se persigna. As visões infernais de Eliot foram aceitas como descrições válidas da realidade do século XX, donde se pode concluir que as visões purgatoriais deveriam ser levadas a sério. Tinha realizado o que eminentes eclesiásticos de sua época não conseguiram: relembrar a sua era que o mito poderia ser verdade, uma expressão simbólica das coisas permanentes da realidade experimentada em todos os tempos. Nas palavras de Voegelin, “Uma verdade cujo símbolo se tornou obscuro e suspeito não pode ser redimida por concessões da experiência que originalmente pôs em perigo os símbolos. O retorno produzirá a própria exegese (...) e a linguagem exegética fará com que os símbolos fiquem novamente translúcidos”. (KIRK, Russell. A Era de T.S. Eliot – A imaginação moral no século XX. Trad. Mácia Xavier de Brito. São Paulo: É Realizações, 2011. pp. 324-35) *** QUARTA-FEIRA DE CINZAS (1930) T. S. Eliot (Tradução: Ivan Junqueira) I Porque não mais espero retornar Porque não espero Porque não espero retornar A este invejando-lhe o dom e àquele o seu projeto Não mais me empenho no .empenho de tais coisas (Por que abriria a velha águia suas asas?) Por que lamentaria eu, afinal, O esvaído poder do reino trivial? Porque não mais espero conhecer A vacilante glória da hora positiva Porque não penso mais Porque sei que nada saberei Do único poder fugaz e verdadeiro Porque não posso beber Lá, onde as árvores florescem e as fontes rumorejam, Pois lá nada retorna à sua forma Porque sei que o tempo é sempre o tempo E que o espaço é sempre o espaço apenas E que o real somente o é dentro de um tempo E apenas para o espaço que o contém Alegro-me de serem as coisas o que são E renuncio à face abençoada E renuncio à voz Porque esperar não posso mais E assim me alegro, por ter de alguma coisa edificar De que me possa depois rejubilar E rogo a Deus que de nós se compadeça E rogo a Deus porque esquecer desejo Estas coisas que comigo por demais discuto Por demais explico Porque não mais espero retornar Que estas palavras afinal respondam Por tudo o que foi feito e que refeito não será E que a sentença por demais não pese sobre nós Porque estas asas de voar já se esqueceram E no ar apenas são andrajos que se arqueiam No ar agora cabalmente exíguo e seco Mais exíguo e mais seco que o desejo Ensinai-nos o desvelo e o menosprezo Ensinai-nos a estar postos em sossego. Rogai por nós pecadores agora e na hora de nossa morte Rogai por nós agora e na hora de nossa morte.     II Senhora, três leopardos brancos sob um zimbro Ao frescor do dia repousavam, saciados De meus braços meu coração meu fígado e do que havia Na esfera oca do meu crânio. E disse Deus: Viverão tais ossos? Tais ossos Viverão? E o que pulsara outrora Nos ossos (secos agora) disse num cicio: raças à bondade desta Dama E à sua beleza, e porque ela A meditar venera a Virgem, É que em fulgor resplandecemos. E eu que estou aqui dissimulado Meus feitos ofereço ao esquecimento, e consagro meu amor Aos herdeiros do deserto e aos frutos ressequidos. Isto é o que preserva Minhas vísceras a fonte de meus olhos e as partes indigestas Que os leopardos rejeitaram. A Dama retirou-se De branco vestida, orando, de branco vestida. Que a brancura dos ossos resgate o esquecimento. A vida os excluiu. Como esquecido fui E preferi que o fosse, também quero esquecer Assim contrito, absorto em devoção. E disse Deus: Profetiza ao vento e ao vento apenas, pois somente O vento escutará. E os ossos cantaram em uníssono Com o estribilho dos grilos, sussurrando: Senhora dos silêncios Serena e aflita Lacerada e indivisa Rosa da memória Rosa do oblívio Exânime e instigante Atormentada tranqüila A única Rosa em que Consiste agora o jardim Onde todo amor termina Extinto o tormento Do amor insatisfeito Da aflição maior ainda Do amor já satisfeito Fim da infinita jornada sem termo Conclusão de tudo O que não finda Fala sem palavra E palavra sem fala Louvemos a Mãe Pelo Jardim Onde todo amor termina. Cantavam os ossos sob um zimbro, dispersos e alvadios, Alegramo-nos de estar aqui dispersos, Pois uns aos outros bem nenhum fazíamos, Sob uma árvore ao frescor do dia, com a bênção das areias, Esquecendo uns aos outros e a nós próprios, reunidos Na quietude do deserto. Eis a terra Que dividireis conforme a sorte. E partilha ou comunhão Não importam. Eis a terra. Nossa herança.     