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[caption id="attachment_107534" align="aligncenter" width="620"] Imagens da Polícia Civil mostram captação ilegal de água em Goiás | Foto: PC[/caption]
Lincoln Tejota
Especial para Jornal Opção
Uma das grandes questões do futuro da humanidade é o caminho que estamos traçando para mitigar ou, como ainda predomina hoje, acelerar o aquecimento global. Esta frase pode parecer grandiloquente mas isso acontece porque temos uma capacidade limitada de enxergar além de algumas poucas décadas. Por isso é importante ressaltarmos as mudanças que já são perceptíveis e que levam tanto sofrimento à nossa população. Vivemos, no Brasil e cada vez mais em Goiás, os efeitos das grandes estiagens, que é o desastre ambiental mais frequente no país, de acordo com o Atlas Brasileiro de Desastres Naturais.
O drama vivido por moradores da região metropolitana de Goiânia tem sido a cada ano mais intenso. O mesmo acontece no Distrito Federal, dependente das águas antes acumuladas em nosso Estado. De acordo com o jornal Correio Braziliense, neste ano tivemos a pior seca dos últimos 100 anos. Os dados haverão de ser escrutinados pelo tempo, mas está claro que a estiagem não é mais aquela imagem distante que víamos no Jornal Nacional, retratada na vida do sertanejo do Nordeste do país. A seca chega cada vez mais forte a Goiás, aumentando a vulnerabilidade da população - em especial a carente, e os gastos dos poder público para tentar amenizar os danos.
Dinheiro é um assunto importante nesta equação. É preciso mudar o comportamento tanto dos gestores públicos quanto da população. É preciso mostrar a ambos os benefícios e a economia a ser gerada com ações de proteção e prevenção. É preciso endurecer leis e regras que punam quem comete atos diretos de ataque ao meio ambiente.
Um cálculo publicado em 2015 no jornal Estado de S.Paulo mostrou que a Samarco, empresa dona da barragem que se rompeu e pintou o Rio Doce, em Minas Gerais e no Espírito Santo, de lama, foi multada em R$ 372 milhões. Os danos do desastre, no entanto, são estimados em R$ 10 bilhões. Essa conta não fecha. E os prejudicados sempre somos nós e o meio ambiente.
Em Goiás, o governo se mexe para endurecer a fiscalização sobre propriedades rurais que usam água além do permitido. Sabe-se que isso intensificou a estiagem que atingiu a capital e arredores, além de outras regiões do Estado. É necessário que se aplique multas pesadas, e que o dinheiro seja revertido para ações de prevenção e combate cada vez mais intenso a desvios desse tipo.
Tive a oportunidade de participar, no mês passado da COP23, a Conferência Mundial do Clima, realizada em Bonn, na Alemanha. Lamento que as grandes decisões globais permaneçam travadas pela mesquinharia dos grandes países. Lamento que o Brasil tenha sido “agraciado” com o troféu Fóssil do Dia, devido a projeto (já aprovado no Congresso) que concede incentivo trilionário à indústria petrolífera interessada em explorar o pré-sal.
Apesar desses lamentos, podemos celebrar o fato de que milhares de pessoas reunidas ali estão realmente preocupadas em estudar, discutir e apontar soluções para os problemas climáticos. Abri esse texto falando da principal e mais difícil mudança: a do comportamento dos cidadãos, que muitas vezes não conseguem enxergar nas suas ações o dano provocado ao futuro dos seus descendentes. Eu estou comprometido com essa mudança. E você?
Lincoln Tejota é deputado estadual, presidente da Frente Parlamentar Ambientalista e participou da COP23 na Alemanha