III Na primeira volta da segunda escada Voltei-me e vi lá embaixo O mesmo vulto enrodilhado ao corrimão Sob os miasmas que no fétido ar boiavam Combatendo o demônio das escadas, oculto Em dúbia face de esperança e desespero. Na segunda volta da segunda escada Deixei-os entrançados, rodopiando lá embaixo; Nenhuma face mais na escada em trevas, Carcomida e úmida, como a boca Imprestável e babugenta de um ancião, Ou a goela serrilhada de um velho tubarão. Na primeira volta da terceira escada Uma túmida ventana se rompia como um figo E além do espinheiro em flor e da cena pastoril A silhueta espadaúda de verde e azul vestida Encantava maio com uma flauta antiga. Doce é o cabelo em desalinho, os fios castanhos Tangidos por um sopro sobre os lábios, Cabelos castanhos e lilases; Frêmito, música de flauta, pausas e passos Do espírito a subir pela terceira escada, Esmorecendo, esmorecendo; esforço Para além da esperança e do desespero Galgando a terça escala. Senhor, eu não sou digno Senhor, eu não sou digno mas dizei somente uma palavra. IV Quem caminhou entre o violeta e o violeta Quem caminhou por entre Os vários renques de verdes diferentes De azul e branco, as cores de Maria, Falando sobre coisas triviais Na ignorância e no saber da dor eterna Quem se moveu por entre os outros e como eles caminhou Quem pois revigorou as fontes e as nascentes tornou puras Tornou fresca a rocha seca e solidez deu às areias De azul das esporinhas, a azul cor de Maria, Sovegna vos Eis os anos que permeiam, arrebatando Flautas e violinos, restituindo Aquela que no tempo flui entre o sono e a vigília, oculta Nas brancas dobras de luz que em torno dela se embainham. Os novos anos se avizinham, revivendo Através de uma faiscante nuvem de lágrimas, os anos resgatando Com um verso novo antigas rimas. Redimem O tempo, redimem A indecifrada visão do sonho mais sublime Enquanto ajaezados unicórnios a essa de ouro conduzem. A irmã silenciosa em véus brancos e azuis Por entre os teixos, atrás do deus do jardim, Cuja flauta emudeceu, inclina a fronte e persigna-se Mas sem dizer palavra alguma Mas a fonte jorrou e rente ao solo o pássaro cantou Redimem o tempo, redimem o sonho O indício da palavra inaudita, inexpressa Até que o vento, sacudindo o teixo, Acorde um coro de murmúrios E depois disto nosso exílio     V Se a palavra perdida se perdeu, se a palavra usada se gastou Se a palavra inaudita e inexpressa Inexpressa e inaudita permanece, então Inexpressa a palavra ainda perdura, o inaudito Verbo, O Verbo sem palavra, o Verbo Nas entranhas do mundo e ao mundo oferto; E a luz nas trevas fulgurou E contra o Verbo o mundo inquieto ainda arremete Rodopiando em torno do silente Verbo. Ó meu povo, que te fiz eu. Onde encontrar a palavra, onde a palavra Ressoará? Não aqui, onde o silêncio foi-lhe escasso Não sobre o mar ou sobre as ilhas, Ou sobre o continente, não no deserto ou na úmida planície. Para aqueles que nas trevas caminham noite e dia Tempo justo e justo espaço aqui não existem Nenhum sítio abençoado para os que a face evitam Nenhum tempo de júbilo para os que caminham A renegar a voz em meio aos uivos do alarido Rezará a irmã velada por aqueles Que nas trevas caminham, que escolhem e depois te desafiam, Dilacerados entre estação e estação, entre tempo e tempo, entre Hora e hora, palavra e palavra, poder e poder, por aqueles Que esperam na escuridão? Rezará a irmã velada Pelas crianças no portão Por aqueles que se querem imóveis e orar não podem: Orai por aqueles que escolhem e desafiam Ó meu povo, que te fiz eu. Rezará a irmã velada, entre os esguios Teixos, por aqueles que a ofendem E sem poder arrepender-se ao pânico se rendem E o mundo afrontam e entre as rochas negam? No derradeiro deserto entre as últimas rochas azuis O deserto no jardim o jardim no deserto Da secura, cuspindo a murcha semente da maçã. Ó meu povo. VI Conquanto não espere mais voltar Conquanto não espere Conquanto não espere voltar Flutuando entre o lucro e o prejuízo Neste breve trânsito em que os sonhos se entrecruzam No crepúsculo encruzilhado de sonhos entre o nascimento e a morte ( Abençoai-me pai) conquanto agora Já não deseje mais tais coisas desejar Da janela debruçada sobre a margem de granito Brancas velas voam para o mar, voando rumo ao largo Invioladas asas E o perdido coração enrija e rejubila-se No lilás perdido e nas perdidas vozes do mar E o quebradiço espírito se anima em rebeldia Ante a arqueada virga-áurea e a perdida maresia Anima-se a reconquistar O grito da codorniz e o corrupio da pildra E o olho cego então concebe Formas vazias entre as partas de marfim E a maresia reaviva o odor salgado das areias Eis o tempo da tensão entre nascimento e morte O lugar de solidão em que três sonhos se cruzam Entre rochas azuis Mas quando as vozes do instigado teixo emudecerem Que outro teixo sacudido seja e possa responder. Irmã bendita, santa mãe, espírito da fonte e do jardim, Não permiti que entre calúnias a nós próprios enganemos Ensinai-nos o desvelo e o menosprezo Ensinai-nos a estar postos em sossego Mesmo entre estas rochas, Nossa paz em Sua vontade E mesmo entre estas rochas Mãe, irmã E espírito do rio, espírito do mar, Não permiti que separado eu seja E que meu grito chegue a Ti.     

Deputados estaduais devem definir membros de comissões permanentes até sexta-feira

Até agora, apenas três colegiados têm parlamentares elencados e apenas a de Constituição e Justiça já realizou eleição para presidência

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Governador e delegação estiveram na Abdulaziz Alsaghyir Holding, que promove investimentos em indústria, varejo, imóveis, construção civil e outras áreas